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  1.  # 221

    Colocado por: ferreiraj125Podes explicar isto?

    Se a euribor sobe é porque os bancos também pagam mais juros sobre os seus emprestimos junto de outros bancos, e isso acontece porque pagam mais juros ao banco central.
    Seria verdade se os bancos comerciais precisasem de se financiar junto do BCE para todas as suas actividades crediticias. Em muitas situações isso não ocorre, uma vez que bancos comerciais usam o dinheiro dos próprios depositantes (sobre o qual mal pagam juros) para fazer crédito.

    O BCE ao subir as taxas de referência, sobre as 3, entre as quais, a taxa a que remunera os depósitos dos bancos comerciais junto do BCE, incentivando-os a depositarem nos bancos centrais o excesso de liquidez.

    Segundo os estudos publicados por Paul De Grauwe e Yumei Ji, em fevereiro, os bancos comerciais tinham depositados no BCE e nos bancos centrais da zona euro mais de 4,3 milhões de milhões de euros remunerados a uma taxa de juro de 2,5%. Ou seja, os bancos comerciais têm uma receita potencial de mais de 100 mil milhões de euros em juros. Qualquer coisa como 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro.



    Colocado por: ferreiraj125Não percebi, o que queres dizer com "lucros aos bancos centrais"?
    O BCE poderia na mesma aumentar as taxas de juro para retirar liquidez da economia, mas ao mesmo tempo lucrar com isso, em vez de transferir esse lucro para os bancos comerciais.

    Os bancos comerciais estão obrigados a deter um determinado montante de fundos como reserva nas suas contas correntes junto do respetivo banco central nacional. Atualmente esse montante é o equivalente a 1% do total de depósitos de clientes. E estas reservas também são remuneradas pelos bancos centrais à taxa de depósitos do BCE, ou seja, atualmente a 2,5%.
    Se aumentar a taxa de reservas mínimas obrigatórias que os bancos têm de constituir para um valor equivalente ao montante que os bancos comerciais têm atualmente depositados nos bancos centrais e se esses montantes não forem remunerados de todo ou apenas em parte, o dinheiro continuaria a não fluir para a economia, porque estaria em reservas obrigatórias, e os bancos centrais não teriam de pagar tantos juros e continuariam a apresentar lucros.



    Colocado por: ferreiraj125omo é que os bancos centrais terem "lucros" beneficia os mais desfavorecidos visto que é simplesmente dinheiro a ser retirado à economia?
    Os bancos centrais dando lucro, pagariam dividendos aos respetivos estados que teriam naturalmente a obrigação de usar essa fonte de receita para apoiar os seus cidadão que são mais afetados pela perda de poder de compra decorrente da inflação, reduzindo as assimetrias.

    Esta é a visão do economista Paul De Grauwe, e para mim faz sentido
  2.  # 222

    Colocado por: N Miguel OliveiraAchei interessante o posdcast do Bloco Central da TSF da semana passada...
    Eu também, mas do Pedro Marques lopes, já estava à espera deste tipo de argumentos.

    Faz sentido o que ele disse, mas se entretanto:
    as rações e os fertilizantes já reduziam de preço de forma significativa, o preço do brent caiu para valores anteiores à guerra, existe um acordo para o fornecimento de cereais, que veio normalizar o preço, o preço do gás caiu de forma significativa.... Bem sei que agora estamos a consumir o que foi produzido há uns meses, mas podemos esperar reduções do preço dos alimentos nos próximos meses? Qual é a sua opinião?

    Depois há outras coisas que não percebo, se toda a europa esteve e está sujeita ás mesmas pressões, porqê que o preço da cenoura, dos ovos, da cebola subiu mais em Portugal que em França?
    Se os supermercados portugueses vendem os produtos ao mesmo preço que os Franceses e espanhois, porque não conseguem retribuir com o mesmo nivel salarial aos seus funcionários?

    bem sei que as contas dos hiper indicam que as margens deles reduziram, e ainda assim os lucros aumentaram na ordem dos 25-30% bem acima da inflação...A mim parece-me que o manel que compra o pão está mais pobre que no ano passado, mas o joão que lhe vende o pão está mais rico..
    Não tenho nada contra os lucros, acredite mesmo que quero que todas as empresas a operar em portugal tenham muito lucro, mas não ás custas do empobrecimento da sociedade.
    • RCF
    • 23 março 2023 editado

     # 223

    Colocado por: HAL_9000Bem sei que agora estamos a consumir o que foi produzido há uns meses, mas podemos esperar reduções do preço dos alimentos nos próximos meses? Qual é a sua opinião?

    sem prejuízo de outras, eventualmente melhores, fica a minha:
    O que estamos a consumir hoje, não só foi produzido há algum tempo atrás, como foi alvo de contratos, entre produtores e distribuidores, também há algum tempo atrás. Por isso, é expectável que o impacto no preço final ao consumidor, por motivo da redução do custo de produção e transporte, se venha a refletir mais tarde.

