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    • eu
    • 16 novembro 2011

     # 341

    Colocado por: luisvvDeus nos livre de um mundo onde o estado nao regule as telecomunicações, right? Como todos podemos perceber, se nao fosse o estado os operadores andavam a transmitir nas frequências alheias, coitados...

    Isso já aconteceu no passado: lembra-se das rádios piratas?

    A gestão das frequências é algo muito básico e essencial. Nem merece discussão. Por alguma razão, não há um único País civilizado onde o Estado não regula as frequências.

    Acho que a sua fé no liberalismo total é um bocado ingénua... nem 8 nem 80.
    Concordam com este comentário: José Pedro Nunes
  1.  # 342

    Discordo (nao escrevo o resto porque o telefone deixa-me louco)
    A compra de frequência é efectivamente uma barreira á entrada no mercado, tal como os processos de introdução de tecnologias são formas de limitar a concorrência.

    Como se vê a propósito da tv, o principio orientador é "mais concorrência é uma coisa óptima, excepto no meu sector". ( cito de memória a chamada 1a lei de arroja ) .
  2.  # 343

    A razão porque os estados gerem o espectro racioelectrico é a mesma porque gerem outros bens - porque se apropriaram deles e os atribuem consoante suas conveniências.

    Sobr o liberalismo, nao se trata de fé, apenas a constatação de que nao é preciso o estado para os agentes regularem o uso de bens escassos - é essa a função do mercado.
  3.  # 344

    Colocado por: luisvvOra, o José parte do princípio que a regulação do mercado tem efeitos positivos, o que é difícil de provar..


    É fácil provar que a desregulação tem efeitos negativos.

    Colocado por: luisvvO problema é o seu raciocínio estar viciado no Estado. O meu exemplo é simples: tomei uma decisão consciente e posso ser punido por algo que só a mim e aos restantes presentes diz respeito. Pior: a punição reverte a favor do Estado ..


    Ok, o que sugere em alternativa é que cada grupo, como no exemplo que deu, possa decidir se pode fumar num local fechado. Como seria a decisão? Por unanimidade? Ou por maioria? Ou era o mais forte que decidia? Se alguém dos 3 dissesse "ou deixam-me fumar ou a vossa cara deixará de ser simétrica" esse poderia fumar?
    É que pela forma como coloca as coisas não é o meu raciocínio que está viciado no Estado, é o seu que está no neoliberalismo, a roçar a anarquia...

    Colocado por: luisvvFrancamente...


    Preferia que desenvolvesse, não percebo se está a ser irónico.

    Colocado por: luisvvNão vale a pena aprofundar muito, masconsiderar que o Estado deve assegurar acesso a determinado bem é diferente de defender que o Estado os deve produzir, ou que devam ser produzidos fora do mercado.E a noção do lucro como algo de incompatível com determinados serviços é absurda - o lucro é a medida da utilidade do bem e a forma de o fornecedor se adequar à procura.


    Eu acho que se à procura não deve ser o Estado a impedir que surja a oferta. Se uma pessoa prefere ir a um sistema de saúde privado, ou educar os seus filhos num colégio privado, deve ser livre de o fazer. Mas acho que o Estado deve oferecer serviços decentes, para quem não pode optar pela oferta privada. Isto, mais uma vez, para os direitos básicos como saúde e educação.
  4.  # 345

    Colocado por: luisvvA razão porque os estados gerem o espectro racioelectrico é a mesma porque gerem outros bens - porque se apropriaram deles e os atribuem consoante suas conveniências.


    Começa a parecer que o Estado é papão, mau, que quer dominar tudo e todos.

    Colocado por: luisvvSobr o liberalismo, nao se trata de fé, apenas a constatação de que nao é preciso o estado para os agentes regularem o uso de bens escassos - é essa a função do mercado.


