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  1. Colocado por: N Miguel OliveiraO que não posso comparar é ser licenciado/mestre/doutor agora, ou sou um de muitos fregueses da minha aldeia, com sê-lo em 1970 ou 90, onde era o único num raio de 4 ou 5 freguesias... "Em terra de cegos, quem tem olho é rei."
    Nem eu estava a dizer para o fazer.
    Mas talvze comparar um mestre de agora com alguém com o 12º em 1989. Ou um doutorado agora com o de um licenciado ou bacharel em 1989.

    Bem sei que isto não é assim tão linear, por isso aludi à classe média e classe desfavorecida,
  2. Colocado por: N Miguel OliveiraE apesar de tudo, eram a classe média da minha terra naquela altura.
    Mas era classe média do país?

    Na sua terra acredito que sim. Geralmente nas pequenas aldeias eram todos pobres, por isso a questão das classes quase nem se colocava. Havia os que passavam fome, e os que tinham pão de sobra. Havia os que cavavam à mão, e os que tinham duas juntas de bois e uma charrua. Não se ia muito além disso lá na aldeia beirã dos meus pais, mas eu diria que uns e outros eram pobres mesmo para a realidade daquela altura.
  3. Bom, o meu avô nasceu em 1934 e era mais ou menos iletrado, com o 4º ano de escolaridade.

    Casou com 20 e poucos, construiu uma moradia T3 num terreno independente, doado pelos pais, com a mesma idade, sendo o único membro do agregado familiar que trabalhava, neste caso enquanto operário fabril. Passados poucos anos, já tinha 3 filhas.

    Viveu uma vida simpática, conseguiu passar férias todos os anos com a família, e sem falar em casa modernices da época: gira discos, rádio, comprou televisão quando apareceram, durante a vida foi sempre trocando de carro à medida da evolução do mercado, etc.

    Para além das férias, os jantares de convívio com os amigos e os passeios em família, com programas ao fim de semana, eram uma constante.

    Pagou o casamento a cada uma das filhas, bem como o típico enxoval com "tudo quanto era bom". Ajudou as filhas na compra do primeiro carro, também doou terrenos e ajudou na construção das suas casas.

    Tudo, com base em apenas 1 salário, de um operário fabril.

    ---

    O meu pai, ainda solteiro, com 20 e poucos comprou sozinho um apartamento, acabado de construir. Na altura, também já tinha um Renault 5, comprado novo.

    Tinha o 7º ano. O mesmo nível de escolaridade da minha mãe, que conheceu aos 24, altura em que já ambos trabalhavam.

    Sendo ambos operários fabris, pouco tempo depois tiveram um filho (eu). Trocaram de carro para um maior (Peugeot 405).

    Não tardou até construírem a sua casa. Um pequeno T3 com 225m2. Nesta altura, pese embora tivessem ajuda do meu avô materno, já recorreram a financiamento bancário.

    Continuaram a sua vida, com as férias habituais, troca de carro recorrente, aquisição de tecnologias que foram surgindo. Pelo meio, durante os anos 90, ainda chegaram a ter uma casa de férias no Algarve.

    Viveram sem grandes dificuldades até à grande crise financeira de 2010.

    ---

    Agora vamos a mim.

    Eu, tenho duas licenciaturas, que embora não sejam em Engenharia Informática, também não são em Sociologia ou Relações Internacionais. Tenho uma posição de relativo relevo numa empresa, mas ainda sim, vejo-me aos 33 anos sem condições para:

    - Construir a casa que o meu avô construiu com 20 anos (ficava feliz com um T1, sem ter de me endividar até aos 70 anos!);

    - Comprar o apartamento que o meu pai comprou sozinho com 20 e poucos anos;

    - Construir o palacete que o meu pai construiu ainda nos 20s;

    - Ter filhos (nem digo 3, como o meu avô);

    - Comprar um carro novo (nem digo trocá-lo regularmente);

    - Ter TEMPO e dinheiro para as férias que o meu avô fazia (nem vou aqui comentar a casa no Algarve que o meu pai comprou);

    - E no fundo, para apreciar a vida de uma forma equivalente há que as duas gerações que me antecederam fizeram.