    Colocado por: HAL_9000Depois há outras coisas que não percebo, se toda a europa esteve e está sujeita ás mesmas pressões, porqê que o preço da cenoura, dos ovos, da cebola subiu mais em Portugal que em França?
    Se os supermercados portugueses vendem os produtos ao mesmo preço que os Franceses e espanhois, porque não conseguem retribuir com o mesmo nivel salarial aos seus funcionários?

    Sem prejuízo de outros, haverão dois fatores diferenciais a ter em conta - o peso dos impostos do preço ao consumidor e a produtividade. Em Portugal, pagam-se mais impostos e os trabalhadores têm uma produtividade mais baixa.

    Colocado por: HAL_9000A mim parece-me que o manel que compra o pão está mais pobre que no ano passado, mas o joão que lhe vende o pão está mais rico..

    A mim também me parece isso... vai-se cavando um fosso cada vez maior na sociedade. Isso é bem visível, por exemplo, na frota automóvel que vemos hoje nas estradas portuguesas. Há bastantes mais carros de luxo do que há alguns anos atrás. Mas, não me parece que tenha reduzido o número de carros velhos e em mau estado.
  3.  # 224

    Colocado por: Carvai. O que vai para a 2ª questão : o que é uma vida desafogada? Quando se vive de acordo com o que se ganha tanto pode ser válido para quem ganha mil ou dez mil por mês.
    Acredito que de forma perfeitamente justificavel o carvai e eu tenhamos interpretações muito distintas do que é ganhar bem ou mal, ou uma vida desafogada. Mas sim, existe incerteza nos conceitos. Para mim uma vida desafogada é conseguir chegar o fim do mes com as contas pagas e com uma margem de poupança interessante (>=30% do rendimento), e ter um nivel de vida de decência, que inclui: casa, comida, escola, férias, cultura. Ou seja o básico que qualquer familia da classe média deveria conseguir ter.
    Não falo em colégios privados, nem férias nas maldivas, nem porche na garagem.

    "Quando se vive de acordo com o que se ganha tanto pode ser válido para quem ganha mil ou dez mil por mês." concordo, a questão é que tipo de vida consegue ter um casal com um filho (ou mesmo sem filho), que tenham um rendimento mediano nacional de 1800 euros. Eu diria que conseguem viver, mas se quiserem fazer a tal taxa de poupança, ficam muito longe de ter uma vida desafogada. Se viver no lema do "chapa ganha, chapa gasta" não consegue fazer planos para o futuro, nem aspirar a melhorar as suas condições de vida.
    Por isso sim, eu afirmo de forma convicta que portugal tem pouca gente que ganhe bem, apesar de ainda os haver como é obvio.



    Colocado por: CarvaiClaro que sendo já velho não engulo a conversa que está tudo pior pois vivi a realidade do antes e do pós 25A, falências do país e de empresas, inflações acima de 20%, HPP com taxa de 20,5%, etc
    Engraçado que tenha ido buscar esse periodo, ms omitiu o periodo imediatamente anterior a este das crises sucessivas: 1990-2008. Pois é com esse que devemos comprar, e não com o tempo do estado novo. Afinal não entramos para a UE para ter um estilo de vida europeu, partilhado por todos os paises membros?

    Ainda assim relativamente ás inflações dos anos 80 e das taxas de juro, importa referir 3 pontos relevantes.
    - A inflação era de 20 %, mas as actualizações salariais, apesar de não acompanharem, também eram bastante interessantes. Conheço algumas pessoas que nesse periodo duplicaram o ordenado em 2-3 anos. Mas au admito que tenha avido perda de poder de compra, afinla havia uma crise inflacionista, um tragégia para as famílias, tal como agora. Depois os impostos sobre rendimentos, e os impostos em geral nos anos 80 eram uma piada completa comparada com os dias de hoje.
    Além disso fruto da caracterização demográfica da sociedade nessa altura, existia uma coisa que hoje quase no existe: perspectivas de futuro e muitas oportunidades, e isso fazia toda a diferença.

