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  1.  # 541


    Estamos a ter os défices mais baixos da história da democracia, por isso, não concordo que não estejamos a fazer reformas e ajustes...


    É bom que o défice tenha sido baixo, embora com ajuda de alguns malabarismos, que já não estarão disponíveis para 2017. Esperemos que haja outros.

    No tempo do malvado Passos Coelho toda a gente se queixava de que não tinham sido feitas reformas nenhumas, só se tinha aumentado os impostos.
    Como entretanto eu não dei por terem sido feitas, fico verdadeiramente confuso..
    Entretanto, vai-se "repondo" tudo e mais alguma coisa, ao mesmo tempo que notícias como esta vão passando suavemente: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/vieira-da-silva-sustentabilidade-da-seguranca-social-em-risco-em-2030-155459


    Colocado por: Neon
    Já agora contas simpáticas os recursos gastos na banca penso já rondarem os 15 M€, e não fosse isso os deficits em 2015 e 2016 teriam sido respetivamente 2,8% (abaixo dos 3%) e 1,8 %


    Segundo o BdP, o impacto dos bancos em meados de 2016 o impacto acumulado era de 12,5MM€, e desde então não houve mais - salvo erro, até terá havido uma redução por via do BPP.
    Mas adiante: para olharmos apenas para o estrutural e relevante, há que acrescentar ao défice-maravilha o efeito do PERES (0,3 ou 0,4% do PIB), mais uns trocos de umas coisas extraordinárias de reavaliação de activos e tal, que vão reduzir receita nos próximos anos (outros 0,2%). Acresce a isso que as reposições de salários foram faseadas, pelo que o seu efeito orçamental em 2016 foi parcial - em 2017, tudo o resto igual,teríamos mais despesa só por essa via.
  2.  # 542

    Colocado por: luisvv
    Segundo o BdP, o impacto dos bancos em meados de 2016 o impacto acumulado era de 12,5MM€, e desde então não houve mais - salvo erro, até terá havido uma redução por via do BPP.


    impacto acumulado desde quando?

    É que segundo o BCE, desde o BPN 2008 já são mais de 19M€ ;D
  3.  # 543

    Colocado por: NeonAs alegadas habilidades contabilísticas não passam da simples constatação que fora depósitos houve um agravamento da divida em 5,5 mil milhões. ponto final, parágrafo travessão

    Melhor explicando dos 9,5 M€ ...4,0 M € estão guardados e não foram gastos nas **** (...ainda...mas vão ser)

    Eu sei muito bem distinguir entre dívida pública bruta e dívida pública líquida de depósitos. Embora a que realmente valha seja a bruta, se quiser comparar o crescimento da dívida líquida nos anos 2015 e 2016 vai ver que também cresceu muito mais em 2016.
    E a que realmente vale é a dívida pública bruta, porque mesmo uma parte estando em depósitos, ela paga juros como a outra, e ter um certo valor de depósitos não corresponde - longe disso - ao valor de amortizações extraordinárias que será feito no ano seguinte.
  4.  # 544

    Colocado por: luisvvComprar mais aos outros não é mau, é exactamente o objectivo de todos nós: aumentar o nosso bem-estar. ..
    GERALMENTE não é apenas mau. É PÉSSIMO.
    E não aumenta o nosso bem-estar. Aumenta é o bem-estar de quem nos vende produtos estrangeiros.
    Experimente SÓ comprar laranjas espanholas e pão francês (disfarçado de "pão da avó" ou de "pão de mafra"), enviando as laranjas alentejanas e algarvias, e os excelentes pães produzidos em Portugal para o lixo.
    Estaremos a dar emprego a espanhóis e franceses e a mandar portugueses, nossos familiares, conhecidos, vizinhos para o desemprego.
    E só aumentaremos o bem-estar dos donos dos "Pingo Doce" e afins.

    Colocado por: luisvvO Luis sabe perfeitamente que é possível reduzir a dívida mesmo tendo défices (e sem recurso a medidas extraordinárias).
    É verdade.
    O que eu pretendia dizer foi que um défice de 2% foi o melhor conseguimos fazer em 42 anos. Portanto, TODOS os Governos foram "culpados" de gasto excessivo.

