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  1. bem esta agora e tipo os barões que vendem a droga que são os culpados não?

    e já pensou se ninguém a consumir, vendiam a quem?
  2. Os miúdos não têm personalidade para distinguir o que devem fazer,
    olhe que no meu caso tive de distinguir o bom do mau muito cedo

    coitadinho dos meninos
  3. Temos que acabar com a exploração sexual dos menores e de preferência dos adultos também.
    a parte dos adultos não me parece (lol)
  4. Escrito pelo king 25 neste forum a 12 de Setembro
    Boas a todos
    É a primeira vez que posto aqui no fórum, tenho pesquisado na Internet sobre sobre o assunto casa pia
    tentando obter esclarecimento sobre o assunto e de forma a poder entender melhor as noticias,
    e o que se comenta diariamente nos mais diversos meios. (Nunca prestei até agora muita atenção ao assunto,
    mas quando comecei a ouvir falar de condenações injustas e erros do tribunal procurei esclarecimento)
    Posto neste fórum porque li as participações dos usuários e pareceu-me que pelo menos uma boa parte sabe o que diz
    e pelo menos um advogado/a aqui tem dado esclarecimentos.
    Pelo tipo de conteúdos aqui postados até me veio á ideia se alguns não seriam do Sr, CC.
    Adiante, tendo acompanhado com atenção o sitio do sr, CC encontrei descrições de factos que ainda ninguém desmentiu, o que me deixa muito preocupado, até porque eu era dos que tinha duvidas se ele seria inocente, em meu entender a ser verdade o que lá se descreve então o sr, CC é inocente e eu sou
    um dos muitos portugueses que terei que dirigir-lhe um pedido de desculpas pela minha errada convicção.
    Mesmo admitindo poder estar errado, gostaria se possível, que alguém com melhor entendimento do que eu
    pegasse nestes factos e esclarecesse se são verdadeiros ou falsos e os contraditasse com outros, acredito que assim se chegaria a uma melhor conclusão.

    Uma que me deixou a pensar, por favor leiam o anexo
    parece que o sr, se suicidou e depois quem o acusou
    disse que era tudo mentira era só para lhe tirar dinheiro.

    OLHE SE FOSSE ALGUM DOS MEUS!!!!!!!!!!!! CHIÇA PENICO!!!

    Desculpem os erros de ortografia mas tenho pouca instrução escolar
    no meu tempo era assim.
    ◦SemCulpa_r14.pdf


    Virou um autêntico especialista na defesa do Carlos Cruz sem dúvida. E o Carlos Cruz especialista em propaganda na net. Vai a todas até Face book tem para a sua defesa.

    Como o nosso estimado e falecido António Feio dizia: ESPECTÁCULO!!!!!

    .
    • ram
    • 30 janeiro 2011
    Acho que há gente que anda a falar no processo Casa Pia sem se ter dado ao trabalho de se informar. Por isso façam o favor de ler o acórdão. Há críticas a detalhes do processo que são apontados para tentar denegrir todo o processo, contudo, é dito no acórdão preto no branco que os juízes, ao não conseguir garantir a veracidade, simplesmente deram como não provados e por isso ignoraram. Por exemplo, uma série de episódios da tão referida casa de Elvas foram desprezados porque os juizes admitiram no no acórdão que aqueles depoimentos não eram corroboráveis.

    Outra coisa que também deviam saber antes de se pôr a defender os arguidos é quais foram as acusações, quais foram as defesas e quais foram os factos dados como provados. Por exemplo, todos os arguidos disseram que a acusação era uma cabala e que não só não se conheciam entre si como também nunca tinham visto na sua vida os putos que foram alvo de abusos. Contudo, depois de ter sido feito o levantamento de registos telefónicos descobriu-se longos registos de conversas entre os arguidos, quer entre telemóveis como entre números de telefone fixo. Para juntar à festa, entre esses números também estão registados números de putos da Casa Pia, que recebiam e fizeram telefonemas para os arguidos. É ainda sublinhado que existe também uma série de contactos com números de telemovel daqueles descartáveis e pagos a pronto pagamento, cuja identidade é impossível encontrar.

