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  1. Houveram muitos períodos difíceis para a construção, sem dúvida.
    Mas estes últimos anos não tem sido o caso. Bem antes pelo contrário.

    Os ciclos de actividade das empresas de construção têm imensos factores de correlação, por ex.: má (ou falta de capacidade de) gestão empresarial, fuga ao fisco, fraude com clientes e fornecedores, falta de estratégia comercial, falta de estratégia financeira...

    A maior parte dos construtores são pequenas e micro empresas, a maioria com menos de 10 trabalhadores e uma boa parte, com apenas um único trabalhador, que, pelo que tenho encontrado, nem se tratam de pessoas excepcionais, com grande vocação quer de gestão empresarial, quer de gestão de obra. Há "capoteiros" que ficarm seduzidos pelas margens dos empreiteiros e resolveram abrir empresa. Será que vai durar? Aposto que não. Será pelas dificuldades que enumera? Nem por sombras.
  2. Com tanto entendido em gestão, negociação, orçamentação e fiscalidade, só não percebo como ainda não nasceu aqui uma empresa para arrasar com o mercado.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, ghost12, marteloescopro, desofiapedro
  3. Colocado por: rjmsilvaCom tanto entendido em gestão, negociação, orçamentação e fiscalidade, só não percebo como ainda não nasceu aqui uma empresa para arrasar com o mercado.
    Porque na teoria é tudo muito facil mas na pratica o DO tem duas opções ou aceita os preços que os empreiteiros/ profissionais das mais diversas áreas pedem ou compram materiais e metem as maos na massa.
  4. Colocado por: DR1982Porque na teoria é tudo muito facil mas na pratica o DO tem duas opções ou aceita os preços que os empreiteiros/ profissionais das mais diversas áreas pedem ou compram materiais e metem as maos na massa.

    É tudo muito bonito visto de fora, e nisso incluem-se muitos funcionários que decidem começar a trabalhar por conta própria seduzidos pelos lucros tão apregoados.
    • DR1982
    • 29 dezembro 2021 editado
    Um exemplo muito prático.
    6 rolos na loja aqui ao lado a 36€ cada mais 30 por aplicar cada 1 e remover o existente, ou seja
    216 papel de parede
    180 aplicação e remoção.
    Total 396

    Comprei 6 rolos exatamente iguais no leroy a 15€ cada
    Uma caixa de cola menos de 4€

    Faço a coisa com 100€ e umas dores de costas.

    Poupo 300€ mas sinceramente não fazia este trabalho para alguem pelos 400€
    Concordam com este comentário: Joao Dias, vithorius, DVilar
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Palmix
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  5. Colocado por: RCF
    Uma coisa é entrar no vermelho. Outra é perder dinheiro.
    Uma coisa é o ghost12. Outra coisa é
    Concordam com este comentário:DR1982


    A minha definição de acabar no vermelho é a obra dar prejuízo.

    Colocado por: pguilhermePergunta: quando o cliente firma o negócio com o empreiteiro, este não firma também as empreitadas/materiais/etc com os seus fornecimentos externos?

    Se por algum motivo tal não for possível, esse risco não faz parte da mais valia que justifica a margem?
    Esse risco tanto pode ser negativo (os fornecimentos aumentaram de custo no decorrer da obra) como positivo (os materiais baixam de preço, apanha-se uma promoção do momento, encontra-se um fornecedor novo, consegue-se mudar de marca/modelo, etc).

    Se há aversão a risco, porque não se simplesmente exclui o material (e a respectiva margem) ao propor ao cliente que compre directamente a um fornecedor, com o seu apoio logístico/técnico?

    Ainda não consegui vislumbrar a diferença, em termos de risco e operação, do modelo de negócio da construção face a qualquer outro do planeta.

    Até algo tão simples quanto um retalhista fazer stock tem exactamente as mesmas dificuldades.


    A grande maioria dos meus clientes querem um orçamento e pagar o que está definido e não querem saber se os materiais sobem ou descem e muito menos ter esse risco do seu lado.

    Quando uma obra dura entre 12 e 24 meses não é possível, em termos logísticos, armazenar todos os materiais com a adjudicação.
    Concordam com este comentário: Joao Dias, Vítor Magalhães
  6. então se calhar a obra tem de durar menos, para ser possível armazenar mais
  7. Colocado por: IronManSousaentão se calhar a obra tem de durar menos, para ser possível armazenar mais


    Muitas vezes são os clientes que pretendem esses 24 meses de duração.

    Mas dificilmente se faz em menos de 12 meses desde a adjudicação. Era necessário ter disponibilidade imediata.
  8. Colocado por: rjmsilvaCom tanto entendido em gestão, negociação, orçamentação e fiscalidade, só não percebo como ainda não nasceu aqui uma empresa para arrasar com o mercado.

    Vou ignorar a falácia gritante e responder àquilo que, como diz, não percebe.

