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    • M.H.
    • 4 outubro 2011

     # 1

    Comparar a compra de carro á da casa e suas respectivas avaliações ,empréstimos ,juros etc.. para mim não faz sentido.
    sao bens distintos até no nome,imóvel/móvel.
    num carro você normalmente só investe em manutenção prq recuperação só no segmento do coleccionador,ja nas casas as coisas n se passam assim.
    talvez as casas tb devessem ser sujeitas a inspecções anuais de forma ao banco confirmar o garante do "seu"património.
    mas o retorno/acerto em caso de estarem a "andar" bem as casas(superior avaliação posterior) deveria ser efectuada.
  1.  # 2

    Colocado por: Piafinho

    Imaginemos o seguinte, eu decidi comprar um carro por 20.000 euros e um familiar meu emprestou-me o dinheiro com a condição de eu lhe pagar em 5 anos.
    Ao fim de 3 anos eu apenas lhe paguei 5 mil. O carro, naturalmente teve uma desvalorização e agora só vale 10.000 euros.
    Como não tenho dinheiro para pagar o resto decido vender o carro. Mas só arranjo quem me de 7.000 porque nesta altura ninguém quer comprar o carro.
    Ora, tendo eu pago 5.000 mais os 7.000 que recebi da venda paguei 12.000 euros.
    Será que o meu familiar deve ficar a arder com os 8.000 euros porque agora o carro já não vale o que valia no inicio?
    Afinal ele é que foi burro e me emprestou o dinheiro sem garantir que eu lhe ia conseguir pagar.




    Ainda não consultei mas acho estranhas essas decisões. O mútuo de hipoteca é apenas uma garantia real sobre uma dívida existente. Não deveria ser interpretado no sentido de ser uma garantia exclusiva.

    Uma hipoteca não garante nem pretende garantir que a qualquer altura o bem hipotecado satisfaça a totalidade do valor em dívida mas sim que o dono está impedido do transacionar enquanto não liquidar a dívida em causa.

    O exemplo em automóveis é óbvio. Ao fim de um ano o carro costuma valer bastante menos do que aquilo que ainda se deve ao banco.
    E tal situação sempre existiu. Não é nova.
    O que é novo é agora tal situação se verificar recorrentemente em imóveis.

    Mas, quer no automóvel que no imóvel efectivamente a pessoa recebeu X euros como empréstimo. Não recebeu uma carro ou uma casa.

    Do ponto de vista de consumidor final acho interessante que se caminhe no sentido dessa decisão de forma a não prejudicar as pessoas mas tenho serias dúvidas do respeito da constituição em tais acordãos.


    Não se pode comparar a situação do carro ao de uma casa. São bens completamente distintos e com desvalorizações muito díspares.

    Mas olhe que não sou o único a pensar assim, senão veja:


    Os bancos não podem manter uma dívida remanescente sobre um crédito à habitação que entre em incumprimento e cujos clientes entreguem a casa ao banco para liquidar o empréstimo. Ou seja, a entrega do bem liquida a dívida.

    Este é o entendimento de sete decisões judiciais, de primeira instância, proferidas por tribunais portugueses – quatro na Madeira e três no Continente –, que deram razão aos clientes bancários, contra a prática dos bancos.

    Apesar destas decisões não constituírem jurisprudência e de os bancos em causa terem recorrido da sentença, tratam-se de situações inéditas em Portugal, numa altura em que muitos portugueses em dificuldades estão a ser confrontados com a manutenção de uma dívida ao banco, mesmo depois de entregarem a sua casa em dação, resultante da diferença entre o valor da casa à data da entrega e o crédito ainda em dívida.

    Como confirmou a Deco - Associação de Defesa do Consumidor, a maioria do casos de pedidos de auxílio de pessoas que entram em incumprimento e já entregaram a casa ao banco mantém essa dívida remanescente.

