Parece-me que está a ser ingénuo. Em Junho acordaram dar mais dinheiro à Grécia e perdoar 21% da sua dívida, em Outubro já acordaram perdoar 50% da divida. O que mudou em 3 meses? Mudou tanto que justificasse isso?
Também 3 meses após o nosso acordo com a Troika desceram os juros e aumentaram o prazo de pagamentos. Em 3 meses mudou tanto que justificasse esta alteração? Quando se fez o acordo já não se sabia que seria impossível pagar o empréstimo com aquelas taxas?
O PC e o BE, goste-se ou não, estão a ser realistas nesta matéria. Não vai ser possível pagar esta dívida com estes juros, sem um crescimento de pelo menos 3% ao ano, e estou a ser simpático, há quem fale em crescimento de 5% a 6 % para conseguirmos cumprir os compromissos. Não há perspectiva de que este tipo de crescimento venha a acontecer, como tal, mais cedo ou mais tarde, a dívida vai ser reestruturada, não tenho dúvidas disso mantendo-se as perspectivas actuais.
Colocado por: luisvvAs coisas são um pouco mais complexas que isso....
Colocado por: luisvvA questão não é pagar a dívida, porque ela não vai ser paga nas condições actuais - é negociar noutras condições. Porqueo acordo pressupõe que do outro lado há alguém que se vai endividar para nos emprestar - e naturalmente espera contrapartidas. Ora, o que estamos a oferecer não é o pagamento da dívida, mas apenas a redução do ritmo do seu aumento.
Colocado por: luisvvO que estamos a comprar é, nem mais nem menos, tempo para se criarem almofadas que protejam os credores e minimizem os efeitos do default inevitável.
Colocado por: Jorge RochaAliás a europa não serve mesmo de exemplo em matéria de economia!
Colocado por: oxelferE em que "matéria" é que serve?
Colocado por: Jorge RochaPara dar mau exemplo de democracia e de como não se deve fazer perdendo muitíssimo tempo em apoiar os países da UE mais débeis económicamente injectando dinheiro,e actuar logo ou antes na justiça fazendo acabar com as economias paralelas em paraísos fiscais,e debitando todo o poder em bancos e colocando os estados em 2º ou 3º lugar em matéria de prioridade!
Isso quer dizer que a reestruturação é inevitável. Ou não?
Isto é nem mais nem menos a razão porque a senhora Merkl demorou (demora) tanto tento a reagir.
(não estou a atirar as culpas para cima de ninguém)
Colocado por: luisvvMas aí acho que o seu raciocínio está contaminado pela berraria dos nossos jornalistas e opinantes, que partem do princípio que há uma solução indolor, e que basta a Srª Merkel passar o cheque e fica tudo bem.
Ora, para mim isso é não perceber a natureza do problema.
Colocado por: oxelferSerá que é só o euro que está em crise?
Colocado por: José Pedro NunesTenho um amigo que diz que a crise é uma crise de valores.
A crise será só do euro? Se nos casos até agora poderíamos ver as coisas por outro prisma, neste caso acho que não há dúvidas: O mercados (seja lá isso o que for) deitaram abaixo um governo.
Será que é só o euro que está em crise?
Confuso? Não fique: os bancos financiam-se no BCE a 1% e emprestam ao Estado a 5%,