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  1.  # 121

    não é nesta fase que estamos?
    Eu começo a achar que não vale a pena e das duas, três.
    Ou desisto e faço como os outros
    Ou emigro
    Ou alinho na evasão fiscal.

    Agora continuar a pagar para sustentar direitos sem deveres, é que cansa e muito


    Já estive mais longe de emigrar, de facto.
  2.  # 122

    Boas

    Se um café da esquina tem um investimento de umas dezenas de milhar de euros e lucra X, porque razão se espanta quando um banco que tem um capital social de milhares de milhões de euros tem um lucro de centenas de milhões ?

    Há uma diferença substancial: para ser um empresário do ramo da hotelaria basta constituir empresa. Fundar um banco, como deve saber, não é permitido a qualquer um por muito capital de que disponha. Se o café falir ninguém o vai acudir, já o mesmo não se passa com os bancos como todos sabemos. Pelo contrário, todos somos chamados a ajudar. Não acho que isto seja o tipo de mercado que defende – nem os banqueiros, a não ser para o sector bancário.

    Eu também aceito que você goste da lei da gravidade de Newton, mas precisava de uns ajustes, não acha?

    Como provavelmente já sabe esses ajustes já foram feitos na década de 20 do século passado por aquele senhor de cabelo desgrenhado

    Fica aqui uma ficção, caricatural, mas em todo o caso muito certeira:

    O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.


    Não que seja a minha opção, mas aqui fica:
    Tanto quanto sei – e tenho a certeza que também o sabe - o socialismo não passa pela igualdade absoluta, como mostra o seu princípio básico:
    “A cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas capacidades”
    Muito diferente da situação que relata

    cumps
    José Cardoso
    • altar
    • 27 maio 2010 editado

     # 123

    Tomando como referência o salário mínimo nacional de 470 euros, e sabendo que é quase impossível viver com ele atendendo ao facto que 5 euros é uma fortuna para essas pessoas...

    então um agregado de 3 pessoas que aufira 3 * 470 = 1410 euros

    ou um agregado de 4 pessoas 4* 470 = 1880

    são agregados da classe baixa, não se podem considerar da classe média porque estão no limiar da pobreza

    Há tempos um jornalista do Expresso aceitou o desafio de viver 1 mês com o salário mínimo, e depois ia relatando no Expresso as suas experiências. Meu Deus !!!

    uma pessoa acorda a pensar em contas e deita-se a pensar em contas, e 1 dia que não gastem nada é uma vitória

    Para mim essas pessoas são heróis

    Agora imaginem um agregado de 4 pessoas que aufira 4 * 470 + 470 = 2350 euros ( 1175 euros cada membro do casal )

    esse agregado é da classe média-baixa, ganha 5 vezes o salário mínimo mas tem 2 filhos para sustentar....só quem não tem filhos é que não sabe o que se gasta com eles por isso a média é 1 filho por casal...
  3.  # 124

    Colocado por: j cardoso Há uma diferença substancial: para ser um empresário do ramo da hotelaria basta constituir empresa. Fundar um banco, como deve saber, não é permitido a qualquer um por muito capital de que disponha.

    Comecemos por aqui e ignoremos as necessidades burocráticas. A actividade bancária depende de licenciamento, é facto. Mas esse licenciamento é obrigatório desde que cumpridos determinados requisitos - para além do óbvio capital, requisitos de idoneidade.

    Se o café falir ninguém o vai acudir, já o mesmo não se passa com os bancos como todos sabemos. Pelo contrário, todos somos chamados a ajudar. Não acho que isto seja o tipo de mercado que defende – nem os banqueiros, a não ser para o sector bancário.

    A esta voltamos mais tarde...

    Como provavelmente já sabe esses ajustes já foram feitos na década de 20 do século passado por aquele senhor de cabelo desgrenhado

    Esse senhor do cabelo desgrenhado ajustou a sua formulação , não a lei em si própria. A gravidade é independente da nossa vontade ou da forma como a compreendemos ou representamos.


    Não que seja a minha opção, mas aqui fica:
    Tanto quanto sei – e tenho a certeza que também o sabe - o socialismo não passa pela igualdade absoluta, como mostra o seu princípio básico: “A cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas capacidades”
    Muito diferente da situação que relata


    Eu sei que você sabe que eu sei. Por isso salientei que é uma caricatura. No entanto, isso é negligenciar a natureza humana.
  4.  # 125

    Soltaram as divindades de Davos
  5.  # 126

    Boas

    Esse senhor do cabelo desgrenhado ajustou a sua formulação , não a lei em si própria. A gravidade é independente da nossa vontade ou da forma como a compreendemos ou representamos.


