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  1. Colocado por: ANdiesel
    Nesse caso o J.Fernandes também concordará em pagar totalmente a sua fatura a próxima vez que for a um hospital. Se a fatura ascender a 100.000€ (muito fácil acontecer), ou paga em cash ou lhe confiscam os bens.


    Essas coisas acontecem nos Estados Unidos. Aqui nem no Hospital da Luz são vulgares esse tipo de valores.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  2. Exacto. Nos EUA uma caixa de aspirinas custa 150€ se for comprada sem seguro de saúde. Não há comparação possível.

    Em Portugal o mais extremo que temos em termos de custos serão os casos de cancro e em Portugal tratar alguém com cancro sai mais barato do que tratar alguém com uma gripe nos EUA.

    O orçamento do Ministério da Saúde é de 8 mil milhões de euros. Não acho que seja nada por aí além. A soma das seguintes despesas é de 12 mil milhões/ano:

    fundações e instituições que não servem para nada
    PPP;
    rendas energéticas;
    cargos públicos que ninguém sabe para que servem (os famosos assessores com menos de 30 anos de idade que ganham 5 mil euros/mês que ninguém sabe bem o que eles fazem);
    subvenções politicas;
    reformas de juízes;
    funcionários públicos municipais cujo cargo existe apenas para dar emprego a alguém que tem cunha na câmara;
    etc.

    Nestas despesas ninguém corta.
    Concordam com este comentário: two-rok
  3. É muito fácil ter uma despesa de 100.000€ no SNS. No entanto, as pessoas não tem noção porque pensam que pagam tudo quando vão à urgência, com os 20€ que pagam de taxa moderadora e outro tanto de taxa moderadora de exames. Não são só os casos de neoplasias que são caras, existem outras áreas tão ou mais caras: cuidados intensivos (polivalentes, pediátricos e neonatais), neurocirurgias, cirurgias cardio torácicas, entre outras. Trabalho diariamente com medicação que custa milhares de €, essa administração de medicamentos é feita em minutos. Uma diária ascende a milhares de euros num só dia, agora imaginem um internamento de semanas ou 2/3 meses.
    • eu
    • 25 janeiro 2016
    Colocado por: marcoaraujoExacto. Nos EUA uma caixa de aspirinas custa 150€ se for comprada sem seguro de saúde. Não há comparação possível.

    Nos EUA, chamar uma ambulância para nos levar ao Hospital facilmente custa 1500 dólares.
  4. Colocado por: eu
    Nos EUA, chamar uma ambulância para nos levar ao Hospital facilmente custa 1500 dólares.

    E cá não custa porque os custos não são apresentados ao utente. Ou cá pensa que os meios andam gratuitamente?
    • eu
    • 25 janeiro 2016
    Colocado por: ANdieselE cá não custa porque os custos não são apresentados ao utente. Ou cá pensa que os meios andam gratuitamente?

    Não acredito que os custos reais do serviço em Portugal sejam nessa ordem...
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Colocado por: euNão acredito que os custos reais do serviço em Portugal sejam nessa ordem...

    Ou então o pessoal que trabalha no INEM, ganha mais do que aquilo que diz ganhar :-))
    Concordam com este comentário: eu, two-rok, loverscout
  6. Colocado por: ANdiesel
    E cá não custa porque os custos não são apresentados ao utente. Ou cá pensa que os meios andam gratuitamente?


    Não é verdade.

    Basta pesquisar um bocadinho para perceber que os custos nos EUA são imputáveis aos custos administrativos, associados à questão dos seguros. A máquina está montada de propósito para os prestadores de serviços de saúde.
    Concordam com este comentário: two-rok
  7. 8,4 mil milhões só para pagar juros

    Portugal será 'campeão europeu' a pagar juros da dívida em 2016
    Nenhum país da zona euro vai ter um esforço tão alto, em termos de percentagem do PIB.
    Portugal é o país da zona euro que vai pagar mais juros, em termos de percentagem do PIB, em 2016. No total serão 8,4 mil milhões de euros

    http://www.economiaaominuto.com/economia/526073/portugal-sera-campeao-europeu-a-pagar-juros-da-divida-em-2016


    1,5 mil mihões só para PPP (dos quais 1,1 só para autoestradas)

    As parcerias público-privadas (PPP) custaram aos cofres do Estado mais 60% no ano passado face ao ano anterior, atingindo 1.543,8 milhões de euros. A maioria foi para pagar as PPP rodoviárias, cujos custos mais do que duplicaram (+108%) devido ao início de pagamento de subconcessões, aumentando a fatura total para 1.069,3 milhões de euros.

