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  1.  # 281

    Querer relativizar o peso do BPN desta forma é um bocado ridículo. Posto desta forma, nenhuma despesa específica do Estado seria relevante quando comparada com a despesa total. Além disso, a despesa do Estado não pode ser vista toda da mesma forma: injectar dinheiro no BPN não é a mesma coisa que gastar dinheiro com a Saúde (é apenas um exemplo).


    Ridículo porquê? Ridículo é insistir no discurso de culpar os bancos pela crise - confundindo a situação portuguesa com a de outros países. Ridículo é insistir na história do BPN, como causa relevante da situação actual - que não é !!
    Excluindo o BPN, a dívida continua a aumentar ao ritmo de 3 BPN por ano. São cerca de 40 BPN em dívida, e vão continuar a aumentar. Dizer que é pela saúde, pela educação ou pelo consumo de papel higiénico é pouco relevante.
    • eu
    • 11 novembro 2011 editado

     # 282

    Colocado por: luisvvo sistema financeiro, como qualquer outro, deve estar sujeito à lei da vida: faliu, está falido, siga para bingo.

    Está consciente das consequências da falência súbita e generalizada dos Bancos ?
    • eu
    • 11 novembro 2011

     # 283

    Colocado por: luisvvRidículo porquê? Ridículo é insistir no discurso de culpar os bancos pela crise - confundindo a situação portuguesa com a de outros países. Ridículo é insistir na história do BPN, como causa relevante da situação actual - que não é !!
    Excluindo o BPN, a dívida continua a aumentar ao ritmo de 3 BPN por ano. São cerca de 40 BPN em dívida, e vão continuar a aumentar. Dizer que é pela saúde, pela educação ou pelo consumo de papel higiénico é pouco relevante.


    Eu já lhe disse que não defendo que a culpa da situação actual é dos Bancos, não insista comigo nesse argumento. O défice brutal que temos tem várias causas, mas o BPN é uma delas. É um facto! 5,000,000,000 euros não é algo que se possa relativizar! É um contributo BRUTAL!
  2.  # 284

    O exemplo que deu foi um exemplo do que não é a democracia, não ajuda muito a definir o que é.


    Claro, tem razão, mas parece-me que estamos aqui a falar coisas diferentes. Ninguém acha que se um grupo de pessoas julgar correcto apedrejar uma mulher, que esse grupo de pessoas, por estar em maioria, tem razão.

    E se decidirem que lhe vão retirar, digamos, 20% do dinheiro que ela tem na carteira, para comparticipar no custo de um jantar de confraternização já é democrático?

    Podemos discutir democracia de uma forma mais abrangente, mas a única coisa que tentei perceber foi o que você vê como democrático, porque só dá exemplos de mercados financeiros, e que acha que é democrático um sistema onde a procura e a oferta definem os preços. Eu também considero isso democrático, mas não é isso que estou a discutir.

    Dei o exemplo dos mercados (quaisquer que sejam), porque em certo sentido não há mecanismo mais democrático que esse - por permitir o encontro e arbitragem voluntária de interesses contraditórios, sem qualquer tipo de coacção e sem violar interesses legítimos das partes.

    Estou a discutir que, esse sistema neoliberal, não resultou, e temos muitos exemplos no mundo.

    Importa-se de elaborar ?

    Não se pode "democratizar" tanto os mercados pois eles não se auto-regulam, fazem tudo em função do lucro e não em função do bem estar social, e isso tem tido consequências para as populações, que têm sido ignoradas pelos responsáveis políticos que seguiram o caminho neoliberal.

    Creio que incorre num grande erro, comum à SD: o lucro é mau e indesejável. Ora, o lucro é o que permite o bem-estar social. O lucro permite aos agentes avaliarem a relevância dos serviços e produtos que vendem. A ilusão de que certos serviços podem ser prestados a custo zero é isso mesmo: ilusão.

