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  1.  # 521

    Colocado por: J.FernandesEssa regras do euro são bem explícitas: 3% de défice máximo e 60% de dívida pública/PIB máximo.
    Exactamente. E quais são os países da UE que, actualmente, cumprem ambos os limites (e com que valores) ?
    Depois, há aqueles países que, sistematicamente, NÃO CUMPREM as regras (Alemanha, França "parce que c'est la France",...) e que nunca são punidos nem ameaçados.

    Colocado por: J.FernandesSe com 3% de défice num dado ano, a dívida passará acima dos 60%, então o governo tem de optar por ter um défice mais baixo
    Outra hipótese é aumentando o PIB.

    Se atribuíssem um valor às "quecas" dadas (por exemplo, de 500 euros/cada), o PIB per capita português subia para o nível do sueco (e o valor da dívida sobre o PIB passava para uns 25%)!

    Que é que foi?
    Estão a rir-se?
    A prostituição não é, também, contabilizada como "actividade económica"?!?
  2.  # 522

    Quem não está bem muda-se e nós já devíamos ter batido com a porta há muito.
    Eles também não nos expulsam pelas razões já mais que debatidas, portanto parece não haver nada a fazer ...
  3.  # 523

    Colocado por: Luis K. W.Exactamente. E quais são os países da UE que, actualmente, cumprem ambos os limites (e com que valores) ?
    Depois, há aqueles países que, sistematicamente, NÃO CUMPREM as regras (Alemanha, França "parce que c'est la France",...) e que nunca são punidos nem ameaçados.

    Acho que você ainda não percebeu que as punições com que a UE nos ameaça, são o menor dos nossos males.

    As verdadeiras e duras punições de ter uma dívida pública de tão alto valor são o alto preço dos juros em que nos financiamos, os 7000 M€ de serviço da dívida que todos os anos pagamos, os ratings da república pelas ruas da amargura a afastar investimento, etc., etc.

    Se tivéssemos cumprido com a regra de não ultrapassar 60% da dívida/PIB ou menos, não estávamos a fazer nenhum favor a ninguém, estávamos a ajudar-nos a nós próprios.

    Colocado por: Luis K. W.Outra hipótese é aumentando o PIB.

    Verdade. Mas isso já depende menos do governo.
  4.  # 524

    Colocado por: J.FernandesSe tivéssemos cumprido com a regra de não ultrapassar 60% da dívida/PIB ou menos
    Os nossos governantes (com certeza, com uma perspectiva eleitoralista) preferiram "gastar" todo o dinheiro possível em investimento público.
    Por um lado, deram mais trabalho a empresas e trabalhadores portugueses... por outro, também o deram às grandes empresas estrangeiras (de onde vêem os BMW, etc.).

    Com o J.Sócrates, foi uma maneira de "retardar" o efeito da crise que já se sentia por todo o mundo ocidental. Mas acabou por ser pior, porque levámos com a crise em cima, toda de uma vez , e gerida por políticos com a filosofia do "ai aguenta, aguenta", ou do tipo "seus mariquinhas! tratem mas é de emigrar, e depressinha, vá!".

    Colocado por: J.FernandesMas isso (aumento do PIB) já depende menos do governo.
    Tendo em conta a corrupção que para aí foi, acho estranho que o valor da "produção de prostituição" (financeira/política) não tenha subido exponencialmente, fazendo o nosso PIB aproximar-se do da RPChina.
    Concordam com este comentário: eu
  5.  # 525

    Colocado por: Luis K. W.Com o J.Sócrates, foi uma maneira de "retardar" o efeito da crise que já se sentia por todo o mundo ocidental. Mas acabou por ser pior, porque levámos com a crise em cima, toda de uma vez , e gerida por políticos com a filosofia do "ai aguenta, aguenta", ou do tipo "seus mariquinhas! tratem mas é de emigrar, e depressinha, vá!".

    Lá vem a cantiga do costume...vezes sem conta desmentida pelos factos....
  6.  # 526

    Colocado por: Luis K. W.Os nossos governantes (com certeza, com uma perspectiva eleitoralista) preferiram "gastar" todo o dinheiro possível em investimento público.

