Colocado por: rjmsilvaorna-se é cansativo em centrar as discussões no que não podemos mudar, que são as opções do passado, em vez de encontrar soluções para o que podemos mudar, que é o futuro.Por exemplo considera o facto de alguem na sua carreira aceder à reserva aos 55 uma questão de passado ou de futuro?
Colocado por: rjmsilvaTorna-se é cansativo em centrar as discussões no que não podemos mudar, que são as opções do passado
Colocado por: HAL_9000Vamos lá então por partes:
1- Como deve ter reparado usei o infeliz termo de "peste grisalha" entre aspas, e portanto como é obvio a interpretação não é para ser tida como literal, o que não invalida a infelicidade do termo.
O AMG1 ja se deve ter deparado com termos como "pestre grisalha" ou "tsunami grisalho" usados em termos académicos como forma de vincar a constatação da dimensão do impacto do envelhecimento da população, sobretudo nas áreas da sustentabilidade social e da saúde. Eu pelo menos já me deparei com ele algumas vezes, e não foi no tal artigo do deputado do PSD. Quando usei o termo, a minha ideia era que o mesmo tinha sido empregue por Medina Carreira no seu livro "Portugal, Que Futuro?". Não fui verificar e aparentemente enganei-me, a ideia esta lá, mas dos trechos que reli e de facto não encontrei referência ao mesmo. Também não considerei devidamente a conotação pjorativa que o termo pode ter, daí o meu pedido de desculpas.
Agora também não é mentira, que de facto a população portuguesa está fortemente envelhecida. Que parte dessa população envelhecida tem "direitos adquiridos", que pelo menos eu não vejo como podem continuar a ser pagos a longo prazo. A existência desses mesmos direitos coloca efectivamente uma pressão enorme sobre os mais jovens, que sim neste momento são explorados, sobretudo nas fazes iniciais do seu percusrso profissional.
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Quanto a isto discordo totalmente de si. A única certeza que tenho é que se depender dos actuais reformados, ou de quem esteja já à beira da reforma, "os velhos de hoje tem reformas melhores do que vocês terão amanhã". E porque que é esta a minha convição? porque já é uma evidência, que se vem a verificar há 20 anos. Não digo que seja um desejo declarado, ou premeditado, mas estando a população envelhecida, quer dizer que estes estão em maior número que os mais jovens, e portanto quem toma as decisões tende a corresponder ás expectativas da maioria (neste momento existem cerca de 4.8 milhões de votantes acima dos 50 anos, e cerca de 3.85 milhoes de votantes < 50 anos (sendo que nesta faxa etária, e por culpa própria, a abstenção é muito maior).
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Exacto, a questão é que as "piores condições" tendem a ser cumulativas, logo as "piores condições" em 2022 serão diferentes das "piores condições" em 2032...e por aí fora.
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A minha intensão não é querer que ninguém se sinta explorador, é apenas transmitir a minha experiência.
Quanto ao esforço feito na formação da geração mais jovens, penso que é amplamente reconhecido por todos os que tiveram a oportunidade de estudar. Importa contudo ressalvar dois aspectos:
- Esse esforço não foi feito meramente por motivos altruitas. Foi feito porque há muito se reconhecia que a chave para aumentar a produtividade em Portugal, e portanto a riqueza criada, passava por uma aposta forte nas qualificações.
- Depois tende a relação nºjovens a estudar/vs contribuintes tende a ser bastante menor que a relação Nº reformados/contribuintes, daí que não se tratem de esforços semelhantes, sobretudo se projetados no futuro.
Quanto à noção de exploração, pode ter a ver com a experiência pessoal, mas eu penso que é de alguma forma transversal. Vejamos no meu ramo de actividade, cerca de 60-70% das posições de carreira (com estabilidade e perspectivas de futuro), estão ocupadas por pessoas na casa dos 60 anos e que estão nessas posições há praticamente 40 anos.
