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  1. Para mim este enredo continua a ser mal contado.
    Está pior que uma novela mexicana.
    Concordam com este comentário: branco.valter
    • RCF
    • 28 setembro 2018
    Colocado por: CarvaiUm grupo da GNR e quase toda a estrutura da PJM ía sujar-se para proteger um ex-militar e ladrãozeco???

    Pois, isso é difícil de entender.
    Mas, pelo que vejo, pode não ter sido bem assim. Sujaram-se, para recuperar o material.
    Eu próprio já escrevi que a situação é muito grave. E só pela detenção das pessoas em causa, é mesmo grave. Mas, pelas últimas notícias que tenho visto, pode não ser assim tão mau...
  2. Marinha conclui análise preliminar ao incidente ocorrido com a caixa de munições

    Na sequência do incidente ocorrido no dia 26 de setembro, com a queda na via pública de uma caixa com munições, a Marinha abriu um processo de averiguações para determinar as causas e eventuais responsabilidades deste incidente.
    28 DE SETEMBRO DE 2018, 22:00

    Após a análise preliminar dos acontecimentos, a Marinha apurou:


    1. As cinco toneladas de material militar (explosivos e munições) proveniente da Lituânia foi conferido no período da tarde do dia 26 até ao final do dia 27 de setembro.

    2. Enquanto decorria o processo de conferência do material, foi recebida, no dia 27 de setembro, pelas 12h30, uma comunicação por parte da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, de que haveria uma caixa com 1000 munições de 9 mm, à guarda da Polícia de Segurança Pública de Setúbal.

    3. Foi de imediato verificada a existência de 41 caixas, apurando-se existir uma caixa em falta. Foi posteriormente recebida uma nova comunicação da PSP de Setúbal, com a inclusão de fotografias, que permitiu confirmar que o lote das munições da caixa à guarda da PSP pertencia ao material que retraiu da missão realizada na Lituânia.

    4. Apurou-se ainda que a queda inadvertida da caixa na via pública ocorreu durante o trânsito entre o Alfeite e Vale de Zebro, na zona do Seixal.

    5. O material militar que retraiu da Lituânia encontra-se todo conferido e acondicionado nos respetivos paióis na Escola de Fuzileiros, com a exceção da referida caixa de munições que se encontra à guarda da PSP de Setúbal.



    A Marinha enaltece o apurado sentido e exemplo de cidadania de quem entregou a caixa de munições às autoridades policiais, o que permitiu manter este material em segurança

    https://www.marinha.pt/pt/media-center/Noticias/Paginas/Marinha-conclui-analise-preliminar-ao-incidente-ocorrido-com-a-caixa-de-municoes.aspx
  3. Colocado por: branco.valterMarinha conclui

    Conclui mas nao informa devidamente. Uma caixa de 1000 municoes 9mm e uma coisa para medir 25x30 cm mais coisa menos coisa, pelo que nao pode estar acondicionada no topo das mochilas do pessoal pois e sabido que vai rebolar e ...parar sabe-se onde. Mau acondicionamento, um pouco a imagem da ma organizacao/(desc)comando existente nas forcas armadas.
  4. Colocado por: treker666Conclui mas nao informa devidamente. Uma caixa de 1000 municoes 9mm e uma coisa para medir 25x30 cm mais coisa menos coisa, pelo que nao pode estar acondicionada no topo das mochilas do pessoal pois e sabido que vai rebolar e ...parar sabe-se onde. Mau acondicionamento, um pouco a imagem da ma organizacao/(desc)comando existente nas forcas armadas .


    Qual era a informação que você queria?

    Então você acha que as munições andam com as mochilas tudo atirado de qualquer forma?
    Concordo que uma caixa com 1000 munições de 9mm é pequena e devia ter sido melhor condicionada.

    Qual o seu conhecimento para poder aferir e comparar a má organização e o mau comando das forças armadas?
  5. Colocado por: nielskyQual o seu conhecimento para poder aferir e comparar a má organização e o mau comando das forças armadas?

    Pela quantidade de caricas que aparecem ao peito deste pessoal é difícil não perceber que é tudo gente altamente competente.
    Prontes, roubam ou deixam roubar umas coisitas, matam uns quantos recrutas, recebem uns subsídios generosos em missões algures em locais onde a Pátria está em perigo, mas está tudo controlado.
    Concordam com este comentário: treker666
  6. Colocado por: nielskyEntão você acha que as munições andam com as mochilas tudo atirado de qualquer forma?