    Mas, em abono da verdade, sim...tenho alguma tecnologia. Um computador, uma televisão, um serviço de Internet e Televisão, bem como uma Playstation.

    Foi nestas modernices que não haviam antigamente que gastei o dinheiro que o meu avô e pai utilizaram para tudo o resto...

    E ainda bem que não tenho um Iphone!
    Concordam com este comentário: HAL_9000, sisu, JoãoEduardoDias
    Estas pessoas agradeceram este comentário: sisu, ferreiraj125, desofiapedro
  4. Algo que muitas pessoas mais velhas não entendem é que o que antes era um luxo, hoje é bastante barato, sim, mas outras coisas estão muito mais caras, e essas coisas, são precisamente as coisas que mais pesam num orçamento.

    Posso fazer fins-de-semana em capitais europeias gastanto 1~2 dias de salario, o meu telemovel custou 3 dias de salario, o meu computador custou pouco mais que uma semana de salario. Um pacote de internet custa-me menos de meio dia de salario.

    Agora, vão dizer-me que é por ter estes "confortos" significa que ando a esbanjar dinheiro e é por isso que não consigo ter casa ou carro?

    Vamos lá ver, um carro de 20 000 € são meses de trabalho, e obviamente eu preciso de gastar o meu salario para viver, pelo que mesmo tendo um bom salario e conseguir uma boa taxa de poupança, gastaria anos de poupanças para ter um carro modesto novo.

    E agora vamos ver, uma casa na zona onde moro custa pelo menos 200 000 € se formos para um T0 de 30 m^2 com mais de 50 anos. Uma casa mais espaçosa e moderna facilmente custa 500 000 €.

    Já estamos a falar de anos a decadas de salario.

    Portanto, não é por ter coisas como telemoveis e fazer viagens em que gasto uma pequena percentagem do meu salario mensal que deixo de conseguir ter o equivalente a decadas de salario para comprar uma casa...
    Concordam com este comentário: HAL_9000, desofiapedro
    • AMG1
    • 15 junho 2023
    Colocado por: SaraivaPTBom, o meu avô nasceu em 1934 e era mais ou menos iletrado, com o 4º ano de escolaridade.

    Casou com 20 e poucos, construiu uma moradia T3 num terreno independente, doado pelos pais, com a mesma idade, sendo o único membro do agregado familiar que trabalhava, neste caso enquanto operário fabril. Passados poucos anos, já tinha 3 filhas.

    Viveu uma vida simpática, conseguiu passar férias todos os anos com a família, e sem falar em casa modernices da época: gira discos, rádio, comprou televisão quando apareceram, durante a vida foi sempre trocando de carro à medida da evolução do mercado, etc.

    Para além das férias, os jantares de convívio com os amigos e os passeios em família, com programas ao fim de semana, eram uma constante.

    Pagou o casamento a cada uma das filhas, bem como o típico enxoval com "tudo quanto era bom". Ajudou as filhas na compra do primeiro carro, também doou terrenos e ajudou na construção das suas casas.

    Tudo, com base em apenas 1 salário, de um operário fabril.

    ---

    O meu pai, ainda solteiro, com 20 e poucos comprou sozinho um apartamento, acabado de construir. Na altura, também já tinha um Renault 5, comprado novo.

    Tinha o 7º ano. O mesmo nível de escolaridade da minha mãe, que conheceu aos 24, altura em que já ambos trabalhavam.

    Sendo ambos operários fabris, pouco tempo depois tiveram um filho (eu). Trocaram de carro para um maior (Peugeot 405).

    Não tardou até construírem a sua casa. Um pequeno T3 com 225m2. Nesta altura, pese embora tivessem ajuda do meu avô materno, já recorreram a financiamento bancário.

    Continuaram a sua vida, com as férias habituais, troca de carro recorrente, aquisição de tecnologias que foram surgindo. Pelo meio, durante os anos 90, ainda chegaram a ter uma casa de férias no Algarve.

    Viveram sem grandes dificuldades até à grande crise financeira de 2010.

    ---

    Agora vamos a mim.