    Não é importante para o que se discute, é até um preciosismo, mas aqui fica: a segunda parte da sua afirmação está inteiramente correcta, a gravidade - tal como os outros fenómenos que compõem o que chamamos de física - é independente da forma como a compreendemos e, tanto quanto sei, até a interpretação de Einstein poderá e deverá no futuro ser modificada o que acontecerá quando alguém apresentar uma teoria quântica da gravidade, o que poderá levar ao estabelecimento de uma teoria unificada - GTU - das 4 forças. Com a primeira parte é que já não concordo, a interpretação relativística da gravidade que Einstein nos ofereceu é uma nova "lei" totalmente independente da interpretação Newtoniana: a gravidade passou a não ser mais que uma deformação da estrutura do espaço-tempo.

    E como provavelmente isto será uma seca absoluta para a maior parte de vocês vou amenizar a questão com a ajuda de Marco Santos e o seu Bitaites a quem "roubei" umas palavras sobre o assunto:

    "A Incerteza de Heinsenberg e o rabo da Joana
    Autoria: Marco Santos

    Estava eu a fazer a barba quando comecei a pensar nos mistérios da física quântica. O mais extraordinário disto é que nem me cortei.

    Eu sou um cabeça no ar, é verdade, mas estas coisas aconteceram-me agora porque estou mortinho por escrever um post sobre os mistérios quânticos e a dificuldade do tema anda a travar-me os dedos. Mal começo a escrever, bloqueiam-me todas as aulas de Física e Matemática às quais devia estar a prestar atenção e não estava porque, por essa altura, já tinha começado a fazer a barba e o rabo da Joana era muito mais interessante que a constante de Planck.

    A recordação do belo rabinho da Joana conduz-me a uma apaixonante especulação de natureza quântica: que teria acontecido se eu tivesse feito o que o meu instinto me ordenava e lhe tivesse apalpado uma das nádegas? Teria tido a Joana uma atitude perversamente cristã, ou seja, oferecido a outra? Ou teria ela esmagado os meus ímpetos sexuais com uma galheta nas trombas?

    Segundo o Princípio da Incerteza de Heisenberg, os dois estados de Joana coexistem: tanto pode gostar como dar-me uma galheta. Só após a intervenção do observador é que se sabe. Um electrão comporta-se como uma partícula ou uma onda – mas só sabemos do seu estado real quando o observamos. E mesmo quando o observamos não podemos fazê-lo com resultados que o nosso senso comum possa interpretar: ou lhe calculamos a posição ou o movimento. Não podemos medir ambos os estados ao mesmo tempo.

    O electrão encontra-se num estado fantasmagórico que só é quebrado pela intervenção do observador. Por outras palavras: as descobertas da física quântica parecem demonstrar que existe uma relação qualquer entre a matéria e a consciência. Se esta **** não dá cabo da cabeça de um gajo então não sei o que é que dá. Sim, o rabo da Joana. Mas isso é outra história.

    Infelizmente, tais fenómenos só ocorrem a nível atómico. Ao nosso nível – aquele onde as leis de Newton funcionam e onde tudo é preciso e determinado – por mais que a minha consciência forçasse a nádega esquerda de Joana a aceitar a minha mão direita, o mais certo era que a força da gravidade actuasse sem dó nem piedade sob a forma de uma bofetada.
    Agora que penso nisso, sempre é melhor pensar em física quântica enquanto faço a barba do que recordar o rabo da Joana.

    Nunca mais vi a rapariga, mas a constante de Planck, e tudo o que se seguiu depois, continua a dar a volta à cabeça de muita gente. O físico dinamarquês Niels Bohr chegou mesmo a dizer que só quem não compreende as implicações das descobertas quânticas não fica chocado.

    Eu estou chocado, acreditem, pois nunca saberei o que aconteceria se tivesse realmente apalpado a Joana.