    Mais ainda, é ainda referido no acórdão que alguns arguidos foram vistos por vizinhos a trazer putos da Casa Pia para os seus apartamentos e gabinetes. Em alguns casos isso até estava registado com queixas ao condomínio por desacatos e problemas no prédio provocados por esses putos da Casa Pia.

    E por fim, andam todos a defender o pobre Carlos Cruz mas parece que se esquecem de umas conspirações que o envolveram. Por exemplo, lembram-se do caso do sósia do Carlos Cruz? Pois bem, a jornalista Inês Serra Lopes, que por acaso é filha de Serra Lopes, o advocado de Carlos Cruz, foi julgada e dada como culpada e condenada a um ano de prisão por ter criado essa história (ver aqui e aqui). Como se a coisa não fosse já de si estranha que chegue, não é que o João Braga Gonçalves, preso no âmbito do processo da Universidade Moderna, também andou envolvido nessa tentativa de manipular o julgamento? (aqui).

    Só para terminar, chamo a atenção que desde o início do processo Casa Pia que a postura adoptada pelo grupo de arguidos foi declarar que ninguém se conhecia e que jamais eram capazes de violar meninos. O Bibi só quebrou com essa estratégia e começou a apontar o dedo quando a sua defesa deixou de funcionar com negações e tratamento do silêncio (as provas eram tantas...) e, ao ver-se isolado pelos restantes arguidos como o bode expiatório, vingou-se passando a confessar em relação à participação dos outros arguidos.

    Por isso pensem lá duas vezes antes de pôr a mão no fogo por essas vítimas inocentes.
  5. Colocado por: ramAcho que há gente que anda a falar no processo Casa Pia sem se ter dado ao trabalho de se informar. Por isso façam o favor de ler o acórdão.

    Pelos vistos o ram leu o acórdão, óptimo, é sempre bom discutir assuntos com quem conhece.

    Colocado por: ram
    Outra coisa que também deviam saber antes de se pôr a defender os arguidos é quais foram as acusações, quais foram as defesas e quais foram os factos dados como provados.

    Completamente de acordo.


    Colocado por: ramContudo, depois de ter sido feito o levantamento de registos telefónicos descobriu-se longos registos de conversas entre os arguidos, quer entre telemóveis como entre números de telefone fixo. Para juntar à festa, entre esses números também estão registados números de putos da Casa Pia, que recebiam e fizeram telefonemas para os arguidos.

    Aqui temos problemas, (talvez de interpretação do acórdão de sentença),
    Eu li o acórdão e confesso que não encontrei o que o ram descreve em parte alguma do mesmo,
    aliás não encontrei provas documentais nenhumas, pelo menos em relação ao CC que se queira ou não é de quem se fala aqui, sobre este não encontro, testemunhas, registos telefónicos ou qualquer outro meio de prova, e se leu o acórdão pode verificar que os juízes justificam a sentença em "ressonâncias da verdade" do que foi dito pelos assistentes do processo, ( o que quer que isto signifique). Aliás os registos telefónicos do CC foram fornecidos pelo próprio e o tribunal não os considerou, além disso o CC mas primeiras acusações apresentou documentos a justificar que não podia ter estado nos locais em que era acusado, e o tribunal simplesmente alterou as datas, para compreender o que descreve acima, é importante saber aonde foi buscar a informação, aguardo que o diga.

    Colocado por: ramÉ ainda sublinhado que existe também uma série de contactos com números de telemovel daqueles descartáveis e pagos a pronto pagamento, cuja identidade é impossível encontrar.

    Pois, mas estes podem ser de qualquer um, não fazem prova sobre ninguém especifico.

    Colocado por: ramE por fim, andam todos a defender o pobre Carlos Cruz

    Não se trata de defender quem quer que seja, ainda não vi aqui ninguém a dizer que o CC é inocente, o que vejo
    é pessoas que não acreditam na forma como foi condenado, e dão a sua opinião sobre isso.


