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  1.  # 61

    É bem verdade que tudo está interrelacionado. Por isso mesmo existem coordenadores de projecto. Aliás o projecto de arquitectura é o projecto principal base de todos os projectos, e às vezes há disparidades com as especialidades...como condutas e coretes em espaços indesejados...estrutura desarrumada e saliente nas paredes etc. Por isso mesmo, como o edro disse, o arquitecto tem que verificar os projectos e em conjunto com os colegas das outras áreas reposicionarem os elementos por forma a nada afectar a arquitectura e a ideia para um espaço. Por vezes (nós arquitectos) também mudamos a arquitectura para ajustar certas paredes ou divisões a determinados elementos fundamentais que os engenheiros consideram que fica mais viável de determinada forma, e se isso não interferir com a ideia base que se quer para um espaço, também não nos custa nada engrossar umas paredes ou alinhar as coisas de forma diferente.

    O arquitecto é uma figura permanente, desde a ideia aos projectos e ao acompanhamento das obras, sempre no sentido de verficar se tudo está em conformidade com as peças escritas e desenhadas e nunca noutros sectores.
    Até a obra ter licença de utilização, o arquitecto deve acompanha-la.
  2.  # 62

    às vezes existem incompatibilidades? Seria tão bom, não seria?

    Muito eu gostava que alguém, fosse quem fosse, fizesse a compatibilização dos diversas especialidades. Sabe quem é que na práticas faz isso?

    O preparador de obra do empreiteiro, profissão que nunca vi por aqui referida e que é das mais improtantes em obra ou o empreiteiro no local.
  3.  # 63

    Compatibilização das diversas especialidades, estou a referir-me aos projectos, eu faço para todos os meus projectos.
    Sim o preparador de obra é fundamental, lógico.
    • AnaT
    • 14 agosto 2008

     # 64

    Bom dia a todos.

    Não sou Arquitecta, nem Engenheira, nem Empreiteira, nem Designer, nem Medidora-Orçamentista, nem estou de algum modo ligada profissionalmente às Artes Constructivas.

    A minha opinião é a seguinte:

    Arquitecto - deve interpretar o desejo do seu cliente com base nas necessidades deste e no orçamento disponibilizado
    Engenheiro - deve apoiar o projecto do Arquitecto complementando o estudo dentro das suas especialidades (solos, térmica, acústica...)
    Medidor-Orçamentista - deve orçamentar o projecto
    Empreiteiro - cabe-lhe o difícil trabalho de gerir e efectuar a construção com base no projecto e no orçamento

    Alguém tem de se responsabilizar por isto tudo, não é?

    O Arquitecto pelo projecto de Arquitectura, o Engenheiro pelas Especialidades, o Orçamentista pelo Orçamento e o Empreiteiro porque a casa não venha abaixo...

    E para que não venha, todos teem de trabalhar em conjunto...

    Digo eu que não percebo nada disto. Parece-me só ser necessário um bocado de bom senso.

    Mas também lhes digo, com o nível de preços cobrados pelos profissionais da nossa terra, o Zé Povinho vai continuar a reunir a famelga ao fim de semana pr'assentar mais uns tijolos, tudo regado com o bom tinto da região, e a pagar uns cobres ao tio, do amigo da vizinha que conhece um senhor e depois aquilo até é tudo aprovado...
    E porque todos nós sabemos que quem se lixa (desculpem a expressão mas é assim mesmo) é sempre o mexilhão que armado em parvo até tenta fazer as coisas conforme as visionárias Leis deste jardim à beira-mar plantado...

    (Desculpem o desabafo mas estou completamente saturada de mangas de alpaca e poderzinhos autárquicos cuja existência até hoje não compreendo)

    Bem hajam pelo forum e por tudo o que nos permitem aprender.

    Ana T
  4.  # 65

    Ana

    Neste tópico em particular, o meu verdadeiro objectivo é levantar algumas questões que pessoas de fora do meio desconhecem e que penso serem úteis, porque a discussão se devem ou não, ser os arquitectos a fazerem os projectos de arquitectura é completamente estéril, porque obviamente, apenas eles o sabem fazer ou nunca viu um projecto de engenheiro ou de um desenhador?