    Brincadeiras à parte, estou a devorar livros. As implicações das descobertas da física quântica são tão extraordinárias e intrigantes que não descanso enquanto não digerir toda a informação que estou a recolher para depois transformá-la num post que possa ser lido sem problemas. Ou então talvez nunca venha a escrevê-lo por não ter conseguido perceber o suficiente. Só nunca descreverei em pormenor a Joana: física quântica ainda se partilha, agora aquele corpinho não. Esse fica só para mim."



    cumps
    José Cardoso
  6.  # 127

    Colocado por: j cardosoNão é importante para o que se discute, é até um preciosismo, mas aqui fica:(..)Com a primeira parte é que já não concordo, a interpretação relativística da gravidade que Einstein nos ofereceu é uma nova "lei" totalmente independente da interpretação Newtoniana: a gravidade passou a não ser mais que uma deformação da estrutura do espaço-tempo.


    Seja. Reformulemos então a minha afirmação: Marco1, eu também não estou de acordo com a gravidade, e acho que precisa de umas alterações para se tornar mais justa.
  7.  # 128

    voçê é comico, isso é que?? lavagem ao cerebro ??? a gravidade é uma coisa, um sistema artificial de trocas economicas entre seres racionais é outra, ou pensa que no fundo ser racional é apenas ser um simples animalzinho sujeito ás leis de dawarin??
  8.  # 129

    Colocado por: marco1voçê é comico, isso é que?? lavagem ao cerebro ??? a gravidade é uma coisa, um sistema artificial de trocas economicas entre seres racionais é outra, ou pensa que no fundo ser racional é apenas ser um simples animalzinho sujeito ás leis de dawarin??


    Portanto acha que aquela história da oferta e da procura é artificial? Algo não inato?
    Devolvo-lhe a pergunta: ser "racional" é contrariar a natureza humana?
  9.  # 130

    meu amigo a lei da oferta e procura não se esgota nesta simples premissa, seja ela artificial ou algo nato não é perfeita logo pode não ser justa e ai ter de ser manipulável não?
    E qual natureza humana ?? tem dados cientificos exactos a definir essa sua natureza humana?? o simples facto de sermos racionais já nos dá a capacidade de optar e " contrariar" os mais básicos instintos animais.
    •  
      MRui
    • 28 maio 2010

     # 131

    Colocado por: luisvvser "racional" é contrariar a natureza humana?

    Esta da "natureza humana"... o que é que é a natureza humana? Parece que a natureza humana entendida pelo luisvv é única e indivisível. Há muitas "naturezas humanas", em último caso cada um de nós tem a sua própria natureza humana, diferenciada de todos os outros. Acho essa sua insistência na sua verdade sobre a natureza humana, um bocado totalitária e pouco liberal.
  10.  # 132

    Colocado por: marco1meu amigo a lei da oferta e procura não se esgota nesta simples premissa, seja ela artificial ou algo nato não é perfeita logopodenão ser justa e ai ter de ser manipulável não?

    Qual "simples premissa" ? E como sugere que "manipulemos" algo inato? Conhece casos de sucesso duradouro? Olhe, na Venezuela está a dar um resultadão. No Zimbabwe foi óptimo, permitiu à população lidar diariamente com coisas tão giras como notas de vários milhões de dólares, que não serviam para comprar um mísero pão, sequer. Dispenso-me de recordar o que é Cuba, e o que foram os países "socialistas". Mas se quiser falar de algo que lhe seja mais próximo, vá pesquisar os jornais do final da década de 70, início de 80, quando havia racionamento de bens em Portugal.

    E qual natureza humana ?? tem dados cientificos exactos a definir essa sua natureza humana?? o simples facto de sermos racionais já nos dá a capacidade de optar e " contrariar" os mais básicos instintos animais.

    Um aparte: curioso como precisa de utilizar adjectivos com carga negativa forte para caracterizar os instintos.
    No entanto, voltando à vaca fria: fique sentado à espera do Homem Novo. O Marco1 conhece estudos científicos que determinem a propensão humana para o socialismo?
  11.  # 133

    Colocado por: altarTomando como referência o salário mínimo nacional de 470 euros, e sabendo que é quase impossível viver com ele atendendo ao facto que 5 euros é uma fortuna para essas pessoas...

    então um agregado de 3 pessoas que aufira 3 * 470 = 1410 euros

    ou um agregado de 4 pessoas 4* 470 = 1880

    são agregados da classe baixa, não se podem considerar da classe média porque estão no limiar da pobreza



    Desculpe mas o meu agregado é de 3 pessoas e o total dos rendimentos é de 1019 euros.

    E não me considero pobre. Sou pobre? Claro que não. E porque não? Porque consigo pagar todas as minhas contas. Se sobra algum? Não sobra. Mas posso ser feliz na mesma pois moro num sítio lindo, tenho uma casa linda (arrendada) e todos os fins de semana posso passear como se estivesse de férias, por estes belos locais.