    Está a referir-se ao quê? Em que "patéticos pormenores" das nossas vidas se intromete o Estado?

    Todos. O Estado define o que eu posso ou não comer, o que posso ou não beber. Pune-me se eu fumar. Pune-me se eu consumir substâncias que o Estado não aprove. Intromete-se nas condições dos contratos que celebro voluntariamente, proibindo-me disto e obrigando-me àquilo. O Estado rouba-me 70% do valor do meu trabalho, e dá-me em troca a obrigação de cumprir um contrato que não celebrei, com a vaga contrapartida de me assegurar determinadas contrapartidas, em condições que ele próprio determina e que pode alterar (e altera) a seu belprazer.
    Enfim, nem vale a pena ir por aí.

    Não foi por si, foi pela maioria, e o "contrato" que não assinou são leis que regem a nossa sociedade.

    Que contrato é esse que não pode ser rescindido? Que contrato é esse que vincula uma das partes e é arbitrado pela outra? E em que medida é que um "contrato" assumido por uma vaga "maioria" é democrático quando me impede de (ou compele a) fazer algo que não afecte legítimos interesses de terceiros?

    A alternativa que conheço a isto é a anarquia. Qual é a alternativa que propõe?

    Se não me engano, a alternativa que conhece e designa por anarquia è na verdade a anomia (a temida ausência de regras e leis). Anarquia (embora haja diversas correntes que se reclamam anarcas, muitas delas radicalmente opostas) é outra coisa - a ausência de coacção.
  3.  # 285

    Está consciente das consequências da falência súbita e generalizada dos Bancos ?


    Devolvo-lhe a pergunta: está consciente da existência daquilo a que normalmente se designa por moral hazzard ? Está consciente das consequências da existência da noção que há negócios/empresas/sectores que não podem falir ?
  4.  # 286

    Boas,

    Colocado por: luisvvCom o devido respeito, tretas.


    O que é que é treta?
    que a entrevista exista?
    Ou que o seu conteúdo é falso?

    Colocado por: luisvvCedo ou tarde, o esquema tem que acabar - a bem, através da redução drástica dos gastos do Estado (o que é contra a natureza social-democrata dos Estados europeus), ou a mal, através do fecho da torneira do crédito.


    E onde é que eu disse o contrário?
    Presume que sabe qual é minha "solução", mas garanto~lhe que está muito longe!
    Que o mercado posso "viciar" as regras do jogo não fui eu que disse, que o mercado pudesse levar um país à bancarrota não fui eu que disse.
    Certamente se esta atento (como evidencia) as estes assuntos sabe muito bem a que entrevista me refiro (infelizmente continuo a não a conseguir encontrar).

    Colocado por: luisvvQualquer pessoa minimamente informada e sem uma crença excessiva nas virtudes do Estado e seus investimentos podia prever, com alguma segurança, que algo aconteceria.


    Sem dúvida nenhuma.
    Eu próprio que não sou propriamente conhecedor da área o sabia desde a década de 90.
    Mas, por incrível que pareça quem mais tarde se apercebeu do que estava para acontecer foram precisamente aqueles que o luis diz que se baseiam em informação.
    Ou será que sabiam e pura e simplesmente foram aproveitando enquanto podiam?

    Colocado por: luisvvLá está o erro de perspectiva: os agentes do mercado compram e vendem para ter rendimento do seu capital. Ninguém obriga os agentes a entrarem no mercado - e isto é válido para compradores e vendedores, para credores e devedores.


    Erro de perspectiva?!?!?
    Então eu digo que fazem o seu papel e diz-me que é um erro de perspectiva?
    Então fazem o papel de quem?


    Colocado por: luisvvSério. Quando o vendedor V vende o produto P ao comprador C, ambos transmitem informação sobre os preços a que estão dispostos a transaccionar os respectivos bens.


    Mas andamos a brincar ou quê?
    O luis não sabe o significado de especulação e manipulação?
    Não me diga que acredita que este é um mundo impoluto e e ninguém faz disto.

