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  1.  # 161

    Lá está.. as pessoas não são todas iguais , e quando queremos falar em geral temos de ter cuidado pois nem todos pensam, agem e reagem da mesma forma ( como nós).
    Por exemplo acho que o aborto dentro de certas condições deve ser permitido, mas discordo da lei que existe.
    Deve ser controlado: toda a gente tem direito a ter acidentes e azares mas não se pode deixar que seja utilizado como contraceptivo.

    Para a maioria das mulheres esse comportamento seria impensável, mas na pratica existe uma quantidade não marginal (mais as que não assumem para as estatísticas) que não pensa assim e temos de fazer leis para todos.



    Colocado por: Princesa_Meus caros, eu sei que é dificil de acreditar, mas uma avó minha acompanhou a sua irmã pelo menos 18 vezes a abortar... E disse que era "normal" isto acontecer.

    E eu, a unica experiência que tive, acompanhei a única pessoa que lá estava pela primeira vez, que quase vomitava o que (não) tinha comido com os relatos das mais experientes que na sala de espera partilhavam opiniões sobre como "na boa" era...

    Olhem, a mim não me faziam acreditar nisto, não tivesse eu estado ali naquele momento.

    O que acho é que, talvez não traga muita dor fisica (embora seja máu, eu vi). O traumatizante ou não está na forma como se vive aquilo e não tanto no que custa faezr a intervenção... É o que penso. A minha amiga, a que levei lá, depois ficou bem, não pensa contudo que aquilo foi na boa. Arrependeu-se. Pouco tempo depois engravidou (de propósito) e teve uma menina... E achou que deveria ter tido aquele bebé e que não tinha tido razões para fazer o que fez... E sim, ficou traumatizada com aquilo. Não sei se algum dia conseguiria lá voltar.

    Eu também fiquei, mas eu já era traumatizada só com a ideia de estar ali e a fazer aquilo... :(
    Estas pessoas agradeceram este comentário:oxelfeR
  2.  # 162

    A lei é. em regra, geral e abstracta. E tem que o ser. A forma de a construir melhor é ir trabalhando as excepções.

    Para que seja correctamente aplicada, deverá ser clara.

    Como já tive ocasião de dizer (mas não aqui), não posso aceitar que numa sociedade que não tem dinheiro para suportar a alimentação ou medicamentos dos velhotes e os vê morrer à fome e sozinhos, na maior parte das vezes, exista dinheiro para suportar 4 abortos à mesma mulher porque teve um "azar".

    É tyambém uma questão de recursos. Se são limitados é uma questão de prioridade. Toda a gente tem direito a errar, mas errar tem limites e estes erros deveriam ser suportados pelo próprio. É o que penso... Custa-me saber que nós todos, suportamos isto, indirectamente, confesso-lhe.
    Concordam com este comentário: becas, system32, two-rok
  3.  # 163

    Colocado por: system32E você sabe o que o recém nascido sente?? lol!!!



    Não.
    Mas sei o que sinto como Pai.
    E os sentimentos são os mesmos tenha 1 dia 1 ano ou 20.
    Concordam com este comentário: two-rok, branco.valter
  4.  # 164

    Lá está.. o que eu já disse antes... esta conversa não é pelo melhor para as crianças mas sim para a consciência dos pais !!!



    Colocado por: king25
    Não.
    Mas sei o que sinto como Pai.
    E os sentimentos são os mesmos tenha 1 dia 1 ano ou 20.
    • adan
    • 6 março 2012

     # 165

    Estive vai, não vai para me manter calado... mas li e reli alguns comentários e nem sei o que dizer... apesar de a ética e moral ser a base da minha formação...

    Eu nem sei se sou contra ou a favor... Sei simplesmente que por estar inscrito na lei não o torna digno e moral e ético e justo e HUMANO. Senão as crueldades impostas pelo regime hitleriano estavam abençoadas pelo simples facto de ele as ter inscrito na lei... E alguém com dois dedos de testa percebe que o "crime" foi simplesmente despenalizado...

    Alguns falam de dor dos que podem ou não sentir e de consicência dos pais... Sentir ou não??? Acredito que por ser simplesmente ser vivo: tem sentidos e sente... A consciência só nos distingue dos diversos animais e torna-nos humanos, (assim como posso afirmar que a ausência dela nos torna simples bestas).
    Aliás, se fosse uma questão de dor, então quando eu sofrer muito, será que vão "abortar" (eutanásia)??? Então mate-se já metade do país que sofre pelo desemprego, de doenças e de braços e pernas partidas para sobreviver... SIM, exagero da minha parte, assim como considero exagero simples afirmações para descanso da consciência...