Ao mesmo tempo essas pessoas, que na sua maioria não conheceram um dia de precariedade na sua vida, e nem souberam o que era viver com baixo poder de compra, zelaram por criar e manterum sistema (em benefício próprio diga-se) que assenta em promover a precariedade, os baixos salários, a alta rotatividade e competitividade entre mais jovens ao mesmo tempo que vendem sonhos que sabem ser irreais. Eu considero isto uma forma de exploração para aumentar a produtividade, mas sem que haja o devido retorno.
Isto pode ser uma situação muito particular da minha realidade que depois tende a influenciar a minha perspectiva geral da sociedade. Mas o facto é que ouço relatos semelhantes de diversas pessoas em áreas completamente distintas.
Quanto ao "também a achar que todo o esforço na vossa qualificação foi dinheiro deitado a rua", a partir do momento em que sugere a emigração como solução, é isso mesmo que está a dizer. Quanto ao "não votar"... ou "acomodar ao marasmo desta vidinha pobre e triste. Queixando-se do governo, mas não votando; queixando-se dos salários baixos, mas pouco ou nada fazendo para exigir que sejam mais altos." Não me revejo sinceramente. Sempre votei e faço o que tiver de fazer para salvaguardar a minha situação profissional e pessoal, contudo considero que não tenho nem de perto nem de longe a qualidade de vida para a qual trabalho. Não vislumbro no futuro do país grandes perspectivas de melhorar. O AMG1 diz que é sobretudo culpa da minha geração dos "desgracadinhos" e dos "coitaditos", eu acho que apesar da minha geração ter culpas, ela també é fortemente condicionada na sua influência pelas gerações anteriores.
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A questão, como bem pode entender, nunca foi particularizar, apenas refletir acerca da justiça intergeracional. Ela neste momento existe ou não? OS caminhos traçados e previstos, prevêm maior ou menor justiça intergeracional para o futuro.
Tal como eu critico o cenário que encontrei, acho perfeitamnete legítimo que a geração dos 20s, critique a minha (30s), no que às questões de habitação diz respeito. Factualmente eles herdaram uma situação bastante pior que a minha.
Colocado por: Casa da Horta
Qual é o segredo para ser feliz desde que nascemos até que morremos, AMG1? :-)
Colocado por: AMG1Para mim o copo está sempre meio cheio, mesmo quando está vazio
Colocado por: eu
Claro, eu imagino como é que ele ficou vazio. ;)
Colocado por: AMG1Estou prestes a concluir que esta gente não compreende mesmo as profundas angustias dos reformados
Colocado por: Casa da HortaViajar com a mulher
Colocado por: Casa da HortaViajar com a mulher?
Colocado por: J.Fernandes
Não transformemos este fórum num lugar sexista, homofóbico e cheio de masculinidade tóxica, ele também pode ser feliz se em vez de mulher tiver marido.
Colocado por: CarvaiUm artigo interessante sobre reformas.Pena o Luis Leitão se ter esquecido de um pormaior rendimento médio português vs custo de vida.
Colocado por: CarvaiUm artigo interessante sobre reformas.
https://eco.sapo.pt/opiniao/o-que-tem-a-barbie-a-ver-com-a-sua-reforma/
Colocado por: rjmsilvaNão me importava de ter 20 anos e ganhar 900 euros.Mas o Rui comenta tendo como ideia de fundo "comprar anos" como moeda de troca pela perda de rendmentos e estabilidade. Não é disso que estamos a falar.
Colocado por: Casa da HortaMas os jovens hoje têm muito mais facilidade e oportunidades de aumentar o dinheiro disponível.Em que oportunidades está a pensar exatamente?
Colocado por: Casa da HortaNum exercido teórico, qual seria a escolha de todos nós: ter 70 anos com a reforma mais apetecível (calculada pelo método antigo), ou 35 com a certeza que teremos reformas de valor comparativamente mais baixo.Penso que aqui não há grande dúvida. A grande maioria trocaria rapidamente a estabilidade financeira por mais anos de vida :) Eu neste campo tb n tenho dúvidas.
Colocado por: HAL_9000Em que oportunidades está a pensar exatamente?