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      FD
    • 6 novembro 2008 editado

     # 41

    Vou dividir esta discussão para se manter dentro do tópico: https://forumdacasa.com/discussion/2125/experiencia-com-um-arquitecto/
  1.  # 42



    Um plano de segurança é como um projecto de arquitectura.
    Quase toda a gente o pode fazer.
    Inclusivé voçê pode faze-lo que ninguem o impede.
    Como nos projectos de arquitectura dependendo do técnico que o faz uns são melhores que outros.
    Não necessita de um técnico de segurança.
    Quer o seu arquitecto quer a sua equipa de fiscalização podem fazê-lo
  2.  # 43

    Colocado por: zedasilva

    Um plano de segurança é como um projecto de arquitectura.
    Quase toda a gente o pode fazer.
    Inclusivé voçê pode faze-lo que ninguem o impede.
    Como nos projectos de arquitectura dependendo do técnico que o faz uns são melhores que outros.
    Não necessita de um técnico de segurança.
    Quer o seu arquitecto quer a sua equipa de fiscalização podem fazê-lo



    Caro zedasilva não diga isso que ainda acreditam.
    Normalmente nos trabalhos que faço, cada um faz o que sabe e o que está apto a fazer, o tempo dos artistas que acham que sabem fazer de tudo tem que acabar.
    Um curso de técnico de segurança custa cerca de 1000€, com várias horas, como é possivel um particular assumir que possui esses conhecimentos? Voltamos ao mesmo, se não houver problemas ficam todos bem, em caso de acidente...
  3.  # 44

    Pauloss
    Um curso de TSSHST custa na ordem dos 2000 a 3000 euros e meio ano de formação.
    Mas isso tb não é garante nenhum.
    Tive muitos colegas de curso licenciados em ensino primário ou advocacia que não creio que no final do curso estivessem habilitados a fazer um Plano de segurança.
    Por outro lado conheço muitos engenheiros que sem qualquer formação em HST fazem planos eficazes que muitos TSSHST
    Isto é como em todas as áreas há bons e maus profissionais.
    Eu tb gostaria que só os TSHST fizessem os planos de segurança
    : )))))))
  4.  # 45

    Colocado por: zedasilvaEu tb gostaria que só os TSHST fizessem os planos de segurança

    Daqui a pouco tínhamos mais uma ordem.

    Não, o caminho não pode ser por ai, por imposição, mas demonstrando que um TSHST produz um melhor trabalho.

    Eu não quero, nem devo impor que num projecto haja uma orçamento descriminado, feito por um orçamentista, mas devo demonstrar ao cliente que o facto de lá ter um, lhe poupa imensos problemas e derrapagens financeiras. Se o cliente o quer ou não, é uma escolha dele.

    Nem quero impor que seja uma classe de orçamentistas, devidamente certificada, a fazê-lo. Em principio, um orçamentista deve fazer o orçamento melhor, mas não é liquido que assim seja.
  5.  # 46

    Colocado por: zedasilvaPauloss
    Um curso de TSSHST custa na ordem dos 2000 a 3000 euros e meio ano de formação.
    Mas isso tb não é garante nenhum.
    Tive muitos colegas de curso licenciados em ensino primário ou advocacia que não creio que no final do curso estivessem habilitados a fazer um Plano de segurança.
    Por outro lado conheço muitos engenheiros que sem qualquer formação em HST fazem planos eficazes que muitos TSSHST
    Isto é como em todas as áreas há bons e maus profissionais.
    Eu tb gostaria que só os TSHST fizessem os planos de segurança
    : )))))))


    Caro zedasilva
    Fui formador (autocad) em cursos nivel III de THS e concordo plenamente com o diz, saiam sem saber fazer planos de segurança, plantas de emergencia etc (a entidade formadora era ai em Aveiro e bastante conceituada (há cursos + baratos claro que com - horas) e no meu entender só os THS (superiores ou não) é que deviam tratar das questões de segurança, embora assuma que também já fiz planos de segurança (quando apareceram) mas não acho correcto, felizmente não tive problemas e as obra tinham uma certa dimensão.
    A unica vez que tive uma obra parada pela Inspeção do trabalho foi devido a uma grua que era alugada e que não tinha "2 patilhas de segurança" mas que ninguem sabia disso a não ser quem a alugou.
  6.  # 47

    Pauloss

    Confesso que tb já fui projectista e sp que me apareçe um projecto interessante não o nego.
    Defendo que a arquitectura deveria ser feita pelos arquitectos mas infelizmente alguns elementos dessa classe montados no alto da sua sapiencia tem descrebilizado a profissão.
    Quem acaba por sofrer as consequências é sempre o cliente
  7.  # 48

