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  1.  # 321

    Boa Tarde, amigos


    O leão montou uma pequena oficina onde trabalhava ele e a Leoa (sua esposa).
    Como tinham muito trabalho decidiram contratar a Formiga como assalariada.
    O trabalho aumentou e contrataram mais 3 Formigas.
    A Leoa deixou de trabalhar e dedicou-se às filhas; ia levá-las e buscá-las à escola, ia às compras e passava horas nos cafés conversando com as amigas.
    O Leão continuou na empresa mas fazia pouco… tratava dos orçamentos, das compras e das vendas, ia aos bancos.

    As formigas trabalhavam, trabalhavam e eram remuneradas razoavelmente. Obtinham da venda da sua força de trabalho o seu sustento e da sua família.
    Em três horas produziam o suficiente para que o Leão lhes pagasse os salários e todos os encargos; seguros, segurança social e demais impostos.
    As restantes seis horas eram lucro absoluto para o Leão.

    As encomendas cresciam e o Leão contratou mais 6 Formigas. Procurando tirar dividendos das novas contratações, estabeleceu um salário mais baixo do que as que lá trabalhavam há mais tempo.
    O Leão contratou a aranha para empregada de escritório; tratava dos papeis, ia aos bancos, fazia recebimentos e pagamentos e controlava o tempo das Formigas.

    O Leão deixou de trabalhar. Passava pelo escritório por volta das 10 horas, fazia a ronda pela empresa e saía para almoçar regressando pelas 5 horas da tarde.
    Comprou um Mercedes para ele e outro para a Leoa. Comprou também 1 jipe para cada uma das filhas que, entretanto tinham ingressado na Universidade.

    As Formigas continuavam a trabalhar e a produzir a bom ritmo.
    Se produziam tanto sem supervisão, melhor produziriam se fossem supervisionadas – pensou o Leão.
    Então contratou a Barata que tinha muita experiência nesta área e fazia belíssimos relatórios.
    A primeira preocupação da Barata foi estabelecer um horário rígido de entrada e saída das Formigas.
    Tinham de estar no local de trabalho 5 minutos antes das 8 horas e a que se atrasasse era-lhe descontada 1 hora.
    A saída ficou estabelecida para as 18 horas desde que não fosse necessário fazer horas extras , que eram pagas como normais.

    A Barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma mosca que, além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.

    O Leão ficou encantado com os relatórios da Barata e pediu gráficos e índices de produção, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
    O Leão só aparecia na empresa para assistir às reuniões e nem sempre ficava até ao fim.

    As Formigas, exaustas de tanto trabalho, ainda tinham que preencher a papelada pedida pela Barata. Começaram a protestar e o Leão concluiu que era altura de criar a função de gestor da fabricação. O cargo foi dado a uma Cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
    A nova gestora, a Cigarra, precisou ainda de um computador novo , uma impressora e de uma assistente(que trouxe do seu anterior emprego) para ajudar na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho das Formigas e no controlo do orçamento para a área da produção.

    Perante os relatórios, orçamentos e contabilidades, o Leão deu-se conta que tinha despesas a mais e que as Formigas já não rendiam como antes.
    Contratou a Coruja, uma prestigiada consultora, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse as soluções.
    A Coruja permaneceu 3 meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes, que concluíram: “ há muita gente nesta empresa”.

    Então o Leão começou por despedir as 4 formigas mais antigas e mais experientes e também as que ganhavam mais.
    As 4 juntaram-se e foram ao centro de emprego reclamar os respectivos subsídios. Verificaram que não tinham direito a qualquer apoio porque o Leão nunca as tinha posto como efectivas na empresa. Apesar de lhes retirar ao salário a parte para os impostos, nunca tinha entregue esse dinheiro nos respectivos organismos.
    As formigas tiveram de tirar os filhos das creches e dos tempos livres porque não tinham como pagar as respectivas mensalidades.
    Partiram cada uma para seu lado à procura do seu sustento e das suas famílias.