    O problema é que esta temática nunca foi discutida verdadeiramente. De todos os lados se viram posições "extremadas" de protecção a um feudo. Se viram nisso mais um contraceptivo, outros há que o veêm como um assassínio selectivo despenalizado. Digo selectivo porque eliminámos os deficientes, os pobres e não desejados... Ironia das ironias: Hitler não pretendeu o mesmo?...
    Claro que não sou irónico e sei que cada caso é um caso. Mas moralmente quem é digno de avaliar a moralidade dos casos??? O problema reside aqui.

    Eu por experiência pessoal sou contra o aborto por uma simples razão/acontecimento, mas isso contarei deixarei para outras calendas......
    Concordam com este comentário: Sergio Rodrigues, ddgvcpt, branco.valter
  5.  # 166

    Conte conte!
  6.  # 167

    Colocado por: adan
    O problema é que esta temática nunca foi discutida verdadeiramente. De todos os lados se viram posições "extremadas" de protecção a um feudo. Se viram nisso mais um contraceptivo, outros há que o veêm como umassassínio selectivo despenalizado. Digo selectivo porque eliminámos os deficientes, os pobres e não desejados... Ironia das ironias: Hitler não pretendeu o mesmo?...
    Claro que não sou irónico e sei que cada caso é um caso. Mas moralmente quem é digno de avaliar a moralidade dos casos??? O problema reside aqui.


    eu ia falar mas penso que ja disse praticamente tudo!
  7.  # 168

    Se as pessoas ficarem à espera que sejam os médicos ou os cientistas dizerem-nos o que é ou não aceitável, lembrem-se apenas de uma coisa, as práticas de eutanásia forçadas a cidadãos alemães, as experiências em cobaias humanas nos campos de concentração, tudo isso foi feito por médicos e cientistas.

    Estas pessoas podem ter formação superior, mas isso não os faz melhores seres humanos, apenas pessoas com uma formação cientifica superior. Dito isto, quem disse que um médico ou um cientista quando diz algo ou que faz um estudo sobre seja o que for, não vai ser influênciado pela sua cultura, pelos seus preconceitos, etc?
    Concordam com este comentário: two-rok
  8.  # 169

    Também é necessário perceber que foi a selecção natural que fez evoluir a vida, sem ela não éramos humanos, não passaríamos de organismos unicelulares.
    Nós estamos a intervir nesse aspecto, mas ao menos que intervamos no casos que conseguimos salvar. Os outros serão sempre um peso morto da sociedade, que todos nós pagamos.
    E reparem que a factura dos serviços sociais que prestamos está a aumentar a cada dia. brevemente será insustentável. Temos que perceber que não conseguimos salvar todos por muito que custe a alguns temos que saber optar, e não cabe na cabeça de ninguém manter vivo um deficiente grave À custa da morte de uma criança normal.

    Ninguem quer tomar essas decisões, critica-se quem as toma, mas elas tem mesmo de ser tomadas, sob pena de esta sociedade colapsar!.





    Colocado por: branco.valterSe as pessoas ficarem à espera que sejam os médicos ou os cientistas dizerem-nos o que é ou não aceitável, lembrem-se apenas de uma coisa, as práticas de eutanásia forçadas a cidadãos alemães, as experiências em cobaias humanas nos campos de concentração, tudo isso foi feito por médicos e cientistas.

    Estas pessoas podem ter formação superior, mas isso não os faz melhores seres humanos, apenas pessoas com uma formação cientifica superior. Dito isto, quem disse que um médico ou um cientista quando diz algo ou que faz um estudo sobre seja o que for, não vai ser influênciado pela sua cultura, pelos seus preconceitos, etc?
  9.  # 170

    Colocado por: system32Também é necessário perceber que foi a selecção natural que fez evoluir a vida, sem ela não éramos humanos, não passaríamos de organismos unicelulares.
    Nós estamos a intervir nesse aspecto, mas ao menos que intervamos no casos que conseguimos salvar. Os outros serão sempre um peso morto da sociedade, que todos nós pagamos.
    E reparem que a factura dos serviços sociais que prestamos está a aumentar a cada dia. brevemente será insustentável. Temos que perceber que não conseguimos salvar todos por muito que custe a alguns temos que saber optar, e não cabe na cabeça de ninguém manter vivo um deficiente grave À custa da morte de uma criança normal.

    Ninguem quer tomar essas decisões, critica-se quem as toma, mas elas tem mesmo de ser tomadas, sob pena de esta sociedade colapsar!.



    ho system ate me custa ler o que escreveu
  10.  # 171

    Colocado por: system32Os outros serão sempre um peso morto da sociedade, que todos nós pagamos.