    Colocado por: ramO Bibi só quebrou com essa estratégia e começou a apontar o dedo quando a sua defesa deixou de funcionar com negações e tratamento do silêncio (as provas eram tantas...) e, ao ver-se isolado pelos restantes arguidos como o bode expiatório, vingou-se passando a confessar em relação à participação dos outros arguidos.

    Nisto somos concordantes, e sabemos sem lugar a duvidas que é mentiroso, só precisamos apurar se, mentiu antes,
    durante ou agora, quem quiser que escolha.
  6. Eu acho que ele mente um bocadinho, sempre. Acho que é mentiroso de profissão. Ele nunca diz uma verdade completa. Acho que umas galhetas da PJ lhe podiam fazer muitissimo bem ;) Só para esclarecer e recuperar memórias! Assim como a mãe da Joana...
  7. Interessante,

    Estes textos foram copiados da páguina NOTÍCIAS SEM CENSURA, do Facebook, e são da autoria do Jornalista Carlos Tomás


    AS CONVICÇÕES VALEM O QUE VALEM

    Na Justiça, como em tudo na vida, as convicções valem o que valem. Ou seja: zero. Isto, porque elas podem ser validadas ou não e variam de pessoa para pessoa. Ninguém pode ser condenado com base em convicções. A convicção é castradora e inimiga da verdade. As convicções levaram à Inquisição, à caça às bruxas e ao nazismo.
    Os arguidos do processo Casa Pia foram condenados a penas compreendidas entre os cinco e os 18 anos de prisão efectiva porque os juízes que os julgaram não quiseram saber das provas (ou da falta delas). Estavam convictos da culpa e dos arguidos. Apesar de ter ficado amplamente demonstrado em julgamento que, com a óbvia excepção de Gertrudes Nunes e Hugo Marçal, que viviam lá, nunca estiveram em Elvas no período a que reportam os abusos que lhes foram imputados, nem num prédio da Avenida das Forças, em Lisboa, nem numa desconhecida casa da Buraca, nem poderiam ter abusado de quem quer que fosse nos outros locais referidos no acórdão, o colectivo entendeu que sim. E entendeu que sim, simplesmente porque as vítimas disseram que eles estiveram lá.
    Provas para validar essas convicções? Nem uma. Pelo contrário. Em tribunal ficou claramente demonstrado que ninguém podia ter entrado no prédio da Avenida das Forças Armadas, onde Carlos Cruz terá cometido vários crimes, pela porta indicada pelas alegadas vítimas. Em Elvas ninguém viu lá os "abusadores". A clínica do médico Ferreira Diniz não existia na altura em que se diz que lá cometeu abusos, uma casa no Restelo era, afinal, um estúdio de audiovisuais, na Provedoria da Casa Pia seria impossível Manuel Abrantes abusar de alguém sem que fosse visto, inclusive pela mulher, que trabalhava lá, etc, etc...
    Mas vamos por partes.
    O tribunal admite que não tem provas directas dos abusos. Mas condena todos os arguidos, com excepção da dona da casa de Elvas. Como provas de que os abusos ocorreram apenas apresenta os testemunhos (não de todas as alegadas vítimas, nem os depoimentos totais das vítimas que terão sido abusadas, só algumas partes) das supostas vítimas e as declarações sem nexo do arguido Carlos Silvino que, como é público, já revelou que inventou tudo por força da forte medicação a que foi sujeito e devido à manipulação do seu advogado e dos investigadores do processo.