    Pronto, e agora estão aí 130% de dívida/PIB para pagar. Se é assim, então para que é que continua a insistir na tese de que a culpa é da UE?
  7.  # 527

    "Juncker: Franceses “gastam demasiado” e “nas coisas erradas”"

    Olha outro que tal ... já não será só em mulheres e vinho!
    Concordam com este comentário: eu
  8.  # 528

    Colocado por: J.FernandesPronto, e agora estão aí 130% de dívida/PIB para pagar.
    Se é assim, então para que é que continua a insistir na tese de que a culpa é da UE?
    Não é.
    Mas a solidariedade não funcionou.
    (é como se Portugal não construísse a barragem do Alqueva e os canais de rega, só porque era na zona mais pobre do país. Ah! Espera. Isso era o que se passava no tempo da outra senhora, e de determinados governos do "centro").

    E alguém me explica porque é que o BCE só começou a injectar dinheiro com uma taxa de juro muito baixa, com 3 ou 4 anos de atraso?
  9.  # 529

    Colocado por: Luis K. W.Mas a solidariedade não funcionou.

    Se há coisa de que não nos podemos queixar é da solidariedade europeia, foram rios de dinheiro que para aqui foram canalizados durante décadas.


    Colocado por: Luis K. W.E alguém me explica porque é que o BCE só começou a injectar dinheiro com uma taxa de juro muito baixa, com 3 ou 4 anos de atraso?

    O que nos deveria deixar preocupados é que esse programa do BCE em vez de ajudar os países do sul, está na verdade a prejudicá-los a prazo. É que as taxas de juro historicamente baixas ou mesmo negativas, criam ilusões de falsa prosperidade e de haver folgas orçamentais que na verdade não existem, levando a que não se façam as reformas e os ajustes que economias esclerosadas como a portuguesa, tanto precisam.
  10.  # 530

    Colocado por: pedromdf"Juncker: Franceses “gastam demasiado” e “nas coisas erradas”"

    Olha outro que tal ... já não será só em mulheres e vinho!


    Se tivesse ganho a sr.ª Marine, os testiculos desse cavalheiro estavam bem mais pequeninos e as palavras já seriam outras....em vez de falar grosso estava a piar bem fininho
    Concordam com este comentário: 21papaleguas
    • eu
    • 9 maio 2017

     # 531

    Colocado por: J.FernandesÉ que as taxas de juro historicamente baixas ou mesmo negativas, criam ilusões de falsa prosperidade e de haver folgas orçamentais que na verdade não existem, levando a que não se façam as reformas e os ajustes que economias esclerosadas como a portuguesa, tanto precisam.


    Estamos a ter os défices mais baixos da história da democracia, por isso, não concordo que não estejamos a fazer reformas e ajustes...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv
    • eu
    • 9 maio 2017

     # 532

    Colocado por: pedromdf"Juncker: Franceses “gastam demasiado” e “nas coisas erradas”"

    Há políticos que deviam ligar o cérebro antes de abrir a boca.
  11.  # 533

    Colocado por: eu

    Estamos a ter os défices mais baixos da história da democracia, por isso, não concordo que não estejamos a fazer reformas e ajustes...


    voce acredita no defice mais baixo da democracia portuguesa? acredita mesmo nisso? ou estava a ser ironico?
  12.  # 534

    Colocado por: euEstamos a ter os défices mais baixos da história da democracia, por isso, não concordo que não estejamos a fazer reformas e ajustes...

    Dívida pública em 2014: 226000M€
    Dívida pública em 2015: 231500M€
    Dívida pública em 2016: 241000M€
    (Fontes INE, BP)

    Ou seja, em 2015, com um défice de 4,4%, a dívida pública subiu 5500M€, e em 2016 com um défice de 2%, subiu "apenas" 9500M€.