    - "HPP com taxa de 20,5%" Certo mas por outro lado o preço das casas em termos de esforço face ao rendimento médio, nada tinha a ver com os valores actuais, logo os montantes pedidos não seriam proporcionalmente tão elevados como os actuais. Depois havia bonificação de juros, não seria para todos, mas com certeza que beneficiaram muitos. De qualquer forma não ignoro que algumas pessoas passaram muitas dificuldades para pagar esses juros. Da mesma forma não ignoro que as actualizações salariais que se seguiram no final dos anos 80, inicio dos anos 90, permitiu a muita gente liquidar esses empréstimos de forma muito mais expedita...pelo menos quem conseguiu aguentar o barco.

    Portanto é relativo, o Carvai que já viu outras realidades acha que as coisas não pioraram assim tanto. Quem nasceu nos anos 80, e apenas tem uma visão temporal da economia a partir de meados dos anos 90, terá uma perspectiva bem diferente.
  4.  # 225

    Saíram os resultados anuais da Jerónimo Martins.

    Apesar de 70% da facturacão deste grupo pertencer aos supermercados Biedronka, na Polónia, os resultados desagregados dizem que o valor em vendas no 4o trimestre de 2022 no Pingo Doce subiu 13.7%.

    Ora, se os consumidores conseguem suportar um crescimento de 13.7% já num trimestre onde as tx juro altas estão mais do que consolidadas, é óbvio que a tendencia dos preços é continuar a crescer. Até dar, vão continuar a crescer.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  5.  # 226

    Colocado por: RCFEm Portugal, pagam-se mais impostos e os trabalhadores têm uma produtividade mais baixa.
    No geral sim. Num supermercado, não estou a ver um operador de caixa ou armazém na França ser mais produtivo que um em Portugal.

    Mesmo assim está mais que estudado que os salários não têm acompanhado a produtividade, pelo que os aumentos de produtividade têm em grande parte sido trasnferidos para o capital, e não para os salários.
  6.  # 227

    Colocado por: palmstrokedizem que o valor em vendas no 4o trimestre de 2022 no Pingo Doce subiu 13.7%.
    Foi valor ou volume?

    É que se é mesmo valor, não me espanta. Pois se a comida subir mais de 20%, a não ser que as pessoas deixem de comer, vão cortar em todas as outras despesas antes.
    Por iso é que a inflação nos bens alimentares é preversa. Trata-se exatamente da área, onde não há correções muito grandes de procura.

    Quando se fala em aproveitamento, acha que se está a falar do quê?
  7.  # 228

    Colocado por: Carvai
    Aqui está algo que não consigo responder até porque é difícil definir determinados conceitos.
    O que é ganhar bem? Ao longo de anos de trabalho em grandes empresas sempre vi pessoas que ganhando exatamente o mesmo, umas achavam que ganhavam bem outras queixavam-se do contrário. Eu próprio acho que quase sempre ganhei bem mas quando falava com colegas meus que trabalhavam noutros países a ganhar o dobro ou mais continuava a achar que na maior parte das vezes vivia melhor. O que vai para a 2ª questão : o que é uma vida desafogada? Quando se vive de acordo com o que se ganha tanto pode ser válido para quem ganha mil ou dez mil por mês.
    Claro que sendo já velho não engulo a conversa que está tudo pior pois vivi a realidade do antes e do pós 25A, falências do país e de empresas, inflações acima de 20%, HPP com taxa de 20,5%, etc


    Eu não vivi o 25 de Abril mas por experiência familiar posso dizer que a década de 80/90 só não ganhava dinheiro quem não queria, já o meu sogro ganhava 200 contos nessa altura e a creche da minha mulher eram só 5 contos.
    Fora que carros terrenos e casas era tudo muito mais barato.
    Se fosse iniciar agora o seu percurso laboral acredite que ia ter mais dificuldades.
    O pessoal licenciado que vejo a ter mais sucesso é mesmo o do marketing e tecnológica s...
    Concordam com este comentário: Ruipsm, desofiapedro, ferreiraj125
  8.  # 229

    Colocado por: HAL_9000Foi valor ou volume?

    É que se é mesmo valor, não me espanta. Pois se a comida subir mais de 20%, a não ser que as pessoas deixem de comer, vão cortar em todas as outras despesas antes.
    Por iso é que a inflação nos bens alimentares é preversa. Trata-se exatamente da área, onde não há correções muito grandes de procura.

    Quando se fala em aproveitamento, acha que se está a falar do quê?