    http://www.dinheirovivo.pt/economia/parcerias-publico-privadas-custaram-1-5438-milhoes-em-2014/


    400 milhões só para rendas energéticas


    Em 2015, essas verbas serão um total de 376 milhões de euros nelas já considerados os 100 milhões de euros para o Orçamento do Estado.

    http://economico.sapo.pt/noticias/um-ano-apos-a-saida-da-troika-como-estamos-de-energia-e-rendas-excessivas_218468.html


    500 milhões só para fundações


    Em três anos, o Estado deu 1,5 mil milhões de euros em apoios a 401 fundações.

    http://www.asjp.pt/2012/08/02/estado-quer-poupar-200-milhoes-com-cortes-nas-fundacoes/


    300 milhões só para reformas milionárias


    Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - o número mais do que quadruplicou em 10 anos. Em média, custam à Caixa Geral de Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285 milhões/ano.

    http://www.dn.pt/dossiers/sociedade/grande-investigacao-dn/noticias/interior/20-milhoes-por-mes-para-reformas-milionarias-1753927.html


    2100 milhões só para orçamento da defesa

    O orçamento do setor da Defesa prevê uma despesa total de 2.138,7 milhões de euros, representando um aumento de 6,8 por cento face a 2013, segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2014.

    http://www.ionline.pt/332581


    Tudo somado dá 13,2 mil milhões de euros por ano.


    O verdadeiro Estado deve estar focado nestes três pontos:

    Em 2015 o orçamento do Ministério da Saúde deverá aumentar 0,6%, face à despesa total estimada pelo Governo para 2014, para um total de 9.054,4 milhões de euros

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo_preve_gastar_mais_06_no_sector_da_saude_em_2015.html


    O total da despesa consolidada do Programa Orçamental da Justiça ascende a 1.335,8 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 8,4% face à estimada para 2014.

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/orcamento_da_justica_cai_mais_de_8_no_proximo_ano.html


    A fatia de leão destes cortes vai ter lugar no Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar: menos 11,3% para os 5.539,5 milhões de euros.
    Já no programa Ciência e Ensino Superior o orçamento vai subir 0,1% para 2.245,5 milhões de euros

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/educacao_com_cortes_acima_de_11.html


    Os três grandes pilares do Estado têm um orçamento total de 18,2 mil milhões de euros. As despesas com juros da dívida, rendas energéticas, fundações, PPP, reformas milionárias e defesa representam 60% do custo total do Estado com os seus pilares fundamentais (Saúde, Educação e Justiça). É impossível um pais funcionar bem com estas prioridades. Quando se acha correcto que a defesa tenha um orçamento que é o dobro do orçamento da Justiça está tudo dito (sendo a justiça um dos maiores cancros do país). Aparentemente é mais importante gastar dinheiros em oficiais e armamento, nem para que para isso tenhamos que ter processos a arrastarem durante décadas e fechar tribunais.

    Portugal tem as prioridades muito trocadas... Há muito por onde cortar, mas para os sucessivos governos, o mais simples é cortar na classe média.
    Concordam com este comentário: two-rok
  8. Concordo com tudo, mas não esquecer dos efeitos multiplicadores. Não é só uma subtracção aritmética.

    Não havendo PPPs há mais desemprego e portanto mais prestações sociais. Lembro-me de quando o BE foi protestar por causa da pausa na PPP do túnel e as suas repercussões na Tecnovia.
    Concordam com este comentário: eu
  9. Colocado por: ANdieselÉ muito fácil ter uma despesa de 100.000€ no SNS. No entanto, as pessoas não tem noção porque pensam que pagam tudo quando vão à urgência, com os 20€ que pagam de taxa moderadora e outro tanto de taxa moderadora de exames. Não são só os casos de neoplasias que são caras, existem outras áreas tão ou mais caras: cuidados intensivos (polivalentes, pediátricos e neonatais), neurocirurgias, cirurgias cardio torácicas, entre outras. Trabalho diariamente com medicação que custa milhares de €, essa administração de medicamentos é feita em minutos. Uma diária ascende a milhares de euros num só dia, agora imaginem um internamento de semanas ou 2/3 meses.

