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  1.  # 141

    Eu re-insisto: eu não quero, como faço para deixar de pagar?


    Isso não é relevante para o caso.
    O argumento é este:
    a) quem defende uma social-democracia (bla bla bla) sabe ou deve saber que este necessita de determinados mecanismos de equilíbrio , que custam € e que evitam que o executivo abuse do seu poder;
    b) um desses mecanismos é a existência de um TC independente do poder executivo e legislativo;
    c) que uma das soluções para esse efeito foi a pensão vitalícia (sendo para o caso irrelevante se funciona ou não);

    Do ponto de vista de quem recusa a existência do Estado, a crítica parte de ângulo diferente, naturalmente.
  2.  # 142

    No entanto quer dar a entender que não é isto que defende quando demagogicamente pergunta:

    Nem sei que lhe diga. Que sabe ler é um facto. Que saiba interpretar o que lê é que cada vez me parece mais difícil, mas lanço outra vez o desafio: experimente tentar justificar as afirmações que faz sobre mi com afrmações minhas - se for capaz.
  3.  # 143

    Colocado por: J.FernandesVocê sabe ler ou não?


    Curioso:

    Colocado por: J.FernandesPara isso não é necessário tentar mudar nenhum sistema

    Colocado por: J.Fernandesseria apenas necessário que o estado passasse a respeitar os direitos individuais e a propriedade


    Não necessário tentar mudar nenhum sistema, "apenas" um dos pilares do sistema ... hi hi
  4.  # 144

    Colocado por: j cardosoNem sei que lhe diga. Que sabe ler é um facto. Que saiba interpretar o que lê é que cada vez me parece mais difícil, mas lanço outra vez o desafio: experimente tentar justificar as afirmações que faz sobre mi com afrmações minhas - se for capaz.


    O Cardoso defende um sistema que sobrepõe a propriedade à vida, verdade ou mentira?
  5.  # 145

    PeSilva, por mim fica a falar sozinho. Quando se deixar de afirmações gratuitas e começar a justificar as afirmações que faz talvez a discussão me interesse.
  6.  # 146

    O sistema que defende sobrepõe a propriedade à vida ou não?
    Se eu lhe entrar em casa e lhe assaltar o frigorifico, não me acontece nada se argumentar que estou com fome?
  7.  # 147

    Colocado por: j cardosoEra o que eu queria perceber: O J. Fernandes acha então que o direito à propriedade se sobrepõe ao direito à vida?

    O legislador acha que ter fome não é justificação suficiente para violar a propriedade de ninguém e concordo que assim seja.
  8.  # 148

    PS apoia corte de 15% nas subvenções de políticos
    O líder parlamentar do PS manifestou-se hoje a favor da proposta do Governo de cortar em 15 por cento as subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos, embora admita que a medida possa ter caráter retroativo.


    CDS quer suspensão total das subvenções a políticos
    O vice-presidente da bancada do CDS-PP João Almeida defendeu hoje a suspensão das subvenções dos ex-políticos, considerando que um corte de 15% não é suficiente do ponto de vista ético.
    "Entendo que esse esforço deve ser muito maior, entendo até que, do ponto de vista ético, não fazia sentido, neste momento, pagar qualquer subvenção a ex-políticos", afirmou João Almeida.

    João Almeida disse aos jornalistas, no Parlamento, estar a falar em nome pessoal, referindo ter consciência da "responsabilidade" de ser porta-voz do CDS-PP e vice-presidente da bancada centrista
  9.  # 149

    á grande João Almeida

    mas atenção há que conferir se não está em causa a sobrevivência de nenhum desses ex porque senão seria injusto :))
  10.  # 150

    Colocado por: marco1há que conferir se não está em causa a sobrevivência


    Se estiver, expropriasse uma qualquer propriedade privada, já que o "sistema" admite essa possibilidade ...
  11.  # 151