    Eu, tenho duas licenciaturas, que embora não sejam em Engenharia Informática, também não são em Sociologia ou Relações Internacionais. Tenho uma posição de relativo relevo numa empresa, mas ainda sim, vejo-me aos 33 anos sem condições para:

    - Construir a casa que o meu avô construiu com 20 anos (ficava feliz com um T1, sem ter de me endividar até aos 70 anos!);

    - Comprar o apartamento que o meu pai comprou sozinho com 20 e poucos anos;

    - Construir o palacete que o meu pai construiu ainda nos 20s;

    - Ter filhos (nem digo 3, como o meu avô);

    - Comprar um carro novo (nem digo trocá-lo regularmente);

    - Ter TEMPO e dinheiro para as férias que o meu avô fazia (nem vou aqui comentar a casa no Algarve que o meu pai comprou);

    - E no fundo, para apreciar a vida de uma forma equivalente há que as duas gerações que me antecederam fizeram.

    Mas, em abono da verdade, sim...tenho alguma tecnologia. Um computador, uma televisão, um serviço de Internet e Televisão, bem como uma Playstation.

    Foi nestas modernices que não haviam antigamente que gastei o dinheiro que o meu avô e pai utilizaram para tudo o resto...

    E ainda bem que não tenho um Iphone!


    Resposta simples, que não significa necessariamente errada:

    O seu pai vendeu o trabalho dele mais barato do que o pai dele, tal como você esta a vender o seu mais barato do que o seu pai vendia o dele e se nada mudar os seus filhos vão vender o deles ainda mais barato, até chegar ao ponto em que já nao resta nada a nao ser o suficiente para reproduzir a forca de trabalho.

    Sem grande contextualização eu diria que em relação so seu avô, que em 1940 já tinha a quarta classe, embora operario, seguramente que seria dos mais letrados, o que significa acesso a trabalho mais complexo e logo mais bem pago.
    De qualquer modo repare, que entre você e o seu avô, do ponto de vista das qualificações o salto foi enorme, agora conseguir traduzir isso numa vida melhor do que a do seu avô, depende sobretudo de si, porque à partida, até está melhor preparado.
    Com isto não estou a dizer que você não se esforça por isso, mas se as condições envolventes não ajudam, o caminho e mais esforço nem que seja para as procurar mudar essas condições.
    Isto saiu tudo assim um bocado a cheirar w marximo de "trazer por casa", mas é que acabei de ler uma entrevista dum prof da UN sobre o sistema de pensões e fiquei virado do avesso com tante sonsisse junta.
    A conversa deste asno ou espertalhão, nem sei o que lhe chame, até ajuda a compor a sua história, no entender dele você para alem de ter uma vida adulta pior do que o seu pai e avô também vai ter uma velhice pior.
  5. Colocado por: AMG1no entender dele você para alem de ter uma vida adulta pior do que o seu pai e avô também vai ter uma velhice pior.
    E se o sistema de pensões se mantiver tal como está é mentira? Considerando vidas contributiva semelhantes (descontar sobre 100% do ordenado durante os mesmos anos).

    Por acaso acho que li a mesma entrevista. Jorge Bravo?
  6. Colocado por: N Miguel OliveiraPor um lado você quer toda a gente formada mesmo que tenham que emigrar tal é a quantidade de peixe... por outro não aceita que se procure trabalhar para um "aquário" maior. Afinal você quer o quê mesmo?
    Olhe por exemplo a Alemanha também tem um aquário com muitos peixes e onde todos conseguem andar bem gordinhos. No nosso aquário temos uns peixes obesos que conseguem comer a comida toda e outros peixes esqueléticos.

    O que é que eu quero? Um aquário igual ao Alemão.

    Não me parece que eles por lá tenham de "procurar um aquário maior" até nos vêem é cá roubar peixes.
    • AMG1
    • 15 junho 2023
    Colocado por: HAL_9000E se o sistema de pensões se mantiver tal como está é mentira? Considerando vidas contributiva semelhantes (descontar sobre 100% do ordenado durante os mesmos anos).