    Colocado por: luisvvÉ sempre mais cómodo culpar os outros. No caso presente, por enquanto são "os bancos", mas nos últimos tempos já foram as "agências de rating" , os "especuladores" e eu sei lá mais o quê.


    mais uma vez presume demais acerca do que sabe sobre o que eu penso?
    Onde é que eu culpei os bancos? onde é que eu culpei os mercados? onde é que eu culpei as agência? onde é que eu culpei os especuladores?
    Se eu penso que têm culpa? Penso que têm culpa assim como outros agentes da nossa sociedade, sejam os governos, sejam as populações ou outros tantos.
    Nunca me viu aqui dizer que são os principais ou maiores culpados, mas presume que eu o disse (será uma teoria da conspiração?).


    Colocado por: luisvvVista por olhos SD, a relutância dos investidores em emprestar mais dinheiro a países endividados que insistem em continuar a gastar mais do que recebem, é evidentemente uma prova da ganância dos mercados.


    E não é (também)?

    Colocado por: luisvvVista por olhos SD, a subida de juros de empréstimos a países que admitem ser inevitável a reestruturação da dívida é, adivinhou, prova da ganância dos mercados.


    E não é (também)?

    Se o próprio luis diz que mais cedo ou mais tarde não vamos conseguir pagar o que devemos (presumo que não seja um iluminado), o que acha que leva os "mercados" a continuar a emprestar dinheiro?
    Por serem nossos amigos?
    Por gostarem das nossas praias?
    Por terem medo que a gente morra toda à fome?

    Antes de presumir: não quero com isto dizer que os "mercados" sejam os únicos ou principais culpados, que sejam os únicos ou maiores gananciosos.

    Colocado por: luisvvnão duvido nem por um segundo que as opções gerais tomadas o são por convicção de que são as mais correctas e/ou adequadas às circunstâncias.


    Eu também não tenho dúvidas disso.
    Agora falta saber é se as convicções e a correcção o são em relação ao "bem-comum" ou se em relação ao somente relativamente a um reduzido núcleo de indivíduos.
    E aqui eu não tenho a mínima dúvida, e que os exemplos diários me vão dando razão, o objectivo primário não é nunca o "bem-comum".

    Colocado por: luisvvVejamos: aquilo que por cá é visto como centro-direita (a parte social-democrata do PSD), na Europa é centro-esquerda. Portugal é, de forma genérica, um país mais à esquerda que a Europa, onde por sua vez predominam ideias SD, que não deixam de ser de esquerda.
    Apesar de tudo, eu prefiro raciocinar noutros termos: liberal / socialista (entendendo aqui socialista como alguém que defende em maior ou menor grau a predominância do colectivo).


    Não vou aqui discutir o conceito de esquerda/direita, que nem sequer é um conceito político, mas sim social.
    Mas há coisas que se confundem (quanto a mim), portugal não é um pais de politicas de esquerda ou de direita.
    Portugal é um pais de politicas irresponsáveis, e essa característica não é de esquerda nem de direita.
    Qualquer que seja a medida/politica implementada de uma forma irresponsável não pode ser julgada pela sua génese, mas sim pela irresponsabilidade com a qual foi implementada.

    Colocado por: luisvvJá agora, se tiver curiosidade, Bastiat tem outras parábolas muito interessantes, sendo a mais conhecida a da petição dos vendedores de velas, deliciosamente mordaz e ainda hoje admiravelmente actual.


    Obrigado, quando tiver 5 min vou tentar ler.

    Colocado por: luisvvEstá a brincar, certo? Foi o BPN que nos pôs aqui ?


    Não foi isso que eu disse ou quis dizer.
    Era simplesmente uma resposta a:
    Colocado por: luisvvFalta de regulação ?? O Rui é capaz de me explicar em que medida é que os bancos portugueses não são e deviam ser regulados?