    O Leão, a Leoa e as filhas foram de férias para o estrangeiro deixando a empresa entregue aos directores da sua confiança.
    Depois de um mês de ausência, o Leão veio com novas/velhas ideias: reuniu as restantes Formigas e deliberou que a partir daquele momento passavam a ter de trabalhar conforme a conveniência da empresa; Podiam começar às 7 horas da manhã, paravam às 13 e voltavam ao trabalho às 18 horas até fazerem as 9 horas diárias.
    Reuniu também com os “gestores” e deu ordens para contratarem outras Formigas a empresas de trabalho temporário.

    As filhas do Leão acabaram a Universidade, casaram e o Leão deu a cada um dos genros um lugar de gestão na empresa.
    Comprou a cada uma um apartamento na praia como prenda de casamento.

    Neste momento o Leão faz contactos para deslocar a empresa para um país de mão-de-obra mais barata e ficar apenas com um departamento, gerido pelos genros e pelos “gestores da sua confiança, para comercialização dos produtos confeccionados lá fora.
    As restantes formigas foram despedidas sem qualquer indemnização.

    Como qualquer fábula, a semelhança com a realidade é pura coincidência.

    Abracinhos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: maria carolina
  2.  # 322

    Ha...para que não haja melindrados...este texto circula na Net e desconheço o seu autor

    Hugs
  3.  # 323

    Todos os dias uma formiga chegava cedinho ao escritório,e pegava duro no trabalho,a formiga era produtiva e feliz.O gerente besouro estranhou a formiga tarbalhar sem supervisão,se ela era produtiva sem supervisão,seria mais ainda se fosse supervisionada...e colocou uma barata que preparava belíssimos relactórios e tinha muita experiência como supervisora.A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e de saída da formiga,logo a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relactórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefónicas.O besouro ficou encantado com os relactórios da Barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões...a Barata contratou então uma Mosca e comprou um computador com impressão colorida.Logo a Formiga produtiva e feliz começou a lamentar-se de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!O Besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a Formiga produtiva e feliz trabalhava.O cargo foi dado a uma Cigarra que mandou colocar uma carpete no escritório e uma cadeira especial,a nova gestora Cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente...uma Pulga(sua assistente na empresa anterior)para ajudá-la num plano estratégico de melhorias e um control de orçamento para a área onde trabalhava a Formiga que já não cantarolava mais,e cada dia se tornava mais chateada.A Cigarra então convenceu o gerente Maribondo que era preciso fazer um estudo de clima,mas o Besouro ao rever as cifras se deu conta que a unidade da qual a formiga trabalhava já não rendia...como antes contratou a Coruja,uma prestigiada consultora muito famosa para que fizesse um diagnóstico da situação.A Coruja permaneceu 3 meses nos escritórios e emitiu um volumoso relactório,com vários volumes que dizia...Há muita gente nesta empresa!E adivinhem quem o Besouro mandou demitir?A Formiga claro porque ela andava muito desmotivada e aborrecida...Já viram este filme antes?
    Bom trabalho a todas as formigas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: lobito
  4.  # 324

    Colocado por: Luis K. W.
    Colocado por: LuB... fazendo horas extraordinárias não pagas.
    Resultado: O grupo ficou aborrecido, podiam-lhes exigir o mesmo no futuro, não era conveniente alargar o leque de funções atribuídas.
    Fiquei persona non grata ...

    Trabalhar de borla é mau princípio, Lu.

    Mas o caso dos professores é diferente. Muitos deles estão nas instalações da escola sem ter nada que fazer, e recusam(/recusavam) dar aulas «extras» (não percebo como é que chamam de «horas extraordinárias» a trabalho realizado dentro do horário normal de trabalho...), como se fosse normal passar horas a fio no local de trabalho sem ter nada que fazer...