    Os baixos salários em conjunto com as actuais taxas de IRS estão a ter precisamente o efeito contrario..menos produtividade. Ha empresas que tentam meios ilegais para conseguir contornar isto.
    • jpvng
    • 10 outubro 2013 editado

     # 152

    O Estado Social não é apenas para os pobres





    Interessa a quem tem na sua agenda o desmantelamento do Estado Social e a privatização das suas principais funções (escola pública, serviço nacional de saúde e segurança social) passar a ideia de que o que temos em Portugal e na Europa é um degenerescência, um abuso, um desvio ao que originalmente deveria ser o Estado Social. E não apenas, como foi, uma evolução e uma adaptação aos regimes democráticos e modernos de um sistema de proteção social originalmente paternalista. O Estado Social que temos é o único Estado Social realmente aceitável em democracias: de todos os cidadãos e para todos os cidadãos.

    O Estado Social moderno e democrático não é assistencialista. Ou seja: não se dirige exclusivamente aos pobres. Porque, se assim fosse, ele seria económica, social e politicamente insustentável. Porque, continuando a depender das contribuições da classe média e média-alta, ela deixaria, no entanto, de beneficiar do sistema. Não beneficiando dele, essa classe média tenderia a deixar de querer contribuir. Por força do seu peso político em democracias, acabaria por o conseguir. E no dia em que isso acontecer deixará de haver dinheiro para pagar a assistência social aos mais pobres. Mas mesmo até aí chegar, os serviços públicos precisam da classe média. Só com a sua capacidade reivindicativa e poder social a Escola Pública, o Serviço Nacional de Saúde e todos os serviços do Estado podem manter uma qualidade aceitável.

    Seja pela sua sustentabilidade, seja pela sua qualidade, não há Estado Social sem uma aliança entre as classes pobres e as classes médias. Foi essa aliança que forjou o Estado Social e só ela o poderá manter vivo.

    Não pondo em causa a sua bondade e justiça, socorro-me de dois exemplos para se perceberem as dinâmicas que algumas políticas sociais provocaram: os realojamentos em bairros sociais e o Rendimento Social de Inserção (RSI). Em qualquer um dos casos estas políticas foram dirigidas apenas a pobres. É natural que assim tenha sido, pois só eles necessitavam deste tipo de apoio. No primeiro caso, quando o realojamento foi feito em bairros sociais, assistimos rapidamente a uma degradação da qualidade do serviço prestado. Porque o poder reivindicativo dos seus destinatários é muito baixo e porque toda a lógica desses realojamentos foi a de exclusão e isolamento. Quanto ao RSI (e isto também aconteceu com a habitação social), sabemos como não está a conseguir resistir à pressão política para lhe pôr fim. Por uma razão simples: é pago por uns e recebido por outros, sem que, salvo raras exceções, uns e outros alguma vez coincidam. E isso torna a sua defesa politicamente muito mais difícil. Porque depende apenas de bons sentimentos e não da partilha de interesses comuns entre os pobres e a classe média, que, juntos, correspondem à esmagadora maioria do país. Não há Estado Social que não sucumba à inveja e ao ressentimento social se não partir deste princípio básico: é de todos e é para todos.

    Quem pretende desmantelar o Estado Social sabe isto mesmo e começa o ataque por uma ideia que, à primeira vista, parece justa: em momentos de dificuldade só se dá a quem precisa mais. Sabe que não será necessário esperar muito para que quem realmente dá, através dos seus descontos, não esteja, sobretudo em momentos de dificuldade, disponível para continuar a dar sem nada receber. E para que os serviços públicos, apenas utilizados pelos mais pobres, se degradem e se tornem em guetos semelhantes aos bairros sociais que todos conhecemos. Isto funciona com a escola pública (que o cheque ensino acabará por transformar, como acontece em alguns países com um Estado Social mais fraco, em espaços de exclusão social), com o Serviço Nacional de Saúde (que as políticas atuais já começam a tentar reservar para os mais pobres, empurrado a classe média para hospitais privados e sistemas de seguros) e com as prestações sociais (transformadas em subsídio para os indigentes). É destas últimas que quero agora falar.