    Porque vou brevemente iniciar a construção da minha moradia, este post tem-me despertado a atenção até porque da minha equipa de projecto nunca ninguem me alertou para esta problematica.
    Recentemente numa obra perto de minha casa aconteçeu um acidente mortal.
    Como aconteçe sempre apesar de toda a gente saber ninguem comentou mais o assunto, aconteçe que acabei de saber que apesar da seguradora ter assumido a indemenização da familia da vitima a coisa está complicada.
    Neste momento estão constituidos arguidos o empreiteiro, o director técnico, o coordenador de segurança e o dono de obra.
    E pelo que soube de fontes muito proximas o Dono de obra está em muito maus lenções, pois o acidente deu-se devido a uma queda de uma varanda que não estava protegida e ele sabia disso e nada fez para impedir.
    Para além de ir responder a tribunal acusado de crime por negligência já pagou uma batelada de multas por não ter declarado a obra na Inspecção Geral do Trabalho e por o coordenador de segurança ser o proprio empreiteiro.
  8.  # 49

    Vascco
    Pela discrição creio conheçer o acidente em questão e digo-lhe que as coisas sâo ainda mais graves.
    Garanto-lhe que foi mto complicado a seguradora assumir a indemenização.
    Neste momento o empreiteiro já não existe como empresa pois os seus melhores homens despediram-se qd se aperceberam que se o proximo acidente fosse com eles corriam o risco de não serem indemenizados.
    Os que restaram foram despedidos pois concluida aquela obra o empreiteiro não teva mais nenhuma pelo menos na zona.
    O director técnico para além de estar constituido arguido em tribunal tem tb na sua Ordem um processo correndo o risco de lhe ser caçada a carteira profossional.
    E aqui aproveito para fazer uma chamada de alerta para os técnicos que por aqui andam e para as consequ~encias do facilitismos para as questões de segurança quer nos projectos quer nas obras.
    O dono de obra para além de estar igualmente constituido como arguido tem hoje uma casa acabada quase que ás três pancadas pois aquilo foi sempre a descanbar a seguir ao acidente, para além dos "remorssos" de ter tido uma morte na sua obra que poderia ter evitado
    • yuri
    • 12 agosto 2009

     # 50

    Ainda não tinha visto esta discussão aqui no blog, bastante interessante... Concordo com a maioria do que aqui foi dito, sobretudo acerca da competência, ou da posição dos técnicos de segurança numa obra.

    Parece-me que a actuação destes é mesmo por vezes ridicula ao ponto de se debater em reuniões de obra x estava sem capacete, ou y tem o colete rasgado. A intervenção destes por vezes é uma autêntica intervenção policial numa obra coloca-os como os inimigos a abater, seja pela direcção de obra seja pelos subempreiteiros e por vezes até pela fiscalização.

    Resultará isto talvez do facto da formação de base destes técnicos ser completamente inadequada, desde psicólogos a educadores de infância tudo o que é licenciado é potencialmente um THST, e quando visitam a obra para não mostrarem a sua ignorância põem-se com exigências básicas tipo falta de equipamentos de protecção individual, uma vez que de obra pouco ou nada percebem.
    Vou-me arrepender de escrrever isto mas penso que um factor que contribui para a má imagem dos técnicos de segurança é o facto de a grande maioria ser do sexo feminino, afinal de contas estamos a falar de um universo predominantemente masculino e as discriminações ou outros factores sociais contribuem para o ruído durante a comunicação e consequentemente afectam o trabalho dos técnicos.
    Desde já digo também que alguns dos melhores técnicos de segurança que conheço são so sexo feminino e que alguns também não são da área da construção.

    Existe um ditado qualquer do tipo, se não queres mostrar que és ignorante mantêm-te calado pois ao falar estás a confirmá-lo.

    Na minha opinião a segurança numa obra, ou numas instalações industriais, ou outro local de trabalho não se impõe, é uma filosofia de trabalho que se deve implementar, assim como quem implementa um bom ambiente de trabalho. Não se pode chegar a um local e dizer, "Pessoal a administração resolveu certificar a empresa na segurança, por isso a partir de amanhã todos têm que usar capacete!", tudo passa sempre por uma fase de sensibilização e conciencialização.


    Relativamente á minha futura casa pretendo eu mesmo ser o coordenador de segurança, e se vir uma pessoa a trabalhar por exemplo a 5 metros de altura sem qualquer protecção não me vou colocar aos berros ao trabalhador (já vi cada uma...) a dizer para pôr guarda-corpos. Irei chamar a atenção do responsável do empreiteiro para resolver a situação.

    Quanto à actuação do ACT em pequenas obras, parece-me que a falta de fiscalização é o maior problema, ouve-se falar duas vezes por ano nas noticias que foram "paradas" cerca de 1000 obras por falta de condições de trabalho, mas devem ser os dois únicos dias do ano que o ACT sai de casa para ir às pequenas obras... Quanto à sua atitude pedagógica penso que varia muito de zona para zona terá talvez a ver com a atitude proactiva ou não de cada director local.