    Tenho é dificuldades em aceitar (e não aceito) a teoria de que o arquitecto passou a ser a figura central do processo de construção, como se ele tivesse formação e/ou competências em todas as áreas, tendo a Ordem dos Arquitectos aprovado legislação em que os arquitectos entraram em terrenos tradicionalmente dos engenheiros e isso está a provocar um enorme mal estar entre os dois grupos, levando a que as relações entre ambos que nunca foram famosas, estejam pior ainda. Porque, como os engenheiros dizem e se calhar com razão: Se nós não podemos fazer projectos, porque é que eles podem fazer direcção de obra?

    Repare que é uma guerra que me passa ao lado e me vou divertindo a ler os comentários de uns e outros, mas estes mal estares, têm consequências, porque como disse disse e bem, todos temos de trabalhar em equipa, mas imagina uma equipa onde uns sentem que os outros estão a fazer o trabalho deles e com isso a correr com eles?

    Já adivinhou a consequência de termos na mesma obra engenheiros e arquitectos, cada um picado com o outro e ambos com responsabilidades? Sobra para quem e quem é que sofre?

    Porque não sejamos anjinhos, esta lei nada teve a ver com a melhoria da qualidade da nossa construção, é apenas mais um episódio de uma velha guerra entre duas classes profissionais, em que uma delas, está na mó de cima (neste momento), devido á bastonária que têm, e uma forma de arranjar emprego a uma classe que têm o dobro dos profissionais que são necessários, mercê de anos e anos de formação de faculdades privadas e publicas, em que ninguém teve em atenção as necessidades do mercado, e que devido a isso, é hoje mais barato contratar um arquitecto ou um engenheiro, do que um canalizador ou um electricista.

    È que enquanto se discute que manda, existe todo um sub-sector em crescimento e o único que vai crescer nos próximos anos, e que está a passar ao lado dos projectistas e onde estes também não têm qualquer interesse em entrar, devido à sua dificuldade técnica: A reabilitação. Nesta área, é a lei da selva onde se fazem atentados a edifícios antigos e sob tutela de quem devia ter atenção, e no entanto, não vejo qualquer vontade de as Ordens intervirem.

    É que uma coisa é fazer um projecto de licenciamento, metê-lo numa Câmara e aprová-lo cumprindo um data de normas e utilizando tabelas ou software de cálculo em automático, outra coisa, é pegar num edifício antigo, pesquisar e estudar soluções, o que obriga a pensar e onde se revela toda a falta de preparação técnica que os nossos licenciados têm, porque não existe software que os salve.

    Lamento, mas já levo demasiados anos de obras, para ainda acreditar em princípios onde apenas existem interesses.

    PS: BOAS FÈRIAS - São só 3 dias, mas isto de ser orçamentista e ter uma mulher orçamentista, paga-se nas férias, há sempre mais um cliente que vai de férias e que quando voltar, quer o seu orçamento pronto para tomar uma eventual decisão no Natal :(
  5.  # 66

    Paulo Correia , aprecio muito os seus conhecimentos e até acho muito importantes os seus vários comentários neste forum, mas deixe-me que lhe diga que nem tudo é tão linear como diz.

    Por exemplo não sei porque um arquitecto tem de andar picado na obra com um engenheiro, pois cada um fez projectos especificos e responde por eles.

    Depois existe um director de obra que efectivamente manda na obra mas apenas garante o cumprimento desses projectos e caso alguma alteração terá que consultar ou assumir a responsabilidade por tal, e tanto pode ser um arquitecto como um engenheiro.

    Outra coisa é se já existem tantos arquitectos, porque razão então o grosso das obras são assinadas por outros profissionais?

    É fácil estar de fora e como diz até divertir-se com a coisa mas atente no panorama da nossa edificação e diga se está bem assim.

    ANAT
    embora concorde com a 1ªparte do que disse, deixe-me dizer-lhe que a grande maioria dos que não fazem batota, mal ganham para as contas. É pena que esse povinho´de que fala só faça isso na hora de construir um barraco, pois quando tem de ir ao dentista ou ao advogado, paga e não bufa e está lá ás vezes 10 minutos. Acredite que essa postura do povinho , não tem haver com os preços mas sim com o hábito de abarracar como pode constatar pelo panorama da nossa paisagem.