    O eu disse "nem 8 nem 80" em relação ao neoliberalismo, e concordo. Penso que nem os teóricos do neoliberalismo pretendem ir tão longe quanto o luisvv.
    Já se viu mais do que uma vez o que a não regulação dos mercados (sejam eles de telecomunicações, financeiros, imobiliários, etc.) pode fazer.
  5.  # 346

    "O preço para salvar e estabilizar a zona euro é uma 'concentração de soberania' em Bruxelas, avisou ontem o presidente do Conselho Europeu."

    http://economico.sapo.pt/noticias/van-rompuy-antecipa-perda-de-soberania_131480.html
  6.  # 347

    Colocado por: José Pedro Nunes

    É fácil provar que a desregulação tem efeitos negativos.

    Por exemplo?
    Entretanto, o jose lembra-me os fabricantes de velas de bastiat.

    Ok, o que sugere em alternativa é que cada grupo, como no exemplo que deu, possa decidir se pode fumar num local fechado. Como seria a decisão? Por unanimidade? Ou por maioria? Ou era o mais forte que decidia? Se alguém dos 3 dissesse "ou deixam-me fumar ou a vossa cara deixará de ser simétrica" esse poderia fumar?
    É que pela forma como coloca as coisas não é o meu raciocínio que está viciado no Estado, é o seu que está no neoliberalismo, a roçar a anarquia...

    Extraordinário. O jose nem se apercebe como acha normal desvalorizar a liberdade individual, em nome da suposta protecção de interesses que nao os dos próprios. Acontece que tomando o seu argumento como valido eu consigo defender De forma incontestável a imposição de um regime totalitário. Naturalmente o jose dirá: nem 8 nem 80, mas aí já será tarde - porque estará a discutir graus em vez de discutir legitimidades.

    Eu acho que se à procura não deve ser o Estado a impedir que surja a oferta. Se uma pessoa prefere ir a um sistema de saúde privado, ou educar os seus filhos num colégio privado, deve ser livre de o fazer. Mas acho que o Estado deve oferecer serviços decentes, para quem não pode optar pela oferta privada. Isto, mais uma vez, para os direitos básicos como saúde e educação.


    Se ao menos o estado competisse em igualdade de circunstancias...
  7.  # 348


    Começa a parecer que o Estado é papão, mau, que quer dominar tudo e todos.

    Nao se trata de teorias de conspiração, mas da mera natureza de um estado socdem que tem vindo a expandir continuamente o âmbito da sua actuação.
    E sim, os estados já controlam muitos aspectos da sua vida de uma forma inaceitável.


    Já se viu mais do que uma vez o que a não regulação dos mercados (sejam eles de telecomunicações, financeiros, imobiliários, etc.) pode fazer.

    Já se viu? Desde quando os mercados nao são regulados? Em que medida é que essa falta de regulação se manifesta?
  8.  # 349

    O jose já reparou que nesta discussão está a utilizar um dos exemplos mais paradigmáticos da ausência de regulação do estado? Já imaginou o que seria a net com supervisão e regulação do estado? Porque é que a net nao vai abaixo?
  9.  # 350

    Colocado por: luisvvPor exemplo?
    Entretanto, o jose lembra-me os fabricantes de velas de bastiat.


    Não sei o que são os fabricantes de velas bastiat.
    Exemplos:
    - crise imobiliária de 2008. Os bancos fizeram o que quiseram até a bolha rebentar;
    - agências de rating sobre a dívida dos países;

    Colocado por: luisvvExtraordinário. O jose nem se apercebe como acha normal desvalorizar a liberdade individual, em nome da suposta protecção de interesses que nao os dos próprios. Acontece que tomando o seu argumento como valido eu consigo defender De forma incontestável a imposição de um regime totalitário. Naturalmente o jose dirá: nem 8 nem 80, mas aí já será tarde - porque estará a discutir graus em vez de discutir legitimidades.


    Eu aqui nem cheguei a apresentar um único argumento, apenas fiz perguntas. Não é a primeira vez que assume como minha opinião algo que eu não disse, a conversa deixa de ter interesse para mim quando o que digo é deturpado. O que é bastante frequente é você não responder às perguntas que faço, talvez por pensar que são retóricas, talvez por não ter resposta, ainda não percebi.
    A liberdade individual é algo que prezo muito, mas a fronteira entre a minha liberdade individual e a de terceiros é muito ténue.