    Colocado por: luisvvNo período dos mais relevantes aumentos da dívida o défice nunca foi "mais ou menos 3%". A dívida pública, no ano 2000, era de cerca de 50% do PIB, embora houvesse mais alguma fora do orçamento.
    Em vez de mais ou menos, eu devia ter escrito "superior ou inferior a 3%".
    O "mais alguma fora do orçamento" era imenso. Se calhar, a dívida escondida (por todos os governos) era de uns 10% do PIB, não?

    Colocado por: luisvvA UE enfiou cá cerca de 9 milhões de euros por dia em mais de 25 anos. Não lhe parece solidariedade? O empréstimo quando já ninguém nos emprestava, também não?
    Só o "Deutsche Bank" recebeu uma ajudinha superior à da Grécia. E todos os outros grandes bancos (Franceses, Ingleses, etc.) receberam ajudinhas de semelhante dimensão. Isso sim, foi solidariedade! ;-)

    Colocado por: luisvvÉ bom que o défice tenha sido baixo, embora com ajuda de alguns malabarismos, que já não estarão disponíveis para 2017. Esperemos que haja outros.
    Os últimos malabarismos foram
    a maior diminuição de desemprego num ano, de que há registo, e
    um aumento das receitas da Segurança Social acima das previsões do orçamento.
    Por este andar, terá de haver um orçamento rectificativo para prever o que se fará ao superavit.

    Ok. A situação continua periclitante. Mas a atitude perante ela é fundamental. Desde que o Governo tomou posse, os nossos governantes evitam o usa da palavra "crise", ou do termo "austeridade".
    Felizmente que os portugueses são muito crentes. Aliás, só neste país se reservaria o Marquês para os futeboleiros darem largas à sua alegria pelo dia do centenário da alucinação colectiva de Fátima, numa altura em que o nosso Salvador estará a defender a honra da pátria em Kiev.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  5.  # 545

    Colocado por: Luis K. W.Desde que o Governo tomou posse, os nossos governantes evitam o usa da palavra "crise", ou do termo "austeridade".

    Compreendo perfeitamente. É assim como as aparições de Fátima, só que neste caso são as desaparições da crise e austeridade que os três pastorinhos - Marcelo, Costa e Centeno - juram (não) ter visto. Como você diria e muito bem, estamos no plano das alucinações colectivas.
  6.  # 546

    Colocado por: Neon

    impacto acumulado desde quando?

    É que segundo o BCE, desde o BPN 2008 já são mais de 19M€ ;D

    https://www.google.pt/amp/www.dn.pt/dinheiro/interior/amp/portugal-gastou-13-mil-milhoes-a-ajudar-bancos-5766414.html
  7.  # 547

    peça ao pai natal o diabo, pode ser que que ele não se esqueça do seu desejo.
    Concordam com este comentário: 21papaleguas
    • eu
    • 10 maio 2017 editado

     # 548

    Colocado por: J.FernandesSó um exemplo, o governo ficou todo contente por a recapitalização da CGD não ser contabilizada no défice, mas o certo é que é dinheiro que o contribuinte vai ter que pagar, e vai lá ficar contabilizado nos números da dívida pública.

    Sim, mas isso são despesas extraordinárias não estruturais, que não têm nada a ver com a despesa primária do estado. Ter um défice baixo é um bom indicador, nem sei porque colocam isso em causa...

    Ou se calhar até sei: como é fácil de verificar nestes tópicos, as opiniões mudam consoante a cor do governo. Quando o PSD estava no governo, a redução do défice era boa; agora pelos vistos é má. Chama-se a isto incoerência.
    Concordam com este comentário: 21papaleguas
  8.  # 549

    Colocado por: J.Fernandesestamos no plano das alucinações colectivas.
    É isso.
    Há as boas trips e as más trips.
    É tudo a mesma m.., digo, droga.
    Parece que a droga actual dá menos pesadelos.
    Mas, claro. Há sempre quem goste de ter pesadelos (e/ou que OS OUTROS tenham pesadelos)...
  9.  # 550

    Colocado por: euSim, mas isso são despesas extraordinárias não estruturais, que não têm nada a ver com a despesa primária do estado.