    No entanto, o tribunal concluiu que se as alegadas vítimas dizem - e porque até demonstraram uma postura em tribunal credível -, então é porque estão a dizer a verdade. Não tinham, diz o tribunal, razões para mentir (os 50 mil euros que o ministro Bagão Félix resolveu pagar a cada um deles para não processarem o Estado e as indemnizações que pediram aos arguidos são apenas um pormenor).
    O quê? O jovem não identificou o apartamento em concreto do prédio da Avenida das Forças Armadas onde Carlos Cruz terá cometido abusos? Não há problema, em vez de ser no apartamento "X", passa a ser algures numa fracção do prédio. Não podiam ter entrado por aquela porta? Então entraram por outra... Pode não ter sido num sábado? Então damos como provado que foi num dia da semana (assim o sábado também ficaria incluído)...
    As testemunhas dizem todas que nunca viram os arguidos nos locais referidos. Mas isso também não é problema. O tribunal provou que as testemunhas eram todas amigas dos arguidos, vizinhas, familiares ou das suas relações profissionais, pelo que os seus depoimentos não eram credíveis. Então se os acusam de estar num sítio, os arguidos não podem arrolar como testemunhas familiares, vizinhos das casas onde os abusos terão ocorrido, nem pessoas das suas relações profissionais? Quem chamavam a testemunhar? Uma pessoa que mora na Baixa da Banheira para testemunhar se eles estiveram ou não numa casa em Elvas? Surreal.
    Dado provado, é que os abusos ocorreram sempre num ano que tanto podia ser 2000, como 1999 (e assim sucessivamente), num dia indeterminado e até em locais indeterminados ou que simplesmente não existiam à data dos supostos abusos.
    O Dr. Ferreira Diniz, por exemplo, é acusado de abusar de uma das vítimas numa clínica que ainda não existia. E o quê que o tribunal diz: o rapaz deve-se ter enganado, queria dizer que foi na clínica antiga, que por acaso até fica noutro local, e baralhou-se. O caso do Dr. Manuel Abrantes é ainda mais inacreditável. O homem é acusado de ter abusado de um menor numa casa na Buraca (Amadora). A vítima diz que se lembra que era na Buraca porque viu uma placa a dizer "Buraco" e isso chamou-lhe a atenção. Mas depois indica uma casa que não tem nada a ver com o local que descreveu ao tribunal. E como é que o tribunal resolve o problema: o rapaz descreveu a casa onde foi abusado com tantos pormenores, que essa casa tem de existir e ele foi mesmo abusado lá. Portanto, ficou provado que o Dr. Abrantes abusou da vítima numa casa algures na Buraca, que o tribunal não conseguiu localizar, em data que o tribunal também não conseguiu determinar. O tempo e o espaço não são relevantes, porque a vítima foi mesmo abusada. Não importa onde nem quando.
    Em jornalismo aprende-se que uma notícia para ser bem elaborada deve responder a pelo menos seis perguntas: quem, quando, onde, porquê, como e o quê. Nem esta simples regra o tribunal conseguiu aplicar na sentença que proferiu.