    Agora aplique esse raciocínio aos aumentos de salários da f.p., eufemisticamente chamados de reposições, para chegar à brilhante conclusão de que esse dinheiro, ao contrário do que você parece acreditar, não cai do céu, tem de vir de um aumento de impostos.
    Concordam com este comentário: two-rok
  10. Vamos lá:
    Colocado por: marcoaraujo8,4 mil milhões só para pagar juros


    Os juros são a contrapartida de hoje do dinheiro gasto ontem. A alternativa ao pagamento de juros hoje seria ter cobrado mais impostos ontem e anteontem, ou ter gasto menos.


    1,5 mil mihões só para PPP (dos quais 1,1 só para autoestradas)

    As PPP, cuja sigla parece hoje equivaler à peste, são na verdade outra forma de dívida pública. Por mais que se queira esquecer, as PPP representam obra que foi feita e cujos custos existirão no futuro, ainda que se chegasse ao ponto de nacionalizar as concessões. Por outras palavras, podemos discutir se as obras eram necessárias, mas agora existem e os custos não desaparecem.


    400 milhões só para rendas energéticas

    Em 2015, essas verbas serão um total de 376 milhões de euros nelas já considerados os 100 milhões de euros para o Orçamento do Estado.

    http://economico.sapo.pt/noticias/um-ano-apos-a-saida-da-troika-como-estamos-de-energia-e-rendas-excessivas_218468.html

    Aqui, mistura o que os cidadãos pagam a mais na factura, com o que o Estado paga para cumprir objectivos de política energética. É uma questão de decidir: ou queremos ter produção de energia barata, ou queremos ter produção de energia que cumpra determinados critérios.


    500 milhões só para fundações

    Já está desactualizado. Em todo o caso, estes números eram largamente influenciados por fundações que na verdade não o eram (salvo erro, incluíam universidades, p.ex)


    300 milhões só para reformas milionárias

    Que já foram cortadas. Podemos sempre eliminá-las, mas parece que não deixam..


    2100 milhões só para orçamento da defesa

    Sim, parece que há para aí uns tipos que se denominam de "Forças Armadas". Parece que cumprem uma das funções que alguém lá para cima dizia que só podia ser cumprida pelo Estado.

    Tudo somado dá 13,2 mil milhões de euros por ano.



    O verdadeiro Estado deve estar focado nestes três pontos:
    Os três grandes pilares do Estado têm um orçamento total de 18,2 mil milhões de euros. As despesas com juros da dívida, rendas energéticas, fundações, PPP, reformas milionárias e defesa representam 60% do custo total do Estado com os seus pilares fundamentais (Saúde, Educação e Justiça). É impossível um pais funcionar bem com estas prioridades. Quando se acha correcto que a defesa tenha um orçamento que é o dobro do orçamento da Justiça está tudo dito (sendo a justiça um dos maiores cancros do país). Aparentemente é mais importante gastar dinheiros em oficiais e armamento, nem para que para isso tenhamos que ter processos a arrastarem durante décadas e fechar tribunais.
    Portugal tem as prioridades muito trocadas... Há muito por onde cortar, mas para os sucessivos governos, o mais simples é cortar na classe média.


    Felizmente, as Forças Armadas não são classe média, as PPP são só contratos sem existência física, os juros da dívida basta dizer que não pagamos, as rendas energéticas são uma coisa que tem um nome desagradável, enfim, só facilidades.
    Concordam com este comentário: two-rok
  11. Colocado por: tostexNão havendo PPPs há mais desemprego

    Por outro lado havendo ppp´s, há necessidade de obter maiores receitas fiscais para as pagar, deprimindo desse modo a economia privada e aumentando o desemprego.
    Concordam com este comentário: two-rok

  12. É muito fácil ter uma despesa de 100.000€ no SNS. No entanto, as pessoas não tem noção porque pensam que pagam tudo quando vão à urgência, com os 20€ que pagam de taxa moderadora e outro tanto de taxa moderadora de exames. Não são só os casos de neoplasias que são caras, existem outras áreas tão ou mais caras: cuidados intensivos (polivalentes, pediátricos e neonatais), neurocirurgias, cirurgias cardio torácicas, entre outras. Trabalho diariamente com medicação que custa milhares de €, essa administração de medicamentos é feita em minutos. Uma diária ascende a milhares de euros num só dia, agora imaginem um internamento de semanas ou 2/3 meses.


