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Crise do Euro
Quanto à regra dos 20%, qual é a dúvida?!?
Se o Manuel depositar 1000, o Pedro depositar 1440, e a Cristina depositar 2073, o Banco A poderá emprestar (1000+1440+2073)x1,2 = 5.416.
E foi o que fez: emprestou 1200 à Maria, 1728 à Joana e 2488 ao Dias Loureiro (que fugiu com o dinheiro).
!).
Umas notas soltas, que o cansaço aperta:
As suas contas ignoram a fase seguinte. O banco a tem um problema: o dinheiro do dias Loureiro é um duplo prejuízo. Ao ser abatido, o credito destrói a moeda correspondente.
A moeda bancaria é por definição temporária. Além do mais, há que tomar em conta outros factores como a velocidade de circulação d moeda.
(já agora, nesta discussão ha quem confunda o dinheiro físico com a noção de moeda)-
Luis K. W.
- 8 dezembro 2011
Colocado por: bino_muito bem.
Havia garantias???
Os bancos quando emprestam de facto criam dinheiro. MAS, os bancos quando emprestam têm garantias.
No seu exemplo: A Maria pede 1200 ao Banco A. O banco A emprestou esse dinheiro contra um "contrato" - por exemplo uma hipoteca.
A hipoteca que o banco A tem em principio garante-lhe que vai recuperar o que emprestou.
Agora, o banco A quer fazer mais dinheiro e "vende" a hipoteca ao banco C num pacote de investimento "garantido" (A Maria há de pagar - é a garantia) este pacote chama-se sub-prime. O resto da história é o que sabemos.... a Maria falhou um pagamento.
Mas as garantias podem valer uma coisa hoje, e ZERO amanhã (lembra-se da história das tulipas na Holanda?).
E quando as garantias são objectos (falsa arte funeraria egípcia de 2000AC, ou falsos Picassos, ou terrenos que só servem para plantar pasto), hiper-sobre-avaliados?
Outro problema é que , quando os Estados quando pedem emprestado também dão "garantias". E ZERO é quanto vale uma garantia prestada por um Estado...-
Luis K. W.
- 8 dezembro 2011
Para quem pretende saber quanto vai desvalorizar a moeda nacional em relação ao Euro:Cheira-me que vai muita "boa" gente fazer muito dinheiro à custa disto.Esse gráfico é interessante. Se a previsão estiver certa, claro.
Isso quer dizer que ao perder 47,2%, o poder de compra de alguém que ganha 1000 euros / mês passaria a ser equivalente a 528 euros/mês.
Na minha opinião seria catastrófico. Como é que as pessoas que têm créditos altos (dívidas) as poderiam pagar?-
Luis K. W.
- 9 dezembro 2011 editado
Colocado por: bino_Esse gráfico é interessante. Se a previsão estiver certa, claro.
Nope.
Isso quer dizer que ao perder 47,2%, o poder de compra de alguém que ganha 1000 euros / mês passaria a ser equivalente a 528 euros/mês.
Na minha opinião seria catastrófico. Como é que as pessoas que têm créditos altos (dívidas) as poderiam pagar?
Admitamos que actualmente o bino_ tem um empréstimo hipotecário de 100.000 euros e um ordenado de 1000euros.
Se amanhã voltássemos aos Escudos seriam 20mil contos e 200contos.
DAQUI A CINCO ANOS, o Escudo estará a desvalorizado em 47,2% em relação ao "Euro" , mas os valores da dívida e do rendimento em Escudos serão os mesmos (ou... terá uma dívida menor, uma vez que a vai amortizando).
Em contrapartida o património que serve de garantia deverá estar a valer muito mais (em Escudos).
EDIT: O problema deste tipo de "previsões", é que amanhã estaremos todos a transferir os nossos depósitos para o Deutsche Bank, fazendo aumentar a liquidez dos bancos alemães e diminuindo a dos bancos portugueses, aumentando o rating dos bancos alemães e reduzindo a dos portugueses, etc. etc., tornando verdadeira a previsão.Colocado por: Luis K. W.
EDIT: O problema deste tipo de "previsões", é que amanhã estaremos todos a transferir os nossos depósitos para o Deutsche Bank, fazendo aumentar a liquidez dos bancos alemães e diminuindo a dos bancos portugueses, aumentando o rating dos bancos alemães e reduzindo a dos portugueses, etc. etc., tornando verdadeira a previsão.
Supondo que há dinheiro para depositar...o que será para uns poucos. Ironicamente, essa é uma preocupação que não tenho - transferir depósitos!-
Luis K. W.
- 9 dezembro 2011
Colocado por: becas Supondo que há dinheiro para depositar...o que será para uns poucos. Ironicamente, essa é uma preocupação que não tenho - transferir depósitos!
Mas falo-ão uma serie de entidades ligadas aos bancos portugueses que, por acaso, têm o nosso dinheiro lá depositado...
A única solução para evitar situações expeculativas, ao abandonarmos o Euro, nós (e os gregos, e os islandeses), etc., era aderirmos ao... Deutsch Mark!
LOLNa prática seria muito mais difícil para um português comprar produtos importados.Colocado por: bino_Isso quer dizer que ao perder 47,2%, o poder de compra de alguém que ganha 1000 euros / mês passaria a ser equivalente a 528 euros/mês.