    Na minha empresa, o único que está autorizado a fazê-lo sou eu.
    Recuso - sempre recusei - que os meus empregados trabalhem um minuto a mais do que o horário sem pagar as respectivas horas extraordinárias.
    Em contrapartida, exijo que estejam prontos/equipados para começar o trabalho á hora prevista, que parem 15minutos a meio da manhã para comer uma bucha, e que tenham rigorosamente 1 hora para almoço.


    Atão e a merenda? (Os meus colegas estrangeiros, que param também à tarde para mais um café ou um chá, acham muita graça a ver os portugueses a lanchar a sério como as crianças...)
  5.  # 325

    Ah! Acho uma grande piada fazer referência (a quem inventou) esta fábula. Verdadeiramente a mensagem traz na sua essência uma ajuda de peso a toda classe trabalhadora. Realmente afirmar que patrões não passam de meros agentes gananciosos, materialistas e tolos, ajuda de forma extremamente visionária a causa.
    Provavelmente quem criou a fabula, não passa de um demagogo. Acredito sinceramente não tratar-se de um patrão quem faz a citação. Principalmente pelo facto de juntar a discussão uma fabula, ao invés de pronunciar uma opinião com incremento valorativo sobre o assunto em causa.
    Existe erros gravíssimos na gestão privada? Evidentemente que sim!
    Existem erros na gestão pública? Anarquicamente maiores e em todos sectores.
    É possível alterarmos a situação? Evidentemente!
    De que formar? O exemplo deve partir do cume. O sector privado não passa de um espelho do sistema implantado.
    Esta implantado em nosso sistema mordomias a mais para uma certa classe, ao passo que as tais “formigas” são exploradas por todos.
    Giba.
  6.  # 326

    Colocado por: Gibaafirmar que patrões não passam de meros agentes gananciosos


    Nem mais
  7.  # 327

    Colocado por: GibaAh! Acho uma grande piada fazer referência (a quem inventou) esta fábula. Verdadeiramente a mensagem traz na sua essência uma ajuda de peso a toda classe trabalhadora. Realmente afirmar que patrões não passam de meros agentes gananciosos, materialistas e tolos, ajuda de forma extremamente visionária a causa.
    Provavelmente quem criou a fabula, não passa de um demagogo. Acredito sinceramente não tratar-se de um patrão quem faz a citação. Principalmente pelo facto de juntar a discussão uma fabula, ao invés de pronunciar uma opinião com incremento valorativo sobre o assunto em causa.
    Existe erros gravíssimos na gestão privada? Evidentemente que sim!
    Existem erros na gestão pública? Anarquicamente maiores e em todos sectores.
    É possível alterarmos a situação? Evidentemente!
    De que formar? O exemplo deve partir do cume. O sector privado não passa de um espelho do sistema implantado.
    Esta implantado em nosso sistema mordomias a mais para uma certa classe, ao passo que as tais “formigas” são exploradas por todos.
    Giba.


    Giga...

    Não consigo ver a fábula no seu prisma...
    Eu sou patrão...e conforme encaro a fábula,dá-me a entender a quantidade de questões borucráticas que o estado nos faz fazer internamente,tais como no meu caso a quantidade de leis em cima de leis que em nada abonam sequer os meus clientes,dá o resultado de muito desemprego,para não falar em insegurança no futuro.daria muito pano para mangas estar aqui a explicar-lhe tudo sobre as papeladas em cima de papeladas que se é obrigado fazer,andando ao contrário de um país que se pretende moderno(estes energúmenos impôem as mesmas leis e obrigações em pequenas empresas de igual forma para grandes empresas)sem os mesmos estatutos e sem a mesma quantidade de empregados...esta é que é a realidade,é a grande obreira da destruição de micro empresas que são fundamentalíssimas para a nossa economia.Estes tipos que governam não querem entender que são precisamente estas empresas que refiro todas juntas são a maior parte de receitas do estado digo em lucro.Pode crer que estas empresas que refiro,não funcionam à base de ajudas estatais ou bancárias,e são as mais sacrificadas com a corrupção borucrática imposta pela estupidez vinda da direcção da Europa.
  8.  # 328

