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  1.  # 81

    Olá, olhe, o meu conselho é o mesmo do dos colegas. Reunam na câmara e tomem parecer com um técnico. Creio que até hoje todos os projectos que fiz tiveram nalgum momento uma (ou várias) reuniões com as câmaras, seja presencial ou por telefone. Isto porque há sempre alguma ambiguidade quando triangulámos todas as normas para determinado lugar. Aqui parece ser o caso. Não é assim tão estranho encontrar erros de cálculo ou falta de lógica em alvarás de loteamento. Por vezes pode valer a pena fazer alteração ao mesmo.
  2.  # 82

    Colocado por: Pedro Barradas
    Dá 80.375m2 ( pelas cotagens do desenho anterior)


    80,375 m2 de polígono, 70 m2 de implantação, daí que o seu arquitecto esteja a tentar o volume em balanço (provavelmente com cerca de 10 m2) para fazer 80 m2 + 80 m2 (piso 1 + piso 2) e aproveitar os 161 m2 de área total. Tem lógica, a questão é o entendimento da CM sobre isso.
  3.  # 83

    Isto porque, se eu fosse técnico da Câmara poderia especular o seguinte:

    1 - no loteamento fala em 2 pisos mais terraço.
    2 - aqui o terraço, parece ser no rés-do-chão, coberto.
    3 - o polígono tracejado dá 70,25m2 no desenho e falam em 70,50m2 de área de implantação no quadro sinótico (corresponde +/-);
    4 - o polígono a traço continuo dá 80,375m2, corresponde à área de construção do 2º piso.

    Os 161m2 (+/- 80,375 x 2), penso que advém do seguinte: sendo o terraço um espaço coberto por edificação, ele não contará para a área de implantação mas contará para a área de construção. Tal como pode acontecer com as varandas cobertas por exemplo.

    Ou seja, se eu fosse técnico municipal provavelmente não aceitaria o que o seu Arquitecto propôs, pois no quadro falam no "+ terraço", pelo que consideraria sempre esse como um espaço exterior. Ou seja, 70 em baixo e 80 em cima, +10 de terraço coberto em baixo.
  4.  # 84

    N Miguel Oliveira, essa é uma leitura muito interessante. Nunca pensei que aquela zona se pudesse chamar "terraço", como as casas do loteamento têm um terraço por cima assumi que se tratasse desse.
    Se assim for é mau para mim, mas faz sentido.

    Infelizmente também quer dizer que paguei por 161m2 e recebi espaço para uma casa de 151m2.
  5.  # 85

    Colocado por: wrobelekInfelizmente também quer dizer que paguei por 161m2 e recebi espaço para uma casa de 151m2.


    Não quer dizer nada. Tem que averiguar com a Câmara. Eu apenas tentei ver a coisa com outra perspectiva. As outras casas já estão feitas? Sempre podem ajudar à argumentação. Como resolveram eles?

    Em todo o caso, a compra dum terreno deveria ser sempre precedida por uma consulta com um Arquitecto.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, wrobelek
    Estas pessoas agradeceram este comentário: wrobelek
  6.  # 86

    Infelizmente ainda nenhuma foi construida nesta parte do loteamento, ou seja com esta forma/dimensões.
    As regras do resto do loteamento são bastante diferentes, e a comparação não se aplica (têm mais área no piso térreo do que no primeiro piso).

    A minha será uma das primeiras.
  7.  # 87

    Colocado por: wrobelekNunca pensei que aquela zona se pudesse chamar "terraço", como as casas do loteamento têm um terraço por cima assumi que se tratasse desse.


    Eu também entendo um terraço como sendo um espaço descoberto. Mas sendo descoberto, no rés, no piso 1 ou até na cobertura, não faria sentido enunciá-lo no quadro sinótico (essa tabela). Foi isso que me chamou a atenção... Se ele está lá "escrito", deverá ter alguma área associada, área essa que participe nos cálculos. Foi basicamente esse o meu raciocínio e as áreas parecem bater +/- certo (foram arredondadas apenas). Mas não faço ideia se está certo ou não, vá à Câmara.
  8.  # 88

    Obrigado, vou certamente! Vamos ver se me atendem, tentei hoje mas é Agosto e a telefonista está de férias, e o arquiteto deve estar a almoçar desde as 10 da manhã mas volta já... Amanhã vou insistir desde cedo.
  9.  # 89

    Será que estão a contabilizar a área a mais para um acesso ao terraço da cobertura? Tipo um “terceiro”piso...
  10.  # 90

    Colocado por: N Miguel Oliveiraincrivel mesmo, como num municipio se interpreta duma maneira e no concelho vizinho se interpreta doutro modo a mesma lei.
    não existe formação a nvel nacional nmesse sentido.. depois nós é que temos de andar com uma bola de cristal a tentar prever o que o tecnico que nos calha vai imaginar
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, Pedro Barradas
  11.  # 91

