Colocado por: CMartino Luis era de esquerda (curiosidade..) ?Eu era oposicionista ao regime, sim.
Colocado por: Luis K. W.Um primo do meu pai, cardiologista, foi detido pela PIDE mais de 10 vezes. Sempre que ele assinava uma petição pela liberdade dos presos políticos, ou regressava de férias no estrangeiro, lá ia parar a Caxias.
Dois dos meus primos da margem sul (do Tejo) passavam a vida a ir dentro por actividades subversivas, como colar cartazes, distribuir panfletos e fazer comícios à porta de fábricas.
O meu pai e a minha mãe tinham ficha na Pide. O meu pai por ser dirigente desportivo de um clube conhecido por ter na direcção uma enorme quantidade de oposicionistas (o Benfica, claro!). A minha mãe, porque foi testemunha abonatória de uma colega de curso (condenada por ser militante do PC) e, por isso, só conseguiu entrar para a Função Pública depois da intervenção de uma familiar do presidente do SNI.
E ambos por terem sido apoiantes da CEUD.
Podia continuar HORAS, falando dos meus vizinhos (professores; ele era um escultor, pintor e gravurista; comunistas), do pai de um meu falecido sócio sócio (advogado, socialista), do tio de um meu colega de liceu (sobrinho do Álvaro Cunhal), de um meu tio que foi chamado à Pide por causa do conteúdo das cartas que enviava da Guiné (onde cumpria o SMO) para a família, de um meu professor de matemática que "desapareceu" a meio do ano lectivo, ...
Eu próprio escapei por pouco de ser apanhado nos anos 70 (neste caso, pela PSP) por participar numa assembleia de estudantes na Fac. de Medicina de Lisboa, e por andar a colar cartazes da oposição (durante um período eleitoral) na Estrada de Benfica.
A PIDE é descendente da PVDE.
E "mais repressiva" só pode ser um eufemismo para assassina.
São-lhe atribuídas várias mortes, como as de Alfredo Dinis / "Alex" (1945), Militão Ribeiro (1950), Raul Alves (1958, lançado do 3.º andar da António Maria Cardoso), José Dias Coelho (1961), Humberto Delgado (1965), Eduardo Mondlane (1969), Amílcar Cabral (1973),... Entre as muitas vítimas, estão: António Ferreira Soares, Francisco Ferreira Marquês, Germano Vidigal, José Moreira. Muitos morreram nas cadeias ou depois de libertados após longos anos de cárcere e/ou por não poderem tratar-se, porque obrigados à clandestinidade – entre estes, Soeiro Pereira Gomes, José Gregório, Manuel Rodrigues da Silva...
Bento de Jesus Carraça morreu aos 47 anos (1948) um ano após ter sido preso pela PIDE, destituído do seu lugar de professor catedrático. Alfredo Caldeira (1938), Bento Gonçalves (1942) e tantos outros foram assassinado no campo da morte lenta (Tarrafal). E digo assassinados porque, como dizia o seu director "quem vem para o Tarrafal, vem para morrer».
A PIDE comandava e enquadrava os "Flechas" que, para grande orgulho dos nossos dirigentes, conseguiram algumas "vitórias" e aterrorizaram os combatentes dos movimentos de libertação ("turras"), isto é... cometeram algumas atrocidades. Em Angola (e em Moçambique, embora com menos relevo) tiveram sucesso nalgumas acções "pseudo-terroristas" (atacavam alvos no estrangeiro, missões religiosas, etc., fazendo-se passar por "terroristas").
E no dia 25/Abril/1974, no meio de todo aquele aparato militar (corvetas, artilharia, carros blindados, tanques, metralhadoras, etc.) as únicas vítimas mortais - Fernando Gesteira, José Barneto, Fernando Barreiros dos Reis, José Guilherme Arruda - foram as que caíram assassinadas pela PIDE.
(depois de ter escrito isto, descobri um site com uma lista de vítimas mortais da PIDE/PVDE:http://paginavermelha.org/docs/assassinados-pelo-fascismo)
Colocado por: CMartinAntónio de Oliveira Salazar, Oliveira Salazar ou simplesmente Salazar GCTE • GCSE • GColIH • GCIC (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de abril de 1889 — Lisboa, 27 de julho de 1970) foi um estadista nacionalista português que, além de chefiar diversos ministérios, foi presidente do Conselho de Ministros e professor catedrático
Colocado por: CMartinO que fez Salazar...O que fez o fascismo:
• 1954:
– Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços
Colocado por: RCFMário Soares foi o primeiro presidente eleito no pós 25 de abril, a falecer. Teve funeral com honras de Estado.
E agora, o que se segue? Os próximos a falecer também terão funeral com honras de Estado?
Ramalho Eanes? Jorge Sampaio? Cavaco Silva?
‘’Há que regular a máquina do Estado com tal precisão, que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e amigos.’’ (Salazar, 1932). Talvez isto ajude melhor os ignorantes/céticos e os políticos do pós 25/abril/74 a compreender (e a mudar mentalidades) porque é que Salazar era um ‘‘ditador’’. É simples! Salazar era um político sério/justo e não deixava ninguém ‘‘MIJAR FORA DO PENICO’’. (…)
Colocado por: larkheNão concordo,
Se portugal nao tem entrado para a Cee hj em dia em vez de estarmos na vanguarda em muitos setores ( embora ainda atrasados em alguns) estaríamos a anos luz.... seriamos uma Albania ou uma Romenia da Europa.