    Relativamente ao facto de obrigar os PSS de projecto a serem elaborados por um técnico de HSST penso que não, obrigar o PSS a ser desenvolvido por um técnico de segurança penso que sim.
    • yuri
    • 18 agosto 2009

     # 51

    Plano de acção inspectiva do ACT a estaleiros de obra:
      Plano inspecção ACT - metas.GIF
  9.  # 52

    caros foristas da área da HST,

    agradecia que me esclarecessem o seguinte:
    é obrigatória a existência de 2 PSS: um em projecto e outro em obra? se sim, qual a diferença entre os dois? Quem é responsável pela elaboração de cada um deles?

    Obrigado!
  10.  # 53

    Não!
    Apenas existe 1 (um) PSS. Este é iniciado em fase de projecto pelo Coordenador de segurança ou outro técnico devidamente habilitado.
    Para a fase de obra o empreiteiro faz a sua adaptação e submete-a a aprovação do Coordenador de segurança em obra.
    Concordam com este comentário: Ana Brás
    Estas pessoas agradeceram este comentário: underrun
  11.  # 54

    Boa noite,

    No PSS de Projecto tem de ter o valor da adjudicação e o prazo de conclusão ou pode ser referido:

    Data do início dos trabalhos: conforme Plano de Trabalhos.
    Data prevista para conclusão dos trabalhos: conforme Plano de Trabalhos.
    Valor da adjudicação: conforme Contrato.

    Obrigado
  12.  # 55

    Pode!
    Muito embora o conhecimentos desses dados possam ser relevantes.
    Data de inicio e de terminus bem como plano de actividades permitirá ao coordenador verificar a existência de actividades sobrepostas bem como a existência de actividades com riscos especiais em momentos de condicões atmosféricas adversas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: electrao
  13.  # 56

    È sabido que o sector da construção é hoje um dos mais afetados com todos os condicionalismos desta crise económica que atravessamos. È comum assistir-se nas nossas obras (em especial obras particulares) a um desfasamento entre o preconizado na lei e a realidade laboral.
    A escassez de obras obriga os nossos empresários a praticar uma concorrência cada vez mais agressiva muitas vezes balizada em ritmos de trabalho acelerados, mão-de-obra não especializada mas principalmente desinvestindo em material e regras de segurança.
    Esta concorrência aplica-se igualmente às empresas de projeto e fiscalização, sendo frequente encontramos Planos de segurança e Saúde que mais não são que meras fotocópias sem conteúdo objetivo e, quando objetivos, sem levantarem questões e/ou alertas realmente pertinentes.
    As entidades fiscalizadoras continuam a não ter uma ação pedagógica e de sensibilização limitando-se ao seu papel repressivo e punitivo.
    Os acidentes não podem continuar a ser só uma fonte de notícia têm que ser igualmente geradores de mudança.
    È responsabilidade de cada um de nós (técnicos e Donos de obra) contribuir pela dignificação do trabalho e da vida humana.
    Os acidentes não acontecem só nas obras dos outros …
  14.  # 57

    Retomo este tópico para confirmar o meu ultimo comentário.
    Colocado por: zedasilvaOs acidentes não acontecem só nas obras dos outros …

    Tb acontecem nas nossas ...
    Queda a niveis diferentes.
    Consequências imediatas, traumatismo craneâno. Ambulância, policia, aguarda-se (provalemnete ainda da parte da tarde) a visita de ACT.
    Consequências a curto prazo, uma carrada de chatices para DO, coordenador de segurança, Diretor de fiscalização, Diretór técnico, encarregado e empreiteiro.,
  15.  # 58

    Dez anos volvidos, ainda se arrisca muito.
    Na generalidade, os Donos de Obra continuam sem estarem devidamente informados dos riscos que correm.

    Para além do que mencionou, vem ai uma coisa importante: muitas despesas e tempo afecto à resolução.
  16.  # 59

    Colocado por: ADROatelierPara além do que mencionou, vem ai uma coisa importante: muitas despesas e tempo afecto à resolução.

    Para o sinistrado
    Sofrimento físico e moral, diminuição do seu potencial humano e profissional, diminuição do seu rendimento.
    Para a família
    Sofrimento moral, preocupações e muitas vezes dificuldades económicas
    Para os colegas
    Mau ambiente de trabalho, inquietação, medo coletivo e acumulação de trabalho.
    Para a empresa
    Imagem afetada, perdas de produção e aumentos de custos
    Para o Dono de obra e para os técnicos
    Dependendo da gravidade do acidente e das diligências que tinham acautelado, possibilidade de serem corresponsáveis na reparação dos danos.
    Concordam com este comentário: ADROatelier, zinna
  17.  # 60

    .....e antes que se instalem verdadeiramente, cumulativamente e em toda a sua plenitude as consequencias acima descritas, muita burocracia, muito tempo, muitas despesas.
    Concordam com este comentário: zedasilva
 
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