Colocado por: Jorge RochaEstás a deixar morrer isto!
Colocado por: luisvvNota adicional: Na China, um país que anda a aumentar o seu stock de capital há anos, a Foxconn prepara-se para aumentar os salários dos seus trabalhadores para um valor superior ao que é oferecido a arquitectos em Portugal.
Não me digas que não reparaste num elogio (ainda que por intermédio de palavras de outros) que um certo extra-mega-liberal fez ao diabo dos extra-mega-liberais:
I
Ok, um pouco de demagogia:
O FMI – que decreta dietas assassinas para os irlandeses, gregos e portugueses – é o FMI que em 2011 teve um lucro de 425,9 milhões de euros à conta dos juros dos empréstimos pagos pelos cidadãos gregos e irlandeses. Em 2012, terá mais lucros com os juros também retirados aos salários dos cidadãos portugueses. A expressão “ajuda financeira” tem conseguido, graças às maravilhas da linguagem, produzir a transmutação de um empréstimo com juros altos numa espécie de banco alimentar dos povos.
Os funcionários do FMI, como se sabe depois do escândalo Lagarde, vivem numa espécie de off-shore institucional celebrada ao mais alto nível. Não pagam impostos e o seu discurso alegadamente moralizador – como tentou fazer a directora-geral do FMI relativamente aos gregos que, sim, têm elevados índices de economia paralela – cai no saco da contradição moral e ética.
Ao dizer, em entrevista à Económico TV, que “baixar salários não é uma política, mas uma urgência”, António Borges assumiu uma política em todo o seu esplendor
António Borges afirmou em entrevista ao Etv que a redução de salários não é uma política, é uma urgência, o que motivou críticas severas dos partidos da Oposição.
Mas, a verdade, é que o ‘12º ministro' do Governo de Passos Coelho disse uma evidência, que não é repetida pelo Governo e pelo PS por mera táctica política.
A entrevista do conselheiro do Governo é de uma clareza cristalina. Sobre o passado, o presente e o futuro. "A diminuição de salários não é uma política, é uma urgência, uma emergência", mas as críticas, claro, revelam uma leitura selectiva e guiada do que foi dito. Borges também disse que a redução salarial "não pode ser de maneira nenhuma uma perspectiva de futuro".
Quem é que discorda da ideia de que os salários em Portugal cresceram mais do que a economia - e a produtividade - poderia pagar? A consequência é esta, a que estamos a viver, uma recessão e um aumento pronunciado do desemprego.
Em economia, não há milagres, e quem os vende está a enganar os portugueses. Borges disse a verdade. Portugal precisa urgentemente de aumentar a produtividade e competitividade relativamente aos seus concorrentes, e como a produtividade não se recupera de um dia para o outro, o aumento da competitividade só lá vai, no curto prazo, por factores como a redução salarial. Não, não estou a sugerir uma estratégia de baixos salários.
Qual é a vantagem? Tempo, tempo precioso para as empresas portuguesas. Antes do euro, a desvalorização cambial também resultava em cortes salariais, mas disfarçados e, por isso, menos dolorosos. Hoje, com o euro, não há outra alternativa. E evitá-lo, porque tem também custos sociais que o Estado tem de pagar, só tem uma consequência. Mais desemprego.
Borges tem, aliás, uma afirmação bem mais brutal, pelas consequências: o plano de ajustamento que está a ser aplicado não está a destruir a economia, está, antes, a limpá-la. A limpeza de uma economia corresponde, na prática, à destruição de sectores ineficientes e sustentados por um modelo de desenvolvimento que já não é possível manter, a crédito e suportado pelos favores do Estado, leia-se dos políticos. Sim, os sectores não-transaccionáveis estão em vias de extinção.
Um exemplo: a restauração. A falência de restaurantes e cafés - e temos um em cada esquina - é resultado directo da crise, da limpeza da economia, e não do aumento do IVA, porque, é fácil de perceber, este sector acabou por incorporar o agravamento de impostos. O eventual regresso do IVA à taxa anterior teria efeitos positivos no preço na restauração e faria regressar os clientes? Não e não.
A entrevista de António Borges, conduzida pela jornalista Tânia Madeira, é imperdível. Situa o País, o que nos trouxe até aqui, o que temos de sofrer, e é mesmo este o termo, para sairmos da crise. Claro, é mais fácil criticar Borges e centrar o discurso no crescimento, mesmo num país intervencionado e que tem poucos ou nenhuns instrumentos para o promover, que está descapitalizado, que tem empresários e empresas sem dinheiro e um Estado depauperado e que, no curto prazo, só teve engenho para aumentar impostos que pagam a sua gula.