    Isto é a prova que:

    1. O défice de 2016, mais que noutros anos, foi um conjunto de habilidades contabilísticas para eleitor e eurogrupo ver;

    2. Nada de reformista se fez, pelo contrário, as medidas tomadas como as reversões, foram exactamente no sentido de agravar o problema.
  13.  # 535

    Nem me estranha nada que o défice para o ano continue a subir e até talvez mais do que os 9500M€.
    Há muito que digo que nunca conseguiremos pagar a dívida, mas a quem devemos interessa que continuemos a dever mais o que garante um caudal de pagamentos que os satisfaz plenamente. Daí não correrem connosco da ue (o que já deviam ter feito) e assim passarmos a viver com o que temos e mais nada.
    Só quem consegue escapar aos impostos é que adora a situação ...
    • eu
    • 9 maio 2017

     # 536

    Colocado por: J.FernandesDívida pública em 2014: 226000M€
    Dívida pública em 2015: 231500M€
    Dívida pública em 2016: 241000M€

    A dívida por si só não é um bom indicador das eventuais reformas realizadas, porque há muitas formas de a dívida aumentar sem ser motivado por um aumento de despesa estrutural do estado...

    Por exemplo, no período da Troika (Passos Coelho) a dívida aumentou bastante, e foram feitas várias reformas para redução da despesa pública...
  14.  # 537

    Colocado por: euA dívida por si só não é um bom indicador das eventuais reformas realizadas, porque há muitas formas de a dívida aumentar sem ser motivado por um aumento de despesa estrutural do estado...

    Pelo contrário, como muitos economistas têm alertado, o défice é que não é de facto um indicador assim tão credível, porque anda muito ao sabor das necessidades de bons números. Só um exemplo, o governo ficou todo contente por a recapitalização da CGD não ser contabilizada no défice, mas o certo é que é dinheiro que o contribuinte vai ter que pagar, e vai lá ficar contabilizado nos números da dívida pública.


    Colocado por: euPor exemplo, no período da Troika (Passos Coelho) a dívida aumentou bastante, e foram feitas várias reformas para redução da despesa pública...

    Isso foi quando a troika veio, que obrigou a contabilizar a dívida que andava escondida em empresas públicas e municipais, entre outros casos. Desde aí, que eu tenha conhecimento, o seu perímetro não foi alterado, o que legitima a comparação que eu fiz.
  15.  # 538

    A divida pública efetivamente aumentou 9.5 mil milhões o que não significa que o guito tenha sido torrado e vinho e mulheres, como se quer fazer parecer. Caso estranho para os que ainda confundem divida pública e deficit :d

    Para a divida pública foi considerada a emissão de 11,2 mil milhões em títulos de divida. E atenção que este financiamento foi superior às necessidades de financiamento da administração.
    Ou seja com estas operações reduziu-se a divida ao FMI em 5,6 mil milhões de euros (destes 4,5 mil milhões foram antecipados).
    Fica ao critério de cada um considerar se foi ou não um despesismo e uma tontice sem precedentes. Mas para elucidação seria conveniente comparar a simpatia das taxas de juro, mas adiante.

    Outro ato execrável foi o aumento da almofada financeira em 4 mil milhões. Sim fala-se por ai à boca pequena que temos qualquer coisa como 22 mil milhões nos cofres, assim prontinhos para queimar...não propriamente em **** e vinho, mas nos poleiros para a banca o que bem vistas as coisas vai dar ao mesmo.

    Portanto como podemos perceber deste aumento tenebroso da divida que pela ideia de alguns não casa bem com os 2 % de deficit. Há obviamente uma gigantesca fraude financeira perpetrada pelo governo.

    Haja paciência :(


    As alegadas habilidades contabilísticas não passam da simples constatação que fora depósitos houve um agravamento da divida em 5,5 mil milhões. ponto final, parágrafo travessão

    Melhor explicando dos 9,5 M€ ...4,0 M € estão guardados e não foram gastos nas **** (...ainda...mas vão ser)

    Já agora contas simpáticas os recursos gastos na banca penso já rondarem os 15 M€, e não fosse isso os deficits em 2015 e 2016 teriam sido respetivamente 2,8% (abaixo dos 3%) e 1,8 %.
  16.  # 539

    Colocado por: J.FernandesSe há coisa de que não nos podemos queixar é da solidariedade europeia, foram rios de dinheiro que para aqui foram canalizados durante décadas.
    Isso é outra coisa. E foi outra ratoeira.
    Essas verbas foram "oferecidas" pela UE, negociadas com a UE, e serviram para que o Estado português (relembro que o "Estado português" SOMOS NÓS) se endividasse nos grandes bancos europeus para financiar a percentagem que lhe cabia nos grandes investimentos que cá foram feitos graças ao impulso desses rios de dinheiro.
    Aliás, basta ver como evoluíram as balanças de pagamentos dos países do Norte e do Sul da Europa durante os 10 ou 12 anos antes da crise.