    Por acaso acho que li a mesma entrevista. Jorge Bravo?


    Se o valor dos salarios tiver sido igual a probabilidade disso acontecer é real, mas desde 2007, quando foi alterada a fórmula. Daqui para a frente pode ser ou não, depende da evolução das variáveis relevantes para o cálculo e/ou das alterações que fizerem na fórmula.
    Sim foi essa entrevista. Se reparar o homem já tem as conclusões todas, mas depois diz que para sabermos o que fazer seria necessaria mais informação. O que ele diz do sistema sueco, nao sendo mentira, também nao e verdade. Existe de facto uma conta individual para as contribuições do primeiro pilar, mas é meramente informativa e pelo que percebi é também isso que ele queria, mas então qual é a influencia disso na sustentabilidade do sistema? Nenhuma!
    Depois a ideia algo delirante de achar que o fundo de equilibrio é insuficiente porque nao chega para pagar 2 anos de pensões, o que só seria necessario se a actividade economica do país parasse por completo durante esses dois anos. Ou seja é mais ou menos o mesmo que dizer se o país desaparecesse, os pensionistas ainda podiam receber a pensão durante dois anos. Mas depois, esse mesmo fundo, já é suficiente grande, para poder servir de compensação para uma eventual baixa de impostos. Nao distingue entre pensoes do sistema contributivo e nao contributivo, que óbviamente são pagas pelo OE. Mas ha uma coisa em que wue ele tem razão é necessaria informação capaz para se poder fazer um cálculo actuarial a sério, porque só dessa forma se vai perceber se as pensões futuras (com esta formula) vão ser mais baixas, ou não e daí tomarem-se as medidas necessárias para evitar isso. Agora quem já tem conclusões sem fazer esse trabalho, começa logo por perder toda a credibilidade. Depois se vir o encaixe das respostas nas perguntas e os saltos entre elas, das duas uma, ou houve um guião prévio, ou foi o homem que escreveu as perguntas e as respostas.
    A sério senti-me insultado!
    Cheira-me que esta academia precisa de uma volta valente, o problema é que isto são os mais novos e com futuro.
  7. Colocado por: AMG1

    Resposta simples, que não significa necessariamente errada:

    O seu pai vendeu o trabalho dele mais barato do que o pai dele, tal como você esta a vender o seu mais barato do que o seu pai vendia o dele e se nada mudar os seus filhos vão vender o deles ainda mais barato, até chegar ao ponto em que já nao resta nada a nao ser o suficiente para reproduzir a forca de trabalho.

    Sem grande contextualização eu diria que em relação so seu avô, que em 1940 já tinha a quarta classe, embora operario, seguramente que seria dos mais letrados, o que significa acesso a trabalho mais complexo e logo mais bem pago.
    De qualquer modo repare, que entre você e o seu avô, do ponto de vista das qualificações o salto foi enorme, agora conseguir traduzir isso numa vida melhor do que a do seu avô, depende sobretudo de si, porque à partida, até está melhor preparado.
    Com isto não estou a dizer que você não se esforça por isso, mas se as condições envolventes não ajudam, o caminho e mais esforço nem que seja para as procurar mudar essas condições.
    Isto saiu tudo assim um bocado a cheirar w marximo de "trazer por casa", mas é que acabei de ler uma entrevista dum prof da UN sobre o sistema de pensões e fiquei virado do avesso com tante sonsisse junta.
    A conversa deste asno ou espertalhão, nem sei o que lhe chame, até ajuda a compor a sua história, no entender dele você para alem de ter uma vida adulta pior do que o seu pai e avô também vai ter uma velhice pior.


    Se não gostou do artigo do "espertalhão", aconselho-o a ler a publicação do INE, disponibilizada hoje (15 Jun), sobre a população portuguesa. Acho que vai gostar e, melhor, poderá dar a sua opinião sobre os factos, e não opiniões avulsas, dali emanados.
    • argo
    • 15 junho 2023
    Colocado por: argoEuribor - até quanto pode subir?
    5%, limpinho.
    Concordam com este comentário:Zarb

    Certinho direitinho.
  8. A verdade é que se não fossem as casas dos pais, a nossa população jovem seria sem abrigo!