Não é bem assim: isso só é válido para os produtos importados. Os produtos nacionais continuariam com os mesmos preços. É claro que a inflação dispararia, mas a perda de poder de compra não seria tão brutal como diz.Colocado por: Luis K. W.DAQUI A CINCO ANOS, o Escudo estará a desvalorizado em 47,2% em relação ao "Euro" , mas os valores da dívida e do rendimento em Escudos serão os mesmos (ou... terá uma dívida menor, uma vez que a vai amortizando).
Mas como as dívidas dos Bancos Portugueses ao estrangeiro não podem ser pagas em escudos, neste cenário, os bancos iriam todos à falência.Colocado por: Capela86Na prática seria muito mais difícil para um português comprar produtos importados.
O que também traz vantagens...Colocado por: Luis K. W.O problema deste tipo de "previsões", é que amanhã estaremos todos a transferir os nossos depósitos para o Deutsche Bank,
Não é por nada que o valor do ouro anda a subir que nem uma doida. A confiança nas moedas está a evaporar-se e por consequente há muita gente a investir em mercadorias como metais preciosos.Colocado por: Luis K. W.DAQUI A CINCO ANOS, o Escudo estará a desvalorizado em 47,2% em relação ao "Euro" , mas os valores da dívida e do rendimento em Escudos serão os mesmos (ou... terá uma dívida menor, uma vez que a vai amortizando).
Em contrapartida o património que serve de garantia deverá estar a valer muito mais (em Escudos).
Então o gráfico está a comparar em relação ao dolar, (o euro deixando de existir) e você continua a comparar com euros.
Aí você está enganado, as dívidas em euros seriam convertidas numa moeda externa ao escudo, acha que os credores iriam converter-se em escudos? Seria neste caso o dolar. Logo a dívida continuaria a ser a mesma (iria ajustando com taxas de juro brutais) mas você terá 47,2% de capacidade da pagar a menos. Não sou eu que o digo. É o gráfico que mostrou.
Isto afetaria tantos as famílias como os bancos nacionais e a dívida publica, claro.
Seria a falência total do estado e das famílias, sem que ninguém emprestasse mais dinheiro a ninguém. Tipo o que aconteceu na Argentina.-
Luis K. W.
- 9 dezembro 2011 editado
Colocado por: bino_Então o gráfico está a comparar em relação ao dolar, (o euro deixando de existir) e você continua a comparar com euros.
Não, não diz.
Aí você está enganado, as dívidas em euros seriam convertidas numa moeda externa ao escudo, acha que os credores iriam converter-se em escudos? Seria neste caso o dolar. Logo a dívida continuaria a ser a mesma (iria ajustando com taxas de juro brutais) mas você terá 47,2% de capacidade da pagar a menos. Não sou eu que o digo. É o gráfico que mostrou..
O que o gráfico diz é que a dívida EXTERNA de Portugal aumentará brutalmente.
E que teremos inflação acelerada, e taxas de juro elevadas.
Se você contratou um empréstimo de 100,000euros e ganha 1000mês, continuarão a ser 20mil gambozinos e 200gambozinos, independentemente de a moeda desvalorizar 47,2% ao longo de 5 anos.Se a nossa saída for controlada a coisa torna-se mais pacífica.
Por exemplo, num primeiro momento escudo desvalorizaria20%, sendo que em tese o estado assumiria os 20% de acréscimo de dívida dos bancos aos credores estrangeiros,portanto aqui no meu bolso não mexiam( não é bem assim porque depois viriam os aumentos de impostos).
O problema seria a desvalorização gradual de 20% para 47% que seria feita num curto espaço de tempo (5anos????).
Se os credores convertessem em escudos era a anedota do século :-)Colocado por: bino_Aí você está enganado, as dívidas em euros seriam convertidas numa moeda externa ao escudo, acha que os credores iriam converter-se em escudos?
Isto não é assim tão linear... as dívidas também poderiam ser convertidas para a nossa nova moeda. Em qualquer dos casos, seria a falência das famílias... pois a taxa directora aumentaria de forma BRUTAL, de acordo com a inflação...
Conclusão: não podemos de forma alguma sair do euro!Colocado por: Capela86num primeiro momento
Num primeiro momento haveria pânico.
Num segundo momento as contas seriam congeladas.
Num terceiro momento haveria ainda mais pânico.
Num quarto momento o seu bolso ficaria vazio, e sem hipótese de o encher, por muitos euros que "tenha" na conta.
Num quinto momento haveria desespero.
Troque haveria por "vai haver". ;)- Casas_do_Rio
- 9 dezembro 2011
Colocado por: danobrega
Troque haveria por "vai haver". ;)
Não haverá...
Haverá sim é um ligar da máquina impressora,
Melhor, já devia ter havido...
Que nos serve controlar inflação se não temos dinheiro para comprar os produtos que não "inflacionam"?
Que nos vale controlo orçamental e aumento da receita, se não vamos ter a quem cobrar essa "receita" porque as pessoas não vão ter emprego...
Não terão emprego porque grande parte das empresas não vão subsistir financeiramente (aqui, quase todas porque foram sempre muito mal geridas)...
And so on, and so on...Se ligar as impressoras provavelmente muita gente deixará de conseguir comprar o que compra agora.
Eu não sou apologista de imprimir folhas de papel. Alguém vai comprar as folhas?
Vão deixar de comprar USD para comprar EUROS????? Hummmm. Não creio!!Não vai haver inflação, mas os salários vão ter que, e já estão a, diminuir. Qual é a diferença?0.0302 seg. NEW