Iniciar sessão ou registar-se
  1. Colocado por: NTORIONCom a questão da pandemia, a implementação do teletrabalho, tenho muitas dúvidas que este seja um mercado que continue a valorizar.

    Também estou muito curioso sobre este aspecto.
    Em algumas cidades no estrangeiro este fenómeno já é significativo.

    Por cá, acredito que o modelo de teletrabalho ainda esteja um pouco em conflito com a norma de gestão de "controlar" o trabalhador pela sua presença.

    Também poderá haver uma esforço concertado de regresso ao escritório por parte das empresas, justamente para mitigar essa desvalorização dos grandes imóveis no centro das cidades.

    No mínimo, deverão haver mudanças quanto aos layouts de escritório, áreas e tipos de utilização.
    Havendo teletrabalho em regime parcial, talvez seja o suficiente para atenuar estas quebras.
    Eventualmente, mesmo só estas alterações já poderão ter alguma consequência no mercado residencial nos centros.


    Colocado por: NTORIONNo longo prazo, sobe sempre. Mas o mundo hj em dia roda muito depressa, e o longo prazo (10 anos?) está muito longe. E só pode esperar por ele quem não deve capital, ou não tem de apresentar resultados ou não faz contas ao custo do dinheiro.

    No caso do imobiliário, não havendo dívida, é relativamente seguro aguentar o barco com menos rendimentos (nos casos de aluguer, etc) e esperar por uma futura melhor de conjuntura.

    Vender em pré-crise e investir num outro ramo entretanto será, muito provavelmente, mais arriscado.

    Havendo dívida, sobretudo nos casos onde a compra já foi em alta, a coisa muda de figura.
    Ou, mesmo sem dívida, nos casos de flip (comprar, remodelar e vender) pode perder-se muita liquidez.
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020, NTORION
  2. Colocado por: pguilhermePor cá, acredito que o modelo de teletrabalho ainda esteja um pouco em conflito com a norma de gestão de "controlar" o trabalhador pela sua presença.


    É provável que sim, contudo se a produtividade demonstrar o inverso? Sendo que não ter (tantos) trabalhadores no escritório pode trazer uma redução de custos considerável para além do aluguer do espaço, segurança, limpeza, consumíveis....

    No entanto, era interessante saber (provavelmente até existem estudos), qual o impacto de uma percentagem (10%, 20%) dos trabalhadores passarem a trabalhar em casa, qual o impacto na procura de escritórios e nos valores da renda.
    • FFAD
    • 25 novembro 2020
    Colocado por: NTORION

    É provável que sim, contudo se a produtividade demonstrar o inverso? Sendo que não ter (tantos) trabalhadores no escritório pode trazer uma redução de custos considerável para além do aluguer do espaço, segurança, limpeza, consumíveis....

    No entanto, era interessante saber (provavelmente até existem estudos), qual o impacto de uma percentagem (10%, 20%) dos trabalhadores passarem a trabalhar em casa, qual o impacto na procura de escritórios e nos valores da renda.


    Posso dizer que a sede da minha empresa em Londres, apenas tem lugar para 80% dos colaboradores. Não há lugares fixos nem gabinetes, nem o CEO. Os 80% de lugares mostram-se suficientes, pois há sempre alguém de férias, em viagem, doente, etc.

    No futuro, a percentagem deve reduzir substancialmente.

    Este ano devemos ter poupado milhões em aquecimento, luz, consumiveis, para não falar de viagens e refeições com clientes...
    Concordam com este comentário: NTORION
    • J D
    • 25 novembro 2020
    Colocado por: FFAD

    Posso dizer que a sede da minha empresa em Londres, apenas tem lugar para 80% dos colaboradores. Não há lugares fixos nem gabinetes, nem o CEO. Os 80% de lugares mostram-se suficientes, pois há sempre alguém de férias, em viagem, doente, etc.

    No futuro, a percentagem deve reduzir substancialmente.

    Este ano devemos ter poupado milhões em aquecimento, luz, consumiveis, para não falar de viagens e refeições com clientes...