    Colocado por: Luis K. W.
    Colocado por: LuisFigueiredoGostava de ser professor com o ordenado que têm?
    Eu gostava... :-)
    Os professores de Liceu, com a minha idade e os meus anos de «carreira», e com as minhas habilitações ganham cerca de 3.000euros/mês.
    Ganharão MAIS se tiverem outras funções (director de turma, presidente do conselho directivo, etc.).
    Dão DOZE HORAS de aula por semana (as quais nem têm de "preparar", porque há mais de 25 anos que dão A MESMA disciplina) e, como são mais velhos na casa, escolhem os melhores horários!


    Oh..LuísK.W. mas aonde é que um professor ganha 3.000 euros??Olha a minha mãe está no último escalão e não ganha isso.Doze horas de aulas?? não têm de preparar?? Oh Luís sinceramente nem parece seu..
    Veja lá o coelho que lhe saiu da cartola
  9.  # 329

    , como se fosse normal passar horas a fio no local de trabalho sem ter nada que fazer...


    ????????
    • LuB
    • 9 maio 2010 editado

     # 330

    Luis K. W.
    Os professores de Liceu, com a minha idade e os meus anos de «carreira», e com as minhas habilitações ganham cerca de 3.000euros/mês.

    Pois é mas desses 3.000 E o estado fica com cerca de 1.000 E de descontos (IRS, CGA e S. social). Logo o prof no topo da carreira recebe 2.000 E aprox. Um médico, no estado, leva o dobro se estiver no topo da carreira. Um juíz idem...
    No início da carreira, um prof tem de correr o país todo, qual cigano de casa às costas e, leva para aí uns míseros 800 euros.
    Já agora tb não me consta que os engenheiros trabalhem de borla para o estado. Se estiverem num poleiro qq então nem me diga... terão tudo e ainda uma secretária :))))

    Ganharão MAIS se tiverem outras funções (director de turma, presidente do conselho directivo, etc.).


    Não é verdade que o DT ganhe mais... A direccão de turma faz parte do actual horário de 25 horas semanais que todos os professores terão de fazer na escola, porque o restante, como preparação de lições ou correcção de trabalhos, poderão fazê-lo em casa. Quanto ao Conselho executivo o presidente ganha cerca de 400 euros a mais por mês. Realmente, para quem gere um estabelecimento de ensino é um "Balurdio". Os engenheiros que gerem empresas do estado ganham muiiito menos ;))))

    Dão DOZE HORAS de aula por semana (as quais nem têm de "preparar", porque há mais de 25 anos que dão A MESMA disciplina) e, como são mais velhos na casa, escolhem os melhores horários!


    Os professores mais velhos, tinham, no passado alguma redução de horário, no ensino secundário, mas essas regalias já eram: agora terão de desempenhar cargos de avaliação, aulas de substituição, apoio pedagógico a alunos carenciados, atendimento de pais etc, (que numa escola nunca falta trabalho) de forma que acabam todos por ter as mesmas 25 horas semanais.

    No ensino superior creio que os horários serão as tais 12 horas, mas aí a guerra é outra, porque nesse nível de ensino eles têm de estar muito bem actualizados e, de apresentar trabalhos científicos na sua área, etc...
    ________________

    E, já agora, porque é que o Luís não optou pela promissora carreira de professor? Podia tê-lo feito. Estão lá alguns de especialidades como eng. química que não arranjaram trabalho cá fora, sabia?
    E curiosamente os que conheço dizem que "não era isto que eu queria fazer na vida, mas..."

    Cumprimentos
    L. B.
  10.  # 331

    Cara Lub isso ganha um médico em INICIO de carreira, no final de carreira assim como um juiz não ganham só isso:)
    • LuB
    • 9 maio 2010 editado

     # 332

    Para perceberem porque é que acabo de pedir a minha aposentação como professora, deixo-vos uma pequena anedota (antes o fosse...)
    É que acabo precisamente de abandonar a tão promissora carreira de professor, de que o Luís fala, antes de tempo. Sujeitei-me a uma redução da pensão de 4,5 %, por cada ano de antecipação da mesma. Irei certamente fazer outras coisas, mas de escola já chega!