    Colocado por: luisvvAs perguntas vão de novo ao lado. Poderia ter perguntado, por exemplo : V é monopolista? Isso sim, é relevante.


    Para si, porque para mim pode não ser.
    Para mim é mais relevante saber se um determinado produto pode permitir a sobrevivência de pessoas que saber se foi conseguido através de um monopólio.
    Para deixar de presumir tanto acerca do que eu penso: eu não quero saber de economias, politicas ou tantas outras coisas. A mim a única coisa que me importa são as pessoas. Para mim a única coisa que me importa é a desigualdade social. Para mim a única coisa que me importa é ver alguns a brincar com a vida dos outros. tudo o resto para mim são "peanuts".


    Colocado por: luisvvOs preços administrativos são, na melhor das hipóteses inúteis, na pior das hipóteses nefastos.


    Sim, e?
    Recorrendo ao que disse acima: a mim a única coisa que me interessa são as pessoas, logo o que penso é que há bens que não deveriam entrar no âmbito do negócio.
    Isto nem sequer é uma invenção minha, não é invenção da "esquerda".
    Há alguns exemplos desta abordagem em países que nos habituamos a ver como os mais "avançados".

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  5.  # 287

    Eu já lhe disse quenão defendo que a culpa da situação actual é dos Bancos, não insista comigo nesse argumento.


    Não é consigo que estou a insistir. O assunto surgiu no desenvolvimento da conversa: começou a lengalenga dos bancos, e perguntei: quais bancos? como ? porquê? e a única resposta foi "BPN?"

    Ora, o BPN foi um caso de polícia, que uma decisão política puxou para a responsabilidade do Estado. Mesmo assim....

    O défice brutal que temos tem várias causas,mas o BPN é uma delas. É um facto! 5,000,000,000 euros não é algo que se possa relativizar! É um contributo BRUTAL!

    ... mesmo assim, dizia eu, continua a ser irrelevante. Esqueça o contributo do BPN, e continua a ter exactamente o mesmo problema:
    • eu
    • 11 novembro 2011

     # 288

    Colocado por: luisvvEsqueça o contributo do BPN, e continua a ter exactamente o mesmo problema

    Continuamos com um problema, mas não é exactamente o mesmo problema, é um problema ligeiramente menor.
  6.  # 289

    Mais uma vez, a desconversar, digo-lhe porquê:

    Colocado por: luisvvE se decidirem que lhe vão retirar, digamos, 20% do dinheiro que ela tem na carteira, para comparticipar no custo de um jantar de confraternização já é democrático?


    A analogia que está a tentar estabelecer cai por terra porque não se está a tirar 20% do dinheiro da mulher, mas 20% do dinheiro de uma largo grupo da população. Mas nem vale a pena continuar por aqui, é absurdo.


    Colocado por: luisvvDei o exemplo dos mercados (quaisquer que sejam), porque em certo sentido não há mecanismo mais democrático que esse -por permitir o encontro e arbitragem voluntária de interesses contraditórios, sem qualquer tipo de coacção e sem violar interesses legítimos das partes.


    Entre os "agentes" que participam nos negócios acredito que o mecanismo seja democrático. O que sei é que os efeitos, ou seja, as consequências dessa liberdade de acção destes agentes que diz ser democrático, podem ser muito negativos para uma parte significativa da população que não participou nas decisões desses agentes, e que, ao contrário dos deputados, governo, etc. nem puderam eleger esses agentes.

    Colocado por: euImporta-se de elaborar ?


    Dou-lhe o exemplo do neoliberalismo na Inglaterra durante a legislatura de Margaret Thatcher, período em que a Inglaterra, com políticas neoliberais, ficou com uma taxa de pobreza infantil ao nível do terceiro mundo. Mas há muitos exemplos na América do Sul, e temos o flagrante exemplo dos Estados Unidos da América, onde quem não pode pagar saúde ou educação não a tem. Mas parece-me que isto não é algo negativo para si.