    Os operadores telco com quem trabalhei em UK, o ano passado já se encontravam a fechar leases que tinham em parques industriais e a mover alguns escritorio satélite para zonas servidas por comboio. Todos esses sites não tinham espaço para mais do que 50% 60% dos colaboradores, sendo que as posições fixas só mesmo as alocadas a algum projecto, tudo o resto hot desks. Era prática normal remote work e viagens ocasionais entre sites para reuniões etc.
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020, hangas
  3. Colocado por: FFADPosso dizer que a sede da minha empresa em Londres, apenas tem lugar para 80% dos colaboradores. Não há lugares fixos nem gabinetes, nem o CEO. Os 80% de lugares mostram-se suficientes, pois há sempre alguém de férias, em viagem, doente, etc.

    Não vá mais longe, no Parque das Nações foi adjudicada à San Jose, bem antes da pandemia, um edifício grande de escritórios para conciliação dos diversos escritórios na AML, e por design funciona exactamente da mesma forma: sem lugar para todos em simultâneo e sem lugares fixos, tanto em gabinetes/secretarias/zonas como na garagem. Há somente divisões por departamentos, claro. A conclusão seria para este ano, mas foi atrasada para o próximo.

    Colocado por: Anonimo06122020neste momento querem adquirir casa em Lisboa proxima de escolas, mantendo a actividade profissional em teletrabalho.

    A surtir efeito, acredito que possam ser casos pontuais e não de regra. O espaço disponível dentro da cidade é menor, muitas escolas não estão no centro, a actividade/azáfama pode diminuir e com isso a sensação de actividade urbana, etc.

    Colocado por: NTORIONÉ provável que sim, contudo se a produtividade demonstrar o inverso? Sendo que não ter (tantos) trabalhadores no escritório pode trazer uma redução de custos considerável para além do aluguer do espaço, segurança, limpeza, consumíveis....

    No entanto, era interessante saber (provavelmente até existem estudos), qual o impacto de uma percentagem (10%, 20%) dos trabalhadores passarem a trabalhar em casa, qual o impacto na procura de escritórios e nos valores da renda.

    Antecipo duas dificuldades:
    - A produtividade não é fixa. Ao início tem-se verificado até um bom aumento de produtividade. Depois, à medida que se tem assimilado o paradigma, a produtividade tem diminuído em vários sectores.
    - A tacanhez de muita middle management poderá ser um obstáculo forte, mesmo face métricas favoráveis.

    Mas quando este regime é possível, as vantagens são inegáveis e substanciais.

    Um estudo desse género seria extremamente interessante. Talvez até já hajam mais empresas a explorar este tipo de possibilidades, pelo que acredito que possam surgir brevemente algumas decisões neste sentido com algum impacto na procura de edifícios comerciais e quiçá de residenciais.
    Concordam com este comentário: Anonimo06122020
    • J D
    • 25 novembro 2020
    Colocado por: pguilherme- A tacanhez de muita middle management poderá ser um obstáculo forte, mesmo face métricas favoráveis.


    Isto, uma maravilha muito Lusitana. Até se trabalhar fora de Portugal não se consegue ter a noção da quantidade absurda de camadas de gestão em cima de camadas de gestão completamente inúteis de forma a justificar terem carro de empresa ou o pagamento de ajudas de custo / ordenado mais alto. Isto em UK / Alemanha / Holanda etc não existe, ou pelo menos não assim. Existem patamares com especialistas, senior, etc mas em momento algum estão contingentes de "terem uma equipa". O maior problema de Portugal são estas "chefias".
    Concordam com este comentário: pguilherme, NTORION, Anonimo06122020
  4. Infelizmente só posso concordar!
    Mais triste ainda é o facto de termos excelentes profissionais nas mais diversas áreas. Individualmente, de forma geral, somos mesmo muito bons... mas só rendemos/brilhamos lá fora. Ou cá, em empresas/grupos mais pequenos.
    • AMVP
    • 25 novembro 2020
    Colocado por: FFADPosso dizer que a sede da minha empresa em Londres, apenas tem lugar para 80% dos colaboradores. Não há lugares fixos nem gabinetes, nem o CEO. Os 80% de lugares mostram-se suficientes, pois há sempre alguém de férias, em viagem, doente, etc.