    Porquê? Porque aquilo é demasiado bom, claro!

    Aliás, se não fosse isso não poderia estar, agora, aqui.
    (na boa vida, como alguns estariam já pensar...) LOLOLOLOLO

    Aqui vai...
    Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os, dizendo:

    Em verdade vos digo,
    -Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
    -Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
    -Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...

    Pedro interrompeu:
    - Temos que aprender isso de cor?

    André disse:
    - Temos que copiá-lo para o papiro?

    Simão perguntou:
    - Vamos ter teste sobre isso?

    Tiago, o Menor queixou-se:
    - O Tiago, o Maior está sentado à minha frente, não vejo nada!

    Tiago, o Maior gritou:
    - Cala-te queixinhas!

    Filipe lamentou-se:
    - Esqueci-me do papiro-diário.

    Bartolomeu quis saber:
    - Temos de tirar apontamentos?

    João levantou a mão:
    - Posso ir à casa de banho?

    Judas Iscariotes exclamou:
    (Judas Iscariotes era mesmo malvado, com retenção repetida e vindo de outro Mestre)
    - Para que é que serve isto tudo?

    Tomé inquietou-se:
    - Há fórmulas? Vamos resolver problemas?

    Judas Tadeu reclamou:
    - Podemos ao menos usar o ábaco ?

    Mateus queixou-se:
    - Eu não entendi nada... ninguém entendeu nada!

    Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:

    -Onde está a tua planificação?

    -Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada?

    - E a avaliação diagnóstica?

    -E a avaliação institucional?

    -Quais são as tuas expectativas de sucesso?

    -Tens a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?

    -Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?

    -Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?

    -Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo?

    -E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?

    - Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes?

    - Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?

    Caifás, o pior de todos os fariseus, disse a Jesus:

    - Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva!



    ... E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuisFigueiredo
    • LuB
    • 9 maio 2010 editado

     # 333

    Luis K. W.
    Recuso - sempre recusei - que os meus empregados trabalhem um minuto a mais do que o horário sem pagar as respectivas horas extraordinárias.
    Em contrapartida, exijo que estejam prontos/equipados para começar o trabalho á hora prevista, que parem 15minutos a meio da manhã para comer uma bucha, e que tenham rigorosamente 1 hora para almoço.

    As escolas não são empresas "normais" e o Luís comprenderá isso certamente!
    Como eu gostaria de o ver lá a aplicar esse tipo de regras. Pessoalmente teria tido uma vida muito melhor; Largar à hora prevista no meu horário... Que luxo asiático!!! (As crianças é que já não estariam cá...)
    O professor fica o tempo que é preciso e, não pode sair quando quer, aquilo nunca poderá ser controlado dessa forma. Há bons e maus professsores como poderá haver bons e maus engenheiros: Agora deixe que lhe diga:
    O Luís, será um bom gestor da sua empresa mas não percebe nada do que se passa numa escola e, por isso, o melhor é informar-se antes de falar. Ou tornar-se professor. Depois, sim, é debitar e entrar em força ne discussão!


    como se fosse normal passar horas a fio no local de trabalho sem ter nada que fazer...

    Claro que, nem é normal, nem acontece!
    Quem assim fala, só o faz porque nunca pôs os pés numa escola.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LuisFigueiredo
  11.  # 334

    como se fosse normal passar horas a fio no local de trabalho sem ter nada que fazer...

    se isso acontece e pq dá aulas, por exemplo das 8.30 ao meio dia e depois volta a da aulas à noite ou ao fim da tarde.
  12.  # 335

    Eu só não percebi, na história do Leão, porque é que a formiguinha não o mandou às malvas, abriu uma oficina por conta própria e ficou com o lucro todo só para ela.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv
  13.  # 336