    Nao deveriam mas pelos vistos assim foi, mais mochila menos mochila! Todas as semanas gasto precisamente esse montante de municoes em 9mm e a caixa ate aos pes do pendura vai melhor acondicionada do que a forma encontrada por estes profissionais da arte de marinhar.



    Colocado por: nielskyQual o seu conhecimento para poder aferir e comparar a má organização e o mau comando das forças armadas?

    O suficiente, nao se preocupe com essa parte, preocupe-se sim com a qualidade de FA que temos em Portugal. Isso e que e preocupante!
  7. Colocado por: Carvai
    Pela quantidade de caricas que aparecem ao peito deste pessoal é difícil não perceber que é tudo gente altamente competente.
    Prontes, roubam ou deixam roubar umas coisitas, matam uns quantos recrutas, recebem uns subsídios generosos em missões algures em locais onde a Pátria está em perigo, mas está tudo controlado.
    Concordam com este comentário:treker666


    Colocado por: treker666
    Nao deveriam mas pelos vistos assim foi, mais mochila menos mochila! Todas as semanas gasto precisamente esse montante de municoes em 9mm e a caixa ate aos pes do pendura vai melhor acondicionada do que a forma encontrada por estes profissionais da arte de marinhar.


    O suficiente, nao se preocupe com essa parte, preocupe-se sim com a qualidade de FA que temos em Portugal. Isso e que e preocupante!


    Respostas típicas de quem apenas sabe enxovalhar.
  8. Colocado por: nielskyRespostas típicas de quem apenas sabe enxovalhar.

    E o que trouxe de novo para a discussao? Nada. Nem sequer tentar justificar o injustificavel. Apresentadissimo meu caro!

    E veja la que ate apresentei a solucao para nao perderem municoes...transportar as mesmas aos pes do pendura. Sera isto enxovalhar? LOL
  9. 5 toneladas de material aos pés do pendura é um bocadito apertado.
  10. Colocado por: rjmsilva5 toneladas de material aos pés do pendura é um bocadito apertado.

    estavamos a falar daquela caixita, mal de mim querer tal incomodo para os nossos garbosos militares. :D
  11. Este tipo de material tem sempre de ser devidamente acondicionado e protegido. Alguém ao longo da cadeia alimentar falhou ao ter facilitado.
  12. Major da PJM titular da investigação de Tancos: "Isto ainda vai acabar com eles a prenderem-nos"

    Vasco Brazão, que esta terça-feira, 2, começou a ser ouvido pelo juiz de instrução do caso das armas roubadas em Tancos, é dono de segredos incómodos. E já previa tudo o que aconteceu há uma semana

    uando saía de algum local e se dirigia ao seu carro, a começar logo de manhã antes do percurso casa-trabalho, o major Vasco Brazão, titular, na Polícia Judiciária Militar (PJM), das investigações ao roubo de armas nos paióis de Tancos, em 29 de junho de 2017, inspecionava o veículo "de alto a baixo", relatam à VISÃO testemunhas oculares. Mesmo após essa certificação, contam aquelas fontes, guiava com espreitadelas frequentes ao espelho retrovisor e, de repente, acelerava e guinava numa curva à direita e, depois, à esquerda. "Lá vêm os tipos a perseguir-me", dizia o militar, que trajava sempre à civil. Os "tipos", ao que explicava, eram inspetores da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT), da PJ, que também investigavam o assalto em Tancos.

    Vasco Brazão afirmava suspeitar de que elementos da UNCT colocavam à socapa localizadores nos automóveis descaracterizados da equipa que liderava na PJM. "Houve depois incidentes que o convenceram de que estava certo", dizem as fontes citadas. Por exemplo, em diligências de vigilância relacionadas com as investigações ao roubo de Tancos, os militares, ao chegarem aos locais, "eram surpreendidos pela presença de equipas da UNCT". Mas o primeiro conflito aconteceu logo a seguir ao assalto: a PJM queria fazer buscas a vários suspeitos, intenção que a UNCT, então chefiada por Luís Neves (que entretanto ascendeu a diretor nacional da PJ), considerou "extemporânea".