    Quando uma sociedade condena a parte da população que será o seu futuro a esta situação, não podemos esperar nada de bom a médio-longo prazo.
    Concordam com este comentário: pedrovil, sisu
    • AMG1
    • 16 junho 2023
    Colocado por: nunomp

    Se não gostou do artigo do "espertalhão", aconselho-o a ler a publicação do INE, disponibilizada hoje (15 Jun), sobre a população portuguesa. Acho que vai gostar e, melhor, poderá dar a sua opinião sobre os factos, e não opiniões avulsas, dali emanados.


    Obrigado pela informação e vou ver.
    Mas enquanto nao vejo, sera que nos pode dizer qual é o impacto da evolução (negativa suponho) do numero de activos na sustentabilidade do sistema, bem como da relação entre essa variável e as outras duas igualmente relevantes: o emprego e os salários?
    E que no artigo dis-se que no futuro teremos o apocalipse, porque a relacao será de 2 activos para um pensionista, pois mas se a evolução dos salarios desses activos compensar a redução, nao antevejo qualquer impacto. Dito de outro modo, porque é que a solução tera de ser a redução das pensoes dos futuros pensionistas e nao o aumento dos seus salarios ainda enquanto activos?
    Depois porque razão é uma inevitabilidade alterar a regra de cálculo das pensões, mas nao considerar a alteração da regra de financiamento, o que até foi feito na reforma do sistema sueco, mas que e não mencionado no artigo, embora lá esteja a alteração que (falsamente) sustenta a ideia já peeconcebida, de que são as pensoes que TÊM de ser mais baixas.
    Repare que eu não estou a assumir que não seja necessario reduzir o valor as pensoes futuras, só não estou a embarcar na ideia de que isso é uma inevitabilidade, só porque no futuro seremos menos.
    Agora se não houver nenhuma alteração, mesmo com as actuais regras ja sabemos que a reforma sera cada vez mais tarde, a não ser que venhamos a ter mais eventos como o que tivemos nos ultimos dois anos.
  9. Colocado por: HAL_9000Olhe por exemplo a Alemanha também tem um aquário com muitos peixes e onde todos conseguem andar bem gordinhos. No nosso aquário temos uns peixes obesos que conseguem comer a comida toda e outros peixes esqueléticos.

    O que é que eu quero? Um aquário igual ao Alemão.

    Não me parece que eles por lá tenham de "procurar um aquário maior" até nos vêem é cá roubar peixes.


    Para mim a Alemanha é um exemplo a seguir, sem qualquer dúvida.
    O aquário deles trasvasou as fronteiras e passou a ser muito maior que o limite politico alemão.

    Até num país teso como o nosso, basta olhar para o parque automóvel, ou para maquinaria das industrias portuguesas para ver que muito do aquário alemão está em Portugal, muito mais que vir buscar peixes. Da roupa à tecnologia, é só contá-las...

    Idem para qualquer lado para onde a Alemanha exporta produtos ou serviços. Formou uma população e criou um mercado que os abarque... e esse mercado é global... em vez do Portugalzito que aposta tudo nos doutores sem ter mercado ou necessidade para isso, ao passo que vai descorando as profissões que embora menos cotadas, são essenciais ao funcionamento duma sociedade, como a agricultura por exemplo.

    Basta comparar o peso que tem o ensino profissional na Alemanha ou em Portugal, por comparação com o Universitário...

    Outra coisa que não vejo no alemão é este "desenrascanço" típico do português, que muitos acham como sendo uma virtude em vez de um "defeito".
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  10. Colocado por: HAL_9000Mas era classe média do país?

    Na sua terra acredito que sim. Geralmente nas pequenas aldeias eram todos pobres, por isso a questão das classes quase nem se colocava.


    Não considero Braga uma terriola. Diria que está ali no top 5 hoje, tal como outrora.