    Não quero ser moralista, quero é que se debata estes assuntos com a ponderação e seriedade necessárias para não pormos rótulos e generalizações de uma forma pouco reflectida.

    Defendo leis cada vez mais rigorosas de forma a que envolvam em trabalho de equipa todos os profissionais que o acto de construir envolve, e se acabe de uma vez por todas com o compadrio e facilitismo. Quero libertar-me do colete de forças que é este subdesenvolvimento que se vive em Portugal.
  6.  # 67

    Para mim, a discussão é mais ao lado. Como liberal que sou, abomino Ordens e organizações similares, e não vejo porque deva haver este tipo de restrições.
  7.  # 68

    Colocado por: PauloCorreia Que o arquitecto faça o acompanhamento de obra, concordo, para que não desvirtuem aquilo tudo, agora direcção de obra, nem pensar.

    E porque razão o arquitecto não pode fazer direcção de obra???
    Tem na generalidade mais conhecimentos o engenheiro em projectos de arquitectura e especialidades que o arquitecto???
    Não me parece, porque em projecto o arquitecto tem que ter um conhecimento mínimo de todas estas especialidades para adequar o projecto de arquitectura ao das diferentes especialidades, daí estar mais ou tão apto que o engenheiro para direcção de obra, ou o Paulo acha que o arquitecto não sabe chegar a uma obra e verificar se determinada armadura está correcta e de acordo com o projecto de especialidades???
    Daqui a pouco vai dizer que não vai puder assinar Alvarás também.
    Entreguem tudo aos Técnicos de Arquitectura e Constr. Civis da Machado de Castro, lol.
    Esses sim que são bons.
    Cumprimentos,
    Carlosmcd
  8.  # 69

    Colocado por: carlosmcdDaqui a pouco vai dizer que não vai puder assinar Alvarás também.
    Entreguem tudo aos Técnicos de Arquitectura e Constr. Civis da Machado de Castro, lol.
    Esses sim que são bons.
    Carlosmcd


    Srº Arquitecto carlosmcd

    Sem querer entrar em guerras, julgo que se quer ser respeitado, pode e deve respeitar todos aqueles que foram formados na Machado de Castro ou em qualquer outro local. Denegrir um conjunto de pessoas que foi formada num qualquer establecimento, é tão valido para eles, como para qualquer outra, arquitectos incluidos e vamos ficar por aqui, porque como eu já tive comentários menos felizes, vou pressupor que este também tenha sido feito num dia menos feliz.

    PS: Nem sei onde fica a Machado de Castro, apenas sei que é ou foi em Lisboa, mas sei que têm uma boa reputação no mercado



    Colocado por: carlosmcd
    Colocado por: PauloCorreiaQue o arquitecto faça o acompanhamento de obra, concordo, para que não desvirtuem aquilo tudo, agora direcção de obra, nem pensar.

    E porque razão o arquitecto não pode fazer direcção de obra???
    Tem na generalidade mais conhecimentos o engenheiro em projectos de arquitectura e especialidades que o arquitecto???

    Porque os engenhiros, têm, maior conhecimento de materiais e processos construtivos.

    Quando eu tenho um arquitecto em obra, ele preocupa-se em ver se a cor da tinta é a correcta, não com a qualidade da tinta, se os cerâmicos foram aplicados de acordo com a esteriotomia do projecto e não se o cimento cola foi o correcto ou se o processo de aplicação foi o correcto.

    Direcção de obra é gestão e nem os arquitectos nem os engenheiros foram formados como gestores. Podem e devem se directores técnicos da empreitada. mas nem uns nem outros farão direcção de obra muito mais tempo. Está a chegar o tempos dos gestores e dos advogados tomarem conta disto, porque tal como está, somos uma industria ineficente e que produz produtos de má qualidade e a preços elevados.

    Colocado por: carlosmcd
    Colocado por: PauloCorreiaou o Paulo acha que o arquitecto não sabe chegar a uma obra e verificar se determinada armadura está correcta e de acordo com o projecto de especialidades???Carlosmcd

    Também se não souberem, são turistas de visita à obra. E esse é o trabalho da fiscalização, verificar se a obra está a ser executada de acordo com o projecto, não é apenas o papel do director de obra.