    Em frente às câmeras, e sem se rir, Paulo Portas perguntou, a propósito dos cortes das pensões de sobrevivência, se achávamos bem que uma pessoa que tem 4.000 euros de pensão receba uma segunda de outros 4.000 euros. Se fosse esta a questão, o debate seria irrelevante. Não é seguramente a raríssimos casos como este (nem sei se existem) que Mota Soares vai buscar 100 milhões por ano. O tecto não é de 8.000 euros, é de 600 euros, o que é um bocadinho diferente. Não é um subsídio desligado da história contributiva do benificiário, mas resultado dos descontos feitos por um casal com economia comum. E tem razões que já referi noutro texto (enormes diferenças de rendimentos entre homens e mulheres), que só pode ser alterada quando novas gerações, que entraram num mercado de trabalho mais igualitário, chegarem à idade de reforma.

    Mas a ideia que esta demagogia de Portas, apenas pouco eficaz pelo exagero levado ao absurdo, pretende passar funciona: se a reforma é alta deve ser cortada. É uma questão de justiça social. E ela até passa bem na esquerda, por esta defender, em geral, maior igualdade. Acontece que, passando bem na esquerda, apenas favorece a agenda da direita mais liberal: a destruição, por fases, da sustentabilidade política e económica da segurança social e do Estado Providência.

    Comecemos por uma ideia básica: as pessoas recebem reformas tendo em conta a sua história contributiva. Ou seja, tendo em conta o que descontaram. A criação de tectos máximos relativamente baixos nas reformas levaria inevitavelmente a igual plafonamento nos descontos. Única forma de deixar uma folga para a classe média se socorrer de sistemas de poupança bancária que venham a complementar a sua reforma sem os obrigar a ter uma abrupta queda de nível de vida quando se reformarem. Mesmo com um sistema redistributivo, não se pode exigir a ninguém que desconte muitíssimo mais do que vai receber. Até porque a redistribuição fundamental já é feita através de impostos progressivos (que os liberais defendem, claro, que deveriam ter uma taxa plana).

    O resultado seria este: sem os maiores contribuintes, não haveria dinheiro para as pequenas pensões. E sem dinheiro e apoio alargado, a segurança social estará condenda. Como estarão condenados o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública que se dirijam preferencialmente aos pobres. É então que os privados ficarão finalmente sozinhos a tratar destes apetecíveis e inesgotáveis negócios. Começando pelo mais apetecível de todos: a libertação de recursos da segurança social para os fundos de pensões. É muito dinheiro que o sector financeiro ainda pode arrecadar. Ao Estado caberá a função de manter vivos os indigentes e de, como já faz com os bancos, assaltar os contribuintes quando for preciso pagar a factura de negócios privados que corram mal.



    Ler mais:
    http://expresso.sapo.pt/antes-pelo-contrario=s25282#ixzz2hLtPmGFr
  12.  # 153

    Pequeno problema : se todos pagam e todos recebem, uns continuarão a pagar mais do que recebem. E quando se abusa desses, puff...
    Para manter a coisa a rolar é preciso manter a ilusão de que o que recebem é mais do que pagam.
    Trocado por miúdos, é preciso chutar custos para o futuro através da divida...
  13.  # 154

    Vejam bem este video
    ...http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013/10/07/estas-empresas-transformaram-se-num-monstro-e-ninguem-as-poe-em-ordem

    "Eles dominam de tal maneira o processo legislativo que o parlamento faz o que eles querem"
    José Gomes Ferreira

    Como é que se põem vídeos nisto ??????
  14.  # 155

    José Manuel Fernandes - o estado do nosso país (3)