    E os programas de receita fiscal extraordinária como o PERES, para melhorar o défice, são o quê?!

    Colocado por: euOu se calhar até sei: como é fácil de verificar nestes tópicos, as opiniões mudam consoante a cor do governo. Quando o PSD estava no governo, a redução do défice era boa; agora pelos vistos é má.

    Obviamente, que a redução do défice, em termos genéricos, é boa, mas se a melhoria do défice não corresponder a uma descida do ritmo de endividamento - e até pelo contrário a uma subida -, então iremos de melhoria em melhoria até à bancarrota e a mais uma troika.
  10.  # 551

    Colocado por: Luis K. W.Parece que a droga actual dá menos pesadelos.

    Tipo a LSD? Aquela que levava algumas pessoas a atirar-se do 5º andar com um sorriso nos lábios, felizes da vida?
    • eu
    • 10 maio 2017

     # 552

    Colocado por: J.FernandesObviamente, que a redução do défice, em termos genéricos, é boa, mas se a melhoria do défice não corresponder a uma descida do ritmo de endividamento - e até pelo contrário a uma subida -, então iremos de melhoria em melhoria até à bancarrota e a mais uma troika.

    Acho que é consensual que a dívida tem que ser controlada, mas um dos passos mais importantes desse controlo é exatamente reduzir o défice.
  11.  # 553

    Colocado por: euAcho que é consensual que a dívida tem que ser controlada, mas um dos passos mais importantes desse controlo é exatamente reduzir o défice.

    O problema é que se quer fazer boa figura com um bom défice, mas os esquemas são os mesmos de sempre, desorçamentação, muita despesa que não vai a défice. Pode não ir a défice mas vai sempre à dívida.

    Usando a expressão do Costa, o valor da dívida e o seu crescimento é o algodão que não engana.
  12.  # 554

    Colocado por: J.FernandesObviamente, que a redução do défice, em termos genéricos, é boa

    https://www.youtube.com/watch?v=TGTKN0DaxzQ
    • eu
    • 10 maio 2017 editado

     # 555

    Colocado por: J.FernandesUsando a expressão do Costa, o valor da dívida e o seu crescimento é o algodão que não engana.


    Mas as coisas até estão a compor-se... de 2008 a 2012 é que foi uma catástrofe.

  13.  # 556

    Colocado por: euMas as coisas até estão a compor-se... de 2008 a 2012 é que foi uma catástrofe.

    As coisas até estavam a compor-se, a dívida/PIB de 2015 já foi mais baixa que a de 2014, mas em 2016 voltaram a descarrilar, o rácio dívida/PIB tornou a subir para 130,4% (nºs do Pordata).
  14.  # 557

    Colocado por: eude 2008 a 2012 é que foi uma catástrofe.


    Pois claro!
      socrates.jpg
  15.  # 558

    Nesta tabuleta basta só mudar o nome e serve exactamente a todos os que já lá estiveram, e por dedução para aqueles que vierem a estar, independentemente da cor clubística ...
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
    • eu
    • 10 maio 2017

     # 559

    Colocado por: J.Fernandestornou a subir para 130,4% (nºs do Pordata).

    Não é uma subida significativa, estas flutuações são baixas... eu diria que desde 2012 que existe alguma estabilidade no valor da dívida (em % do pib).

    Agora é continuar com as contas públicas em ordem (défice baixo), promover o crescimento económico e... esperar que não apareça mais nenhum resgate bancário.
  16.  # 560

    Colocado por: Luis K. W.
    GERALMENTE não é apenas mau. É PÉSSIMO.
    E não aumenta o nosso bem-estar. Aumenta é o bem-estar de quem nos vende produtos estrangeiros.

    Isso é uma visão distorcida do que é a actividade económica. O comércio não é um jogo de soma nula.


