Colocado por: gil.alvesacrescentaria, comprar/fazer projecto Ferrari e depois meter pneus “semi-novos” e revisão na cave do primo que é um curioso…é a tal m “veia arriscadora” de que eu falava atrás.
Colocado por: DR1982em boa verdade quem melhor para gerir a coisa que o criador da coisa?
Mas la está, 15% para o projetista mais uns milhares para o fiscal a sério e tal…
Colocado por: DR1982E fica completamente dependente de uma pessoa/gabinete?
Colocado por: DR1982Sou obrigado a aceirar as alterações necessárias para encaixar no orçamento?
Colocado por: N Miguel OliveiraNao dúvido, mas acha que estariam todos os arquitetos em Portugal dispostos a isso, a essa ginástica?
O fiscal é o melhor amigo do Arquitecto (responsável pela direção da obra). Não no sentido de ocultar mas precisamente o contrário.
Quanto mais cedo se encontrarem os problemas, menos prejuízo dá em corrigir, mais rápido se tapa a fuga.
No caso da aventura helvética, o fiscal era eu próprio (autor do projecto). Além da legitima vontade em fazer bem, o maior interesse era evitar "despesas futuras". Pois depois da obra acabada, se houvesse um problema, era ao gabinete que o dono de obra ia. Não era ao empreiteiro. Se houvesse alguma sanção, era o gabinete que pagava. E só depois disso é que o gabinete ia negociar uma compensação ao empreiteiro.
Mas lá está. Eu para a obra ia "mal vestido", tinha todo um arsenal de ferramentas, e tanto andava de marreta a deitar tijolos abaixo para ver como a parede era por dentro, como calçava as luvas e ajudava os trolhas, carpinteiros, pintores, ladrilhadores a acabar o serviço mais cedo... A missão era tirar-lhes as pedras do caminho, e não andar tipo cão de caça. Não tinham razão nenhuma para se zangarem se lhe apontasse algo a corrigir... pois se o patrão deles soubesse, eram eles que ficavam mal vistos também. Mas lá está, metade do dia passava-o na obra.
Exemplos: Num dos estaleiros, os carros/carrinhas/tractores/reboques estacionavam em fila. Quando o que chegou primeiro queria ir a algum lado (tipo ir à loja comprar mais parafusos por exemplo), estava tramado, pois tinha uma dúzia de carros atrás. Só coordenar isso parava-me a obra toda uns 10, 15min... então, quantas vezes não pegava eu nos carros (pois combinava com todos onde deixar as chaves) para agilizar as manobras... olhe, foi assim que aprendi a manobrar reboques :)
Outra, numa obra de 11 andares (o escritório onde trabalhava ficava no rés do chão), depois de terminada a fachada (isolamento projectado), à medida que iam desmontando os andaimes, eu a cada 20, 30 min subia e tapava os buracos de ancoragem dos andaimes com a massa do isolamento, e pintava. Fazia a "fiscalização" àquela altura de fachada (16 alturas de andaimes) e não me custava nada tapar os buracos. Pois precisava que o pintor me terminasse uma coisa noutra obra. Esse caso marcou-me, pois à altura do 6 ou 7º andar, atrasei-me um bocado (estava em reunião no rés do chão), e quando fui lá cima tapar o buraco, já o artista me tinha tirado as proteções laterais e uma das pranchas. Qual vertigem? :)
Colocado por: nbastosMarco esses dois irmãos teem um plafon , e quando não chega pedem mais ...e já agora são realidades completamente diferentes , é quase um querido mudei a casa que de bem feito não tem nada...sem querer ferir susceptibilidades os nossos técnicos deveriam de ser " obrigados" a fazer estágio nas obras , para perceberem muitas coisas... Muitos técnicos chegam às obras e não conseguem diferenciar os vários tipos de materiais aplicados numa obra...
Colocado por: N Miguel Oliveiralà está, mas o cliente sabia realmente que acontecia assim, em Portugal tenho as minhas duvidas que assim fosse, mesmo que ficasse escrito no contrato se tivesse de recorrer à justiça para me fazer reembolsar do pequeno almoço tava lixado :)
O gabinete era o único a quem o Dono de Obra pedia satisfações.
O Dono de Obra não queria saber de coordenar coisa nenhuma. No limite nem precisava de saber quem era o empreiteiro, o jardineiro, o decorador... Ele só via e responsabilizada o gabinete.
Nunca houve um atraso ou derrapagem que eu tivesse testemunhado.
Mas lembro-me que por vezes esteve quase.
- era sexta, a entrega era segunda, não havia eletricidade na cozinha, o instalador ia estar ausente na semana seguinte. Por sorte arranhei um substituto que arranjou aquilo no Sábado. Ainda assim, o Dono de Obra estava tranquilo. Se não houvesse luz para fazer o pequeno almoço de terça-feira. A familia iria tomá-lo ao restaurante pago pelo gabinete tal como descrito no contracto.
- na mesma obra, por diversas vezes, o cliente relembrou-me que se falhássemos a entrega, iriam passar a noite ao hotel X às custas do gabinete, o drama dele era porque no contrato não tínhamos definido quantos quartos seriam... e ele, legitimamente, queria um quarto para ele e para a mulher e outro para os dois filhos. O que ele queria evitar era que só pagássemos por um quarto maior com sofá-cama. Felizmente a obra ficou pronta a tempo.