    Entrar no mercado de empreiteiro geral para construção residencial? Como disse, já há muita gente a fazer isso.

    Para investimento empresarial, é uma actividade que tem algumas limitações pesadas, particularmente a dificuldade de crescimento/expansão de negócio e as condicionantes do próprio mercado alvo.

    Se tentou transmitir uma ideia mais generalista do mercado imobiliário (e não somente o papel de empreiteiro), porque julga que não estão a ser desenvolvidas actividades com lucro?
  9. Colocado por: pguilhermeEntrar no mercado de empreiteiro geral para construção residencial


    Da sua própria casa... Já vi ideias mais parvas. Principalmente se contratarem (em part time) um diretor técnico/encarregado de obra com experiência.
  10. Colocado por: ghost12Quando uma obra dura entre 12 e 24 meses não é possível, em termos logísticos, armazenar todos os materiais com a adjudicação.

    Não existe possibilidade dos fornecedores trancarem o preço mediante adjudicação, ou quiçá, pagamento integral?

    Qual a impossibilidade logística do empreiteiro ter um armazém dedicado para o efeito?
    Reduz o risco na aquisição mas aumenta o risco na venda. Se for percebido como vantajoso, o custo da operação é reflectido nas propostas.
  11. Colocado por: ricardo.rodriguesDa sua própria casa... Já vi ideias mais parvas. Principalmente se contratarem (em part time) um diretor técnico/encarregado de obra com experiência.

    Encontrando alguém experiente e se o próprio DO tiver essa inclinação, parece-me muito viável. E sem qualquer ilegalidade como costumam sugerir imediatamente por aqui.

    Mas construir para outros deve ser um pesadelo.
    Concordam com este comentário: ricardo.rodrigues
  12. O problema do empreiteiro trancar tudo quando a obra lhe é adjudicada é que en primeiro obrigava ao DO a defenir logo tudo à partida, depois implicaria um grande armazém para guardar tudo, depois é preciso o empreiteiro ter bolso para pagar tudo à cabeça, ja que grande parte das obras devem depender da libertação das tranches do banco...
    Alem disso o DO a meio da obra muda de ideias que ja nao quer aquela ceramica porque viu uma mais bonita ou afinal ja nao gosta, é complicado, ou entao acontece alguma coisa e ja nao avança com a construção, o empreiteiro fica a arder... é sempre complicado.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
  13. Um pouco à semelhança do DO que pode pintar o tanque depois da obra acabada aqui no tópico ao lado, ha muitas mais coisas que se podem fazer de forma igual.

    Eu vou fazer assim, sibmeter a aprovação apenas o mínimo necessário, porque o meu objetivo principal é ter a casa pronta a habitar e a licença de habitação, o resto la se vai fazendo...

    Esta “técnica” ja se usou e vai voltar a usar se cada vez mais na minha opinião, as casas em que é so levar a mala da roupa e pronto vao ser cada vez menos
  14. Em câmaras que não fazem vistorias é fácil ter licença utilização com meia obra..
  15. Colocado por: RicardoPortoEm câmaras que não fazem vistorias é fácil ter licença utilização com meia obra..
    Mas o banco ja deve ser mais difícil digo eu...
  16. Colocado por: DR1982Mas o banco ja deve ser mais difícil digo eu...

    Impossível diria eu… em circunstâncias normais
    Concordam com este comentário: DR1982
  17. Colocado por: RicardoPortoEm câmaras que não fazem vistorias é fácil ter licença utilização com meia obra..
    Mas sim, isto deve ser muito comum porque conheço muitas casas com garagens e algumas ate com wc’s por acabar...
    O meu apartamento por exemplo tem uma wc que usamos como dispensa porque nunca se colocou louças e torneiras, embora tenha tudo preparado para isso
  18. Colocado por: Joao Dias
    Impossível diria eu… em circunstâncias normais
    Pois tambem acredito que será difícil, Apesar que nao sei se o banco vem passar vistoria no final ou assume que como tem licença de habitação esta tudo acabado
  19. 1) Não obriga a definir tudo à cabeça. Pode definir só algumas partes. Não tem que ser "tudo ou nada".

    2) Sem dúvida, a capacidade financeira permite melhores negócios e optimizar os proveitos.

    3) Se o DO a meio da obra muda de ideias, está o caldo entornado.
    Ou bem que o DO assume o risco de querer escolher "em obra" (e tanto pode sair mais caro ou mais barato) ou assume que quer "saber exactamente quanto vai pagar". Se não sabe o que quer, como pode exigir saber quanto vai pagar? Mas nada que não se resolva com um contrato que preveja contingência para estes casos.

    4) Podem ser aplicadas variações da ideia até se encontrar uma solução intermédia, mais segura para todos, por ex.: um maior adiantamento por parte do DO contra entrega de material para armazenagem até aplicação. Divide-se o risco entre o DO e empreiteiro e compromete ambos a seguirem o plano.
 
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