Afinal a haver euro bonds,a Alemanha terá que começar a pagar juros de dívida lá para 1% contra os 0,05 actuais! E portugal por exemplo em vez de pagar 10% poderá a começar a pagar menos 3 ou 4 % e isto é uma chatice para alguns politiqueiros que dizem que entendem de economia mas que nada percebem,e para o estado alemão que só tem tirado dividendos das políticas seguidas dos outros países tais como Portugal a favor da Alemanha!
Colocado por: luisvv
Vamos lá ver se chegamos a alguma conclusão....
Jorge, uma resposta simples, sim ou não:é fiador do empréstimo de alguém?
Jorge, uma resposta simples, sim ou não:é fiador do empréstimo de alguém?
Colocado por: Jorge Rocha
Não.
a simplicidade com que lida com estas coisas é mesmo confrangedora,
olhe : no dia em que quizer fazer uma corrida de bicicleta comigo, na mesma pista, com bicicletas iguais, com o mesmo equipamento ah e tendo comido o mesmo pequeno almoço que eu, ai sim se perder admito que foi a força do luisvv ( mercado) pura a funcionar.
continuo a dizer que o luisvv é um poço de contradições, por um lado defende teorias de mercado livre e por outro defende com unhas e dentes o sistema financeiro que é o principal deturpador e manipulador da economia real e que só tem vindo a favorecer acumulação desproporcionada de capital condicionando a liberdade economica das pessoas.
Colocado por: luisvvos mais fortes nao fiam sem contrapartidas
Colocado por: luisvve se ao menos alguém tivesse, sei lá, lido as declarações do homem....mas isso dá trabalho, parece que são 2 linhas e nao temos tempo...
Claro que não li! Aliás, tenho imensas dúvidas que haja aqui neste fórum alguém que saiba ler (excluindo-te logicamente). Eu até tento, olho para os jornais ou para o ecrã, mas não consigo perceber patavina do que lá está ...
Só falta pedir a sua excelência que nos faça um desenho para assim podermos entender.
"A entrevista do conselheiro do Governo é de uma clareza cristalina. Sobre o passado, o presente e o futuro. "A diminuição de salários não é uma política, é uma urgência, uma emergência", mas as críticas, claro, revelam uma leitura selectiva e guiada do que foi dito. Borges também disse que a redução salarial "não pode ser de maneira nenhuma uma perspectiva de futuro"."
e como a produtividade não se recupera de um dia para o outro, o aumento da competitividade só lá vai, no curto prazo, por factores como a redução salarial. Não, não estou a sugerir uma estratégia de baixos salários.
Qual é a vantagem? Tempo, tempo precioso para as empresas portuguesas. Antes do euro, a desvalorização cambial também resultava em cortes salariais, mas disfarçados e, por isso, menos dolorosos. Hoje, com o euro, não há outra alternativa. E evitá-lo, porque tem também custos sociais que o Estado tem de pagar, só tem uma consequência. Mais desemprego.
Colocado por: luisvvNão tenho paciência para desenhos, e tenho menos ainda para arrebatamentos de virgenzinhas ofendidas "Ai que o malandro falou de baixar os salários.."
Colocado por: luisvvQuem leu 2 ou 3 linhas da resposta a 2 perguntas, com um mínimo de atenção e não se limitou a ler a citação truncada nos outros meios de comunicação, ficará com outra ideia que não a que se quer fazer passar.Mas isso dá trabalho e não permite mandar umas bocas espertas sobre o gajo que ganha 200 mil euros.
Colocado por: luisvvQuem leu 2 ou 3 linhas da resposta a 2 perguntas, com um mínimo de atenção e não se limitou a ler a citação truncada nos outros meios de comunicação, ficará com outra ideia que não a que se quer fazer passar.Mas isso dá trabalho e não permite mandar umas bocas espertas sobre o gajo que ganha 200 mil euros.
Afinal quem parece que não leu foste tu, os excertos não são sequer da entrevista:
Mais uma vez: se não estão de acordo contigo é porque não sabem ler. Ainda dizes que não tens paciência para virgens ofendidas? Não és bem tu que precisas de paciência ...