    Além disso, quem é o tribunal para presumir em nome das vítimas? Está a julgar ou a fazer suposições? Depoimentos credíveis? Por acaso algum dos magistrados é psiquiatra?
    E que dizer da interpretação das perícias médicas feitas aos jovens: é verdade que todos apresentavam sinais de práticas sexuais no ânus. Mas é impossível determinar quando é que tais práticas ocorreram e muito menos com quem. Terão sido vítimas de abusos? Não há dúvidas. Mas abusadas por quem?
    Quanto à credibilidade das vítimas é o próprio tribunal que dá a resposta na sentença, ao dizer que alguns dos depoimentos das vítimas não eram consistentes e, mais, que mesmo dos depoimentos das vítimas em que o tribunal diz que conseguiu provar quem abusou delas, só algumas partes é que mereciam credibilidade.
    Assim, provou-se, por exemplo, que uma das vítimas de quem Carlos Cruz terá abusado em Elvas só falou a verdade quando disse que o apresentador lhe fez sexo oral. Mas quando diz que nesse dia indeterminado foi abusado por outra pessoa, que identificou nos autos, e diz que na casa estavam outras pessoas, nomeadamente outros arguidos, já está a ser pouco credível. Então um depoimento é só metade verdade? Ou é credível ou não é. Se o tribunal credibiliza a vítima tem de credibilizar tudo o que ela denuncia, não uma parte. Acresce que o Tribunal da Relação já tinha considerado esta testemunha pouco credível quando um dos arguidos preso preventivamente foi posto em liberdade. Então o que a Relação diz não vale de nada? Cada cabeça sua sentença? É assim que se administra a justiça neste país?
    Outro facto assustador é o tribunal dizer, para justificar a pena que aplicou, que os arguidos não mostraram arrependimento dos crimes. Arrependimento??? De quê??? Se, como dizem os arguidos, não fizeram nada nem o confessaram em tribunal, iriam arrepender-se porquê?
    E o tribunal também diz que ficou provado que os arguidos bem sabiam que as supostas vítimas eram menores e que estava a agir conscientemente? Como, se, como garantem, até serem acusados, supostamente nem as conheciam?...
    Facto espantoso é o tribunal dizer no acórdão que Carlos Cruz, para dar mais um exemplo relacionado com a figura mais mediática do processo, usou dezenas de telemóveis. Então o tribunal sabe quantos telemóveis Cruz usou, descobriu que ele nunca falou com nenhum dos outros arguidos nem com as supostas vítimas e chega à brilhante conclusão de que ele podia ter recorrido a uma forma menos sofisticada para comunicar? Como? Com sinais de fumo? Pela Internet, que eu sei que Carlos Silvino nem sequer sabe usar? Então porque motivo não lhe apreenderam os telemóveis, nem os computadores e nem uma busca fizeram à casa do "perigoso pedófilo" nem antes nem depois da sua detenção?
    Parece claro que se as autoridades não investigaram mais foi porque não quiseram. Tempo não faltou. E por falar em convicções: eu tenho a convicção de que o colectivo que julgou o processo casa Pia foi composto por incompetentes. Se tenho provas? Não! Mas, pelos vistos, basta-me ter a convicção para ser verdade...