    O do director de obra é de verificar isso tudo, mas é muito mais do que isso:
    É concepção e planeamento das actividades e verificar o seu cumprimento
    É a definição dos processos construtivos para que se saiba o que fazer, como o fazer e o porquê de fazer assim e não doutro modo
    É capacidade de negociação com fornecedores, subempreiteiro para que os materiais chegem atempadamente ás frentes de trabalhos,
    É a capacidade de fazer a obra com o orçamento que têm e procurar soluções alternativas, mais económicas, dentro do mesmo patamar de qualidade.
    É a capacidade de relacionamento e de encontrar soluções de acordo com os diferentes interesses do dono de obra, dos projectistas, da fiscalização e do empreiteiro
    É encontrar soluções a tempo e horas, quando os projectistas respondem "vou pensar numa solução", que na generalidade significam, "não faço a menor ideia e vou ganhar tempo á espera que o problema se resolva por si ou alguem desenrasque"
    É a capacidade de não se deixar enganar por gente que sabe mais do que ele num determinado assunto e procurar informação para poder falar de igual para igual.
  9.  # 70

    Colocado por: marco1
    Outra coisa é se já existem tantos arquitectos, porque razão então o grosso das obras são assinadas por outros profissionais?..

    Os projectos devem ser assinados por arquitectos e nisso não discordo, mas porque o arquitecto traz uma mais valia a um projecto que mais ninguém traz e não porque existem muitos no desemprego.

    Colocado por: marco1
    É fácil estar de fora e como diz até divertir-se com a coisa mas atente no panorama da nossa edificação e diga se está bem assim?..
    .
    Não, não está e nisso concordamos, mas não é com esta fúria legislativa que se irá alterar algo excepto os custos.A qualidade da nossa construção não têm a ver com o facto de serem ou não os arquitectos a assinarem, mas com a péssima qualificação de todos os agentes implicados.Com o lixo de projectos que todos os dias me chegam ás mãos, com o cliente que está-se nas tintas para a qualidade, desde que fique barata, com umas fiscalizações corruptas e com uns empreiteiros que nem alvará deviam ter.

    Lembra-se daquela frase do Vasco Santana na Canção de Lisboa, de pois de ter suburnado o guarda do jardim zoológico?
    "Carneiro amigo, andamos todos ao mesmo"


    Colocado por: marco1
    Defendo leis cada vez mais rigorosas de forma a que envolvam em trabalho de equipa todos os profissionais que o acto de construir envolve, e se acabe de uma vez por todas com o compadrio e facilitismo. Quero libertar-me do colete de forças que é este subdesenvolvimento que se vive em Portugal
    ..

    Ai, já somos dois,embora se calhar por caminhos diferentes. Você quer melhores leis, eu já não acredito na lei.

    Penso que o caminho será o da educação das pessoas que pagam, ou seja, os nossos clientes, e demonstrár-lhes porque é que o arquitecto é fundamental, qual a mais valia que essa profissão traz, para que os clientes estejam dispostos a pagar por um projecto o seu real valor, sabenbo que o producto final, terá qualidade e custos controlados, e que o dinherio que pagam agora, irá ser poupado muitas vezes.

    è neste sentido que participo nos fóruns, para explicar e ensinar a quem é de fora a evitarem cometerem erros e a não se deixarem enganar pelos maus profissionais que por ai andam e aprendam a distingir o trigo do joio. Mesmo os da minha profissão e ai discordo de que se esconde atrás de um códicgo de ética que apenas serve para proteger os incompetentes