    Chamar-se média ou baixa não passa dum rótulo. Interessa é comparar com a sociedade onde está, se uma casa custasse 5x mais em Lisboa, que raio interessava isso? Agora é igual.
  11. Colocado por: AMG1pois mas se a evolução dos salarios desses activos compensar a redução, nao antevejo qualquer impacto. Dito de outro modo, porque é que a solução tera de ser a redução das pensoes dos futuros pensionistas e nao o aumento dos seus salarios ainda enquanto activos?
    Porque estamos em Portugal, e estamos há umas duas páginas a discutir precisamente isso, os salários dos jovens são cada vez menores, em termos reais, quando comparados com os da geração anterior.

    Se um engenheiro hoje entra no mercado de trabalho a ganhar menos que o que recebia um engenheiro quando entrava há 15 anos atrás, como acha que a evolução dos salários vai compensar a perda de activos a contribuir para a SS? Sobretudo quando as pensões são actualizadas a taxa de inflação, nas os salários não?
  12. Colocado por: N Miguel OliveiraInteressa é comparar com a sociedade onde está, se uma casa custasse 5x mais em Lisboa, que raio interessava isso? Agora é igual.
    por isso é que lhe perguntei se eram classe média para essa altura. Pela descrição que fez dos seus pais, eu diria que não eram. Mas lá está tb não tenho dados para o afirmar. De qualquer maneira os seus pais ainda viveram muito tempo em ditadura, por isso não me admiro nada que essa miséria fosse algo generalizada.

    Não percebi que eram de braga, pela descrição pensei que fosse de uma terriola.

    Mas como viu nas discussões anteriores, havia nessa mesma altura outras realidades não tão sofridas.
  13. Colocado por: argo
    Certinho direitinho.


    Finalmente tema Euribor...
    Também já começo a acreditar que a Euribor vai bater ou chegar perto dos 5%. Tenho o que ver se a CGD continua com a taxa fixa a 2 ou a 5 anos...
  14. "... É muito provável que voltemos a aumentar as taxas de juro em julho" disse Lagarde ontem... Está bonito. A notícia que um queria ver é "salários aumentam 5% para acompanhar inflação".
    Concordam com este comentário: Ruipsm
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ruipsm
  15. Colocado por: RuipsmFinalmente tema Euribor...
    Diverge-se do tema, porque na verdade não há muito para dizer.
    Vai até aos 5%? Chega até aos 6% fica nos 4,5%? É um exercício de adivinhação.

    Se até o BCE sabe tanto quando vai parar de subir como o Zé trolha ( na verdade eles nem sabiam que a inflação era estrutural quando já toda gente o bradava aos céus), nós é que vamos saber? Podemos atirar laranjas, como aquelas que diziam que os juros iam ser negativos até 2030 :).

    Os "especialistas" da OCDE dizem que as taxas de juro devem pausar nos 4,25%, por isso a Euribor deve subir mais 0,5 além dos 3,9 que esteve até agora. Mas tb pode ir aos 5%. Afinal os bancos teem de lucrar bastante (entretanto ja ganharam mais 0,25% para lá depoistar o dinheiro dos tansos) porque só assim é que se combate a inflação. Pelo menos foi o que disse aquela senhora que vestia um casaco que pagaria 6 meses de comida a uma família de 5 pessoas, ao mesmo tempo que lhes transmitia que a única forma de combater a inflação é essa família comer um bocadinho menos.

    Este tema de Euribor acaba por ser mais interessante para quem fez taxa fixas e quer obter validação para a sua excelente análise financeira ( afagar o ego por assim dizer) do que propriamente para aqueles que teem a taxa indexada, uma vez que a esta altura já se prepararam para a Euribor chegar aos máximos históricos e aguentar a pancada durante 1 ano ou dois.
  16. Colocado por: pcspinheiroA notícia que um queria ver é "salários aumentam 5% para acompanhar inflação".
    Então e a espiral inflaccionista? Está parvo.

    Já se forem as empresas a aumentar as margens de lucro, não há problema porque assim tira-se o dinheiro do bolso das pessoas e já não há espiral.

    O pcs tem de deixar as bio e fazer é uma pós graduação em economia. Vai ver que isto é muito mais maleável em termos de conclusões, não é preciso cá grande reprodutibilidade de resultados nem nada disso.
 
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