    Pois eu assim de repente vem-me há ideia uma consultora cuja percentagem ainda é menor, pois a maior parte dos consultores trabalham nos clientes. Há muitos consultores que apenas têm "uma caixa de correio" na sede da empresa. Isto tem anos.
  5. Colocado por: Anonimo06122020Em relação às suas crenças, respeito-as.
    As evidencias são o aumento do pedido de matricula no Colégio Alemão em Telheiras. E a venda recente de imóveis a estrageiros nesta zona.

    Embora não esteja a perceber bem a dinâmica que descreve (estrangeiros com aluguer e com filhos em escolas cá e que agora se lembraram de comprar, mesmo sem baixa de valores?) nem o volume efectivo de transacções, sim, o que descreve são casos pontuais.

    Conheço exemplos semelhantes mas no sentido oposto, num afastamento do centro urbano. Mas (pelo menos ainda) nenhum é significativo.
  6. Colocado por: AMVPPois eu assim de repente vem-me há ideia uma consultora cuja percentagem ainda é menor, pois a maior parte dos consultores trabalham nos clientes. Há muitos consultores que apenas têm "uma caixa de correio" na sede da empresa. Isto tem anos.

    Cá, a Accenture coloca imensa malta na CGD que, de forma geral, nem conhecem as instalações nem nas amoreiras nem em porto salvo
    • NLuz
    • 25 novembro 2020
    Vou dar uma achega em relação a escritórios....

    E é sobre um fundo imobiliário de escritórios.
    Esse fundo está a crescer e bem, porque tem em carteira muitos escritórios novos e outros em construção.
    Podem dizer-me, "Epa, Covid, etc, há tantos escritórios, bla,bla"
    Tudo certo, mas o que há são completamente ultrapassados em termos de instalações.
    Nao são eficientes em termos energeticos, ergonómicos, pouco "greens". Não respeitam o distanciamento entre colegas. N facilities que agora são prioridades.
    O paradigma dos escritórios mudou e muito e há falta de escritórios modernos, funcionais e de acordo com os novos tempos.

    Os que existem correm o risco de se tornarem monos.
  7. Colocado por: NLuzVou dar uma achega em relação a escritórios....

    E é sobre um fundo imobiliário de escritórios.
    Esse fundo está a crescer e bem, porque tem em carteira muitos escritórios novos e outros em construção.
    Podem dizer-me, "Epa, Covid, etc, há tantos escritórios, bla,bla"
    Tudo certo, mas o que há são completamente ultrapassados em termos de instalações.
    Nao são eficientes em termos energeticos, ergonómicos, pouco "greens". Não respeitam o distanciamento entre colegas. N facilities que agora são prioridades.
    O paradigma dos escritórios mudou e muito e há falta de escritórios modernos, funcionais e de acordo com os novos tempos.

    Os que existem correm o risco de se tornarem monos.

    O mesmo se passa com a habitação
  8. Colocado por: NLuzVou dar uma achega em relação a escritórios....

    O paradigma dos escritórios mudou e muito e há falta de escritórios modernos, funcionais e de acordo com os novos tempos.

    Os que existem correm o risco de se tornarem monos.


    Aquilo que me parece, e segundo opinião de pessoas com conhecimento no mercado, é que os edifícios de escritórios vão ser, a curto prazo, adaptados a edifícios residenciais.
    Vai existir um excesso de oferta de escritórios, que terão que se reinventar. Por outro lado, os grandes fundos, proprietários desses prédios/imóveis, irão convertê-los em residencial para arrendamento (tal como já acontece em grande parte dos países da europa do norte).
    Eles procuram, essencialmente, rentabilidade a médio / longo prazo e não têm interesse em ter demasiada liquidez nesta fase (com juros tão baixos).
    Acredito sinceramente num aumento e diversificação de oferta no mercado de arrendamento nos próximos anos.
  9. Colocado por: PajovazAquilo que me parece, e segundo opinião de pessoas com conhecimento no mercado, é que os edifícios de escritórios vão ser, a curto prazo, adaptados a edifícios residenciais.