    Colocado por: LuisFigueiredo Oh..LuísK.W. mas aonde é que um professor ganha 3.000 euros??Olha a minha mãe está no último escalão e não ganha isso.Doze horas de aulas?? não têm de preparar?? Oh Luís sinceramente nem parece seu..
    Veja lá o coelho que lhe saiu da cartola

    Então conte-nos lá qual o ordenado ILÍQUIDO da sua mãe... ;-)
  14.  # 337

    Agora já está a falar de ilíquido...???:D
    VocÊ vive com o ilíquido?Eu não...mas gostava.
  15.  # 338

    Caros participantes.
    Antes que me trucidem convem esclarecer que eu dei aulas. Felizmente foi "só" na universidade (e numa das mais antigas da Europa). :-))

    A maioria dos comentários que fiz tem por fonte muitos dos meus amigos que SÃO PROFESSORES e que são os mais abalizados críticos dos colegas que conheço. São licenciados, na casa dos 50, alguns até são (ou foram) presidentes de conselhos executivos, etc.

    Uma delas disse-me um dia (há uns 3 ou 4 anos): "eu até tenho vergonha de vos dizer quanto é que vocês me pagam de ordenado!". Ela gabava-se, ironicamente com alguma tristeza, que o horário dela lhe permitia ir sempre almoçar a casa, e que há alguns anos que não dava aulas nem às 2ª nem às 6ª feira.

    Outro criticava os colegas medíocres que deviam era ser corridos do ensino e que, por isso, estavam legitimamente aflitos com as avaliações.

    Um formador queixava-se de os professores serem a classe que menos motivação mostrava nos cursos de formação. Aliás, eles até escreviam que só iam aos cursos de formação para se verem livres dos miúdos e tomarem uns cafés com os colegas(!)...

    Quanto à comparação com os «engenheiros» da função pública, não se pode comparar o que as centenas de milhar de professores conseguiam e pretendem continuar a conseguir (chegarem TODOS ao último escalão!) com o que sucede com todos os outros licenciados da função pública.
    Se assim fosse chegariam todos a Director-Geral, a General, etc.!

    Acho um piadão os professores queixarem-se da vida pela qual optaram e dizerem coisas do tipo "vocês não fazem ideia o que é aturar miúdos", etc. :-)
    Eu arrisco-me a propor uma troca.
    Gostava de ver um professor liceal a mandar em operários de construção civil, e a gerir conflitos com eles!
    Suponho que com a experiência que têm com miúdos, de certeza que se iam dar bem...
    Mas atenção... Já repararam que a malta das obras anda toda ARMADA até aos dentes? Já olharam bem para uma colher de pedreiro? Aquilo é uma verdadeira adaga de lãmina afiadíssima! E betumadeiras, raspadores, chaves de fendas, marretas, etc.? LOL

    Estávamos a falar em Greve.
    Quantas greves houve no sector da construção civil, e quantas houve dos professores nos últimos 20 anos? E quem acham que tem mais razões para fazer greve?
    Não restam dúvidas que a greve é mesmo um luxo ao alcance de alguns...
  16.  # 339

    Colocado por: LuisFigueiredoAgora já está a falar de ilíquido...???:D.
    Quando você declara rendimentos ao IRS o que é que lá mete?
    O Líquido ou o Ilíquido?
    É CLARO QUE SE FALA SEMPRE de ordenados ilíquidos! Até porque para o mesmo rendimento, cada pessoa paga um IRS diferente!!!

    E já reparou que quanto mais descontos para a Segurança Social faz, mais o Estado (todos nós) vai ter de lhe pagar de pensão de reforma?

    Está portanto a confirmar que o que eu escrevi estava correcto, não é? :-)
    Conhece muitas carreiras na função publica (ou outra) que possa ambicionar chegar inexoravelmente ao topo aos 50 anos?
    • LuB
    • 10 maio 2010 editado

     # 340

    Mas o caso dos professores é diferente. Muitos deles estão nas instalações da escola sem ter nada que fazer, e recusam(/recusavam) dar aulas «extras» (não percebo como é que chamam de «horas extraordinárias» a trabalho realizado dentro do horário normal de trabalho...), como se fosse normal passar horas a fio no local de trabalho sem ter nada que fazer...


