Colocado por: simples
Das duas uma, ou trabalha numa grande construtora e convém defender isso ou então está a falar à sorte.
Foi muito mais do que um trabalhador comum alguma vez vai ganhar em toda a sua vida. Para além disso ficaram a "arder" muitos pequenos fornecedores que por sua vez foram obrigados a tomar medidas para compensar o prejuízo, pondo mais algumas pessoas no desemprego.
É que essas, as pequenas empresas, para além de não terem direito a apoios ainda têm que ajudar a classe média a pagar a divida.
Colocado por: simples
Tirando a Suiça que, pelas razões todos conhecem, é um caso à parte e por isso talvez esteja a mais nessa lista, não deve encontrar muitas mais para além das empresas que referiu. Da Bélgica por exemplo não vejo ai nenhuma.
Colocado por: luisvvFantástico. Se não concorda consigo, é porque trabalha numa grande empresa. O inverso também é verdadeiro? Se não concorda com o JFernandes, posso concluir que trabalha numa pequena empresa e lhe convém defender isso?
Colocado por: simplesO problema dessas empresas é que quando chegam cá verificam que somos um povo pobre, cuja única preocupação é o preço. Por isso quando atraímos investimento, é investimento que visa a exploração da mão-de-obra barata e a distribuição de soluções de baixa qualidade.
Lamento desiludi-lo mas não trabalho numa empresa pequena.
Dizer que o problema da construção em Portugal estava na falta de massa critica das pequenas empresas é que é um absurdo. Essas por norma eram, e em muitos casos ainda são, exprimidas e vigarizadas pelas grandes empresas.
Uma dos principais fatores que faz com que Portugal seja incapaz de atrair investimento estrangeiro prende-se com o facto de haver pouca qualidade e poder de compra em Portugal pelo que é um mercado pouco atrativo. Ao contrário do que se poderia pensar a maior parte das empresas estrangeiras investem em Portugal não apenas para produzir barato mas também vender os seus produtos (embora Portugal, pela sua dimensão, normalmente seja visto numa perspetiva do mercado Ibérico). O problema dessas empresas é que quando chegam cá verificam que somos um povo pobre, cuja única preocupação é o preço. Por isso quando atraímos investimento, é investimento que visa a exploração da mão-de-obra barata e a distribuição de soluções de baixa qualidade.
Não me parece que este possa ser o caminho para um futuro melhor.
Se quisermos ser a prostituta da Europa a politica seguida atualmente é excelente , se quisermos ser um país desenvolvido e respeitado há que criar politicas que permitam atrair investimento de valor, fomentando ao mesmo tempo o mercado interno.
Colocado por: luisvvTretas. Qualquer pessoa que lide de perto com a construção civil sabe o que são as pequenas empresas.
Colocado por: simplesPara ganhar as obras os orçamentos são dados por baixo e no limite do exequível. Depois para que seja possível cumprir os mesmos e gerar lucro, os subempreiteiros são exprimidos por jovens engenheiros até onde é possível. A primeira coisa a ficar pelo caminho é obviamente a qualidade. Para além disso são propostos prazos de pagamento ridículos, que só existem em Portugal e países do género, que obviamente são passados para os fornecedores de materiais e serviços, ou seja, as grandes empresas ainda se financiam nas pequenas empresas. Por fim há as habilidades que são feitas com autos de medição, reclamações etc. Todos estes procedimentos limitam obviamente o desenvolvimento das pequenas empresas que muitas vezes, por questões de pagamentos pendentes, ainda se tornam dependentes dessas empresas.
Colocado por: Picareta
Concordo consigo, mas isso não pode ser argumento contra as grandes empresas, porque esse procedimento é utilizado por pequenas, médias e grandes empresas.
Para ganhar as obras os orçamentos são dados por baixo e no limite do exequível. Depois para que seja possível cumprir os mesmos e gerar lucro, os subempreiteiros são exprimidos por jovens engenheiros até onde é possível. A primeira coisa a ficar pelo caminho é obviamente a qualidade. Para além disso são propostos prazos de pagamento ridículos, que só existem em Portugal e países do género, que obviamente são passados para os fornecedores de materiais e serviços, ou seja, as grandes empresas ainda se financiam nas pequenas empresas. Por fim há as habilidades que são feitas com autos de medição, reclamações etc. Todos estes procedimentos limitam obviamente o desenvolvimento das pequenas empresas que muitas vezes, por questões de pagamentos pendentes, ainda se tornam dependentes dessas empresas.
Obviamente pode haver exceções mas regra geral é assim que o mercado da construção em Portugal e Espanha funciona ou pelo menos funcionava até há bem pouco tempo.
Colocado por: luisvvMuito bem. A tudo isso, que existe também nas empresas pequenas, acrescente mais uma série de características, algumas das quais se confundem:
1) Pessoal impreparado e incapaz;
2) Inexistência de back-office;
3) Gestão incipiente.
4) Capital próprio perto (ou abaixo) de zero.
5) Acesso limitado a/Uso ineficiente do capital;
6) Incapacidade de cumprimento de prazos, orçamentos, ou contratos em geral.
E podíamos aprofundar, mas acho que não vale a pena.
Colocado por: PicaretaConcordo consigo, mas isso não pode ser argumento contra as grandes empresas, porque esse procedimento é utilizado por pequenas, médias e grandes empresas.
Colocado por: luisvvMais uma vez a falácia do Calimero, que já fazia falta.Concordam com este comentário:treker666
Colocado por: simplesPara que não seja mal entendido, eu não estou a tentar argumentar contra as grandes empresas.
Colocado por: simplesO que eu estou a tentar dizer é que uma classe média forte é tão importante como um tecido empresarial saudável e produtivo.
Colocado por: simplesPara o conseguir é preciso renegociar a divida com os parceiros e investir de forma bem planeada, sem recorrer a projetos megalómanos, em setores estratégicos da economia de forma a criar mão-de-obra de obra qualificada e empresas preparadas para competir no mercado nacional e internacional.
Colocado por: J.Fernandes
Uma coerência de fazer corar o António Costa.
Dois bons caminhos para continuar com empresas descapitalizadas e pouco competitivas, e continuarmos com uma classe média de baixo poder de compra:
- Renegociar a dívida de uma maneira diferente à que tem sido feita até agora;
- Investir em sectores ditos estratégicos;
Colocado por: simplesDesenvolva sff. Nâo estou a perceber.
Colocado por: simplesQuais são as alternativas que propõe?
Colocado por: J.Fernandes
Estava a querer dizer que você não é coerente se depois de tantos comentários a diabolizar as grandes empresas, vem agora dizer que não tem nada contra elas.
Proponho aquilo que ando a dizer há 20 anos, a quem tem a paciência de me ouvir: diminuir o peso do estado na economia, diminuir a burocracia, liberalizar os contratos de trabalho e baixar os custos fiscais para as empresas, todas naturalmente.