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  1.  # 41



    Pensar e fazer diferente

    A opção de gerar e manter «forças constituídas e ativadas em permanência» difere da anterior lógica de configurar respostas operacionais a partir de «elementos de força» que se encontravam dispersos por unidades independentes. Se pensarmos que até agora os elementos «manobra», «morteiros», «anticarro», «reconhecimento» e «mobilidade terrestre» se encontravam dispersos pelo Batalhão de Fuzileiros número dois (BF2), pela Companhia de Apoio de Fogos (CAF) e pela Companhia de Apoio de Transportes Táticos (CATT), funcionando e treinando segundo requisitos próprios, o treino de força resultava incipiente enquanto tal, e era apenas conduzido durante os grandes exercícios sob a égide do COMNAV. O CF assegurava que os elementos de força desenvolviam proficiências básicas, mas o emprego de uma força-tarefa que agregasse diferentes elementos estaria sempre dependente de um treino dedicado (específico para a missão). Na realidade não seria possível assegurar os elevados níveis de prontidão operacional com tal modelo de geração de forças. Aumentar a prontidão implica maior disponibilidade, maior exigência na manutenção dos padrões de prontidão, e maior estabilidade na constituição temporal das forças. Alterar a configuração das forças significa mudar a forma de gerar efeitos: há que repensar os conceitos de emprego, as modalidades de ação, o pensamento tático, e, em consequência, a forma como treinamos.


    Na ótica das forças e dos efeitos, as FFZ estão especialmente vocacionadas para a projeção além horizonte a partir dos navios da esquadra, fazendo uso dos botes de assalto e de pequenos contentores para levar equipamento / armamento «pesado». Conduzem prioritariamente incursões anfíbias, limitadas no espaço e no tempo à autonomia que lhes é dada por aquilo que podem levar consigo (rações, água, munições, etc.). Pretendemos explorar modalidades de emprego próprias da especificidade operacional dos fuzileiros – onde naturalmente se incluem as operações em rios e águas interiores e a dispersão / concentração de força –, procurando gerar efeitos de grande letalidade mas reduzir a pegada (footprint) em terra. Afastamo-nos por isso de lógicas de ocupação do terreno, para nos concentrarmos em algo que é específico e credível para forças anfíbias no contexto das limitações que temos.


    Já na perspetiva da organização, centralizar serviços e concentrar infraestruturas (como paióis, escotarias, etc.) significa retirar responsabilidades aos comandantes e transferi-las para a estrutura de funcionamento. Ao nível das unidades e das forças deixa de fazer sentido a figura de «quartel-mestre», mas houve que criar e implementar todo um novo conjunto de normas e de procedimentos para permitir atribuir e controlar o armamento e o equipamento. Deixando de dispor de material a cargo e de escotarias e paióis para guardar, puderam ser desativados os grupos de serviço nos Batalhões e criado um grupo de serviço único em cada um dos polos, Alfeite e Vale de Zebro (EF)[5]. Tal significa, por exemplo, adaptar procedimentos para monitorizar espaços de lazer e alojamentos fora das horas normais de serviço, a fim de garantir a disciplina e o respeito pelos horários de serviço/descanso.


    A centralização de serviços possibilita ainda gerar mais-valias funcionais importantes que se podem traduzir em ganhos não só de eficiência mas também de eficácia. A centralização das secretarias e a implementação de um «Gabinete de Apoio ao Utente» permite aumentar o controlo e uniformizar procedimentos, mas reflete uma lógica totalmente nova de tratar os assuntos relativos ao pessoal que requer grande capacidade de adaptação dos comandantes. A centralização das oficinas auto e do planeamento das atividades de manutenção reflete-se num, mais que desejável, «achatamento» da organização e permite-nos ambicionar por melhorias significativas ao nível da manutenção programada, mas porque reduz os níveis de decisão e retira autonomia a alguns atores no processo, gera desconforto e resistências.