    Hal, a subida de 13.7% foi em euros, não há dados de volume mas duvido que o Pingo Doce tenha aberto muitas novas lojas em Portugal em 2022 para vender mais volume.

    Se o dinheiro é finito, qualquer procura tem um límite, que é o valor que as pessoas estão disponíveis para pagar, inclusive no consumo alimentar. As pessoas tiveram 13.7% mais disponibilidade para aumentar o valor que gastam no Pingo Doce no 4o trimestre. Se todos os trimestres estiverem disponíveis para aumentar o valor que gastam em 13%, o que acha que acontece aos preços? E como acha que se controlam os preços alimentares, a não ser empobrecendo as pessoas para condicioná-las a em vez de fazer um refogado com 2 cebolas, fazer com 1 cebola, e menos carne, e mais arroz?
  9.  # 230

    Colocado por: palmstrokeHal, a subida de 13.7% foi em euros,


    Colocado por: palmstrokeAs pessoas tiveram 13.7% mais disponibilidade para aumentar o valor que gastam no Pingo Doce no 4o trimestre. Se todos os trimestres estiverem disponíveis para aumentar o valor que gastam em 13%, o que acha que acontece aos preços?

    Se um quilo de arroz em jan 2022 custava 80 cent, e agora custa 1.60, é obvio que houve um aumento em euros, porque a pessoa não pode simplesmente decidir não comprar o arroz e não comer. Pode fazer um arroz mais aguado,e levar menos quantidade em termos anuais, é um facto..Mas deixa de comer uma refeição decente de arroz, para comer uam refeição assim assim.

    A elasticidade da procura, no caso da alimentação é muito limitada. Quebras significatovas na procura da alimentação pode implicar restrições alimentares.



    Colocado por: palmstrokea não ser empobrecendo as pessoas para condicioná-las a em vez de fazer um refogado com 2 cebolas, fazer com 1 cebola, e menos carne, e mais arroz?
    Aparentemente já começaram a fazer isso. Mas pelos vistos só será significativo quando fizerem o refogado só com água, sem azeite nem sal.

    Oviamente que eu sei que há margem para cortar antes de haver fome em muitas familias portuguesas ( e sei disso mesmo por experiência própria em termos de gestão do orçamento familiar). A questão é que nas familias mais vulneráveis, essa margem não existe, e elas não podem estar à espera de uma quebra na procura na alimentação.

    Daí que nesta área tenha mesmo de haver um forte controlo pelas entidades reguladoras. Porque se os preços continuam a subir, sem que haja nada na cadeia de valor que o justifique, então devem-se tomar medidas para desincentivar essa prática.
  10.  # 231

    Colocado por: palmstrokecondicioná-las a em vez de fazer um refogado com 2 cebolas, fazer com 1 cebola, e menos carne, e mais arroz?


    O problema é que o português gosta de comer como uma besta (somos um povo com uma grande ingestão calórica por dia)

    O que significa que numa primeira fase, a pessoa, não vai reduzir a quantidade de arroz, cebola ou carne.

    Vai é reduzir na qualidade da carne, mas continua a comprar 1 Kg. Em vez de ser carne picada com 5% de gordura, vai comprar pedaços menos nobres com 30% de gordura.
  11.  # 232

    Colocado por: NostradamusVai é reduzir na qualidade da carne, mas continua a comprar 1 Kg. Em vez de ser carne picada com 5% de gordura, vai comprar pedaços menos nobres com 30% de gordura.
    Concordo. Era a questão da ingestão calórica que falava ontem com o buraburamono. Vai haver ingestão calórica de pior qualidade.

    isto a longo prazo é mau até para o próprio SNS.
    Concordam com este comentário: Nostradamus
    • Ruipsm
    • 23 março 2023 editado

     # 233

    Colocado por: spvale

    Eu não vivi o 25 de Abril mas por experiência familiar posso dizer que a década de 80/90 só não ganhava dinheiro quem não queria, já o meu sogro ganhava 200 contos nessa altura e a creche da minha mulher eram só 5 contos.
    Fora que carros terrenos e casas era tudo muito mais barato.
    Se fosse iniciar agora o seu percurso laboral acredite que ia ter mais dificuldades.
    O pessoal licenciado que vejo a ter mais sucesso é mesmo o do marketing e tecnológica s...
    Concordam com este comentário:Ruipsm



    De facto nos agora (como sociedade) deveríamos ser um exemplo de estudo. Tanto meus pais, como meus a sogros e familiares que conheço, ganhavam bem nos anos 90, 180, 200 contos , outros até num pouco mais e não tinham as despesas com "merd@s" como agora nos temos, como a TV Cabo, internet, smartphones, carros, almoços fora, férias. Contudo nós com menos conseguimos viver e ter despesas com "merd@@s" como referi atrás
  12.  # 234

    Colocado por: HAL_9000Aparentemente já começaram a fazer isso. Mas pelos vistos só será significativo quando fizerem o refogado só com água, sem azeite nem sal.