    Muito provavelmente, estes são alguns dos "equívocos" que, segundo o advogado Ricardo Sá Fernandes, defensor de Vasco Brazão, o major "pretende esclarecer" junto do juiz de instrução que acompanha o inquérito da "Operação Húbris", centrada no aparecimento forjado pela Judiciária Militar, na madrugada de 18 de outubro do ano passado, na Chamusca, numa valeta rodeada de canaviais, de material bélico roubado em Tancos, e que já resultou na prisão preventiva do à época diretor-geral da PJM, coronel Luís Augusto Vieira, e de João Paulino, ex-fuzileiro de 32 anos, tido como o líder do grupo que assaltou os paióis. Vasco Brazão encontrava-se agora numa missão na República Centro-Africana. Chegou a Lisboa ao fim do dia desta segunda-feira, 1, e, já sob detenção, passou a noite na cadeia de Tomar. Ao princípio da tarde desta terça-feira, 2, começou a ser ouvido pelo juiz de instrução.

    Asseguram as fontes consultadas pela VISÃO que outro dos "equívocos" que o major deverá referir ao magistrado relaciona-se com um informador confidencial da PJ, que a PJM considerava uma peça-chave na investigação ao roubo de Tancos. Numa escuta telefónica, no início de 2017, esse indivíduo, residente no Algarve e conhecido no mundo do crime pela capacidade de abrir todo o tipo de fechaduras, foi apanhado pela PJ a dizer, numa conversa, que estava a ser preparado um assalto a uma instalação militar na zona de Leiria. Por razões que ainda se encontram por esclarecer, a PJ não deu conta dessa informação à chefia das Forças Armadas e, cerca de seis meses depois, aconteceu o assalto em Tancos. Ao Presidente da República, chegou de forma veemente o protesto dos militares, que teriam subido o nível de alerta caso lhes fosse transmitida a existência das suspeitas de um assalto a um quartel.

    Na interceção telefónica referida, o indivíduo em causa dizia que tinha sido convidado a participar no roubo, mas que iria declinar. A PJM, porém, sempre acreditou que este suspeito interveio mesmo no assalto. Sem consequências. Em privado, dirigentes da Judiciária Militar desabafavam que o "craque" das fechaduras era para a PJ uma "espécie de intocável", um informador que a Judiciária civil "protegia desmedidamente" - insuflando as suspeitas de alegados "negócios escuros" para a resolução de crimes.

    UNHA COM CARNE

    Para a PJM, o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal), do Ministério Público, e a PJ tardavam em atuar. As reuniões de Vasco Brazão com os procuradores do DCIAP Vítor Magalhães e João Melo, titulares do processo, e elementos da UNCT, da PJ, eram "conversas de surdos", queixava-se o major junto da sua equipa. "Não lhe davam informação nenhuma e bombardeavam-no com perguntas", sustentam as fontes próximas do militar. E depois ocorriam humilhações, alegam essas fontes, como a de a PJ não facultar à PJM dados sobre os telefones usados na área na altura do roubo em Tancos.

    Cabe aqui sublinhar que a admiração de Vasco Brazão pelo seu diretor-geral se consolidou muito por ocasião do "processo dos Comandos". Oficial Comando, o coronel Luís Vieira deu carta branca ao major e à sua equipa na investigação das mortes, em setembro de 2016, dos recrutas Hugo Abreu e Dylan da Silva, na sequência de "golpes de calor" e desidratação extrema, na "Prova Zero" do curso nº 127 daquela força especial. Apenas um mês após as mortes dos dois instruendos, a procuradora Cândida Vilar, do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa, recebeu da PJM um relatório intercalar, já com propostas de constituição de arguidos.


    A magistrada acolheu essas sugestões e, com o desenrolar das averiguações, exarou, em junho de 2017, um despacho de acusação em que atribui a 19 arguidos, oficiais, sargentos e praças, o crime de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (em graus diferentes), que o Código de Justiça Militar pune com prisão de oito a 16 anos. Isabel Sesifredo, juíza de instrução criminal, aprovou na íntegra o libelo acusatório do MP e emitiu o respetivo despacho de pronúncia. O início do julgamento esteve marcado para o passado dia 27, mas o arranque foi adiado por 30 dias devido a questões processuais ainda por dirimir.