    RESUMO SIMPLES DA SENTENÇA DO PROCESSO CASA PIA

    O colectivo de juízes que julgou os arguidos do processo da alegada pedofilia na Casa Pia de Lisboa não teve dúvidas em dar como provado que Carlos Cruz e restantes arguidos cometeram mesmo os crimes que lhes foram imputados e que justificam as penas aplicadas. Porém, o colectivo de juízes, composto por Ana Cardoso Peres, Ester Pacheco dos Santos e José Manuel Barata, também reconheceu que não foi possível obter qualquer prova directa que incriminasse os arguidos. Assim, foram todos condenados com base na convicção dos magistrados judiciais, que acreditaram, ainda que parcialmente e conforme dava jeito, nas versões das testemunhas/vítimas e na confissão de Carlos Silvino que assegurou não só conhecer os arguidos há vários anos, como também garantiu que lhes levava jovens casapianos para serem vítimas de abusos sexuais.
    "A natureza e diversidade da prova que chegou aos autos, através das testemunhas, não fornece prova directa para dar como provados ou não provados os crimes. Deram sim, maior ou menor relevância dos factos que, conjugados entre si e com a demais prova em apreciação, concorreram para o tribunal chegar à sua decisão de facto e dizer porque motivo deu maior credibilidade a um depoimento em detrimento de outro ou a uma declaração em detrimento de outra", lê-se na sentença.
    Ainda de acordo com o documento, a prova testemunhal apresentada pelos arguidos não foi valorada, uma vez que eram, na maioria, pessoas amigas ou que mantiveram relações profissionais com os arguidos (pelos vistos e por esta ordem de ideias, só extraterrestres poderiam ser considerados isentos pelos magistrados do processo). O colectivo lembrou que neste tipo de crimes é frequente as pessoas das relações próximas dos abusadores não se aperceberem das actividades dos criminosos, facto que não significa que os crimes não tenham acontecido.
    Assim, o tribunal, sem que isso apareça sustentado na sentença com outras provas que não sejam os depoimentos das alegadas vítimas e a confissão de Carlos Silvino, considerou provado que Carlos Cruz abusou de um menor de 14 anos numa fracção do Lote 3, nº 111 da Avenida das Forças Armadas (não se refere qualquer andar ou apartamento), em Dezembro de 1999 ou Janeiro de 2000 e em dia não determinado (terá, segundo o tribunal deu como provado, abusado também de outro jovem, mas o apresentador não foi acusado por isso). A vítima foi levada para a referida casa por Carlos Silvino numa viatura de marca desconhecida.
    Eclipse dos abusadores em Elvas
    Outro facto dado como provado pelo tribunal, é que apenas Hugo Marçal e Carlos Cruz abusaram de crianças na casa pertence à arguida (absolvida) Gertrudes Nunes, em Elvas. Não se provou que os outros arguidos, amplamente referenciados pelas alegadas vítimas nas fases de inquérito, instrução e julgamento, alguma vez tenham abusado de alguém naquela cidade. Ou seja, a denominada "casa das orgias" era frequentada, segundo a sentença, por Cruz, Hugo Marçal e desconhecidos. Ferreira Dinis, Jorge Ritto, Manuel Abrantes e outras pessoas identificadas ao longo do processo pelas vítimas não constam como abusadores de Elvas.
    O colectivo de juízes não conseguiu localizar nenhuma chamada telefónica entre os arguidos, ou entre os arguidos e as vítimas. Mas tal facto foi desvalorizado pelos magistrados, que salientaram que Carlos Cruz e restantes arguidos poderiam ter usado outros telemóveis e telefones que não os escutados e identificados pelas autoridades. Os juízes também admitem que os arguidos poderiam combinar as coisas de uma forma mais simples e directa, "sem necessidade de artifícios elaborados" (quiçá através de sinais de fumo).
    Outro facto que realça da leitura da sentença prende-se com as constantes contradições nas descrições dos locais onde as vítimas alegadamente terão sido abusadas. O colectivo entendeu que isso não era relevante, porque o "facto de os abusos não serem bem localizados no tempo e no espaço não significa que eles não ocorreram". Assim, o tribunal entendeu que Manuel Abrantes abusou mesmo de um menor "na Buraca, em dia indeterminado, numa casa que o tribunal não conseguiu identificar." No entendimento dos magistrados, o abuso ocorreu, não sendo a descrição da casa feita pela vítima - que teve várias versões - relevante para provar o crime. (Foi numa casa qualquer da Buraca e pronto. A testemunha descreve a casa é porque ela existe e se o arguido diz que não é porque está a mentir).