    No plano dos RH existe hoje uma muito maior racionalidade no emprego dos militares que fazem parte do universo do CF, quer pela divisão de tarefas entre os BF1, BF2 e DAE, a que já se aludiu, quer por se assegurar um maior aproveitamento das perícias e competências individuais e coletivas, o que traz implicações na gestão das pessoas.

    Dispondo as FFZ de quatro pelotões que de base são todos gerados e edificados como «pelotões de manobra», dois desses pelotões desenvolvem posteriormente, através de treino dedicado, valências suplementares em anticarro, morteiros e reconhecimento. Estando os FZV, militares fuzileiros habilitados a conduzir viaturas táticas, integrados nos pelotões, eles podem desempenhar funções em qualquer equipa, incluindo, por exemplo, as equipas de morteiros. Atenta a diversidade de sistemas e de configurações operacionais a adotar, e pensando que as Secções desses novos pelotões funcionam com menos uma praça, em que o sargento comandante de Secção se assume como responsável pela primeira equipa, o destacamento de um qualquer elemento torna virtualmente inoperante uma dessas formações, e, no extremo, pode mesmo redundar na perda de uma valência da própria força. Por isso, se o impacte do destacamento de um FZV no encargo operacional do CF era difícil de quantificar quando estas praças se encontravam colocadas na CATT, onde o seu emprego primário era o de condutor, hoje, dando o melhor uso ao conjunto alargado de competências de que dispõem, são sobretudo empenhados como fuzileiros, pelo que qualquer falha é facilmente refletida nos efeitos que são, ou não, gerados pela força a que pertencem.

    A racionalização dos RH não se traduz assim e apenas na redução de efetivos: tem igual significado num aproveitamento mais polivalente das pessoas, que se reflete no facto de grande parte dos militares passar a ter um encargo operacional: ou direto, porque se encontra atribuído ao dispositivo de forças, ou em CE, para permitir gerar estruturas de estado-maior e de apoio não permanentes (como o Elemento de Apoio de Serviços em Combate (EASC), responsável por parte significativa das funções logísticas em teatro). A consequência é uma muito maior dependência da estabilidade dos quadros de lotação, o que seria de esperar quando se passa de perto de 2.000 efetivos para uma proposta que não chega aos 1.300. Trata-se, além disso, de um enorme esforço que exige muito das pessoas, não só na perspetiva da alteração das suas rotinas, mas principalmente na forma de pensar a organização e o seu funcionamento. Mais do que assumir funções cuja designação se afasta daquelas que tradicionalmente faziam parte da gíria do CF, e com que sempre se habituaram a viver, a maior dificuldade está no compreender e adaptar-se a formas diferentes de pensar e de agir.

    Estando conscientes do enorme desafio que esta reestruturação representa, sabemos que somos capazes de a concretizar e de elevar o CF e os fuzileiros a novos patamares de excelência. Para isso temos contado com uma enorme prova de confiança do Almirante CEMA e com grande apoio do Vice-almirante Comandante Naval, sem os quais nada do que conseguimos até hoje teria sido possível. É assim importante que se reconheça que o CF não pode mudar sozinho, e que a transformação seja acompanhada pelos órgãos de gestão superior da Marinha, sem os quais qualquer alteração, por muito bem-intencionada que seja, fica votada ao insucesso.



    Luís Carlos de Sousa Pereira
    Contra-almirante
    Comandante do Corpo de Fuzileiros

    http://fuzileiros.marinha.pt/PT/noticias/Pages/AReestrutura%C3%A7%C3%A3odoCorpodeFuzileiros.aspx
  2.  # 42

    Em mais nenhuma outra tropa em Portugal vocês vêm isto!



    VÍDEO-REPORTAGEM, 60.º ANIVERSÁRIO TROPAS PARAQUEDISTAS

    https://youtu.be/nZLeIkOqPT0
  3.  # 43



    Fonte: Serrano Rosa
  4.  # 44

    Cerimónia Militar comemorativa do Dia de Portugal no Terreiro do Paço

























    http://www.presidencia.pt
  5.  # 45

    Colocado por: branco.valterCerimónia Militar comemorativa do Dia de Portugal no Terreiro do Paço

























    http://www.presidencia.pt


    O nosso amigo foi ver os Power Rangers onde está o cor de rosa?
  6.  # 46

    Colocado por: Dos Santos
    1. O nosso amigo foi ver os Power Rangers onde está o cor de rosa?