    Colocado por: antonylemosnão existe formação a nvel nacional nmesse sentido.. depois nós é que temos de andar com uma bola de cristal a tentar prever o que o tecnico que nos calha vai imaginar


    Nem formação, nem uniformização dos processos.
    Há uns meses, num alvará com 30 anos e alterado meia dúzia de vezes, dum loteamento com 13 lotes, perguntei ao técnico da Câmara qual era a sua interpretação sobre o seguinte:

    - a área de implantação é 300m2, mas a de construção é 250m2. De que me serve poder implantar 300 se só posso construir 250? Resposta dele: "olhe, há anos que lido com este loteamento (respetivas alterações) e nunca tinha reparado..."
  12.  # 92

    Colocado por: antonylemostemos de andar com uma bola de cristal


    Isto também é válido para quem vende/compra terrenos. Acho uma tremenda falta de profissionalismo alguém vender um terreno sem saber verdadeiramente o que se pode construir, pintando muitas vezes um cenário cor de rosa onde ele não existe.
    Dois exemplos:
    1- há uns 4/5 anos tive um projecto num terreno com 7'300m2 (!), onde o cliente achava poder construir muita coisa (casas para os herdeiros e tudo)... depois de trianguladas todas as normas, com base no PDM, nos afastamentos, nos espaços canal, na limitação de construir a menos 25m da rua, com linhas de água pelo meio e respetivos afastamentos, etc etc... apenas se pôde construir uma casa simples, com a garagem num anexo a 20m da casa... porque nem dava espaço para construir tudo num volume só. Incrível a situação tão confinada num terreno tão grande para apenas uma casita.
    2- há uns meses numa análise a um lote aparentemente espetacular, detetaram-se vários "pormenores" que fizeram o comprador desistir do negócio. Foi bem melhor para ele ter tido alguma calma antes de comprar, do que descobrir isso depois da compra.

    Não há bola de cristal, mas tendo tempo (e investindo um pouco) consegue-se informação que por vezes é determinante na decisão de comprar ou não comprar, ou de comprar usando os "defeitos" como argumento para fazer baixar o preço.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, ADROatelier
  13.  # 93

    Ainda podia deixar outro exemplo: há uns tempos, noutra análise para servir de base a uma discussão sobre heranças e partilhas, certos herdeiros achavam que determinado terreno valia 50-60k€ e queriam vender, quando confrontados com as possibilidades de construção, que eram muito diminutas mesmo, chegou-se à conclusão que o terreno valia 20k€, um terço disso!

    Conhecer a lei é um ponto crucial para quem quer vender/comprar.
    Concordam com este comentário: ADROatelier
  14.  # 94

    a bola de cristal é só para prever as interpretações que o nosso técnico vai ter. as vezes sentados lado a lado têm interpretações diferentes dos regulamentos.

    uma vez tive de alterar um loteamento para incluir umas escadas de acesso porque o técnico dizia que essas escadas fazem parte da implantação da casa..
  15.  # 95

    Verdade! É caricato.
    E quando falam de normas internas que não estão publicadas e ninguém conhece, mas é para aplicar?

    Já me aconteceu esta questão das escadas.
    Pergunto-me se noutros países também haverá estas situações.

    Colocado por: antonylemosa bola de cristal é só para prever as interpretações que o nosso técnico vai ter. as vezes sentados lado a lado têm interpretações diferentes dos regulamentos.

    uma vez tive de alterar um loteamento para incluir umas escadas de acesso porque o técnico dizia que essas escadas fazem parte da implantação da casa..
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  16.  # 96

    Colocado por: ADROatelierE quando falam de normas internas que não estão publicadas e ninguém conhece, mas é para aplicar?


    Essa é boa... Para pedir cópia da nota interna e o suporte jurídico à mesma.
    Concordam com este comentário: ADROatelier
  17.  # 97

    Agora imaginem um leigo em arquitetura como eu, que só quer construir a sua casa, com o sonho de ver o bebé brincar num quintal com plantas...
    estou a tentar estudar todas estas regras mas é impossível sem ir à universidade, e já vou no terceiro arquiteto contratado que me diz coisas diferentes...
  18.  # 98

    Colocado por: wrobelekjá vou no terceiro arquiteto contratado que me diz coisas diferentes...

    Pode resumir os "pareceres":
    Arq 1
    arq 2
    arq 3


    E já agora, nenhum deles conseguiu, ou tentou contacto com os serviços camarários, por forma a esclarecer o que eles entendem sobre o assunto?
    Concordam com este comentário: ADROatelier
 
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