    Foi assim que inventaram a sopa da pedra...
    Mas também não consigo perceber porque é que o pessoal continua a preferir comprar nos supermercados quando nas mercearias, mercados, feiras, etc é tudo muito mais barato pois não há os malditos capitalistas, especuladores, ucranianos, etc
  13.  # 235

    Colocado por: Carvainão consigo perceber porque é que o pessoal continua a preferir comprar nos supermercados quando nas mercearias, mercados, feiras, etc é tudo muito mais barato pois não há os malditos capitalistas, especuladores,
    Como muito bem sabe, empresas com a quota de mercado que têm as grandes distribuidoras, têm o poder de balizar preços. Depois claro, mesmo os produtores que vendem diretamente guia-se por esses preços e não tanto pelo que custa a produzir x. Mas este mes ainda irei ao mercado/feira comprar fruta e legumes para poder comparar preços. Desde logo devia ser 6 ou 23% mais barato, uma vez que nunca me passaram uma factura na feira.

    Se o IVA vier a reduzir, tenho interesse em saber se o desconto chega ao cliente, ou se fica ali meio meio.
    • RCF
    • 23 março 2023

     # 236

    Colocado por: HAL_9000No geral sim. Num supermercado, não estou a ver um operador de caixa ou armazém na França ser mais produtivo que um em Portugal.

    Não tenho certeza disso... Mesmo numa caixa de supermercado, há trabalhadores mais produtivos que outros. E não é necessário ir a França ou Alemanha para ver isso. Nos nossos supermercados veem-se uns mais produtivos que outros...
    Mas, para avaliar a produtividade, talvez também se deva atender a outras questões como a assiduidade e o absentismo.
    Depois, ainda, as políticas seguidas em Portugal, de manutenção de postos de trabalho e que dificultam o despedimento e a alteração das condições laborais por parte do empregador, por mais vantagens que possam ter para os trabalhadores, não promovem o pagamento de bons salários.
  14.  # 237

    Colocado por: HAL_9000No geral sim. Num supermercado, não estou a ver um operador de caixa ou armazém na França ser mais produtivo que um em Portugal.

    Mesmo assim está mais que estudado que os salários não têm acompanhado a produtividade, pelo que os aumentos de produtividade têm em grande parte sido trasnferidos para o capital, e não para os salários.


    A produtividade não se mede em quantidade de trabalho mas sim em valor (euros) gerado.

    Além disso os salarios tendem a acompanhar a economia local.

    Uma economia mais produtiva vai ter salarios mais elevados, mesmo para profissões que não são necessariamente mais produtivas nessa economia.
    Concordam com este comentário: Ruipsm, palmstroke
    • RCF
    • 23 março 2023

     # 238

    Colocado por: HAL_9000Se o IVA vier a reduzir, tenho interesse em saber se o desconto chega ao cliente, ou se fica ali meio meio.

    Se ficasse meio meio, já não seria mau para o consumidor. Mas, a experiência mostra-nos que nem isso. Se baixarem o IVA, a mais valia fica para o vendedor.
    Aconteceu assim com a redução do IVA na restauração, há uns tempos atrás. E está a acontecer assim com a redução (ou isenção) do IVA nos produtos essenciais em Espanha.
  15.  # 239

    Colocado por: ferreiraj125

    A produtividade não se mede em quantidade de trabalho mas sim em valor (euros) gerado.

    Além disso os salarios tendem a acompanhar a economia local.

    Uma economia mais produtiva vai ter salarios mais elevados, mesmo para profissões que não são necessariamente mais produtivas nessa economia.


    Pode-se dizer então que boa parte de funcionários públicos, têm produtividade zero, o que "produzem" nem sequer chega para pagar o salário.
  16.  # 240

    Colocado por: ferreiraj125A produtividade não se mede em quantidade de trabalho mas sim em valor (euros) gerado.
    Foi exatamente isso que eu disse. Se os produtos vendidos têm o mesmo valor, os trabalhadores, geram o mesmo valor.

    Não me referia de serem mais rápidos ou mais lentos, porque calões e trabalhadores fora e série haverá lá e cá.
 
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