    Colocado por: luisvvCreio que incorre num grande erro, comum à SD: o lucro é mau e indesejável. Ora, o lucro é o que permite o bem-estar social. O lucro permite aos agentes avaliarem a relevância dos serviços e produtos que vendem. A ilusão de que certos serviços podem ser prestados a custo zero é isso mesmo: ilusão.


    Não caio nesse erro, nem disse que "o lucro é mau e indesejável". Não penso dessa forma, e sugiro que me indique onde disse isso. O que disse, e reafirmo, é que o lucro não pode sobrepor-se ao bem estar social, e como as empresas querem acima de tudo saber de lucros, cabe ao Estado regular os mercados de forma a garantir o bem estar social, e não o lucro das empresas. Se houver os dois, melhor.



    Colocado por: luisvvTodos. O Estado define o que eu posso ou não comer, o que posso ou não beber. Pune-me se eu fumar. Pune-me se eu consumir substâncias que o Estado não aprove.


    Aqui cai completamente no ridículo, você não é proibido de fumar, é proibido de prejudicar os outros com o seu hábito/vício. Eu ainda como o que quero, não há nada que queira comer que o estado me proíba, se conseguir dar-me exemplos...

    Colocado por: luisvvQue contrato é esse que não pode ser rescindido? Que contrato é esse que vincula uma das partes e é arbitrado pela outra? E em que medida é que um "contrato" assumido por uma vaga "maioria" é democrático quando me impede de (ou compele a) fazer algo que não afecte legítimos interesses de terceiros?


    É uma constituição e um conjunto de leis, se é contra isto sugiro, mais uma vez, que me indique uma alternativa, porque ainda não deu nenhuma.

    Colocado por: luisvvSe não me engano, a alternativa que conhece e designa por anarquia è na verdade a anomia (a temida ausência de regras e leis). Anarquia (embora haja diversas correntes que se reclamam anarcas, muitas delas radicalmente opostas) é outra coisa - a ausência de coacção.


    Mais uma vez, em vez de desconversar. Chame-lhe anarquia ou anomia, indique-me uma alternativa, já que é contra o Estado, e contra as leis definidas por agentes eleitos por nós.
  7.  # 290

    Boas,

    Em que activos investir, quando os mercados mostram uma extrema sensibilidade a factores políticos que não têm a ver com os dados fundamentais das economias, mesmo quando estes não prometem um futuro risonho?
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518091

    A banca não quer o Estado como accionista. Óptimo. Tem dinheiro? Pois que os seus accionistas capitalizem os bancos de acordo com as regras que os próprios mercados estão a exigir. Não tem dinheiro? Pois tem de se sujeitar às regras de quem o tem e que, em nome dos contribuintes, o vai emprestar. Nenhum sector, sem ser a banca, tem em Portugal o privilégio de dispor de 12 mil milhões de euros para garantir a sua solidez e liquidez. Quantas empresas economicamente viáveis não precisam neste momento de meia dúzia de milhares para garantir que não são varridas para a falência pela falta de crédito?
    ...
    Durante demasiado tempo, o poder foi cúmplice do sector financeiro - aqui, como no resto da Europa - e esteve totalmente capturado por ele. Esteve ou está? A resolução efectiva da crise financeira em que mergulhou o mundo ocidental depende, de forma determinante, da capacidade que os Estados tiverem de recuperar o poder sobre o sistema financeiro. Se não o fizerem, outra crise chegará.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518641

    Anos a fio, os EUA não realizaram a adequada regulação de grupos bancários internacionais que inventaram produtos financeiros que contribuíram para a crise financeira;
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518549&pn=1

    “A única opção vai ser uma reestruturação coerciva mas ordenada da dívida do país. Nem mesmo a alteração do Governo italiano para uma coligação liderada por um respeitado tecnocrata não vai mudar o problema central”, aponta o profeta das crises, numa altura em que Mario Monti, antigo comissário europeu, é apontado para suceder a Sílvio Berlusconi como primeiro-ministro.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518697