    Sabia que Assunção Esteves recebeu até 2012, mais de um milhão de euros, da Segurança Social..., mas em 10 anos de serviço só descontou 290 mil euros, para a SS. e tem estado a salvo dos cortes? Depois dizem que não há dinheiro para subsídios de desemprego nem para as reformas ! Só há subsídios milionários para parasitas milionários?
    Este artigo de Clara Ferreira Alves, deixa a nu, a forma como os corruptos que nos governam, legislam para que possam usufruir de regalias injustas, insustentáveis, inadmissíveis, vergonhosas, abusivas, sem o mínimo respeito pelo povo português.
    Tudo para manterem uma vida de luxo, parasitária, desde bem cedo e até ao fim dos seus dias.
    Contrastando com os restantes portugueses, que são quem na realidade, paga as reformas destes parasitas, que por vezes nem chegam a descontar mais que um ou 2 anos.
    Mais uma vez Cavaco Silva, na origem de todo o mal... foi no governo dele, 1980, que se deu inicio a esta ideia brilhante de saque descarado e lesivo do bem comum, mas desde então, nenhum governo a travou ou alterou, todos gostam dos luxos que lhe proporciona.

    Os Reformados da Caixa
    "A Jornalista Cristina Ferreira publicou um interessante artigo no "Público" sobre as reformas de três atuais presidentes de bancos rivais da Caixa Geral de Depósitos.
    O fundo de pensões da Caixa, cito, "paga, total ou parcialmente, reformas a António Vieira Monteiro, do Santander Totta, Tomás Correia, do Montepio Geral, e Mira Amaral, do BIC Portugal." Três ativíssimos reformados.
    Vale a pena perceber como aqui chegámos.
    Durante décadas, os fundos de pensões dos seguros e da banca privada foram constituídos pela capitalização das Contribuições das próprias empresas, entidade patronal, e dos seus funcionários, não onerando o Estado.

    O Estado não era responsável pelas pensões nem pela capitalização desses fundos. Desde os anos 60 era este o sistema, tendo o primeiro contrato coletivo de trabalho sido livremente negociado, rompendo com o sistema corporativo, entre o Grémio dos Bancos e o Sindicato dos Bancários em 1971. No marcelismo.
    Em 1980, durante o primeiro governo da AD, com Cavaco Silva, as pensões de reforma passam a ser atribuídas a beneficiários no fim do exercício de certas funções independentemente de estarem ou não em idade da reforma.
    Uma pessoa podia exercer o cargo de administrador do Banco de Portugal ou da CGD durante um ou meio mandato, e tinha direito à reforma por inteiro a partir do momento em que saía da instituição. Não recebia na proporção do tempo que lá tinha estado ou da idade contributiva. Recebia por inteiro. E logo. Na banca pública, podia acontecer o que aconteceu com Mira Amaral, que, segundo Cristina Ferreira, depois de ter gerido a CGD, "deixou o banco com estrondo". "Na sequência disso, Mira Amaral reformou-se." Ao fim de dois anos. Segundo ele, quando se reformou teve direito a "uma pensão de 38 anos de serviço, no regime unificado, Caixa Geral de Depósitos e Segurança Social. Depois de ter descontado desde os 22 anos para a Caixa Geral de Aposentações". O que é certo é que Mira Amaral recebe uma parte da sua reforma do fundo de pensões da CGD, que está em "austeridade", acumula prejuízos e recorreu a fundos públicos para se capitalizar.
    Mira Amaral trabalha como presidente-executivo do BIC, dos angolanos, em concorrência com o banco do Estado.
    Não é o único. Jorge Tomé, presidente do Banif, banco que acumula prejuízos, que não conseguiu vender as obrigações que colocou no mercado e que recorreu a fundos públicos, estando 99% nacionalizado, foi do Conselho de Administração da Caixa. Pediu a demissão da Caixa quando foi para o Banif, mas teve direito a "pedir reforma por doença grave", segundo ele mesmo. A "doença grave" não o impediu de trabalhar no Banif e, no texto de Cristina Ferreira, não esclarece qual o vínculo que mantém com a Caixa.
    A CGD paga a cerca de uma vintena de ex-administradores cerca de dois milhões brutos por ano. Dois destes ex-administradores, António Vieira Monteiro do Santander Totta e Tomás Correia, do Montepio Geral, junto com Mira Amaral, recebem reformas (totais ou parciais) do fundo de pensões da CGD, trabalhando, repito, em bancos da concorrência.
    As reformas mensais destes três ex-gestores, que não são ilegais, porque a lei autoriza o trabalho depois da reforma e descontaram para o sistema de previdência social, andavam entre os 16.400 e os 13.000 euros brutos. Depois dos cortes situam-se à volta dos 10.000 euros brutos.

