Iniciar sessão ou registar-se
  1. Colocado por: eu
    Aqueles que têm falhado redondamente nos últimos tempos? É nesses patamares de fiscalização que confia?


    Confio, dentro do que é razoável, nos interesses próprios das instituições e seus representantes. Não pondo as mãos no fogo por ninguém, até ao momento não li nada que seja anormal, nem que justifique a histeria toda.


    Perante tudo aquilo que aconteceu desde 2008, eu não confio nem nos banqueiros, nem no banco de Portugal, nem nas auditorias, nem nas consultoras, nem em nenhum organismo fiscalizador. Todos falharam ! Ou por incompetência ou porque comem todos do mesmo prato.


    Tem graça, eu confio pouco no MP.
    • eu
    • 4 agosto 2020
    Colocado por: luisvvNão pondo as mãos no fogo por ninguém

    De facto, o histórico justifica plenamente esta atitude.

    A única coisa em que podemos acreditar é que a fatura de todas estas maroscas é sempre apresentada aos mesmos de sempre: os contribuintes.
  2. Colocado por: GambinoNão é preciso mais médicos, basta as condições e gerir bem os médicos
    Se há médicos a desdobrar-se entre o público e o privado, então é preciso mais médicos, ou pelo menos mais médicos a fazer a especialização.
    Conheci um que ia marcar a entrada no público deixava os internos a atender as consultas e dava uns saltinhos ao lado ao privado. Conseguia receber simultâneamente em dois sítios. Enquanto situações dessas se repetirem o país precisa efectivamente de formar mais médicos, para que eles não tenham de se desdobrar entre público e privado. Até é bom para os próprios médicos que assim correm menos riscos de entrar em burnout.
  3. Colocado por: GambinoUm dos motivos dos impostos altos em PT é o SNS e a quantidade de gente que nele trabalha.
    E dessa quantidade de gente toda será que todos dão rendimento? ou só daí obtêm o seu rendimento? Aumentando a oferta de profissionais de saúde para o SNS (neste caso médicos), provavelmente iria levar a que os que têm contrato fosse efectivamente mais produtivos.

    Atenção que não estou com isto a acusar a maioria dos médicos de falta de produtividade. Apenas uma minoria, geralmente bem paga e bem posicionada em termos hierárquicos.
  4. Colocado por: HAL_9000Se há médicos a desdobrar-se entre o público e o privado, então é preciso mais médicos, ou pelo menos mais médicos a fazer a especialização.
    Conheci um que ia marcar a entrada no público deixava os internos a atender as consultas e dava uns saltinhos ao lado ao privado. Conseguia receber simultâneamente em dois sítios. Enquanto situações dessas se repetirem o país precisa efectivamente de formar mais médicos, para que eles não tenham de se desdobrar entre público e privado. Até é bom para os próprios médicos que assim correm menos riscos de entrar em burnout.


    Isso todos fazemos e não se pode fazer, nem devíamos fazer. No horário do SNS não se pode estar no privado - é ilegal, mas todos os médicos de "boas" especialidades o fazem, incluindo eu. Aliás também não fazemos urgências nocturnas, nem fins de semana, quem faz são os internos, mas nós ganhamos como as fizessemos.

    Por isso digo que não são precisos mais médicos, mas sim gerir-nos bem.
  5. Colocado por: HAL_9000E dessa quantidade de gente toda será que todos dão rendimento? ou só daí obtêm o seu rendimento? Aumentando a oferta de profissionais de saúde para o SNS (neste caso médicos), provavelmente iria levar a que os que têm contrato fosse efectivamente mais produtivos.

    Atenção que não estou com isto a acusar a maioria dos médicos de falta de produtividade. Apenas uma minoria, geralmente bem paga e bem posicionada em termos hierárquicos.


