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  1. Colocado por: luisvvEstá a utilizar a falácia argumentativa do "Homem de Palha"..


    Certo, está ao nível do seguinte: temos que proteger o capital e as grandes empresas para a economia prosperar. Já os outros, nomeadamente a classe média, têm a obrigação de pagar a divida porque recebem subsidio de desemprego e reformas.
    • eu
    • 27 outubro 2015
    Colocado por: simplesSegundo a sua teoria a Alemanha já tinha que estar falida porque as regalias sociais e as condições de trabalho são muito superiores àquelas que temos em Portugal.

    Os países têm as condições de trabalho e regalias que podem ter, de acordo com a riqueza que produzem.

    simples de entender, não é? Pelo menos deveria ser...
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  2. Colocado por: marco1a sua cassete já cheira a mofo

    lá vem outra vez a questão do estado que dá e não dá.

    o que se fala é em regulação do sistema financeiro na economia.


    Não, o que se fala é da capacidade de pagar o que o Estado dá, porque é por isso que aumenta impostos, e é por isso que se discute o "ataque à classe média" - porque esta espera receber do Estado, mas não tem grande interesse em pagar o que recebe, ou pelo menos fica muito surpreendida quando lhe apresentam a conta, porque não faz ideia do que aquilo custa, e até esperava que fossem outros a pagar.
    Concordam com este comentário: two-rok

  3. "1% dos portugueses detêm 25% da riqueza nacional" Qual foi a parte que não entendeu?


    Alemanha é o país mais desigual



    Segundo a sua teoria a Alemanha já tinha que estar falida porque as regalias sociais e as condições de trabalho são muito superiores àquelas que temos em Portugal.


    É cansativo contrariar respostas a coisas que eu não digo, mas enfim: as condições de trabalho e regalias sociais alemãs resultam das condições económicas (e sociais) alemãs. Se quiser, os alemães podem dar-se a esse luxo, porque são ricos, e não o inverso. Se quer um exemplo mais anedótico, um rico pode comprar um Porsche, mas comprar um Porsche não transforma um pobre em rico.
    Concordam com este comentário: two-rok
  4. Colocado por: euOs países têm as condições de trabalho e regaliasque podem ter, de acordo com a riqueza que produzem.


    Exatamente, está quase a chegar lá. Á Alemanha foram dadas as condições para desenvolver uma economia forte e criar riqueza e a verdade é que as aproveitou, reforçando durante décadas as regalias sociais e as condições de trabalho. Depois teve que suportar o custo de salvar a sua Grécia e as coisas complicaram-se um pouco. No entanto, no meio disto, não houve cortes cegos nas reformas, na função pública ou nos direitos dos trabalhdores. Houve uma politica de contenção de custos mas não assistimos a uma politica de empobrecimento do povo alemão. Primeiro porque isso seria contra produtivo para a economia alemã e segundo porque a classe média não o iria permitir.

    Com este tipo de politica de austeridade, que assenta claramente no empobrecimento geral da classe trabalhadora, quando é que acha que Portugal vai ter condições para criar uma economia mais forte?
  5. ok tape o sol com a peneira que quiser.
    pensei que estivéssemos a falar dos mecanismos que vão cerceando a evolução de uma classe média,.... para alem do seu "abençoado" estado e impostos.
    coitadas das "médias" não tem capacidade de criar riqueza.
  6. Colocado por: luisvv Se quer um exemplo mais anedótico, um rico pode comprar um Porsche, mas comprar um Porsche não transforma um pobre em rico.


    Também conheço uma: tirar um Porsche a um rico não lhe causa muito dano, tirar um Fiat a um pobre obriga-o a andar a pé.
  7. Não sei se deva rir ou se deva chorar!

    Novo governo formado!

    http://www.tvi24.iol.pt/politica/27-10-2015/conheca-a-constituicao-do-novo-governo

  8. Certo, está ao nível do seguinte: temos que proteger o capital e as grandes empresas para a economia prosperar. Já os outros, nomeadamente a classe média, têm a obrigação de pagar a divida porque recebem subsidio de desemprego e reformas.