    Eu tb posso dizer que os empreiteiros em geral são uns incompetentes, não põem ferro suficiente nos prédios, roubam no betão, que os prédios estão a ser mal feitos e que qq dia vem um terramoto e caem, porque tenho uns amigos empreiteiros que se gabam de o fazer!
    Mas não o digo, porque acho que não é caso para generalizar os maus comportamentos de alguns. E tb porque não vou às obras, nem percebo nada de engenharia. E não o digo, porque sei que corro o risco de estar a ser injusta e a cometer um erro!

    Penso que quem não vai às escolas e, não sabe nada do que lá se passa, nem conhece as reais dificuldades que os professores enfrentam, deveria ter muito mais cuidado com o que afirma, só porque o ouviu dizer algures...

    O assunto das "aulas de substituição", que deu em tempos muita polémica, mas que se encontra solucionado, é um assunto que ilustra bem o que pode acontecer quando se tenta introduzir no terreno normas, de forma prepotente e apressada, sem saber nada como é que aquilo funciona.
    O problema não era o das aulas em si, que até eram uma boa ideia.
    O problema foi a forma como a coisa foi implementada atabalhoadamente, numa fase inicial em que valia tudo só para economizar.

    Recordo-me de estar a falar, nessa altura, com a minha irmã, prof de Físico-Química e, de nos estarmos a lamentar por causa do trabalho da escola, que nos deixavam extenuadas ao fim do dia.

    Ela contava e, no meio da nossa infelicidade com o que estava a acontecer, acabávamos por rir ás gargalhadas com a descrição do patético das situaçõesr:

    Era assim:

    Olha, hoje dei de manhã três aulas a turmas dos CEF (uns alunos que dão muito trabalho porque são normalmente repetentes...). Depois tinha três horas livres, no horário e depois mais duas turmas do 8.º ano de tarde que tinham aulas práticas.

    As três horas livres que tinha entre a manhã e a tarde, esperava utiliza-las para preparar os materiais e as aulas da tarde e é claro, comer qq coisa.
    Mas pelas novas imposições, faltou a professora de Educação Física e fui chamada para a substituir.
    (Ora ela raramente era chamada para dar substituições F. Química. Se estava na escola, era chamada para substituir professores de qq coisa que aparecesse: Francês/ Educação Fisica/T Manuais/História/Inglês... Valia tudo!!!)
    Estava um dia de sol, tinham-na posto a substituir a professora de Educação física, o ginásio estava ocupado e ela andou duas horas a correr atrás de uns miúdos, endiabrados que nem sequer conhecia porque não eram turma dela... No fim tinha apanhado sol na cabeça, que lhe doía, como o caraças! Colocou o livro de ponto sobre a cabeça mas não adiantava. Foi tomar uma aspirina e pensou consigo:
    Raios os parta... Hoje já não aguento dar as aulas da tarde. Estou de rastos.
    Que venha outro professor seja lá do que for, dar as minhas horas da tarde, porque eu vou meter um "artigo quarto" e que se lixe isto tudo...

    Era assim, até que um dia as coisas foram corrigidas porque as pessoas que "fazem as normas para as escolas" e dão ordens sem perceberem nada do que lá se passa, acabaram finalmente por concluir que substituições sim, mas com regras!!!

    Com a avaliação dos professores o problema foi semelhante. Avaliar, sim, porque é uma mais valia para todos. Mas a forma como a queriam fazer era uma verdadeira aberração, de quem não percebia nada daquilo. Agora ao que parece, depois de porem tudo em pé de guerra, e com dois ou três anos de atrazo, vão corrigir os disparates.
    Cump.
    L. B.
 
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