    Todos os anos entram mais médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal auxiliar nos hospitais. Ninguém que já lá esteja fica mais produtivo por chegarem mais, pelo contrário há muita gente que por isso mesmo passa a deixar de assumir várias funções.
  6. Colocado por: GambinoPortanto não são precisos mais médicos, mas sim gerir-nos bem.
    Esse desdobrar entre 2 empregos sempre me fez confusão numa classe profissional que já se diz sobrecarregada de horas no SNS. Concordo que a coisa se resolveria com uma gestão eficiente dos recursos humanos. Mas dado que essa gestão pelos vistos é complicada, até porque alguns médicos dão prioridade ao privado para depois afrouxar no público, a coisa resolve-se aumentado a oferta de mão de obra. Fica tudo mais em sentido e a eficiência consegue-se automaticamente. Obviamente não se pode também começar a formar em largo excesso, correndo o risco de comprometer a qualidade dos profissionais.
  7. Colocado por: HAL_9000Esse desdobrar entre 2 empregos sempre me fez confusão numa classe profissional que já se diz sobrecarregada de horas no SNS. Concordo que a coisa se resolveria com uma gestão eficiente dos recursos humanos. Mas dado que essa gestão pelos vistos é complicada, até porque alguns médicos dão prioridade ao privado para depois afrouxar no público, a coisa resolve-se aumentado a oferta de mão de obra. Fica tudo mais em sentido e a eficiência consegue-se automaticamente. Obviamente não se pode também começar a formar em largo excesso, correndo o risco de comprometer a qualidade dos profissionais.


    Não fica nada ninguém em sentido. Que erro crasso! Isto não é o mercado de trabalho "privado" comum.

    Você mete gente nova na medicina e eles (internos) vão é servir para nós especialistas estarmos ainda mais desprendidos do SNS e com tempo para o privado.

    Você está a formar "criadagem" de especialistas, pior como os forma em massa (e isso já acontece) eles aprendem pouco no internato porque simplesmente não há espaço nos gabinetes, blocos e salas para tanta gente.
  8. Colocado por: Gambinohá muita gente que por isso mesmo passa a deixar de assumir várias funções.
    Tudo bem, é só reduzir ordenado para ajudar a pagar a quem as assumiu. Como digo, a gestão de recursos é automática quando aumenta a oferta. O problema é o mesmo que é transversal à Função pública: Não se poder despedir. Assim é bom manter um emprego que dá um rendimento certinho ao dia 23, e depois complementar com outro por ventura mais rentável. Se o estado pudesse despedir profissionais que manifestamente não produzissem, poderia contratar outros que assumissem as funções.
  9. Colocado por: HAL_9000Tudo bem, é só reduzir ordenado para ajudar a pagar a quem as assumiu. Como digo, a gestão de recursos é automática quando aumenta a oferta. O problema é o mesmo que é transversal à Função pública: Não se poder despedir. Assim é bom manter um emprego que dá um rendimento certinho ao dia 23, e depois complementar com outro por ventura mais rentável. Se o estado pudesse despedir profissionais que manifestamente não produzissem, poderia contratar outros que assumissem as funções.


    Por isso disse que isto não é o mercado de trabalho "normal"! Na medicina não funciona assim! Isso não produz esses resultados. Formar cada vez mais médicos já se faz! Há 20 anos havia metade das vagas de medicina na faculdade que há actualmente! METADE!

    Não é preciso mais ninguém! Já ficam 500 ou 600 sem conseguir lugar no internato de especialidade! São demais!

    O SNS precisa de gestão, meios e infra-estrutura.

    Médicos em massa já tem! E não resolvem nada porque nem sequer temos blocos que cheguem para operarmos todos, nem gabinetes de consulta livres, nem instrumentos em condições, nem pessoal de apoio que chegue para cirurgias, nem vagas nos cuidados intensivos, etc, etc

    O estado está a pôr autênticos "manequins", daqueles de cera, com uma bata dentro dos hospitais, que não têm meios para produzir nada.
  10. Colocado por: GambinoVocê mete gente nova na medicina e eles (internos) vão servir para nós especialistas estarmos ainda mais desprendidos do SNS e com tempo para o privado
    E você acha que eles internos, vão comer essa situação eternamente se o Dr. especialista perder a aura de transcendência que detêm actualmente, precisamente por manterem baixo o número de médicos e especialistas. Efectivamente o facto de isto não ser o mercado privado comum dificulta a gestão eficiente dos recursos, mas havendo oferta suficiente de mão de obra com o tempo a gestão consegue-se.

    vejo sempre os médicos a dizerem que ha poucos especialistas, que não é possível formar mais. Por outro lado, os médicos especialistas, não têm interesse nenhum em que se formem muitos especialistas. O ideal é ir mantendo esta situação, em que o número de especialistas consegue ter um status social bastante bom, o que se traduz naturalmente no ordenado que se permite cobrar.

    Atenção que eu acho que um médico deve ser um profissional bem pago. Por outro lado acho irritante o complexo de Deus que muitos têm, e que em nada benificia a qualidade de tratamento que dão aos seus pacientes.