    Colocado por: system32não cabe na cabeça de ninguém manter vivo um deficiente grave À custa da morte de uma criança normal.


    O que pensará destas palavras a mãe de uma criança com paralesia cerebral? O pai de uma criança com uma doença rara? E o filho de um homem jovem e saudável que, por causa de um acidente de viação, ficou tetraplégico? E o seu próprio filho, pai, mãe ou irmão, que amanhã poder-se-ão encontrar nesse estatuto de "peso morto da sociedade". Ou o próprio system32 (bastam uns segundos)?
  11.  # 172

    Colocado por: system32Também é necessário perceber que foi a selecção natural que fez evoluir a vida, sem ela não éramos humanos, não passaríamos de organismos unicelulares.


    Afirmativo, isso é de todo ingeável.

    Nós estamos a intervir nesse aspecto, mas ao menos que intervamos no casos que conseguimos salvar. Os outros serão sempre um peso morto da sociedade, que todos nós pagamos.


    Eu penso que nós já evoluimos o suficiente como sociedade para conseguir aguentar a minoria que não consegue ser produtiva. Destes eu não tenho qualquer tipo de raiva, já os que podem e não querem...ai sim.

    E reparem que a factura dos serviços sociais que prestamos está a aumentar a cada dia. brevemente será insustentável. Temos que perceber que não conseguimos salvar todos por muito que custe a alguns temos que saber optar, e não cabe na cabeça de ninguém manter vivo um deficiente grave À custa da morte de uma criança normal.

    Ninguem quer tomar essas decisões, critica-se quem as toma, mas elas tem mesmo de ser tomadas, sob pena de esta sociedade colapsar!.


    Ui, a sociedade colapsar porque não matamos os nossos deficientes? Meu Deus essa é algo tirada de um filme de ficção cientifica. A nossa sociedade pode colpasar por várias coisas, esta não é uma dessas coisas. Os nossos deficientes são assim tão numerosos? Ou será isso uma mera justificativa para recomeçar o eugenismo? Que eu saiba em Portugal o eugenismo nunca teve apoio público ou sequer governamental. lembro-me de países como os EUA, a Grã-Bretanha, Alemanha (durante o governo nacional-socialista) e alguns países nórdicos.

    Será que a nossa sociedade é igual a essas sociedades? Acho que não, nós somos mais chegados à familia, mais chegados à comunidade, etc.

    Será que a nossa sociedade é perfeita? Não, é claro que não, mas que somos diferentes deles, disso não há dúvida.
  12.  # 173

    Apenas falo em impedir o nascimento de crianças com defeitos graves, outra coisa é uma doença ou acidente, não defendo a morte nesses casos!!

    Ai estamos a falar sobre um ser já com historia, memorias etc...


    Colocado por: becas



    O que pensará destas palavras a mãe de uma criança com paralesia cerebral? O pai de uma criança com uma doença rara? E o filho de um homem jovem e saudável que, por causa de um acidente de viação, ficou tetraplégico? E o seu próprio filho, pai, mãe ou irmão, que amanhã poder-se-ão encontrar nesse estatuto de "peso morto da sociedade". Ou o próprio system32 (bastam uns segundos)?
  13.  # 174

    Boas,


    Colocado por: becasO que pensará destas palavras a mãe de uma criança com paralesia cerebral? O pai de uma criança com uma doença rara? E o filho de um homem jovem e saudável que, por causa de um acidente de viação, ficou tetraplégico? E o seu próprio filho, pai, mãe ou irmão, que amanhã poder-se-ão encontrar nesse estatuto de "peso morto da sociedade". Ou o próprio system32 (bastam uns segundos)?


    Muito provavelmente, mais ou menos o mesmo que uma mãe africana que não têm o que dar de comer aos seus filhos pensaria se soubesse o que a Becas comeu ao pequeno-almoço.

    Colocado por: branco.valterEu penso que nós já evoluimos o suficiente como sociedade para conseguir aguentar a minoria que não consegue ser produtiva.


    Das duas uma:
    - estás a gozar.
    - para ti, África, América do Sul, Ásia, não fazem parte da sociedade.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: system32
  14.  # 175

    Colocado por: system32Apenas falo em impedir o nascimento de crianças com defeitos graves, outra coisa é uma doença ou acidente, não defendo a morte nesses casos!!

    Ai estamos a falar sobre um ser já com historia, memorias etc...