    Experimente SÓ comprar laranjas espanholas e pão francês (disfarçado de "pão da avó" ou de "pão de mafra"), enviando as laranjas alentejanas e algarvias, e os excelentes pães produzidos em Portugal para o lixo.
    Estaremos a dar emprego a espanhóis e franceses e a mandar portugueses, nossos familiares, conhecidos, vizinhos para o desemprego.
    E só aumentaremos o bem-estar dos donos dos "Pingo Doce" e afins.

    Não foi isso que aconteceu. Essa mania de que os estrangeiros malvados nos deram € para nós , coitadinhos, fazermos o sacrifício de lhes comprarmos coisas que eles produzem é boa para conversas de café, mas é uma caricatura grosseira e abusiva de algo tão simples como isto: sim, a criação de mercados maiores e com mais poder de compra é potencialmente benéfica para os seus membros - mas envolve o benefício ainda maior para os destinatários das ajudas, o seu desenvolvimento e enriquecimento, facilitado também pelo acesso a mercados de países mais ricos.


    É verdade.
    O que eu pretendia dizer foi que um défice de 2% foi o melhor conseguimos fazer em 42 anos. Portanto, TODOS os Governos foram "culpados" de gasto excessivo.

    Sim, é verdade que todos os governos geraram défices. Mas ainda assim, sem querer ser chato e sem pensar em casos concretos, depdendendo das circunstâncias, a gravidade da culpa é diferente. Não é igual ter um défice de 5% num período de crescimento +inflação e com a dívida pública em patamares seguros, numa altura em que é (ou alguém acha que é) preciso fazer estradas, ou ter défices de 5% com a dívida em 120% do PIB, p.ex, e andar a inventar obras para gastar €.


    Em vez de mais ou menos, eu devia ter escrito "superior ou inferior a 3%".
    O "mais alguma fora do orçamento" era imenso. Se calhar, a dívida escondida (por todos os governos) era de uns 10% do PIB, não?

    Sim, é perfeitamente possível que fosse algo desse género.



    Só o "Deutsche Bank" recebeu uma ajudinha superior à da Grécia. E todos os outros grandes bancos (Franceses, Ingleses, etc.) receberam ajudinhas de semelhante dimensão. Isso sim, foi solidariedade! ;-)

    Concretize.

    Os últimos malabarismos foram a maior diminuição de desemprego num ano, de que há registo, e um aumento das receitas da Segurança Social acima das previsões do orçamento. Por este andar, terá de haver um orçamento rectificativo para prever o que se fará ao superavit.

    Os malabarismos foram o PERES, a reavaliação de activos (que implicou pagamento adicional de imposto este ano como contrapartida de recuperação de maior valor em anos posteriores). Mas há outras operações não recorrentes com impacto relevante (devolução de cerca de 300 milhões de uma espécie de caução, p.ex), entre outras coisas menos importantes.
    Na verdade, com tudo isto, a redução do défice foi da ordem das 3 ou 4 décimas (e uma parte dela decorre da poupança em juros, que sendo boa notícia tenderá apesar de tudo a não se repetir, por a taxa média do stock de dívida ter aumentado...)
    Quanto ao resto, esperemos que se mantenha e não venha por aí uma rabanada de vento.


    Ok. A situação continua periclitante. Mas a atitude perante ela é fundamental. Desde que o Governo tomou posse, os nossos governantes evitam o usa da palavra "crise", ou do termo "austeridade".

    Juro que se o Luis vier com a conversa do optimismo eu me desmancho. O optimismo ou pessimismo podem ser bons para os livros do Gustavo Santos, mas valem zero perante situações e factores externos que não controlamos. O Luis pode ser o gajo mais optimista do mundo, e os seus clientes também, mas se falha o €€ o optimismo serve-lhe para ficar satisfeito por se ter enfiado num buraco maior que o do vizinho...


    Felizmente que os portugueses são muito crentes. Aliás, só neste país se reservaria o Marquês para os futeboleiros darem largas à sua alegria pelo dia do centenário da alucinação colectiva de Fátima, numa altura em que o nosso Salvador estará a defender a honra da pátria em Kiev.


    Graças a Deus, não sou crente. ;-)
    Em todo o caso, é bom ver que quando se muda o nome das coisas, logo estas passam a ser maravilhosas.
 
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