    Vamos lá a ver: o Estado cobra cerca de 64 mil milhões de euros de impostos por ano (fonte: Pordata, ano 2014). Gasta entre 8 e 9 mil milhões no orçamento da saúde - o que inclui necessariamente todos esses custos que refere e que enchem o olho - os "100 mil euros" disto e daquilo.

    Está portanto na hora de esquecer o estribilho do "só pagam uma ínfima parte" - porque todos os custos do Min.Saúde são pagos por impostos (e uma pequena parte via taxas moderadoras), e se uns não pagam, pagam outros.
    Concordam com este comentário: two-rok
  13. Colocado por: J.Fernandes
    Agora aplique esse raciocínio aos aumentos de salários da f.p., eufemisticamente chamados de reposições, para chegar à brilhante conclusão de que esse dinheiro, ao contrário do que você parece acreditar, não cai do céu, tem de vir de um aumento de impostos.

    Oh Fernandes, os cortes foram temporários. Como tal, agora é feita a reposição. Mais tarde até do que inicialmente tinha sido acordado. Se você não quer entender isso, é que nem vale apena mais conversa. É que uma discussão requer que ambas as partes falem do mesmo e saibam o que dizem.
  14. Colocado por: luisvv

    Vamos lá a ver: o Estado cobra cerca de 64 mil milhões de euros de impostos por ano (fonte: Pordata, ano 2014). Gasta entre 8 e 9 mil milhões no orçamento da saúde - o que inclui necessariamente todos esses custos que refere e que enchem o olho - os "100 mil euros" disto e daquilo.

    Está portanto na hora de esquecer o estribilho do "só pagam uma ínfima parte" - porque todos os custos do Min.Saúde são pagos por impostos (e uma pequena parte via taxas moderadoras), e se uns não pagam, pagam outros.

    Não lhe chega o tópico específico? É preciso fazer off topic em todo lado? De qualquer modo, você continua a não entender o básico. Pensa nos seus impostos e na saúde. Esquece-se de todas as outras áreas que o Estado lhe fornece serviços. Mas não adianta, não há pior cego do que aquele que não quer ver. Pior ainda, quem fala sem saber do que fala.
  15. Colocado por: luisvvEstá portanto na hora de esquecer o estribilho do "só pagam uma ínfima parte" - porque todos os custos do Min.Saúde são pagos por impostos (e uma pequena parte via taxas moderadoras), e se uns não pagam, pagam outros.

    Exactamente. E, como já ontem tinha referido, se me quiserem cobrar o valor real de um acto médico no SNS - coisa a que não me oponho de nenhum modo - então vamos calcular o saldo da minha conta-corrente com o ministério da saúde, que será com certeza de alguns milhares de euros a meu favor.
    Concordam com este comentário: two-rok
  16. Colocado por: ANdieselOh Fernandes, os cortes foram temporários. Como tal, agora é feita a reposição. Mais tarde até do que inicialmente tinha sido acordado. Se você não quer entender isso, é que nem vale apena mais conversa. É que uma discussão requer que ambas as partes falem do mesmo e saibam o que dizem.

    A questão, que você manifestamente não compreende, é que a razão pela qual se fizeram os cortes, mantem-se, o que significa que não é possível voltar à situação original repondo salários e baixando impostos, sem que haja uma bancarrota. A única solução para cumprir essa promessa demagógica e altamente lesiva da nossa economia, é, pior que não repor impostos, antes aumentá-los.
    Concordam com este comentário: two-rok, Alexluxx
  17. Colocado por: ANdieselÉ que uma discussão requer que ambas as partes falem do mesmo e saibam o que dizem.


    Colocado por: ANdieselPior ainda, quem fala sem saber do que fala.

    Estar sempre a acusar os outros de não saber do que falam, é no seu caso, um boomerang que o está sempre a atingir na cabeça, como é evidente para todos.
    Concordam com este comentário: luisvv, two-rok, loverscout, tostex, Alexluxx, Bricoleiro, scarecrow
  18. Colocado por: ANdiesel
    Oh Fernandes, os cortes foram temporários. Como tal, agora é feita a reposição. Mais tarde até do que inicialmente tinha sido acordado. Se você não quer entender isso, é que nem vale apena mais conversa. É que uma discussão requer que ambas as partes falem do mesmo e saibam o que dizem.


    É triste que haja quem ignore que vamos todos ter que pagar mais para que uma classe privilegiada possa manter os seus direitos e que chame a quem consegue ver isso anti função pública.
    Concordam com este comentário: two-rok, Alexluxx
 
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