    Os mercados sacodem os políticos. Georges Papandreou é hoje substituído por Lucas Papademos. Berlusconi, "Il Cavaliere", tanto tremeu que promete cair. "Há uma certa poesia no facto de ter sido a economia, e não a política, a ditar o princípio do fim do primeiro--ministro italiano", escrevia esta semana, na revista "Time", Stephan Faris. A saga talvez não tenha terminado. "Estarão então os mercados, de alguma forma, a substituir a democracia?", questiona-se aqui e acolá
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518677&pn=1



    Governo dá presente financeiro à TMN, Vodafone e Optimus
    As taxas de espectro vão baixar para metade do actual valor. O Governo opta por reduzir não apenas as frequências que vão ser leiloadas, mas também o que os operadores hoje pagam.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518583&pn=1

    Previsões da UE. Nível salarial dos portugueses vai recuar quase uma década
    http://www.ionline.pt/dinheiro/previsoes-da-ue-nivel-salarial-dos-portugueses-vai-recuar-quase-uma-decada

    Se a equipa deVítor Gaspar, ministro das Finanças, antecipa uma taxa de desemprego máxima de 13,4% em 2012, que no ano seguinte “irá decrescer”, conforme se lê no relatório do Orçamento do Estado, Bruxelas pinta um cenário mais grave:desemprego nos 13,6% no próximo ano, que sobe para 13,7% em 2013.
    http://www.ionline.pt/dinheiro/desemprego-previsao-governo-comeca-ser-posta-causa

    Orçamento. Governo admite que esforço pedido pode não ser suficiente
    http://www.ionline.pt/dinheiro/orcamento-governo-admite-esforco-pedido-pode-nao-ser-suficiente

    Bispos dizem que democracia está em risco
    Numa mensagem dirigida a todos os concidadãos e também aos imigrantes, no final da assembleia plenária, os bispos dizem que “o capital provém do trabalho que, realizando a pessoa humana, mantém prioridade absoluta”.
    http://www.publico.pt/Sociedade/bispos-dizem-que-democracia-esta-em-risco-1520375

    Aquilo que estes pigmeus políticos se esquecem é que o crescimento da França e da Alemanha, a qualidade de vida dos seus cidadãos e até a paz em que têm vivido depende da integração económica europeia. E que em política, como na vida, não há ação sem reação. Os mercados europeus para onde exportam os seus produtos, que por ordem sua abriram fronteiras e desmantelaram a sua indústria, abandonados à sua sorte, vão ter de se defender e optar por medidas protecionistas para tentar reerguer as suas economias. Vai regressar tudo ao princípio.
    http://aeiou.expresso.pt/-merkozy-e-a-ultima-estocada-na-europa=f686789

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Estas pessoas agradeceram este comentário: José Pedro Nunes
  8.  # 291

    Oxelfer,

    Excelente compilação de notícias.
    Já só se fala em andar para trás, décadas perdidas de crescimento, de salários... Há 2 anos dizia-se que a crise tinha passado, e agora diz-se que perdemos mais de 10 anos. Falharam as previsões, ou falharam as respostas aos avisos?
  9.  # 292

    Boas,

    Colocado por: José Pedro NunesExcelente compilação de notícias.


    Só notar que podem ou não reflectir os meus pontos de vista.

    Colocado por: José Pedro NunesJá só se fala em andar para trás, décadas perdidas de crescimento, de salários


    Agora vou confundir ou luis que presume saber quais as minhas convicções:
    Eu tenho alguma dúvidas que seja agora que vamos andar para trás, o que me parece já há muitos anos é que andamos muito para a frente.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10.  # 293

    Acha que fomos "gulosos"?
    • eu
    • 11 novembro 2011

     # 294

    Colocado por: José Pedro NunesAcha que fomos "gulosos"?