    O mesmo se passa com um dos abusos do médico Ferreira Dinis e que o tribunal deu como provado. A vítima descreveu e identificou ao tribunal uma clínica onde terá sido abusada pelo médico em 1998, mas depois comprovou-se que a referida clínica só foi inaugurada em Setembro de 2001. Os juízes consideraram ser natural que o jovem se tenha enganado e que, na realidade, ele queria referir-se à clínica que o médico tinha em 1999 e que funcionava noutra zona de Lisboa. Mas a descrição feita pelo indivíduo em julgamento é da clínica actual e não da antiga. A mesma vítima e outros jovens também identificam o Ferrari de Ferreira Diniz, mas o médico comprou o carro já depois das datas em que lhe são imputados os crimes por que foi julgado. Ilídio Marques, testemunha/vítima, já disse que nunca descreveu o consultório e que assinou o auto onde essa descrição é feita sem sequer o ler. "Já estava escrito e falei num aquário porque me disseram que ele existia e até tinha peixes tropicais", disse recentemente na SIC quando questionado pela apresentadora Júlia Pinheiro.
    Irrelevante para o tribunal foi igualmente o facto de os jovens que disseram ter sido vítimas de abusos por parte do embaixador Jorge Ritto descreverem as várias casas onde estiveram e, afinal, nenhuma corresponder à casa do embaixador ou a qualquer outra a que o diplomata tivesse fácil acesso.
    O tribunal refere que fundamentou a sua convicção no facto de os discursos dos jovens, apesar de vagos e pouco consistentes, serem coerentes e os jovens terem tido posturas em tribunal que levaram a concluir que eles não estariam a mentir em relação aos abusos de que foram vítimas por parte dos arguidos.
    O facto de a prova condenatória se basear apenas nos depoimentos das alegadas vítimas e na confissão de Carlos Silvino volta agora a ser abalada pelo próprio Carlos Silvino que, no início do processo sempre negou os factos e pela entrevista de Ilídio Marques. Só em finais de Agosto de 2003, mais de meio ano após o início das investigações, é que Carlos Silvino, tendo já José Maria Martins como seu advogado, passou a acusar os arguidos que se sentaram com ele no banco dos réus, deixando, mesmo assim, Manuel Abrantes de fora. O ex-provedor só seria implicado pelo ex-motorista já na fase de instrução. Ilídio Marques assegura que tudio não passou de uma invenção das testemunhas/vítimas, ele incluído.
    Recorde-se que o ex-motorista da Casa Pia Carlos Silvino foi condenado a 18 anos de prisão, o apresentador televisivo Carlos Cruz a 7 de cadeia, o ex-provedor Manuel Abrantes a 5 anos e 9 meses, o embaixador Jorge Ritto a 6 anos e 8 meses, o médico Ferreira Dinis a 7 anos e o advogado Hugo Marçal a 6 anos e 2 meses. Todos os arguidos foram ainda condenados a pagar chorudas indemnizações cíveis por danos morais às supostas vítimas.
    Para a posteridade nos meios jurídicos irá certamente ficar a expressão consagrada no acórdão subscrito pelas juízas Ana Peres e Ester Santos e pelo juiz Lopes Barata: "Notou-se uma 'ressonância da verdade' nos depoimentos dos assistentes." Resso... o quê?
  8. Continua a vender o seu peixe podre KK? Até a Raquel abandonou o barco , caramba
    •  
      GF
    • 27 fevereiro 2012
    Há quase um ano não se escrevia aqui. Esta semana saiu o acordão da relação sobre este assunto.
    Na altura, li as 1700 páginas da sentença da primeira instância na íntegra ( http://www.csm.org.pt/ficheiros/diversos/acordaocasapia_1instancia.pdf ).
    Pouco me preocupa em julgar se são culpados ou inocentes. Preocupou-me sim a forma como foram acusados alguns dos arguidos.
    Além dos vídeos que vi também, juntamente com este acordão, fiquei com a absoluta convicção que algo aqui estava muito mal em todo o processo.
    Acredito que os nossos juizes (alguns) são competentes e sabem o que fazem. Estão habituados a lidar com gente mentirosa e a detectá-los à distância, mas os videos que mostram, para mim são bem elucidativos do que se passou.