    E para quem diz que há pessoas que não querem trabalhar, ora... e quando é o próprio Estado que não deixa uma pessoa trabalhar?
    O meu namorado está desempregado e o Estado inventa que ele tem que tirar um curso profissional de energias renováveis, durante 1 ano e meio. E se desistir do curso, terá que devolver todas as prestações que recebeu do subsídio social de desemprego. Agora ganha 419 euros de subsídio. Em Agosto vai acabar. Ficando a ganhar 200 euros do curso (ajudas de custo). E o curso ainda agora começou. E eu pergunto-me: Como vamos passar de 1019 euros para 800 euros para 3 pessoas? Como é que o Estado obriga alguém a estar num curso todos os dias das 9h às 17h e não permite que ele vá trabalhar, nem lhe arranja tempo para procurar emprego.
    Isto só pode ser piada não?
    Além da dificuldade que é arranjar trabalho nestas santas terrinhas...
    • altar
    • 28 maio 2010 editado

     # 134

    Colocado por: MartaD

    Desculpe mas o meu agregado é de 3 pessoas e o total dos rendimentos é de 1019 euros.

    E não me considero pobre. Sou pobre? Claro que não. E porque não? Porque consigo pagar todas as minhas contas. Se sobra algum? Não sobra. Mas posso ser feliz na mesma pois moro num sítio lindo, tenho uma casa linda (arrendada) e todos os fins de semana posso passear como se estivesse de férias, por estes belos locais.



    Essas contas foram feitas por um fiscalista e deu no telejornal há uns tempos atrás, deve existir no youtube.
    Limiar da Pobreza foram as palavras que ele aplicou, o mais triste é que grande parte da população está neste limiar

    A verdade é que somos um país de pobres e ainda por cima pagamos por um carro mais que um Alemão que é rico, entre outras coisas

    Pessoas que vivem com o salário mínimo ou pouco mais que isso são verdadeiros heróis

    Eu não sou rico mas se fosse procuraria em ajudá-los
  12.  # 135

    Boas

    Afinal em que ficamos? Como se pode tipificar a classe média portuguesa? (se é que se pode tipificar)

    cumps
    José Cardoso
    • altar
    • 28 maio 2010 editado

     # 136

    Colocado por: j cardosoBoas

    Afinal em que ficamos? Como se pode tipificar a classe média portuguesa? (se é que se pode tipificar)

    cumps
    José Cardoso


    A existir classe média ela está na falência como o país, com pouco dinheiro

    Nas actuais circunstâncias quem tem dinheiro para pagar a casa + condomínios + luz + gás + água + transportes ( passes ) + gasolina ou gasóleo + despesas com os filhos (educação) + vestuário + frigorífico e despensas cheios e depois ainda consiga ter algumas extravagâncias tipo telemóveis, tv-cabos, comer de vez em quando fora e no final do mês ainda consiga poupar alguma coisita...

    Essa família é da classe média mas caso se endivide, por exemplo para compra de carro ou outra coisa qualquer, e se esses encargos forem superiores a 30% do rendimento líquido disponível...então certamente que vai ter que cortar em alguma coisa

    Ser português não é bem uma condição, é uma habilidade circense. E das difíceis. O trapezista, no circo, balouça-se de cabeça para baixo e grita "Agora sem mãos!", o que não deixa de ser admirável, mas ser português também é um número arriscado: "Agora sem emprego!", gritam uns. "Agora sem saúde!", gritam outros, depois do fecho das urgências. "Agora sem dinheiro!", gritam quase todos desde que o Governo começou a tomar as chamadas medidas de austeridade.

    Primeiro, com o PEC, foi preciso apertar o cinto. Neste momento, com os novos aumentos de impostos, parece ser tempo de Portugal apertar o cordel. Os mendigos não usam cinto. Passam uma guita pelas presilhas e dão um nó à frente. Creio que o que estamos a apertar agora é essa guita - ironicamente, por falta de guita.

    Apesar de tudo, a notícia de que o Governo iria aumentar os impostos sobre o rendimento deveria ter agradado aos portugueses: muitos deles não sabiam que ainda tinham rendimentos para taxar. Poderia ter sido uma agradável surpresa. Infelizmente, o povo português é difícil de contentar. Há uns anos, a palavra de ordem era "Basta de salários de miséria!" Agora é "Deixem os nossos salários de miséria como estão!" Ora não querem salários de miséria, ora recusam que se lhes mexa neles. Vá lá uma pessoa compreender este povo.