    Não, não está. A ver se nos entendemos: a dívida pública resulta de escolhas acumuladas durante anos e anos, e foi contraída em benefício da classe média - foi para lhe dar todos os serviços que toda a gente acha que o Estado deve fornecer. Foi-o porque em parte toda a gente crê no "efeito multiplicador" da despesa pública, e em parte porque é ridículo fazer contas antes de gastar - porque todos somos capazes de listar uma série de benefícios intangíveis para qualquer medida que nos agrade.
    Se não fosse a dívida, os impostos que agora doem muito teriam surgido mais cedo, ou a classe média não teria usufruído dos serviços que a dívida financiou.
    A necessidade de pagar a dívida não decorre de qualquer moralismo nem de pruridos ideológicos, decorre de algo tão simples como, enquanto houver défice, o Estado depender de novos empréstimos para financiar a sua actividade, o que pressupõe manter confiança dos credores. No dia em que o Estado tiver condições para abdicar dos mercados, estará em posição negocial mais forte, até lá é escusado fantasiar.

    Dito isto, sobram as empresas: se não há vantagem em estar cá, as empresas não estão. Há muito pouca coisa que seja feita cá e não possa ser feita noutro país. E as que estiverem serão as que podem repercutir os impostos e custos acrescidos nos clientes ou nos trabalhadores (porque nunca é demais lembrar que os impostos são sempre pagos por pessoas).
    Concordam com este comentário: two-rok
  9. Colocado por: luisvvDito isto, sobram as empresas: se não há vantagem em estar cá, as empresas não estão. Há muito pouca coisa que seja feita cá e não possa ser feita noutro país. E as que estiverem serão as que podem repercutir os impostos e custos acrescidos nos clientes ou nos trabalhadores (porque nunca é demais lembrar queos impostos são sempre pagos por pessoas).


    O erro no seu raciocínio está na crença de que as grandes empresas são o garante de uma economia equilibrada e prospera. A verdade é que foram exatamente essas que geraram grande parte do caos que estamos a viver. Muitas tinham estruturas sobredimensionadas para o nosso mercado, principalmente na construção verificou-se isso quando se fez sentir o efeito da crise, que obrigaram a ajustes, perdões de divida e em alguns casos à falência. Tudo isso, para além dos milhares de milhões que ficaram por pagar à banca, levou a que subisse o desemprego o que criou ainda mais encargos para um estado já suficientemente fustigado com os efeitos da crise. Para salvar muitas dessas empresas foi desviado dinheiro dos contribuintes para criar programas de apoio do tipo PER.

    Uma economia saudável é feita de uma mistura equilibrada entre uma classe média forte e um tecido empresarial competente e corretamente dimensionado para o mercado em questão. A Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo, a Suiça etc. são bons exemplos disso. Sem terem empresas da dimensão de uma VW, conseguem ter uma relação saudável entre estado, empresas e particulares.
  10. Colocado por: simplesPara salvar muitas dessas empresas foi desviado dinheiro dos contribuintes para criar programas de apoio do tipo PER.

    Quer dar exemplos?
    Concordam com este comentário: two-rok
  11. Colocado por: simplesMuitas tinham estruturas sobredimensionadas para o nosso mercado, principalmente na construção

    Tretas. O problema no mercado de construção nacional, sempre foi haver demasiadas pequenas empresas sem massa crítica.
  12. Colocado por: PicaretaQuer dar exemplos?


    Por exemplo a Salvador Caetano.
  13. Colocado por: simplesA Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo, a Suiça etc. são bons exemplos disso. Sem terem empresas da dimensão de uma VW, conseguem ter uma relação saudável entre estado, empresas e particulares.

    Tretas. De cabeça: Nestlé, Shell, Philips, Unilever, Adecco, Heineken, Arcelor, etc., etc.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  14. Colocado por: J.FernandesTretas. O problema no mercado de construção nacional, sempre foi haver demasiadas pequenas empresas sem massa crítica.


    Das duas uma, ou trabalha numa grande construtora e convém defender isso ou então está a falar à sorte.
  15. Colocado por: simplesPor exemplo a Salvador Caetano.