    Por altura das investigações do "processo dos Comandos", em novembro de 2016, a PJM já registara um assinalável êxito, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da PJ (neste caso, a interação entre as duas polícias correu sobre rodas): a "Operação Zeus" desmantelou uma rede de corrupção e sobrefaturação que se estendia por 12 messes da Força Aérea, de Norte a Sul do País. As averiguações culminaram num mega despacho de acusação do MP com 86 arguidos (40 militares e 46 empresários).

    A cumplicidade profissional e pessoal entre o diretor-geral da PJM, coronel Luís Vieira, e Vasco Brazão foi-se cimentando. Às tantas, o major já acumulava as funções de coordenador de investigação criminal com as de porta-voz da Judiciária Militar. Eram unha com carne e manobravam ambos nos bastidores políticos, judiciais e militares no sentido de reverter a decisão da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, que, introduzindo no assalto a Tancos a suspeita de terrorismo, atribuiu as investigações à UNCT da PJ, colocando a PJM como "coadjuvante". Pela letra da lei, porém, o roubo era um "crime estritamente militar" e, por isso, de "investigação exclusiva" da PJM.

    Para convencer os interlocutores, os dirigentes da Judiciária Militar apresentavam um parecer que informalmente tinham pedido ao jurista Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna, que aceitou analisar "a questão da conexão entre crimes previstos no Código Penal e na Lei de Combate ao Terrorismo ou outra qualquer legislação avulsa e os crimes previstos no Código de Justiça Militar". Com data de 4 de agosto de 2017, o parecer de Rui Pereira, a que a VISÃO teve acesso, dava razão aos argumentos da direção da PJM. "O artigo 113º do Código de Justiça Militar é, inequivocamente, uma norma especial quanto às normas do Código Penal, visto que regula especificamente a questão do concurso entre crimes militares e não militares, estabelecendo que 'a conexão não opera entre processos que sejam e processos que não sejam de natureza estritamente militar'. Assim, nestes casos, nunca é admitida a conexão de processos", lê-se no documento assinado pelo jurista e ex-governante.

    Mas das discretas pressões nada resultou. O processo atravessou estagnado todo o verão de 2017, até que o coronel Luís Vieira e o major Vasco Brazão resolveram aproveitar uma oportunidade única para encenar o reaparecimento do material militar roubado em Tancos - decisão que o ex-diretor-geral da PJM justificou agora ao juiz de instrução com o "interesse nacional". Resumindo, para encurtar razões: em pânico com o impacto mediático do roubo, o alegado líder do grupo que assaltou os paióis de Tancos, o ex-fuzileiro João Paulino, contactou e encontrou-se com um amigo de infância, o ex-paraquedista Bruno Ataíde, que ingressara na GNR e trabalhava no Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Loulé. Paulino disse a Ataíde que talvez pudesse saber do paradeiro das armas, mas antes do que viesse a ser feito tinham de lhe assegurar que nada lhe aconteceria. O antigo paraquedista passou a informação ao seu superior, o sargento-ajudante Lima Santos, o qual transmitiu-a a um contacto que tinha na PJM. E o embuste começou a ser cuidadosamente preparado, com total autorização e encobrimento do diretor-geral, coronel Luís Vieira, o qual garantiu a imunidade a João Paulino.

    E às três da manhã de 18 de outubro de 2017, uma quarta-feira, o titular da investigação da PJM, major Vasco Brazão, que por acaso estava de piquete nessa semana, foi acordado por uma chamada anónima a alertar para a presença de material de guerra abandonado num local ermo na Chamusca. Só a meio da manhã desse dia, quando 264 unidades de explosivo plástico e mais de 200 granadas, incluindo granadas-foguete antitanque, já tinham sido transportadas para o campo militar de Santa Margarida, com a colaboração de elementos da GNR de Loulé, é que a PJM informou os procuradores do DCIAP titulares do processo e a UNCT da PJ do aparecimento de material militar roubado em Tancos. Faltavam, no entanto, 1 500 munições de 9mm, que a Judiciária Militar dizia acreditar que eram o objetivo do assalto. Na altura em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, felicitou a PJM e a GNR pela descoberta do arsenal.