    Cumps
  10.  # 71

    O PauloCorreia desta vez "divertiu-se" à grande (peço desculpa se não foi o sr que utilizou o termo num dos outros tópicos), toda a sua conversa foi para???? todas as suas citações??? vai dizer que 90% dos projectos de Arquitectura não são assinados por qualquer desses técnicos e por engenheiros??? ora deixe-se de conversas!!!
    Quando falei da armadura era um mero exemplo ou o sr. não entendeu??? preocupou-o eu só dar o exemplo da armadura??? Alguém chamou para aqui o papel da Fiscalização??? bem de tudo o que referiu que compete ao director de obra já vi que sóóóóóóó o engenheiro é capacitado para tal!!! Compreendido!!!! essa das tintas..., é conversa sua!!! porque só pode ser sua, e não venha cá dizer que estou a desrespeitá-lo, o sr sim está a desrespeitar os arquitectos quando diz que só se preocupam com a cor da tinta e não com a qualidade, quer dizer que lidou sempre com engenheiros que verificam as ISO e tudo o mais..., das tintas!!!
    Bem a referência final aos agentes de arquitectura e construtores civis pode ter sido infeliz, mas foi o sr que me mandou a corda eu só a agarrei!!! e vamos ficar por aqui, porque estamos num país de m..., onde se devia estabelecer limites a cada profissional, cada macaco no seu galho, assim já não surgiam estes tipos de comentários. O Paulo pressupõe que eu seja arquitecto..., será que sou? Na volta sou um engenheiro revoltado (lol)
    Agora no final e depois de ler verifico que o meu comentário é infeliz como outros que já fiz (mas é meu) e é tão infeliz como o seu anterior.

    Nota: -Espero que não apareça aqui um engraçado a dizer que estou a desrespeitar o Estatuto de Deontologia da O.A., porque já não é a primeira vez que me deitam essa à cara; parece que a "classe" fica chocada quando alguém levanta a voz..., ou não fala "francês" e usa linguagem do povo (lol).
    A propósito da Machado de Castro..., era um elogio, eles é que são bons!!! como pôde considerá-lo um insulto??? eu não disse foi no que eles eram ou são bons...(lol).
    Está a ver como há mentes maldosas!!!

    Nota2: - Para o Paulo é fácil divertir-se, como orçamentista tanto lhe dá que seja o dono de obra, o arquitecto, o engenheiro, o pedreiro, etc..., a levar-lhe o orçamento para fazer..., o seu está sempre garantido!!! "não se ponha a pau" que já existem aí uns programinhas que quase substituem o Orçamentista, e depois o amigo tem que se dedicar à pesca (como alguns de nós, que ganhamos menos que a mulher a dias, é simplesmente vergonhoso).
    Cumprimentos,
    Carlosmcd
  11.  # 72

    Caro Carlosmcd

    Não vale a pena a gente a chatear-se aqui, para isso chegam as obras, afinal estamos só a trocar opiniões e nem sempre o que expressamos, é interpretado da forma que queriamos, e eu estou conciente que consigo ter opiniões muitos corrosivas, as quais já me causaram muitos dissabores, mas alinhar no politicamente correcto é que não.

    Em relação á Machado de Castro, tenho-os ou tinha em grande conta, uma vez que estão a desaparecer rapidamente. Mas aquele LOL no fim.....

    Em relação á sua nota2, vou-lhe contar um segredo.

    Antes dos orçamentos,eu era medidor e quando comecei, procurei descobrir qual a área que ninguém queria para ganhar o meu espaço. Essa área eram as estruturas de betão armado, em especial as medições de armaduras, que toda a gente detestava, tendo inclusive feito um programa. Funcionou lindamente durante 5 anos até que me apareceu o primeiro projecto feito no CYPE com as medições de armaduras. Embora tivesse grandes falhas, sabia que seria uma questão de tempo até estar em condições e nessa altura eu deixaria de me divertir. Portanto, ala moço e toca a procurar outra área na construção civil.

    Não é primeira, nem será a última vez, que terei de mudar, porque como em tudo na vida, tudo tem um fim e eu melhor que ninguém, sei que a minha profissão cedo ou tarde deixará de ter os beneficios que têm, não pelos programas que estão a aparecer no mercado, porque esses programas dependem de bons projectos (ainda não são adivinhos) e isso é coisa díficil de encontrar, mas porque, se agora é uma profissão maravilhosamente paga e com uma enorme procura, isso vai levar a que muita gente venha para ela, e pela lei da oferta e da procura, os ordenados irão baixar e passará a ser uma profissão como todas as outras e onde a concorrência dará cabo dos preços, algo que você bem sabe, uma vez que o sente.