    Esta é a minha opinião, naturalmente o Gambino tem uma opinião diferente, ate porque tem o dever de defender os interesses da sua classe profissional.
  11. Colocado por: HAL_9000E você acha que eles internos, vão comer essa situação eternamente se o Dr. especialista perder a aura de transcendência que detêm actualmente, precisamente por manterem baixo o número de médicos e especialistas. Efectivamente o facto de isto não ser o mercado privado comum dificulta a gestão eficiente dos recursos, mas havendo oferta suficiente de mão de obra com o tempo a gestão consegue-se.

    vejo sempre os médicos a dizerem que ha poucos especialistas, que não é possível formar mais. Por outro lado, os médicos especialistas, não têm interesse nenhum em que se formem muitos especialistas. O ideal é ir mantendo esta situação, em que o número de especialistas consegue ter um status social bastante bom, o que se traduz naturalmente no ordenado que se permite cobrar.

    Atenção que eu acho que um médico deve ser um profissional bem pago. Por outro lado acho irritante o complexo de Deus que muitos têm, e que em nada benificia a qualidade de tratamento que dão aos seus pacientes.

    Esta é a minha opinião, naturalmente o Gambino tem uma opinião diferente, ate porque tem o dever de defender os interesses da sua classe profissional.


    Vão comer cada vez mais porque eles internos concorrem entre eles e são cada vez mais!

    Os internos do meu serviço matam-se por ir ao bloco, porque pura e simplesmente não podem ir todos. Alguns passam semanas sem lá ir.

    Isso significa que chegam ao fim da especialidade e não têm números para serem especialistas!

    Além disso os internos são "pagos" pelos especialistas a fazerem de cirurgiões ajudantes na privada, onde começam a ganhar bom dinheiro.

    É de todo o interesse do interno dar-se MUITO bem com especialistas! E como há muitos internos, se um não se deixar comprar o do lado deixa logo!

    Os interesses da minha classe que os defenda o sindicato e a ordem.

    Eu defendo os doentes.

    E o problema dos doentes não é falta de médicos. Hoje não operei porque a UCI não tem vagas, não é porque faltava gente. Isto passa-se repetidamente.
  12. Colocado por: GambinoE não resolvem nada porque nem sequer temos blocos que cheguem para operarmos todos, nem gabinetes de consulta livres, nem instrumentos em condições, nem pessoal de apoio que chegue para cirurgias, nem vagas nos cuidados intensivos, etc, etc
    Eu acredito no que me diz, e obviamente que o estado terá de continuar a investir em infra-estruturas, ou pelo menos na optimização das que tem.

    Quanto ao resto que refere, eu não entendo bem como funcionam as vagas dos blocos operatórios, ou das consultas de especialidade. O que lhe posso dizer com conhecimento de causa é que conhecendo alguém no Hospital, consegue sempre uma vaga passando à frente na fila. Como é que isso é possível? Não sei...Se calhar não existe a falta de profissionais/gabinetes/blocos que se apregoa.

    Mas concordemos em discordar, temos visões opostas quanto a esta matéria, até em função das ordens profissionais a que pertencemos.
  13. Acrescento que pelas estatísticas POrtugal é o segundo ou terceiro País da Europa com mais médicos por mil habitantes.

    Repito: não há falta de médicos.
    A fixação em empobrecer os médicos é má em toda a linha até porque os médicos de salário base não ganham nada de extraordinário. E quanto mais nos empobrecer mais nos aliena da nossa função essencial. De qualquer forma não com mais médicos no SNS que isso acontece porque no SNS os salários estão sempre assegurados (não funciona como mercado).
  14. Colocado por: HAL_9000Eu acredito no que me diz, e obviamente que o estado terá de continuar a investir em infra-estruturas, ou pelo menos na optimização das que tem.

    Quanto ao resto que refere, eu não entendo bem como funcionam as vagas dos blocos operatórios, ou das consultas de especialidade. O que lhe posso dizer com conhecimento de causa é que conhecendo alguém no Hospital, consegue sempre uma vaga passando à frente na fila. Como é que isso é possível? Não sei...Se calhar não existe a falta de profissionais/gabinetes/blocos que se apregoa.

    Mas concordemos em discordar, temos visões opostas quanto a esta matéria, até em função das ordens profissionais a que pertencemos.


    Isso é possível porque há gente que faz pouco e se pedir um jeito a coisa vai!