    Contudo, no mês seguinte, novembro, o major Vasco Brazão mostrava-se particularmente agitado - a ponto de confidenciar o inimaginável aos seus próximos: "Isto ainda vai acabar com eles a prenderem-nos." Acertou em cheio. Há precisamente uma semana, foi desencadeada a "Operação Húbris", designação que deriva de um conceito grego que se aplica a tudo o que ultrapassa os limites. Cinco procuradores do DCIAP e uma centena de inspetores e peritos da PJ fizeram buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém, e detiveram oito pessoas - o então diretor-geral da Judiciária Militar, coronel Luís Vieira, três responsáveis da PJM, três elementos do Núcleo de Investigação do Destacamento de Loulé da GNR, e o suspeito civil, João Paulino. O juiz de instrução decretou a prisão preventiva do coronel e de Paulino, e os restantes seis arguidos ficaram em liberdade, embora sujeitos, além do termo de identidade e residência, à suspensão do exercício de funções, proibição de contacto com os coarguidos e com quaisquer militares das Forças Armadas, da GNR e elementos da PJM.

    No momento em que estas linhas são escritas, desconhece-se a medida de coação aplicada pelo juiz a Vasco Brazão. Mas ainda na República Centro-Africana, o major elogiou na sua página do Facebook a "integridade" e a "coragem moral" do seu ex-superior, coronel Luís Vieira. Quanto a si próprio, confessou-se "arrependido, mas de consciência tranquila". Uma contradição nos termos muito adequada a toda esta trapalhada.

    http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-10-03-Major-da-PJM-titular-da-investigacao-de-Tancos-Isto-ainda-vai-acabar-com-eles-a-prenderem-nos
  13. Claro que o ministro sabia tal como toda a hierarquia do exército. Mas depois do roubo das batatas na Força Aérea, depois das mortes nos Comandos, aparecer mais um escândalo de desvio de armas no exército era demasiado para o "prestigio" das FA.
    Quando o ministro disse que no limite não tinha havido roubo nenhum já sabia do que estava a falar. Aqui o única "falha" foi a falta de cooperação da PJ que tem outro ministro e uma PGR que "colabora" pouco com os politicos e militares.
    • RCF
    • 4 outubro 2018
    Posso ser polémico?
    Cá vai:

    1 - Imagem, cada um de vós, que desempenhavam funções na PJM naquele contexto;
    2 - a pressão era enorme, para se descobrir o que aconteceu;
    3 - a pressão aumenta ainda mais, com notícias sobre a possibilidade de o material servir para terrorismo. Inclusive saem notícias em Espanha com essa referência;
    4 - a ocorrência, pela mediatização e potenciais consequências, coloca em causa o funcionamento e credibilidade das Forças Armadas, bem como a própria credibilidade de Portugal no exterior (em Espanha há mesmo notícias, em que gozam com a situação);
    5 - a pressão da hierarquia militar, do Ministro da Defesa, do 1.º Ministro, do Presidente da República vai aumentando;
    6 - Eis que, um militar da GNR é contactado por um amigo que lhe diz que conhece um indivíduo, seu amigo, que sabe onde o material roubado está. Que esse seu amigo está disposto a dizer onde o material está, mas para este cenário avançar, o militar da GNR tem de lhe dar a sua palavra em como não o envolve a ele, nem ao seu amigo (e também nem sequer lhe diz quem é o amigo);
    7 - e vocês, no lugar do militar da GNR, faziam o quê? Mas, adiante. O militar da GNR, porque conhecia um militar da PJM, contou-lhe a história, frisando que quem lhe contou isto foi um amigo da sua confiança, que não foi esse amigo que roubou. Que também não sabe quem é o amigo do amigo e se foi esse amigo do amigo que roubou;
    8 - o que fariam?

    Posso adiantar um cenário alternativo?
    O militar da PJM, ciente do dever, informava logo o Ministério Público. O Ministério Público ou a PJ, contactavam-no, contactavam o militar da GNR. Este, das duas uma, ou simplesmente negava (e a história acabava ali) ou identificava o tal amigo (que o GNR sabia não ser o assaltante, mas quando muito conhecia o assaltante ou era apenas amigo do assaltante) e esse tal amigo negava tudo...
    Conclusão: com este cenário, os militares da PJM não tinham cometido crime nenhum. O material roubado, esse, continuava desaparecido...
    Concordam com este comentário: treker666
  14. Se recuarmos umas páginas neste tópico, o que não falta é gente cheio de certezas sobre o que se passou, afinal...
  15. O cenário que descreve é bastante credível. Se substituir a palavra assaltante por receptador acho muito credível. É claro que se ninguém estiver interessado em saber como é que o material foi parar á quinta da avozinha fica tudo resolvido.
 
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