    Esta requalificação, embora possível claro, não será trivial.

    Colocado por: Pajovaznesta fase (com juros tão baixos)

    Mas quererão liquidez no tempo das nossas vidas? :)
  10. Colocado por: pguilherme
    Esta requalificação, embora possível claro, não será trivial.


    Mas quererão liquidez no tempo das nossas vidas? :)


    Os fundos, ao contrário de nós, não projectam negócios no horizonte temporal de um vida activa:)
    Muitos deles têm décadas e a análise é maioritariamente a longo prazo.

    Quanto à requalificação, não me parece assim tão complicada.
    Sendo eles (fundos) de proprietários na integra do imóvel, em 2 anos conseguem fazer a mudança de uso e transformá-los em habitação.
    Entre isso e tê-los parados (não é fácil vender nem arrendar escritórios nesta fase), acredito sinceramente que será por aí o caminho.
  11. Colocado por: PajovazOs fundos, ao contrário de nós, não projectam negócios no horizonte temporal de um vida activa:)

    Acha mesmo?
  12. No seguimento de um tema atrás:

    Inquérito feito pelo Ministério do Trabalho mostra que dois terços das 10.300 empresas que responderam não recorrem ao teletrabalho. Nas empresas que aplicam este regime, só 31% dos trabalhadores estão em casa


    https://www.publico.pt/2020/11/26/economia/noticia/empresas-teletrabalho-so-31-pessoas-casa-1940714

    Havendo agora um regime de "obrigatoriedade" de teletrabalho, será razoável assumir que, após o seu término, este números possam descer.
    Se mesmo de forma forçada, só 31% dos colaboradores se qualificam (e de apenas 1/3 das empresas da amostra), não se adivinham grandes mudanças de paradigma nesta frente.

    Seria interessante, contudo, saber alguns dados tipológicos da amostra das empresas, nomeadamente dimensão, área de actuação e muito especialmente, localização.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: NTORION
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: pguilhermeNo seguimento de um tema atrás:



    https://www.publico.pt/2020/11/26/economia/noticia/empresas-teletrabalho-so-31-pessoas-casa-1940714

    Havendo agora um regime de "obrigatoriedade" de teletrabalho, será razoável assumir que, após o seu término, este números possam descer.
    Se mesmo de forma forçada, só 31% dos colaboradores se qualificam (e de apenas 1/3 das empresas da amostra), não se adivinham grandes mudanças de paradigma nesta frente.

    Seria interessante, contudo, saber alguns dados tipológicos da amostra das empresas, nomeadamente dimensão, área de actuação e muito especialmente, localização.


    Eu conheço uma operadora telco em específico que apesar da obrigatoriedade de teletrabalho ( e com todas as condições para o fazer) continua a ter apenas um número relativamente reduzido, incluindo com a palhaçada de equipas em espelho para analistas etc. Ou seja, estão a meter-se a jeito para a proverbial ripada e sinceramente espero que seja a doer.
    Concordam com este comentário: pguilherme, hangas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: pguilherme
  13. Colocado por: RUIOLIBanca baixa avaliação das casas para evitar incumprimento

    https://eco.sapo.pt/2020/11/26/banca-baixa-avaliacao-das-casas-para-evitar-incumprimento/?fbclid=IwAR0RWM5yqTMrxYuY46mAjADdl6DZHj39Dk6nsNu0plcw9ggGIeG0I_Vtd_w


    Se o valor das avaliações está a ser mais baixo que os valores que os imóveis estão a ser vendidos
    - ou os bancos estão a baixar as avaliações (não devia isto ser feito por uma third party que o banco não tem nada haver?)
    - ou os imóveis estão a ser vendidos por mais do que valem
 
0.0513 seg. NEW