    O procedimento é o seguinte. Uma família, perante a dificuldade em pagar o seu crédito à habitação, acorda a entrega da sua casa ao banco, com vista a liquidar o montante de crédito ainda em dívida. Ao receber o imóvel, o banco reavalia-o, atribuindo-lhe normalmente um valor inferior ao da primeira avaliação, obrigando o cliente a manter uma dívida, correspondente à diferença. Se a casa foi inicialmente avaliada por 100 mil euros, tendo o cliente solicitado um empréstimo do mesmo valor, se num segundo apuramento do seu valor o banco concluir que a mesma casa já só vale 80 mil euros, o banco leva o cliente a manter o pagamento de um crédito, no valor de 20 mil euros.


    Fonte: Dinheiro Vivo
  2.  # 3

    Colocado por: FD
    É financeiramente mais capaz ou não? Esse facto pode toldar a nossa perspectiva...


    Está-me a perguntar se eu sou financeiramente mais capaz?
    •  
      FD
    • 4 outubro 2011 editado

     # 4

    Quando os tribunais da relação julgarem logo se sabe como é que as coisas vão correr daqui para a frente... mas, se por acaso os bancos perderem, as coisas vão ficar muito complicadas - comecem a comprar casas para arrendar, vai começar a render.

    Colocado por: Rui A. B.Está-me a perguntar se eu sou financeiramente mais capaz?

    Sim mas, em jeito de retórica.
  3.  # 5

    Colocado por: FDQuando os tribunais da relação julgarem logo se sabe como é que as coisas vão correr daqui para a frente... mas, se por acaso os bancos perderem, as coisas vão ficar muito complicadas - comecem a comprar casas para arrendar, vai começar a render.


    Sim mas, em jeito de retórica.


    Ah ok, mas respondo-lhe que não sou financeiramente capaz, simplesmente parece-me que tem que haver um equilibrio maior nesta relação Banca/Cliente, nem que para isso o cliente tenha que pagar mais. Não se admite de o banco levar um imóvel a leilão e vendê-lo por tuta e meia e ainda obrigar o cliente a pagar o remanescente.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Giba
    • M.H.
    • 4 outubro 2011

     # 6

    Colocado por: Rui A. B.

    Não se pode comparar a situação do carro ao de uma casa. São bens completamente distintos e com desvalorizações muito díspares.

    Mas olhe que não sou o único a pensar assim, senão veja:


    Os bancos não podem manter uma dívida remanescente sobre um crédito à habitação que entre em incumprimento e cujos clientes entreguem a casa ao banco para liquidar o empréstimo. Ou seja, a entrega do bem liquida a dívida.

    Este é o entendimento de sete decisões judiciais, de primeira instância, proferidas por tribunais portugueses – quatro na Madeira e três no Continente –, que deram razão aos clientes bancários, contra a prática dos bancos.

    Apesar destas decisões não constituírem jurisprudência e de os bancos em causa terem recorrido da sentença, tratam-se de situações inéditas em Portugal, numa altura em que muitos portugueses em dificuldades estão a ser confrontados com a manutenção de uma dívida ao banco, mesmo depois de entregarem a sua casa em dação, resultante da diferença entre o valor da casa à data da entrega e o crédito ainda em dívida.

    Como confirmou a Deco - Associação de Defesa do Consumidor, a maioria do casos de pedidos de auxílio de pessoas que entram em incumprimento e já entregaram a casa ao banco mantém essa dívida remanescente.

    O procedimento é o seguinte. Uma família, perante a dificuldade em pagar o seu crédito à habitação, acorda a entrega da sua casa ao banco, com vista a liquidar o montante de crédito ainda em dívida. Ao receber o imóvel, o banco reavalia-o, atribuindo-lhe normalmente um valor inferior ao da primeira avaliação, obrigando o cliente a manter uma dívida, correspondente à diferença. Se a casa foi inicialmente avaliada por 100 mil euros, tendo o cliente solicitado um empréstimo do mesmo valor, se num segundo apuramento do seu valor o banco concluir que a mesma casa já só vale 80 mil euros, o banco leva o cliente a manter o pagamento de um crédito, no valor de 20 mil euros.