    À parte esta perversão, legal, o Estado resolveu, para abater a dívida pública, comprar os fundos de pensões da banca, das seguradores e de empresas privadas como a PT, comprometendo-se a pagar no futuro as pensões aos seus trabalhadores.
    Resta demonstrar se o capital desses fundos de pensões será suficiente para os compromissos das pensões presentes e futuras ou se o Estado se limitou, para equilibrar as contas naquele momento, a comprometer todo o sistema público de Segurança Social e aposentações. Porque os fundos eram, são, vão ser, insuficientes.
    A partir de agora, as pensões da banca privada passaram, simplesmente, a ser responsabilidade pública. Tolerando-se, como se vê pelos exemplos, a acumulação de pensões de reforma públicas com funções executivas privadas e concorrentes.
    O advogado Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Português de Corporate Governance, IPCG, não vê nisto nenhum problema, nem sequer na legitimidade de o Estado pagar reformas (incluindo, supõe-se, por invalidez ou ao cabo de dois anos de mandato) a ex-gestores da CGD que agora presidem a grupos rivais. Diz ele que "a reforma é um direito adquirido".
    E eu que pensava que a reforma dos pequenos reformados, dada a troika e a austeridade, era um falso direito adquirido, como os ideólogos e teólogos deste governo e da sua propaganda não se cansaram de nos fazer lembrar."
    Clara Ferreira Alves, em "REVISTA" 10 Ago, 2013

    Questiona-se a forma como foi negociado este compromisso. Se nos guiarmos pelos exemplos do passado, será fácil de perceber que o negócio vai sair caro aos portugueses e beneficiar os que venderam os seus fundos de pensões, ao triste estado que nunca tem quem o represente com lealdade. Talvez daqui a uns 10 ou 12 anos, tal como as PPP e outras trafulhices, esta também venha a público.
    Nota: Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses, de descontos como administrador da CGD. fonte: apodrecetuga.blogspot.pt
    João Cravinho, um dos que tentou lutar contra a corrupção, foi neutralizado, pelo próprio partido.
    Concordam com este comentário: jpvng
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Jorge Rocha
  15.  # 156

    http://www.publico.pt/economia/noticia/ferreira-leite-corte-nas-pensoes-de-sobrevivencia-viola-a-socialdemocracia-1608756


    No seu habitual comentário na TVI24, Manuela Ferreira Leite diz não saber se há uma nova guerra na coligação por causa do corte nas pensões de sobrevivência. Tem no entanto uma certeza: esta medida viola a matriz social-democrata.
  16.  # 157

    A falácia liberal
    Em voz corrente, Portugal tem o Governo mais liberal de sempre. Mas entre a realidade e ficção há sempre uma grande distância, e neste particular não podemos estar mais de acordo. Vejamos porquê.

    Com efeito, diz-se frequentemente que estamos perante um Governo, não apenas liberal, mas mesmo ultraliberal, seja lá o que isso for, uma vez que defende a austeridade, a redução Estado Social e, por fim, a privatização do setor empresarial público.