    Que fazer, amigo leitor? De que modo podemos salvar o País da falência? Sobre isso, tenho a mesma opinião que o ministro das Finanças: não faço a mínima ideia. Mas tenho uma sugestão que gostaria de apresentar. O País não está bem, isso é certo. Com mais de 800 anos, também já não vai para novo. E há mais de 500 que não consegue fazer nada especialmente digno de nota. Enquanto país uno e indivisível, não parece ter grande futuro. Mas, que diabo, não haverá ninguém que queira isto para peças? Como se faz com a sucata: a unidade funciona mal, mas há duas ou três fracções que ainda podem ter serventia - e valer dinheiro.

    Tendo em conta o papel proeminente que alguns sucateiros têm na nossa sociedade, não poderíamos aproveitar a sua sabedoria no que toca a desmembrar coisas para as rentabilizar? Os espanhóis hão-de estar interessados no Minho e em Trás-os-Montes. Os holandeses, ao que parece, gostam muito do Alentejo. No fundo, não seria muito diferente do que fizemos com o Algarve e os ingleses. É só uma ideia. E talvez seja absurda, admito. Pelo menos, não tem aquela qualidade que costuma caracterizar as medidas que realmente salvaguardam o interesse e o futuro do País: não vai ao bolso dos contribuintes.

    texto de Ricardo Araújo Pereira
    http://aeiou.visao.pt/agora-sem-nada-nos-bolsos=f560589
  13.  # 137

    Colocado por: altar
    Colocado por: MartaD

    Desculpe mas o meu agregado é de 3 pessoas e o total dos rendimentos é de 1019 euros.

    E não me considero pobre. Sou pobre? Claro que não. E porque não? Porque consigo pagar todas as minhas contas. Se sobra algum? Não sobra. Mas posso ser feliz na mesma pois moro num sítio lindo, tenho uma casa linda (arrendada) e todos os fins de semana posso passear como se estivesse de férias, por estes belos locais.



    Essas contas foram feitas por um fiscalista e deu no telejornal há uns tempos atrás, deve existir no youtube.
    Limiar da Pobreza foram as palavras que ele aplicou, o mais triste é que grande parte da população está neste limiar

    A verdade é que somos um país de pobres e ainda por cima pagamos por um carro mais que um Alemão que é rico, entre outras coisas

    Pessoas que vivem com o salário mínimo ou pouco mais que isso são verdadeiros heróis

    Eu não sou rico mas se fosse procuraria em ajudá-los


    Contas são só contas. Segundo esse senhor, eu seria pobre.
    Mas como posso ser pobre se tenho uma casa nova e grande, temos 1 carro de 1997, conseguimos pagar todas as contas, andamos bem vestidos, respiramos ar puro, não vemos crime, temos segurança, temos educação...

    Ok, é certo que tive que me mudar para uma Vila para ter isto tudo a baixo custo e é por causa disso que não considero que 3 pessoas com 1019 euros, sejam pobres. Depende do sítio onde se vive. Depende de muita coisa.
    Se há pessoas na cidade que não conseguem viver com tão pouco, que MUDEM DE VIDA. Que saiam para outro sítio. Portugal não se resume às cidades.
    Já agora, não sei como os pobres têm créditos. Eu não me considero pobre e ninguém me dá crédito lol
  14.  # 138

    sr. luisvv

    vou arrumar de vez esta discussão consigo.
    nem lhe deu o direito ou melhor não aceito que depreenda das minhas palavras que eu estou a defender socialismos, estados, sistemas totalitários etc ,de que parece estar a querer rotular o meu pensamento que mais nada é do que ter princípios humanistas. Uma coisa é certa aqui quem parece que só vê um caminho e uma inevitabilidade é o luis pura e simplesmente. Toda esta nossa discussão sobre sistemas é despropositada e quanto muito em vez de sistemas poderíamos é realmente ir ao que de facto está em jogo nestes assuntos que mais não é do que a eterna luta de classes tão só. mas mesmo este assunto causa-me fastio e já estou para alem disso e até estou é por nada a não ser contra visões como a sua
    que acha que a economia tão exacta ao ponto de identificá-la com a natureza humana esquecendo que as pessoas se relacionam para alem das relações económicas.
  15.  # 139

    Colocado por: MartaD
    Mas como posso ser pobre se tenho uma casa nova e grande, temos 1 carro de 1997, conseguimos pagar todas as contas, andamos bem vestidos, respiramos ar puro, não vemos crime, temos segurança, temos educação...
    Ok, é certo que tive que me mudar para uma Vila para ter isto tudo a baixo custo e é por causa disso que não considero que 3 pessoas com 1019 euros, sejam pobres. Depende do sítio onde se vive. Depende de muita coisa.