    Se neste momento estou bem pago, tenho grande procura no mercado, e a minha posição na empresa é mais do que confortável, também sei que isto irá acabar dentro de poucos anos, 3 a 5 no máximo, pelo que neste momento, estou a estudar e a desenvolver as competências que necessito para as 2 próximas areas bem pagas que se seguirão aos orçamentos. Como não sei qual delas virá primeiro, preparo as duas de forma a poder continuar a divertir-me.

    Para nos divertir-mos nesta vida, temos 3 hipóteses: Nascemos ricos, casamos ricos ou sabemos mais que os outros (na altura certa), porque o mercado paga competências, não paga conhecimentos.

    Mas eu divirto-mo, não porque esteja a gozar com isto, mas porque já perdi a esperança que esta industria algum dia
    vá aos eixos e possamos dizer com orgulho que trabalhamos nas obras. E se não formos capazes de nos rir de nós próprios, pouco respeito merecemos.

    Se o ofendi, foi sem querer e desde já as minhas desculpas. Quando encontramos alguém que não fala francês, é sempre um grande dia.

    Cumps
    Paulo Correia
    Estas pessoas agradeceram este comentário: carlosmcd
  12.  # 73

    ... não vale a pena chatearem-se!!!!..

    Paulo... Eu durante as visitas a obras... além de verificar o tipo e qualidade dos revestimentos... ando sempre atrás do tipo de colas utilizado e do modo de execução (porque se eu escrevi nas CTG´s/CTE´s, que é determinada maneira...)

    Também gosto, de em obra em conversa com o Encarragado e com o pessoal executante, discutir, a solução que foi preconizada, saber as suas opiniões, explicar porque é que foi especificado assim, também recolher opiniões sobre alternativas de execução/ especificação dos materiais. Para um técnico evoluir, além da "sabedoria" de gabinete ( manuais e fichas técnicas), é necessário cruzar com a "sabedoria" da obra...

    Estamos sempre a aprender e a ensinar..

    Quanto à Direcção de Técnica de Obra...
    continuo a manter a minha posição:
    Em Obras pequenas (até classe 3/4), tanto,tem aptidão um Arquitecto, como um Eng.º Civil, como um ATAE (Terão é que ter vocação e interesse para esta especificidade - bom o ATAE, é formado tendo em vista a Condução de Obra).

    Em Obras maiores (após classe 3/4), Penso que a DT, deveria ser partilhada por dois ou mais técnicos, formados em áreas distintas ( Arquitecto e Eng.º Civil, Eng.º electrotécnico)

    PS: Estou apenas a considerar obras de Edificação de Edificios
  13.  # 74

    Oh Pedro

    Mas você sabe que é uma excepção, não sabe? Se escreve CTE, já é uma excepção e se fala com os encarregados, então é mesmo excepção.

    Nas obras pequenas, concordo consigo, nas grandes, só não concordo com meter 2 ou + responsáveis. Um apenas e ján em discute se é engº ou arqº, desde que tenha bom senso e saiba dirigir equipas..
  14.  # 75

    PauloCorreia, concordo com tudo o que disse, e se coloquei aquele lol no fim naquela referência aos ATAE e C.Civil é porque em tempos idos fui desenhador de construção civil (12anos de 83-95), do tempo em que se desenhava a rotring, não havia cá copy past, no gabinete onde trabalhava também se tiravam cópias amoníacais e reprolares e normalmente as piores coisas que me passavam lá pela mão eram desses ditos técnicos (era de bradar aos céus), quer a nível de desenho quer a nível de concepção arquitectónica. agora o que fala de terem grande grande "bagagem" teórica reconheço que é verdade, o difícil é eles terem a capacidade de aliar essa capacidade com a concepção de projecto. Mas acredito que os haja também que conseguem aliar essa capacidade a concepção do projecto.
    NOTA: - Para que veja, neste dito gabinete de arquitectura que trabalhei e já lá vão 13 anos, só me lembro de terem sido assinados 2 projectos por um arquitecto o resto foram assinados por um engenheiro civil que "cooperava" com o gabinete na troca de fazer o projecto de estabilidade.
    Na altura se bem me lembro, eram pedidos proj. de arquitectura; projecto de águas; projectos de esgotos; a ficha electrotécnica; estaleiro caso ocupasse via pública e pouco mais. Nada tem a ver com a complexidade que agora se pede.
    NOTA1: - Em relação ao que referi do arquitecto ter competências para direcção de obra (mea culpa), estava a referir a pequenas obras, obviamente que em obras complexas estou de acordo com o que o Pedro referiu.
    Cumprimentos
    Carlosmcd
  15.  # 76

    Desde que vi uma urbanização no concelho de Palmela, de moradias nada baratas, em que os quartos principais tinham janelas a toda a largura, viradas para a rua, mas não tinham nem podiam ter portadas nem estores, perdi uma grande parte da consideração que tinha pelos arquitectos.