    Precisamente aquilo que digo: não falta o médico - falta empenho/gestão do seu trabalho! Mas você acha que pondo lá outro exactamente com as mesmas condições isso se resolve...Não percebe que ficam com os mesmos vícios??

    Falta de profissionais nenhuma.

    Blocos muita.

    Gabinetes alguma.

    Instrumentos imensa.

    Vagas e camas...sem comentários.
  15. Colocado por: Gambino
    Os interesses da minha classe que os defenda o sindicato e a ordem.

    Eu defendo os doentes.

    E o problema dos doentes não é falta de médicos. Hoje não operei porque a UCI não tem vagas, não é porque faltava gente. Isto passa-se repetidamente.


    Olhe não sei que lhe diga. Que o nosso país não vos consegue dar as condições ideais para exercer, não tenho a menor dúvida. Que a vossa classe profissional faz os possíveis por manter o número de especialistas baixos também não duvido, porque assim "ganham bom dinheiro".

    Talvez se conseguissem chegar a um meio termo, iriam proporcionais as melhores condições possíveis a quem realmente interessa que é ao doente.

    Cá por mim, mantenho a minha, é aumentar as vagas em medicina. O país não pode ser refém de nenhuma ordem, nem nenhum sindicato como eu acho que neste momento acontece.
  16. Colocado por: HAL_9000cialistas baixos


    Colocado por: HAL_9000

    Olhe não sei que lhe diga. Que o nosso país não vos consegue dar as condições ideais para exercer, não tenho a menor dúvida. Que a vossa classe profissional faz os possíveis por manter o número de especialistas baixos também não duvido, porque assim "ganham bom dinheiro".

    Talvez se conseguissem chegar a um meio termo, iriam proporcionais as melhores condições possíveis a quem realmente interessa que é ao doente.

    Cá por mim, mantenho a minha, é aumentar as vagas em medicina. O país não pode ser refém de nenhuma ordem, nem nenhum sindicato como eu acho que neste momento acontece.


    Especialistas baixa??? Que especialidades têm pouca gente actualmente????? Sabe quanto cresceu o número de especislistas no meu serviço em 15 anos??? 100%! Na minha que é uma especialidade muito "restrita", agora imagine em outras mais "comuns".

    Defina lá bom dinheiro! Sabe quanto ganha base um assistente hospitalar (especialista)? Não sabe, eu digo: 2.730€ (brutos), líquidos dá uns 1.700€ -----se isto é bom dinheiro...Não há aumentos há 10 anos.

    Aumentar as vagas de medicina? Então mas não se tem aumentado?! Dobraram em 20 anos, dobro! Deixo a questão: Melhorou quanto com isso??!
  17. Portugal é o segundo País da Europa com mais médicos por 1000 habitantes!

    Acham mesmo que ainda estamos em falta???
  18. Colocado por: Gambino1.700€ -----se isto é bom dinheiro...Não há aumentos há 10 anos.
    Obviamente que isto não é bom dinheiro, isto é pouco para uma profissão stressante como a de médico. Mas quantos médicos conhece que levam só isto para casa? sinceramente responda-me a isto. Obviamente que o bom dinheiro é porque se podem fazer pagar muito bem no privado, por casa operação que realizam, pelas horas extra que fazem.

    E sim há poucos especialistas, eu esperei 3 anos para ser operado a um joelho em que não podia dar um salto sem que se seguissem 3 semanas de canadianas (rotura total do menisco e los ligamentos cruzados anteriores), portamto só posso concluir que existem ortopedistas insuficientes. A minha irmã esperou 7 meses por uma consulta de oftalmologia, portanto só posso consluir que existem poucos oftalmologistas. Ainda que a falta de gabinetes expliquem algum atraso, não há falta de gabinete ou de bloco que justifique 3 anos à espera de uma cirurgia limitante.

    Quanto à qualidade da medicina praticada, sem dúvida nenhuma que aumentou nos últimos 20 anos. Portanto parece que ao aumentar vagas, estamos a ir no bom caminho.
  19. Colocado por: GambinoPortugal é o segundo País da Europa com mais médicos por 1000 habitantes!

    Acham mesmo que ainda estamos em falta???
    Um médico, tendo uma profissão já de si desgastante, consegue acumular funções no público e no privado. Portanto sim, acho que temos falta de médicos.

    Aliás concordo que nem temos falta de médicos,mas como a gestão é mal feita, necessitamos de mais médicos.
 
0.5188 seg. NEW