    Quando a dívida se tornou demasiado grande, toda a UE foi chamada a ajudar... os grandes bancos. Não os Estados.
    Digo isto porque, enquanto a Alemanha e outros se financiavam a taxas de juro negativas, a Portugal cobravam 4 ou 5%. Isto é, não houve solidariedade nenhuma!

    Isto foi como se Lisboa se financiasse a 2% e fosse emprestar ao Alentejo a 10%.
    Solidariedade seria Lisboa emprestar ao Alentejo a 0% ou, no máximo, aos mesmos 2%.
  17.  # 540

    Colocado por: Luis K. W.
    Suponha que tínhamos uma dívida de 60% do PIB e que, seguindo as regras todos os anos tínhamos um défice máximo de, no máximo, 3%/Pib POR ANO.
    Como, para utilizar os fundos europeus tínhamos que pôr uma percentagem de dinheiro "NOSSO" (que não tínhamos, e íamos pedir emprestado), era quase inevitável haver défice todos os anos.

    É engraçado que nem sequer se coloca a questão de reduzir despesa equivalente noutras rubricas, por troca com o que era suposto ser investimento produtivo...



    Ao fim de 20 anos desta marmelada, (números redondos, como se o PIB não aumentasse, etc.), mesmo que o défice fosse sempre de 3%, a dívida teria subido para 120% do PIB!
    E foi mais ou menos isto que aconteceu, não foi?


    Não, não foi. No período dos mais relevantes aumentos da dívida o défice nunca foi "mais ou menos 3%". A dívida pública, no ano 2000, era de cerca de 50% do PIB, embora houvesse mais alguma fora do orçamento.
    Além disso o racional do investimento era o seu efeito reprodutor de riqueza pelo que o efeito orçamental seria sempre positivo (por via do aumento do PIB).



    Lembre-se que em 2016 tivemos o défice MAIS BAIXO desde 1974(!), e foi de... -2%.


    O Luis sabe perfeitamente que é possível reduzir a dívida mesmo tendo défices (e sem recurso a medidas extraordinárias).



    Os nossos governantes (com certeza, com uma perspectiva eleitoralista) preferiram "gastar" todo o dinheiro possível em investimento público.
    Por um lado, deram mais trabalho a empresas e trabalhadores portugueses... por outro, também o deram às grandes empresas estrangeiras (de onde vêem os BMW, etc
    .


    Comprar mais aos outros não é mau, é exactamente o objectivo de todos nós: aumentar o nosso bem-estar. ..
    .

    Com o J.Sócrates, foi uma maneira de "retardar" o efeito da crise que já se sentia por todo o mundo ocidental. Mas acabou por ser pior, porque levámos com a crise em cima, toda de uma vez , e gerida por políticos com a filosofia do "ai aguenta, aguenta", ou do tipo "seus mariquinhas! tratem mas é de emigrar, e depressinha, vá!".


    É como aquele tipo que ficou desempregado e que decidiu torrar o saldo do VISA, a ver se entretanto caía uma solução do céu. Surpreendentemente, não caiu.

    Não é.
    Mas a solidariedade não funcionou.
    (é como se Portugal não construísse a barragem do Alqueva e os canais de rega, só porque era na zona mais pobre do país. Ah! Espera. Isso era o que se passava no tempo da outra senhora, e de determinados governos do "centro").

    Não funcionou? A UE enfiou cá cerca de 9 milhões de euros por dia em mais de 25 anos. Não lhe parece solidariedade? O empréstimo quando já ninguém nos emprestava, também não?


    E alguém me explica porque é que o BCE só começou a injectar dinheiro com uma taxa de juro muito baixa, com 3 ou 4 anos de atraso?

    Primeiro, porque para o fazer teve que torcer bastante o seu mandato. Segundo, porque há quem considere que o alívio que agora se sente, terá consequências mais tarde.
 
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