    Colocado por: luisvvSe ao menos o estado competisse em igualdade de circunstancias...


    Quando está em causa a saúde ou educação não me parece que tenha de haver igualdade de circunstâncias porque o objectivo passa a ser a sociedade e não o lucro. Se uma entidade privada consegue oferecer mais/melhor que o sistema público de educação ou saúde tenho a certeza que não faltarão pessoas interessadas em pagar por esses serviços.
  10.  # 351

    Colocado por: luisvvO jose já reparou que nesta discussão está a utilizar um dos exemplos mais paradigmáticos da ausência de regulação do estado? Já imaginou o que seria a net com supervisão e regulação do estado? Porque é que a net nao vai abaixo?


    Sinceramente é um excelente exemplo. Nos países onde a net é regulada em demasia pelo Estado acontecem situações frequentes de censura, com as quais, obviamente, não concordo.
    Mas um bom exemplo de falta de regulação não serve para provar que toda a falta de regulação é boa, não concorda?
    O inverso, a meu ver, também é verdade. O sucesso da regulação em algum ponto particular, não deve ser generalizado para "tudo deve ser regulado", que nem é o que defendo.
    •  
      FD
    • 16 novembro 2011

     # 352

    Colocado por: José Pedro NunesNão sei o que são os fabricantes de velas bastiat.

    http://mises.org.pt/posts/artigos/peticao-dos-fabricantes-de-velas/
    Estas pessoas agradeceram este comentário: José Pedro Nunes
  11.  # 353

    Boas,

    “Há uns anos dizíamos que só o capitalismo podia salvar a China hoje chegamos à conclusão de que só a China pode salvar o capitalismo”. A frase é de António Costa Silva, presidente da Partex, para quem é inegável o poder que a China assumiu no mercado nacional de energia.
    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=519795

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    •  
      FD
    • 16 novembro 2011

     # 354

    Essa (China) deve ser outra que está a uns escassos anos da implosão...

    Estas pessoas agradeceram este comentário: bino_
    • eu
    • 16 novembro 2011

     # 355

    Colocado por: luisvvO jose já reparou que nesta discussão está a utilizar um dos exemplos mais paradigmáticos da ausência de regulação do estado? Já imaginou o que seria a net com supervisão e regulação do estado? Porque é que a net nao vai abaixo?

    A Net é regulada!"

    Não só pelos estados, mas também por instituições transnacionais como por exemplo a IANA.
  12.  # 356

    Colocado por: euA Net é regulada!"

    Não só pelos estados, mas também por instituições transnacionais como por exemplo a IANA.


    Tem razão, mas penso que o luisvv estava a referir-se a regulação através de restrição de conteúdos.
  13.  # 357

    Boas,

    Colocado por: luisvvJá imaginou o que seria a net com supervisão e regulação do estado? Porque é que a net nao vai abaixo?


    A net não é regulada?
    Tente lá montar um ISP e veja segundo os seus princípios se é regulada ou não.

    A net não é regulada?
    Então porque é que os ISP são obrigados a manter registos de toda a actividade dos seus clientes?

    A net não é regulada?
    Então porque é que por exemplo já existem hosters "offshore"?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14.  # 358

    Boas,

    Colocado por: José Pedro NunesTem razão, mas penso que o luisvv estava a referir-se a regulação através de restrição de conteúdos.


    Sim, e mesmo ai já há exemplos de "regulação" ou censura como lhe quiserem chamar.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  15.  # 359

    Compreender a dívida pública:

    http://www.youtube.com/watch?v=f7cJ_ZBiU-I
    Concordam com este comentário: Tavares Miguel
  16.  # 360

    Não só pelos estados, mas também por instituições transnacionais como por exemplo a IANA.


    A IANA é uma dependência do ICANN, organização não estatal. É um exemplo de como pode funcionar, e funciona, uma estrutura distribuída por todo o mundo, sem um predomínio do Estado, através da arbitragem de interesses.
 
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