    Ora, a verdade é o atual Governo, apesar de alguma retórica aparentemente liberal, tem continuado a aumentar a despesa pública, tem aumentado a dívida pública e, pasme-se para um liberal, tem continuado a aumentar os impostos.
    Já quanto à anunciada redução do sector empresarial público, quer através da extinção de empresas desnecessárias, quer através da privatização das que, sendo necessárias ao País, podem ser geridas por privados, salvaguardado a regulação e a provisão de serviços de interesse geral, nem se fala.
    Continuamos com empresas públicas agrícolas, equestres, turísticas e de lazer, para já não falar de imobiliárias ou de projetos de arquitetura, transportadoras, de gestão de parques, de águas ou de diamantes (lembram-se, por exemplo, da anunciada extinção da Parque Expo ou da Parque Escolar, afinal elas continuam de pedra e cal, apenas tendo mudado de administração).
    Ou seja, perante este quadro, não se percebe onde está o dito Governo liberal. Isto é, não temos, nem menos Estado, nem melhor Estado, como sempre se apregoou e continua a apregoar.

    Enfim, para um verdadeiro liberal, que não confunda o liberalismo político, base de uma sociedade plural e democrática, assente numa economia de mercado, com liberalismo económico, enquanto uma, de entre muitas teorias, que visa sujeitar a sociedade à lógica do próprio mercado, este não é de todo um governo liberal.
    Para um verdadeiro liberal o Estado deve ser sustentável, contido, mas forte, eficaz, promovendo o interesse geral. Deve defender a igualdade de oportunidades, ser supletivo para os que mais precisam, mas deixar ao mercado aquilo que aí pode ser feito com mais eficiência e eficácia.
    E é aqui que reside o ponto.
    Estando o Governo vinculado pelo memorando com a ‘troika' (pois, como vimos, tal não parece resultar da sua real opção liberal) a privatizar algumas das empresas do setor empresarial público, pena é que não tenha sempre recorrido ao concurso público, como o exige em primeira linha e fora de circunstâncias excecionais, a própria lei quadro das privatizações (aprovada nos anos noventa e revista posteriormente em 2003 e, já com o atual executivo, em setembro de 2011).
    No fundo, não sendo verdadeiramente liberal na sua atuação, o Governo acaba também por não garantir a necessária transparência e concorrência, condições essenciais de qualquer mercado aberto no seio da União Europeia.
    Aliás, ainda em recente entrevista ao jornal i (14.09.13), António Nogueira Leite, ilustre economista liberal e não distante do atual poder político, afirmava, e passo a citar: "as operações de privatização foram feitas da forma menos liberal possível. O Governo fez basicamente vendas diretas".

    Ora, anunciando-se mais uma privatização, neste caso a dos CTT-Correios de Portugal, está ainda o Governo a tempo de emendar a mão e optar desta vez, claramente, pelo concurso público, aberto aos concorrentes interessados e devidamente habilitados, sem depender assim, quer dos interesses e humores da bolsa, quer de eventual venda direta, sempre potencialmente lesiva do interesse público em causa.

    Essa sim, será uma opção verdadeiramente liberal, mas sobretudo e mais importante, conforme a um Estado de Direito.
  17.  # 158

    Taxa de audiovisual paga na fatura da luz vai aumentar
    O plano de financiamento da RTP passa por aumentar a taxa de audiovisual que as famílias com contratos de fornecimento de eletricidade pagam. Cada consumidor paga, atualmente, 2,38 euros por mês de taxa, o que rende à RTP 147 milhões de euros por ano.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  18.  # 159

    Colocado por: PeSilvaTaxa de audiovisual paga na fatura da luz vai aumentar
    O plano de financiamento da RTP passa por aumentar a taxa de audiovisual que as famílias com contratos de fornecimento de eletricidade pagam. Cada consumidor paga, atualmente, 2,38 euros por mês de taxa, o que rende à RTP 147 milhões de euros por ano.
    Concordam com este comentário:maria rodrigues
    Aqui na minha empresa pagam-se essas taxas e não existe televisão por aqui.
  19.  # 160

    Onde é que andam os tais ultra-neoliberais quando se impõe uma medida da mais básica higiene financeira do estado - vender ou fechar a RTP?
 
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