    Quanto (e quando) é o estado deu à salvador caetano ?
  16. Colocado por: J.Fernandes
    Tretas. De cabeça: Nestlé, Shell, Philips, Unilever, Adecco, Heineken, Arcelor, etc., etc.


    Tirando a Suiça que, pelas razões todos conhecem, é um caso à parte e por isso talvez esteja a mais nessa lista, não deve encontrar muitas mais para além das empresas que referiu. Da Bélgica por exemplo não vejo ai nenhuma.

    Logicamente são países com um tecido empresarial muito mais maduro e consolidado que o nosso mas isso não invalida que não seja possível desenvolver aquilo que de bom temos em Portugal sem termos que nos vergar perante as imposições das grandes empresas. Essas, e quero sublinhar esta parte, são importantes para qualquer economia e por isso muito bem vindas mas não são mais importantes que os restantes agentes do mercado e muito menos mais importantes que um país.
  17. Colocado por: Picareta
    Quanto (e quando) é o estado deu à salvador caetano ?


    Foi muito mais do que um trabalhador comum alguma vez vai ganhar em toda a sua vida. Para além disso ficaram a "arder" muitos pequenos fornecedores que por sua vez foram obrigados a tomar medidas para compensar o prejuízo, pondo mais algumas pessoas no desemprego. É que essas, as pequenas empresas, para além de não terem direito a apoios ainda têm que ajudar a classe média a pagar a divida.
  18. Concordam com este comentário: eu, two-rok
    • luisvv
    • 27 outubro 2015 editado

    O erro no seu raciocínio está na crença de que as grandes empresas são o garante de uma economia equilibrada e prospera. A verdade é que foram exatamente essas que geraram grande parte do caos que estamos a viver.

    Por muito que seja tentador e querido falar das PME e do mito das empresas nascidas numa garagem, a fragmentação do capital é pouco eficiente.


    Muitas tinham estruturas sobredimensionadas para o nosso mercado, principalmente na construção verificou-se isso quando se fez sentir o efeito da crise, que obrigaram a ajustes, perdões de divida e em alguns casos à falência.

    As empresas tinham as estruturas que o mercado lhes pedia. E o mercado pedia-lhes porque, por várias vias, havia obras para se sustentarem. É aliás um óptimo exemplo para o tipo de consequências do "multiplicador". As que fecharam, reestruturaram ou emigraram fizeram exactamente o que todas as empresas fazem .


    Tudo isso, para além dos milhares de milhões que ficaram por pagar à banca, levou a que subisse o desemprego o que criou ainda mais encargos para um estado já suficientemente fustigado com os efeitos da crise. Para salvar muitas dessas empresas foi desviado dinheiro dos contribuintes para criar programas de apoio do tipo PER.

    Está explicado, então. Mas agora voltemos à realidade: quando o Estado começou a ter dificuldades de financiamento (e as dificuldades não decorreram da falência de grandes empresas, ao contrário do que afirma) e deixou de poder gastar muitíssimo mais do que recebia e passou a gastar apenas muito mais, precisou de cobrar mais impostos e cortar no custo da sua máquina. Depois veio o lobo mau a troika, e suspenderam-se algumas fantasias, o que não impediu muita gente de continuar a clamar pela intervenção do Estado na "dinamização" da economia.




    Uma economia saudável é feita de uma mistura equilibrada entre uma classe média forte e um tecido empresarial competente e corretamente dimensionado para o mercado em questão. A Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo, a Suiça etc. são bons exemplos disso. Sem terem empresas da dimensão de uma VW, conseguem ter uma relação saudável entre estado, empresas e particulares.


    Que belos exemplos. 3 das 50 maiores empresas do mundo são Suíças (Novartis, Nestlé e Roche) e a Bélgica tem a nº25. A VW é apenas 49ª. A Suiça tem 12 empresas no top500 da Fortune,

    O Luxemburgo é uma praça financeira, e tem meros 500.000 habitantes, aproximadamente os mesmos que Lisboa. A Holanda, bem , a Holanda é o papão que atrai grandes empresas de todo o mundo...
    Concordam com este comentário: two-rok
 
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