    Mas ainda tem dúvidas? O problema é que uns comeram uma fatia maior...
    Concordam com este comentário: José Pedro Nunes
  11.  # 295

    Boas,

    Colocado por: José Pedro NunesAcha que fomos "gulosos"?


    Sim, acho.
    Como diz o eu, uns mais que outros, mas fomos.
    Todos?
    Bem, ai é que já tenho as minhas dúvidas.
    Se para a maioria deu para encher a barriga, para alguns nem migalhas sobraram, e infelizmente são quem mais vai sofrer com esta "crise".

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: José Pedro Nunes
  12.  # 296

    Colocado por: euMas ainda tem dúvidas? O problema é que uns comeram uma fatia maior...


    Estava a tentar perceber se era isso que Oxelfer estava a dizer.

    Também acho que no geral fomos gulosos, e não criámos uma base que permitisse um crescimento sustentado. A base está a tremer, e nós estamos a ser abanados com muita força...
  13.  # 297

    Boas,


    Pode a "culpa" ser repartida da mesma forma?


    "Apesar disso, o politólogo gosta muito pouco do lado "moralista da ideia que se espalhou de que os portugueses vivem acima das suas posses". E enfatiza: "não foram os portugueses que foram à procura das condições [de consumo e de financiamento desse consumo]; foram elas que vieram ter com os portugueses". Nesse quadro, salienta, "a sociedade, que tem atitudes racionais", seguiu aquilo que lhe era proposto não apenas como razoável, mas também como imprescindível ao desenvolvimento interno do país."
    http://economico.sapo.pt/noticias/a-partir-de-amanha-o-cafe-custa-120-escudos_131073.html

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 298

    Colocado por: oxelfer"moralista da ideia que se espalhou de que os portugueses vivem acima das suas posses"


    Eu também gosto muito pouca dessa ideia, acho que já o disse no fórum. Parece que caímos sempre no ditado "paga o justo pelo pecador".
  15.  # 299

    Boas,

    Colocado por: José Pedro NunesEu também gosto muito pouca dessa ideia, acho que já o disse no fórum. Parece que caímos sempre no ditado "paga o justo pelo pecador".


    Eu não sei se concordo (com a parte do texto que coloquei) ou não.
    Eu acho que vivemos acima das nossas posses, sobretudo depois de algumas opções que tomamos (o "tomamos" é que pode ser discutível).

    1 - uma sociedade informada não segue algo pura e simplesmente por lhe ser proposto como razoável ou imprescindível.
    2 - não somos uma sociedade informada.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  16.  # 300

    Boas,

    Realmente casos "ocasionais" acontecem muitas vezes neste "mundo":

    A Grécia falseou os seus números para poder adequar-se aos critérios de adesão à união monetária europeia. Isso já se sabe. Mas parece que Itália terá feito o mesmo.
    E, tal como aconteceu com a Grécia, pode ter sido o Goldman Sachs a assessorar as operações. Nessa altura, o presidente do Tesouro italiano era Mario Draghi, que assumiu a 1 de Novembro a presidência do BCE, sucedendo assim a Jean-Claude Trichet. E Draghi foi vice-chairman do Goldman Sachs International.
    ...
    E um dos aspectos curiosos é que o Departamento italiano do Tesouro era, nessa altura, comandado por Draghi, agora presidente do BCE. “Mario Draghi, que talvez seja agora o homem mais poderoso da Europa, na qualidade de líder do BCE, disse em Junho perante uma comissão do Parlamento Europeu que ‘não tinha nada a ver’ com aquelas transacções [referidas por Gustavo Piga] (…). Mas após Draghi ter saído do Tesouro de Itália, integrou de imediato o Goldman Sachs International (de 2002 a 2005) como vice-chairman e administrador executivo”, salienta o “National Journal”.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=518825

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
 
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