    Fonte: Dinheiro Vivo


    pois...o ultimo paragrafo transcrito por si é q me leva a questionar porque não o cliente n pode aplicar ao banco os mesmos critério,ou seja em caso de entrega pedir uma avaliação externa ao banco e essa valer para confrontar o banco com a diferença de valores,pois tal como já referi a maioria das pessoas q compram imóvel usado fazem melhorias ,recuperam,modificam em alguns casos com projecto aumentam áreas na casa ,investem paralelamente no bem.
    a própria zona do imóvel pode ser alterada de forma a modificar o preço do mesmo positivamente.
    por tudo isto o critério não deveria ter dualidades.

    vejamos por exemplo o jogo do "LIXA" o outro e nao o mesmo das finanças,banca, q vende gato por lebre,leiloes de bens penhorados .
    venda por valores patrimoniais?
    casas ardidas,destruídas..por que será?
    • eu
    • 4 outubro 2011

     # 7

    Colocado por: Rui A. B.Ou seja, o senhor tem um imóvel que foi avaliado por 200 000€ na data da compra. O banco financiou-lhe 80% do valor, 160 000€ portanto, por algum motivo perdeu o emprego e entrou em incumprimento com a entidade bancária. A mesma entidade bancária coloca a sua casa em hasta pública e vende-a por 120 000€. O senhor deve ao banco 40 000€ menos as amortizações feitas até à data e mais os 40 000€ que deu de entrada para o imóvel. Acha justo?

    Se estivesse nesta situação, muito antes de entrar em incumprimento tentaria eu próprio vender a casa por um preço mais elevado. Se não conseguisse, e se 120,000 euros é o máximo que se consegue, sim, acho justo.

    Ninguém obrigou os clientes a pedir dinheiro aos bancos nas condições em que o fizeram. Cada um é responsável pelos seus actos e pelo cumprimento dos contratos que fez. Se o cliente fez mal as contas e não se precaveu, azar, a culpa é toda dele.

    Colocado por: Rui A. B.Quem está a suportar todo o risco associado à desvalorização imobiliária é o cliente.

    Obviamente! Quando nós compramos algo temos que saber o que estamos a fazer!
    Concordam com este comentário: nebrasil
    •  
      FD
    • 4 outubro 2011 editado

     # 8

    Colocado por: Rui A. B.Não se admite de o banco levar um imóvel a leilão e vendê-lo por tuta e meia e ainda obrigar o cliente a pagar o remanescente.

    Mas, atenção, o banco não decide o valor pelo qual o imóvel vai a leilão.
    O processo de uma forma muito sumária é o seguinte:
    - devedor entra em incumprimento
    - banco deixa arrastar (e nisto SÃO culpados)
    - entra acção em tribunal para penhora da casa
    - tribunal "manda" avaliar a casa
    - a casa é posta à venda pelo mínimo de 70% do valor da avaliação encomendada pelo tribunal
    - a casa é vendida, o dinheiro é entregue ao banco e se sobrar ao devedor

    O problema aqui é com as dações em cumprimento, quando as pessoas decidem entregar a casa directamente ao banco, sem intervenção dos tribunais.
    Nesses casos, tentam livrar-se de um problema de forma pouco adequada, sujeitando-se às condições dos bancos - coisa que não deviam fazer.
    O melhor processo é sempre pelos tribunais. Porém, acho que (não tenho a certeza) aqui entra o problema dos juros, quanto mais o tribunal demora a concluir este processo, mais juros se pagarão, maior será a dívida...
    Mas, isto é um problema global da justiça e não dos bancos ou dos devedores.
    • M.H.
    • 4 outubro 2011

     # 9

    Colocado por: eu
    Se estivesse nesta situação, muito antes de entrar em incumprimento tentaria eu próprio vender a casa por um preço mais elevado. Se não conseguisse, e se 120,000 euros é o máximo que se consegue,sim, acho justo.