A Cee pode ter trazido muita desgraça, mas tambem trouxe muita modernizaçao a todos os setores em geral.
Colocado por: Luis K. W.O que fez o fascismo:
Colocado por: SalazarSe juntarmos o sector agrícola ao sector industrial e comercial de Norte a Sul do país, rapidamente chegamos à conclusão que as classes trabalhistas (cidade-agrícolas) viviam tranquilas, desfrutando de uma economia de prosperidade e riqueza nacional, que lhes garantia bem-estar e os afastava completamente dos limiares da pobrezaCriou gente acéfala que acredita em coisas destas!
Colocado por: Salazar‘’faça o favor, baixe lá o preço do trigo, porque o trigo é o pão dos pobres’’Treta! Desde o Afonso Henriques que Portugal é deficitário em cereais e tem de os importar! Se conseguiam "baixar o preço" do trigo, é porque o Estado o subsidiava.
Querem saber as razões do nosso "atraso", etc. etc. Aqui está uma delas!"
Colocado por: Luis K. W.Um primo do meu pai, cardiologista, foi detido pela PIDE mais de 10 vezes. Sempre que ele assinava uma petição pela liberdade dos presos políticos, ou regressava de férias no estrangeiro, lá ia parar a Caxias.
Dois dos meus primos da margem sul (do Tejo) passavam a vida a ir dentro por actividades subversivas, como colar cartazes, distribuir panfletos e fazer comícios à porta de fábricas.
O meu pai e a minha mãe tinham ficha na Pide. O meu pai por ser dirigente desportivo de um clube conhecido por ter na direcção uma enorme quantidade de oposicionistas (o Benfica, claro!). A minha mãe, porque foi testemunha abonatória de uma colega de curso (condenada por ser militante do PC) e, por isso, só conseguiu entrar para a Função Pública depois da intervenção de uma familiar do presidente do SNI.
E ambos por terem sido apoiantes da CEUD.
Podia continuar HORAS, falando dos meus vizinhos (professores; ele era um escultor, pintor e gravurista; comunistas), do pai de um meu falecido sócio sócio (advogado, socialista), do tio de um meu colega de liceu (sobrinho do Álvaro Cunhal), de um meu tio que foi chamado à Pide por causa do conteúdo das cartas que enviava da Guiné (onde cumpria o SMO) para a família, de um meu professor de matemática que "desapareceu" a meio do ano lectivo, ...
Eu próprio escapei por pouco de ser apanhado nos anos 70 (neste caso, pela PSP) por participar numa assembleia de estudantes na Fac. de Medicina de Lisboa, e por andar a colar cartazes da oposição (durante um período eleitoral) na Estrada de Benfica.
A PIDE é descendente da PVDE.
E "mais repressiva" só pode ser um eufemismo para assassina.
São-lhe atribuídas várias mortes, como as de Alfredo Dinis / "Alex" (1945), Militão Ribeiro (1950), Raul Alves (1958, lançado do 3.º andar da António Maria Cardoso), José Dias Coelho (1961), Humberto Delgado (1965), Eduardo Mondlane (1969), Amílcar Cabral (1973),... Entre as muitas vítimas, estão: António Ferreira Soares, Francisco Ferreira Marquês, Germano Vidigal, José Moreira. Muitos morreram nas cadeias ou depois de libertados após longos anos de cárcere e/ou por não poderem tratar-se, porque obrigados à clandestinidade – entre estes, Soeiro Pereira Gomes, José Gregório, Manuel Rodrigues da Silva...
Bento de Jesus Carraça morreu aos 47 anos (1948) um ano após ter sido preso pela PIDE, destituído do seu lugar de professor catedrático. Alfredo Caldeira (1938), Bento Gonçalves (1942) e tantos outros foram assassinado no campo da morte lenta (Tarrafal). E digo assassinados porque, como dizia o seu director "quem vem para o Tarrafal, vem para morrer».
A PIDE comandava e enquadrava os "Flechas" que, para grande orgulho dos nossos dirigentes, conseguiram algumas "vitórias" e aterrorizaram os combatentes dos movimentos de libertação ("turras"), isto é... cometeram algumas atrocidades. Em Angola (e em Moçambique, embora com menos relevo) tiveram sucesso nalgumas acções "pseudo-terroristas" (atacavam alvos no estrangeiro, missões religiosas, etc., fazendo-se passar por "terroristas").
E no dia 25/Abril/1974, no meio de todo aquele aparato militar (corvetas, artilharia, carros blindados, tanques, metralhadoras, etc.) as únicas vítimas mortais - Fernando Gesteira, José Barneto, Fernando Barreiros dos Reis, José Guilherme Arruda - foram as que caíram assassinadas pela PIDE.
(depois de ter escrito isto, descobri um site com uma lista de vítimas mortais da PIDE/PVDE:http://paginavermelha.org/docs/assassinados-pelo-fascismo)
Colocado por: CMartinMas os Ingleses bebem mais do que nós...quase nem comem, e só bebem.Segundo as estatísticas, os portugueses bebem mais álcool puro que os ingleses.
Colocado por: RCF
Têm direito a ter funeral de Estado. Mas, não têm necessariamente de ter!
Os próprios e respetivas famílias quererão que seja funeral de Estado? É essa a questão.
Ramalho Eanes, por exemplo, poderia ser Marechal, mas declinou...