Colocado por: branco.valter
Alguma vez a tropa faz isso?!... Ainda lembro-me quando a meio da recruta (para aí na 4 ou 5ª semana) fomos doar sangue e a senhora responsável disse-nos que tinha falado com o nosso Capitão e íamos ter dispensa aos exercícios o resto do dia. Estão a imaginar o que aconteceu, não estão?!
Colocado por: RCF
Fez-me lembrar o meu melhor dia de tropa. Fomos dar sangue e convencemos a senhora (creio que uma enfermeira) para nos deixar ficar pelo hospital até ao final do dia. Assim foi, até nos deram almoço. E ela, por telefone, convenceu o alferes de que tínhamos de ficar para a tarde...
«Ontem dia 31 de Março, pelas 19h10, durante uma patrulha de rotina no 3º distrito na cidade de Bangui, constituída por militares portugueses ao serviço das Nações Unidas, foi flagelada com tiros de armas ligeiras por elementos de um grupo armado.
O referido grupo armado utilizou a população civil (mulheres e crianças) como escudos humanos para se protegerem.
Logo que esclarecida a situação e com alvos bem definidos constituídos por elementos armados que disparavam, os militares portugueses abriram fogo controlado sobre os mesmos e largaram gás lacrimogéneo, tendo como resultado a desorganização das posições de tiro e a fuga dos elementos do grupo armado.
Foram de imediato enviados para o local elementos portugueses que estavam constituídos como força de reacção rápida, para auxiliar a força atacada. A patrulha portuguesa continuou em missão até à hora prevista, cerca das 23h.
Todos os militares portugueses encontram-se bem, não existindo baixas a lamentar.»
Paraquedistas atacados por mafiosos que controlam capital centro-africana
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou "determinação e serenidade" da reação, com recurso a metralhadoras pesadas de 12,7 mm, contra os autores da emboscada
A vontade da ONU em acabar com os grupos criminosos que controlam o bairro comercial PK5, em Bangui, explica a emboscada feita aos 15 paraquedistas que sábado patrulhavam o local, disse ontem o porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
O comandante Coelho Dias explicou ao DN que o ataque - desencadeado ao princípio da noite por uma dúzia a duas dezenas de bandidos, escondidos atrás de mulheres e crianças - não constituiu uma surpresa, pois o chefe de um desses grupos criminosos já tinha anunciado há dias que os capacetes azuis iriam ser atacados se entrassem naquele bairro problemático da capital da República Centro-Africana (RCA).
A operação naquele bairro muçulmano, controlado por grupos mafiosos que exigem dinheiro aos comerciantes e habitantes a troco de segurança, foi planeada com base em informações do terreno e trajetos definidos. "Não era uma patrulha em vão" ou que de repente se viu perdida no PK5, frisou Coelho Dias. A primeira dessas ações tinha-se realizado na semana passada, traduzindo a decisão do comandante operacional da ONU na RCA, general Balla Keita (Senegal), de libertar os bairros de Bangui daqueles criminosos.
Este acabou por ser o primeiro ataque contra os militares da ONU no PK5, segundo a AFP, que citou o diretor de comunicação da MINUSCA a afirmar que "estes ataques (...) mostram a natureza criminosa dos grupos armados" naquele bairro. Hervé Verhoosel também lembrou que o líder do grupo envolvido no ataque, Nimery Matar Jamous, tinha alertado na passada quarta-feira que "atacaria os "capacetes azuis"".
Sem vítimas entre os portugueses e admitindo-se que alguns dos atacantes possam pelo menos ter sido feridos, a resposta dada pelos paraquedistas foi elogiada ontem pelo Presidente da República. O Comandante Supremo das Forças Armadas, que cinco dias antes andou a pé com o seu homólogo em Bangui, enalteceu a forma determinada e serena como agiram depois de "alvejados por tiros de armas ligeiras, disparadas por um grupo armado a coberto de mulheres e crianças".
"Os militares portugueses souberam reagir a esta situação complexa com determinação e serenidade, não tendo sofrido qualquer baixa" naquela que era "uma patrulha de rotina", realçou Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem publicada na página online da Presidência da República.
Note-se que, em março de 2017, o Chefe do Estado já tinha publicado uma mensagem - na sequência do louvor dado pelo general Balla Keita - a elogiar os Comandos portugueses por terem revelado "competência, prontidão operacional e bravura", durante uma operação de combate para proteger civis e que "assim, são uma vez mais reconhecidos internacionalmente".
As G3 davam "pouco jeito"
Este ponto foi, aliás, reforçado há uma semana por Marcelo Rebelo de Sousa ao dirigir-se aos soldados portugueses - os da ONU e os que comandam a missão de treino da UE na RCA - em Bangui: "Aqui está também o Comandante Supremo das Forças Armadas, aquele que [...] se orgulha dos militares portugueses porque são militares portugueses, que são os melhores militares do mundo, foram sempre, mas são cada vez mais."
O porta-voz do EMGFA, citando um dos operacionais envolvidos na emboscada, referiu ao DN que o risco na RCA é significativo mas não tão significativo como as missões cumpridas no Iraque e no Afeganistão. No entanto, os paraquedistas emboscados tiveram de recorrer às metralhadoras pesadas Browning - com calibre 12,7 mm - porque as munições 7,62 das velhinhas G3 davam "pouco jeito".
Mas essenciais para a bem sucedida resposta foram os óculos de visão noturna e a blindagem dos carros de combate, adiantou o porta-voz do EMGFA, na medida em que lhes permitiu estar protegidos durante a fase em que não podiam disparar devido aos civis usados como escudos humanos. Depois, tendo recebido o apoio de 45 paraquedistas da Força de Reação Rápida, começaram por uma demonstração de força - tiros para o meio da rua - que incluiu o lançamento de granadas de gás lacrimogéneo.
A operação, que durou cerca de quatro horas, acabou com os militares a desobstruir as ruas bloqueadas com pedras, mobílias e até sanitas, com o objetivo de lhes dificultar a saída do bairro.
Colocado por: branco.valterNo entanto, os paraquedistas emboscados tiveram de recorrer às metralhadoras pesadas Browning - com calibre 12,7 mm - porque as munições 7,62 das velhinhas G3 davam "pouco jeito".
Colocado por: rjmsilva
Até os tintins estorvam...
Colocado por: rjmsilvaEste pelo menos não se queixou das G3.