    Ninguém obrigou os clientes a pedir dinheiro aos bancos nas condições em que o fizeram. Cada um é responsável pelos seus actos e pelo cumprimento dos contratos que fez. Se o cliente fez mal as contas e não se precaveu, azar, a culpa étoda dele.


    Obviamente! Quando nós compramos algo temos que saber o que estamos a fazer!
    Discordam deste comentário:M.H.


    discordo pelo simples facto de entender que a instituição bancaria faz de juiz em causa própria.
    e a MAIORIA dos clientes faz o "negocio " com o banco numa posição incomparavelmente inferior.
    o cliente tem incontornavelmente a faca e o queijo na outra ponta da mesa.

    acho engraçado a sua solução para a dualidade de critérios na hora do azar,crise ,fome.etc.. em q se vai ao banco entregar o imóvel,seja contornar a questão do valor real casa/divida so´com a venda a particular ...pois quem compra vai alimentar a banca e o problema da mesma forma lesiva fazendo disto um circulo vicioso em q quem ganha é sempre o mesmo.
    • eu
    • 4 outubro 2011

     # 10

    Colocado por: M.H.discordo pelo simples facto de entender que a instituição bancaria faz de juiz em causa própria.
    e a MAIORIA dos clientes faz o "negocio " com o banco numa posição incomparavelmente inferior.
    o cliente tem incontornavelmente a faca e o queijo na outra ponta da mesa.

    Até parece que os bancos obrigam os clientes a pedir empréstimos... eu como cliente dos bancos, só assinei contratos de empréstimo depois de ler e concordar com todas as condições. Ao fazer isso, e como pessoa de palavra e honra, assumi todas as consequências do contrato. Parece que pelos vistos há muita gente que, ou não leu os contratos, ou assinou-os sem pensar no que estava a assinar.

    Colocado por: M.H.acho engraçado a sua solução para a dualidade de critérios na hora do azar,crise ,fome.etc.. em q se vai ao banco entregar o imóvel,seja contornar a questão do valor real casa/divida so´com a venda a particular ...pois quem compra vai alimentar a banca e o problema da mesma forma lesiva fazendo disto um circulo vicioso em q quem ganha é sempre o mesmo.

    Em caso de azar ou crise, temos que tentar resolver o problema da melhor maneira, que é vender o imóvel pelo melhor preço e saldar a dívida. Se por acaso o valor baixou, é o dono do imóvel que tem que arcar com as consequências, como é óbvio!
  4.  # 11

    Até ao momento o risco da desvalorização cai sobre o comprador, assim como cai os proveitos da valorização. Ou seja, da mesma forma que o banco não ganhava mais se a casa fosse vendida pelo dobro, também não devia ganhar menos se a casa for vendida por metade. Se quisermos que o banco assuma parte da perda, também deveria ganhar parte do ganho caso o haja.

    Uma coisa diferente é saber se o banco é bom ou mau vendedor das casas, e muitas vezes acaba por ter um poder que prejudica o proprietário. Por exemplo se existe uma dívida ainda de 50 mil mas a casa até valer 75 mil, o banco ao vender não ganha nada em vender acima de 50 mil, pelo contrário, vende mais rápido. Aqui a solução passa sempre pela pessoa se antecipar e vender antes.

    Não acho que o banco deva assumir parte das perdas, acho é que a situação deve ser tratada por forma a que os poderes sejam equilibrados por forma a se obter o melhor valor da venda e melhorar o poder de manobra do proprietário incumpridor.
    Concordam com este comentário: eu
  5.  # 12

    Colocado por: M.H.Comparar a compra de carro á da casa e suas respectivas avaliações ,empréstimos ,juros etc.. para mim não faz sentido.
    sao bens distintos até no nome,imóvel/móvel.


    Podem ser bens distintos mas ambos são garantias reais sobre um empréstimo de dinheiro. E o que conta é quanto dinheiro foi dado. É suposto ser irrelevante se existe uma hipoteca sobre um imóvel, automóvel ou a produção de leite.