Colocado por: N Miguel Oliveiraantes do OK final do Dono de Obra.e se o cliente não gostasse do que o dinheiro que tinha disponível possibilitasse construir? Andavam a trabalhar para aquecer?
Colocado por: N Miguel Oliveira
Não pode vir dizer que "não há nenhum técnico que esteja do lado do Dono de Obra", porque isso não é verdade.
Existem projectos Ferrari sim, não custam é o que você quer pagar.
Colocado por: N Miguel Oliveira
O gabinete era o único a quem o Dono de Obra pedia satisfações.
O Dono de Obra não queria saber de coordenar coisa nenhuma. No limite nem precisava de saber quem era o empreiteiro, o jardineiro, o decorador... Ele só via e responsabilizada o gabinete.
Nunca houve um atraso ou derrapagem que eu tivesse testemunhado.
Mas lembro-me que por vezes esteve quase.
- era sexta, a entrega era segunda, não havia eletricidade na cozinha, o instalador ia estar ausente na semana seguinte. Por sorte arranhei um substituto que arranjou aquilo no Sábado. Ainda assim, o Dono de Obra estava tranquilo. Se não houvesse luz para fazer o pequeno almoço de terça-feira. A familia iria tomá-lo ao restaurante pago pelo gabinete tal como descrito no contracto.
- na mesma obra, por diversas vezes, o cliente relembrou-me que se falhássemos a entrega, iriam passar a noite ao hotel X às custas do gabinete, o drama dele era porque no contrato não tínhamos definido quantos quartos seriam... e ele, legitimamente, queria um quarto para ele e para a mulher e outro para os dois filhos. O que ele queria evitar era que só pagássemos por um quarto maior com sofá-cama. Felizmente a obra ficou pronta a tempo.
Colocado por: pguilhermeComo já comentei diversas vezes, os 10~15% não fogem muito do que já actualmente se paga por cá, quando se faz tudo "certinho" e não inclui qualquer tipo de garantia de orçamentos.
Isto é, projecto de execução de arquitectura e especialidades, fiscalização, segurança, etc.
Colocado por: pguilhermeE com isso em mente, como é que o arquitecto garante orçamentos, gere a obra e fiscaliza a sua execução?
É um individuo multidisciplinar, com igual experiência em projectos e em obra, ou....?
E como se gere o claro conflito de interesses, de quando o projectista tb é o fiscal?
Colocado por: pguilhermeSe houver derrapagem, quem é que paga?
Igualmente, se houver qq problema durante a e execução, quem assume os custos?
Quando o empreiteiro já tem uma boa relação com o arquitecto/fiscal/gestor, como é que o DO tem a certeza que os erros não foram simplesmente ocultados? Relembro que há erros graves que serão detectados facilmente passado pouco tempo e erros que só com análises profundas se conseguem provar...
Colocado por: pguilhermeTb como já disse várias vezes noutros tópicos, houvesse oferta de serviço de 15% sobre um valor orçamental que seja garantido, e que incluísse tudo (projectos, gestão, fiscalização e garantia de orçamentos e prazos), assinava hoje.
Mas não há, e as justificações são as do costume: "a culpa é do DO porque não há procura por esta abordagem", "a nossa lei é diferente", "os DO só querem saber do preço"...
Colocado por: pguilherme
Mesmo quando se paga por um projecto de execução, o DO arrisca-se a levar com um "já fiz uns desenhos, agora oriente-se".
Se soubesse o que sei hoje, não tinha contratado projecto de execução e contratava apenas um medidor orçamentista para fazer o MQT e EO.
Colocado por: pguilhermeNão há garantia de orçamentos, nem sequer com margem de 300%.
Ou tem carteira para assumir ou manda o projecto fora.
Alterações ao projecto tem custos... e é se ainda houver interesse em colaborar.
Colocado por: gil.alvesYou people of little faith… :)
Colocado por: DR1982Nao dúvido, mas acha que estariam todos os arquitetos em Portugal dispostos a isso, a essa ginástica?
Colocado por: DR1982Nao dúvido, mas acha que estariam todos os arquitetos em Portugal dispostos a isso, a essa ginástica?
são mentalidades diferentes, provavelmente na Suíça o pessoal prefere entregar a quem perceba do assunto ( ou se calhar até é obrigado a isso, nao sei) e nao se chatear mais com isso porque sabe que se algo correr mal consegue ver o problema resolvido porque a justiça funciona e nesta vida!
Em Portugal, em caso de problemas provavelmente era o DO que se lixava e só isso faz grande diferença porque o DO sabe disso, e o arquiteto também saberia assim como o empreiteiro atualmente em Portugal sabe e por isso aparecem tantas pérolas da construção por aqui.
O projetista na Suíça sabe que se lixa se der raia, por isso nao arrisca e o DO sabe disso também, confia (o que não quer dizer que nao se façam erros, vejo muitos contentores de ferro a ir para a sucata durante uma obra que supostamente deviam ter ficado na obra) por exemplo…
Por isso diria que na maioria das vezes a pessoa que tem a cabeça no cepo caso a coisa corra mal é que se preocupa e na Suíça é o projetista, em Portugal é o DO
Colocado por: DR1982e se o cliente não gostasse do que o dinheiro que tinha disponível possibilitasse construir? Andavam a trabalhar para aquecer?