    Saiu agora o acordão da relação. Alguém o leu? São 3374 páginas de texto..... e confesso que não tive tempo ainda nem para ler na diagonal.
    http://www.processocarloscruz.com/tiny_mce/plugins/filemanager/files/ACORDAO_CASA_PIA-RELACAO.pdf
  9. Não li nada ainda. Mas li a sentença da primeira instância e posso garantir-vos que também não é verdade que quanto a não sei quantos arguidos e não sei o quê, não existiam quaisquer provas! Não é isso que resulta da sentença! Leiam-na e não reproduzam aqui comentários (que não são verdade) de alguém, que mentem descaradamente.
    •  
      GF
    • 27 fevereiro 2012 editado
    Há sobretudo, prova testemunhal. Para mim, valem pouco, principalmente depois de ver os videos. Mas como disse, os juizes são sabidos em topar os mentirosos à distância.
    Acho que hoje já tenho serão para me entreter

    Este era um dos que acusou alguns arguidos. Ficam aqui dois videos interessantes a dizer que foi pago para mentir.
    http://processocarloscruz.com/index.php?pag=perguntas&id=252


    Este, segundo o procurador do processo, era a testemunha mais fiável:
    http://processocarloscruz.com/index.php?pag=perguntas&id=251
  10. Duas pérolas! Mas no meu entender, aqui, por qualquer razão, também foram instruídos. Nota-se pelo discurso que apresentam... Digo eu, que não sou psicologa nem psicanalista nem psiquiatra, nem nada!
    •  
      GF
    • 27 fevereiro 2012 editado
    Concretize princesa_ ....
    Nunca os tinha visto, mas vão de encontro aos que já tinha visto durante as diligências com a juiza.
    Esse Ricardo Oliveira ("Joao A.") é risada geral, era impossível algum juiz condenar alguém com base num testemunho deste artista. O video 2 dele é optimo.
    Foi o tipo que lançou os nomes do Jaime Gama e do Ferro Rodrigues para o ar....


    http://processocarloscruz.com/index.php?pag=perguntas&id=183
    Mais um dos que diz ter mentido, agora pesou a todos a consciência de repente?
    Que muitos mentiram não duvido, mas cá para mim encheram os bolsos para acusarem os arguidos e agora andam a encher os bolsos para os defender !
  11. Eu não posso concretizar mais sem ler o acórdão. A minha opinião (mega controversa) acho que a deixei clara anteriormente... Quanto ao Recurso confesso que não me surpreendeu. O que me deixou surpresa foi a Sentença na Primeira Instância...

    Acho que mentem por dois tostões e por isso acho que não podem ter crédito nenhum a acusar ou defender, quem quer que seja... É uma opinião pessoal! Até para mentir é preciso jeito e eu acho que estes dois são verdadeiros artistas na arte...

    De novo: Acho a pedofilia das piores coisas. Para que conste, nunca defendi nem vou defender uma pessoa que eu esteja convicta que é pedófilo ou que tenha morto ou maltratado uma criança. São princípios...

    P.s. tenho cá o meu Bastonário que apanha isso tudo ;)
    Concordam com este comentário: GF
  12. gf2011

    Qualquer defesa aqui ou noutro lado do Carlos Cruz isso sim é de uma grande risada. Tadinho do homem condenado injustamente. Tadinho.
    Ele é é um grande Actor isso sim e confesso que ficarei bem feliz mas muito feliz quando ele ficar lá dentro. Bem fez a ex esposa que o despachou. É ele e o Paco Bandeira dois grandes actores portugueses
    •  
      GF
    • 28 fevereiro 2012 editado
    Eu quero lá saber do carlos cruz e dos outros, nem sequer nunca lhe achei piada, a mim interessa-me é a parte jurídica da coisa.
    E a parte jurídica da coisa diz-me que jamais alguém poderia ser condenado com base em testemunhos desses indigentes, dessa escumalha que não tem outro nome !
    Princesa, além da prova testemunhal, que prova foi, no seu entender, valorizada pelo tribunal para construir a acusação ?
  13. Sim sim a parte juridica. Engana que eu gosto. Que fantochada do sr Carlos Cruz. Quando deixar de ter net muitos nicks se calaram de certeza. A mim dá-me imenso prazer essse senhor que é de uma aberração atroz ser punido.Até hei-de fazer um jantar à conta. Nunca vi tanto cinismo junto numa só pessoa
    •  
      GF
    • 28 fevereiro 2012
    Acho graça que você só fala do cruz, então e os outros? É que está tudo no mesmo bolo....
    Este ainda é o único que se tenta defender, os outros já consentiram.

    Mas eu acredito na justiça divina, cada um tem o que merece, e no fim fazem-se as contas (há um deles que já está onde merece, que é na cadeia).
  14. Não falo dos outros porque não foram tão palhaços como o Carlos Cruz, mas claro que merecem lá estar evidentemente. Agora o Carlos CRuz com seu jeito teatral quis enganar Portugal inteiro. Portanto nesse em particular eu cospia-lhe na cara se o visse. É um verdadeiro monstro que por acaso também acredita na Justiça Divina. Palhaço!!!
 
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