    Dos Santos, algum respeito pelas nossas forças armadas sff!
    Muitos deles lutaram (e outros tantos deram a vida) por este pequeno país à beira mal plantado!
  7.  # 47

  8.  # 48

    Ninguém mais do que eu, respeito sempre.

    Que os muitos por ser poucos nam temamos
    Concordam com este comentário: branco.valter
  9.  # 49

    Colocado por: Dos Santos


    Não sei, não conheço nenhum Ranger suficientemente bem para saber-lhe se tem esses gostos... mas eles estavam lá e mostraram-se bem equipados e armados, quem dera-me os BIParas estarem com isso tudo!
  10.  # 50

    Que Nunca Por Vencidos Se Conheçam

    Abraço RPáras
  11.  # 51

    Colocado por: branco.valter

    Não sei, não conheço nenhum Ranger suficientemente bem para saber-lhe se tem esses gostos... mas eles estavam lá e mostraram-se bem equipados e armados, quem dera-me os BIParas estarem com isso tudo!


    Como sempre há duvidas!
  12.  # 52

    Colocado por: rjmpiresQue Nunca Por Vencidos Se Conheçam

    Abraço RPáras


    Para mim a vossa melhor era a Legionários
  13.  # 53































    Estas pessoas agradeceram este comentário: rjmpires
  14.  # 54

    Colocado por: Dos Santos

    Para mim a vossa melhor era a Legionários


    Estás a referir aos cânticos? Se sim, penso que estejas a falar do "Legionário Paraquedista":

    ÓÓÓÓ (Refrão)

    Nós somos Pára-quedistas
    E vamos partir prá guerra
    Mãezinha não chores mais
    Que o teu filho há-de voltar

    ÓÓÓÓ (Refrão)

    E se o teu filho morrer
    Não lhe lamentes a sorte
    Que o destino que escolheu
    É mais nobre do que a morte

    ÓÓÓÓ (Refrão)

    De manhã uma rajada
    Ao almoço uma emboscada
    Ao jantar o cantar duma metralha
    São os Paras que vão para a batalha

    ÓÓÓÓ (Refrão)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rjmpires
  15.  # 55

    Ao ver estas fotos um gajo fica todo arrepiado, nem quero ver mais, ainda choro.
    Concordam com este comentário: branco.valter, rjmpires
  16.  # 56

    De manhã uma rajada
    Ao almoço uma emboscada


    Sempre foi a minha parte preferida :p
    Concordam com este comentário: branco.valter
  17.  # 57

    Colocado por: Dos SantosAo ver estas fotos um gajo fica todo arrepiado, nem quero ver mais, ainda choro.


    Não digas nada, o senhor Serrano Rosa colcou à pouco tempo um vídeo em que aparecia a rapaziada do último Curso Paraquedista a marchar a caminho das messes... "ó tempo volta para trás!..."
    Concordam com este comentário: Dos Santos
  18.  # 58

    Ainda bem que o 10 de Junho este ano foi algo de se louvar.. o Cavaco não me vai trazer saudade em nada.. ia acabando com tudo o que este pais tinha! Já no tempo de Ministro não prestava..

    Carrega Portugal
    Concordam com este comentário: branco.valter, Dos Santos
  19.  # 59

    Colocado por: rjmpiresDe manhã uma rajada
    Ao almoço uma emboscada


    Sempre foi a minha parte preferida :p


    Ao jantar um cantar de uma metralha
  20.  # 60

    Rjmpires, aguenta-te!

    https://www.facebook.com/serrano.rosa.73/videos/10208318518035086/?__mref=message_bubble
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rjmpires
 
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