    Olá Marta, Bem visto porque para mim esta discussão vai por essa dicotomia, precisamente, do Rendimento vs. Qualidade de vida. É muito importante fazer contas como é tão importante termos usufruto de outras coisas sem serem bens materiais.

    Quando eu digo isto muitos do forum saltam-me em cima, onde vivo, qual a noção que tenho da realidade, que sou optimista. Sou optimista, sou. Comparada com muitas pessoas que são pessimistas, eu passarei a ser optimista.

    Nestas conversas invariavelmente vamos falar em créditos, em governos, na política e na natureza humana.
    Todos sabemos que os créditos são maus quando os contraímos sem responsabilidade, todos achamos que o governo podia fazer melhor, e a natureza humana precisa de uma grande volta.
    Humildemente digo, se já chegámos a esta conclusão, não hoje com esta discussão, penso que todos lemos jornais e vemos telejornais e todos falamos uns com os outros e resultado disso é termos, linhas gerais, a mesma visão destes 3 conjuntos..poderíamos tentar ver as coisas por outro prisma, que eu sugiro e é este, que também já foi "tocado ao de leve" aqui e ali nesta discussão:

    Os créditos podem ser uma coisa boa, portanto evitemo-nos das lições de moral à classe média que os contrai em consciência.
    Este governo e esta política certamente não são responsáveis por tudo o que se passa de errado neste país (por favor não vamos discutir este ponto)
    A natureza humana é fruto da vivência que tem - ás vezes somos pouco humanos porque não sabemos ser melhores; e se somos melhores temos medo que se aproveitem de nós, e dos nossos rendimentos.

    Paulo Correia, será que, mesmo pensando que descontamos a troco de nada quando sabemos (ou estamos convictos)que os outros que não descontam vivem às nossas custas/usam os nosso descontos de forma abusiva, será que nos podemos reconfortar com a ideia que contribuímos pelos que não podem (ou querem contribuir) ou os que abusam erradamente dos descontos que fazemos/obrigações que cumprimos ou seja, contribuímos para o país, e não pelo outro que não quer trabalhar/usa o dinheiro que lhe damos para mal governar?

    Se não serve de conforto, tem que servir de conforto termos consciência, como disse o luisvv que nós, os que descontamos/cumprimos somos ainda maioria e de nós depende o País, o País que somos nós

    Esta realidade não nos satisfaz ?
    O País que sustentamos à custa do desconto e esforço que tiramos do nosso lar, da nossa casa de família, para meter nele, no País. Se não for isso, o nosso lar e o nosso esforço seriam mais ricos mas o país mais pobre (se preferirem: ainda mais pobre).
    E.. pensando bem o nosso Lar é o nosso País.

    Concordam, não concordam?
    O que acham?
  16.  # 140


    A verdade é que somos um país de pobres e ainda por cima pagamos por um carro mais que um Alemão que é rico, entre outras coisas

    Pessoas que vivem com o salário mínimo ou pouco mais que isso são verdadeiros heróis

    Eu não sou rico mas se fosse procuraria em ajudá-los


    Enquanto tivermos salários de pobres e quisermos viver como ricos, não temos solução, os carros cá são mais caros que na alemanha é verdade, mas no entanto o pessoal troca constantemente de carro, e muitos preferem sempre optar por carros novos.

    Ir a uma tasca e pedir o mero pires de caracóis fica numa fortuna mais umas torradas e umas imperais e sai-se lá com uma conta de 20€ ou 30€ para um casalito, mas não é por isso que as tascas deixam de estar cheias. Bom caracóis não deve ser para ricos mas perceberem o sentido da coisa :-)

    E em portugal é assim com n coisas, e quanto mais status dá mais caro é mais o pessoal se individa para comprar, telemoveis ultima geração mais caro do que nos outros paises, mas somos o melhor pais do mundo para testar as novas tecnologias, pois vamos a correr compra-las mesmo que a crédito e que ficamos com rendimento disponivel = 0
 
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