    Em todo o caso, parece-me estéril toda esta discussão sobre qual(is) o(s) grupo(s) profissional(ais) que deve ter monopólio legal das diversas fases de concepção de um edifício - mera questão de defesa dos respectivos quinhões de mercado.
    Como liberal, estou convicto que era seguramente melhor perguntar o que é que cada grupo profissional tem para oferecer ao cliente, sem ter que se escudar em protecções artificiais.
  16.  # 77

    luisvv, apenas lhe digo que tem uma visão digamos básica do problema, pois se analizar e interessar-se por esta problemática mais a fundo, vai ver como muitas coisas estão encadeadas. E olhe não vou tornar a repetir o mesmo, quando estiver doente vá tratar-se onde lhe apetecer e com o profissional que entender. Só digo é que devemos estar mais atentos de como são gastos no ensino os nossos impostos.
  17.  # 78

    Colocado por: marco1luisvv, apenas lhe digo que tem uma visão digamos básica do problema, pois se analizar e interessar-se por esta problemática mais a fundo, vai ver como muitas coisas estão encadeadas. E olhe não vou tornar a repetir o mesmo, quando estiver doente vá tratar-se onde lhe apetecer e com o profissional que entender. Só digo é que devemos estar mais atentos de como são gastos no ensino os nossos impostos.


    É engraçado como despacha logo com um carimbo de "básica" uma visão diferente da sua - e que de básica não tem nada. Podíamos desenvolvê-la por diversos prismas, mas resumidamente limito-me a salientar que não reconheço legitimidade ao Estado ou a uma Ordem para inteferir em contratos estabelecidos de livre vontade e de comum boa-fé.
    Daqui resulta que não reconheço qualquer utilidade ou legitimidade a muitas das funções actualmente desempenhadas pelo Estado, e a grande parte da legislação com que nos afogam.


    P.S - O seu exemplo do tratamento da doença é óptimo. Escolhemos os médicos porque eles são médicos (e portanto detentores de determinado conjunto de conhecimentos), ou apenas porque a lei nos impõe ?
  18.  # 79

    Porque a lei assim determina, pois se está a recorrer a outro profissional que não um médico para se tratar, o estado não tem nada a haver com as consequências.
    Deve ter a mente mais aberta, EU NÃO LHE CHAMEI BÁSICO, você faz é uma análise básica sobre o assunto, tal como eu o poderei fazer se estiver a falar sobre advogacia, matéria de que não possuo formação e conhecimentos aprofundados do respectivo mundo laboral.
    E já agora, se não for pela lei, como é que voçê acha que isto vai lá? á martelada?
  19.  # 80

    Colocado por: luisvvDesde que vi uma urbanização no concelho de Palmela, de moradias nada baratas, em que os quartos principais tinham janelas a toda a largura, viradas para a rua, mas não tinham nem podiam ter portadas nem estores, perdi uma grande parte da consideração que tinha pelos arquitectos.

    Boa tarde, de certeza que esse arquitecto quis ser original (lol); na volta a opção nem seria ter estores embutidos nem portadas, mas quando se opta por opções diferentes neste caso penso eu que a caixa de estore pelo menos era de manter; Mas não é caso para daí tirar essa sua conclusão (lol).
    Eu continuo a batalhar para que o projecto de arquitectura seja da responsabilidade dos arquitectos (claro que há os bons e os maus, eu se calhar estou incluido nos maus), mas de certeza que é uma % mínima (de maus) comparando com todos os outros que assinam projectos de arquitectura (que são uns 90%);
    Cumprimentos
    Carlosmcd
 
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