    A causa mais frequente de parelesia cerebral é a falta de oxigenação durante o parto. Portanto, matar-se-ia a criança após o nascimento...mas como as lesões não são facilmente mensuráveis logo aí, esperava-se até aos 2 ou 3 anos para perceber se aquela vida seria útil à sociedade ou um fardo intolerável, certo? Aposto que os pais destas crianças ficariam todos contentes por não terem que aguentar um trambolho a vida toda (aconselho-o a ler alguns blogues de pais de crianças deficientes para perceber o alívio que não seria despacharem os filhos).
    Ainda dentro do seu raciocínio, suponho que teria de haver um comité para decidir o que são "defeitos graves": por ex., o pé boto (que exige tratamento caros, pode ser tolerado? e a falta de um membro? e a cegueira ou a surdez?
    Considerando que já é legal há muito tempo o aborto em casos de malformações graves detetadas no período de gestação, que inovações (na sua opinião) teriam de ser introduzidas para libertar a sociedade dos tais fardos inúteis, consumidores de dinheiros públicos?
  15.  # 176

    Colocado por: oxelfeRBoas,




    Muito provavelmente, mais ou menos o mesmo que uma mãe africana que não têm o que dar de comer aos seus filhos pensaria se soubesse o que a Becas comeu ao pequeno-almoço.


    Comparação idiota. No caso acima, o system está a defender que os deficientes são fardos inúteis, um peso para uma sociedade, e deveriam ser eliminados. É impossível deixar de pensar o que poderia sentir alguém que AMA uma destas pessoas (para mim são pessoas, pelos vistos este estatuto é discutível) quando alguém defende a sua eliminação.
    A mãe africana sabe que algures no mundo (incluindo no seu mundo) há pessoas que têm a barriga cheia enquanto o seu filho morre de fome. Mas o que é isso tem a ver com a defesa de eliminação de deficientes? A menos que eu estivesse aqui a defender a eliminação dos famintos (outros inúteis da sociedade - modo irónico on)

    Colocado por: oxelfeR


    Das duas uma:
    - estás a gozar.
    - para ti, África, América do Sul, Ásia, não fazem parte da sociedade.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista


    A francesinha ontem deve ter tido um efeito lerdificador.
    O branco.valter está a cingir-se às sociedades ocidentais, ditas desenvolvidas, como é evidente. Aquelas onde nos podemos dar ao luxo de ter esta discussão.
  16.  # 177

    Boas,

    Colocado por: becasComparação idiota.


    Combina comigo.

    Colocado por: becasNo caso acima, o system está a defender que os deficientes são fardos inúteis, um peso para uma sociedade, edeveriam ser eliminados.


    Sim, quem é deixado morrer à fome, não é eliminado.

    Colocado por: becasMas o que é isso tem a ver com a defesa de eliminação de deficientes?


    Simples (para mim):
    Energia gasta a defender uns e passividade em relação aos outros, a intransigência dos nossos "ideais" quanto a uns e a leviandade quanto a outros.

    Colocado por: becasA francesinha ontem deve ter tido um efeito lerdificador.


    Não precisa;)
    É o meu estado normal.

    Colocado por: becasO branco.valter está a cingir-se às sociedades ocidentais, ditas desenvolvidas, como é evidente.


    Sim, as que nos dão jeito.

    Colocado por: becasAquelas onde nos podemos dar ao luxo de ter esta discussão.


    Sim, se há coisas em que sempre fomos muito bons foi a definir as nossas prioridades.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  17.  # 178

    A francesinha ontem deve ter tido um efeito lerdificador.

    Não foi a francesinha, foi a morena (M grande).
    Concordam com este comentário: two-rok, oxelfeR (RIP)
  18.  # 179

    Boas,

    Colocado por: j cardosoNão foi a francesinha, foi a morena (M grande).


    Tu viste, estavas lá (embora escondido).
    Diz lá que uma coisa daquelas não atrofia a cabeça à gente.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  19.  # 180

    Colocado por: oxelfeR

    Sim, quem é deixado morrer à fome, não éeliminado.



    Simples (para mim):
    Energia gasta a defender uns e passividade em relação aos outros, a intransigência dos nossos "ideais" quanto a uns e a leviandade quanto a outros.


    Deixa lá de lado a retórica e centra-te no miolo das coisas: podemos desculpar a morte de uns com a morte de outros? Podemos tolerar que se defenda a morte de crianças deficientes com o argumento de que há crianças a morrer de fome (e não é preciso ir para África, há crianças a morrer por fome ou maus tratos em Portugal)? Não estás (mesmo) a confundir as coisas?
    A intransigência do respeito pela vida humana, para mim, é a mesma quer se trate das crianças famintas em África quer se trate do bebé inglês que morreu por negligência médica. Tamb´me não defendo que os deficientes africanos sejam eliminados, simplesmente porque são pobre e mais vale tentar salvar os sãos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oxelfeR (RIP)
 
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