    Colocado por: Rui A. B.Os bancos não podem manter uma dívida remanescente sobre um crédito à habitação que entre em incumprimento e cujos clientes entreguem a casa ao banco para liquidar o empréstimo. Ou seja, a entrega do bem liquida a dívida.


    mas aqui estamos a falar de dação e não de venda.
    Sobre este facto já se entende as decisões existente pois pode ser considerado como "abuso da posição contratual" em que a parte com mais poder, define, por sua única iniciativa, as condições que deseja para a resolução do contrato.

    Não existindo uma "mediação" regulada pelo mercado o banco pode (e na prática é o que devem andar a fazer) definir um valor absurdamente baixo para o bem que se encontra hipotecado.

    Repare que tal situação é hipoteticamente válida mesmo que não seja necessário o cliente dar dinheiro adicional ao banco.
    Se alguém fizer um empréstimo de 50.000 euros para comprar uma casa de 300.000, a dação da casa pode na mesma ser considerada ilícita. O banco está, na prática, a aproveitar-se a sua posição contratual para obter benefícios a que não tinha direito.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tavares Miguel
    • M.H.
    • 4 outubro 2011 editado

     # 13

    Colocado por: eu
    Até parece que os bancos obrigam os clientes a pedir empréstimos... eu como cliente dos bancos, só assinei contratos de empréstimo depois de ler econcordarcom todas as condições. Ao fazer isso, e como pessoa de palavra e honra, assumi todas as consequências do contrato. Parece que pelos vistos há muita gente que, ou não leu os contratos, ou assinou-os sem pensar no que estava a assinar.


    Em caso de azar ou crise, temos que tentar resolver o problema da melhor maneira, que é vender o imóvel pelo melhor preço e saldar a dívida. Se por acaso o valor baixou, é o dono do imóvel que tem que arcar com as consequências, como é óbvio!


    Não é o banco expressamente q corre atrás das vítimas,não é a sociedade que pressiona a população ao consumo?

    não é a mesma sociedade q informa,não é o estado responsável pela falta de cultura,pelas taxas de analfabetismo?

    em 1000 clientes quantos podem interpretar correctamente as condições gerais de um contrato com a banca ?

    estará a banca livre demais para manipular como quer ?

    o dinheiro não estará a ser vendido caro demais?

    não temos todos direito a habitação ao preço justo?

    se não se "consumirem "casas,carros,bens,comida,roupa a credito o problema dos cidadãos fica resolvido ?

    quantas vezes estão a pagar as vossas casas nos 30 ,40 ,anos q dura o contrato?

    porque ainda assim avançaram?

    não será o sistema q empurra e dps tira o tapete?
    Concordam com este comentário: Tavares Miguel
    • Giba
    • 4 outubro 2011

     # 14

    Dualidade é a palavra-chave. Durante o período em que o sistema não for dual serão permitidas todas as injustiças. Até o desemprego em massa em prol da poupança de capitais. Não é o meu caso, mas sinto imensa injustiça quando verifico que alguém perdeu sua casa por não conseguir cumprir com seus pagamentos, muitas vezes devido a ter perdido seu emprego, consequência conjuntural, e o banco não ter assumido suas responsabilidades outrora viáveis e exequíveis. Assumiu quando lhe interessava o valor do activo, quando a coisa deu para o torto esse activo já não vale aquilo que deu origem a transacção, chamo isso de trafulhice. Os bancos são como os amigos andorinhas, vivem ao nosso redor na primavera mas na privação do inverno fogem!

    Giba
    Concordam com este comentário: Hélio Pinto, M.H.
  6.  # 15

    Boas,

    Sem qualquer simpatia para com os bancos a única coisa que me apetece dizer é que, quer aqui, quer na minha vida pessoal, encontro pessoas a fazer talvez o maior negócio da sua vida sem a mínima preparação para o fazer. Mais preocupante que a falta de preparação será a forma leviana com que o fazem , sem sequer tentar perceber todas as variáveis do negócio.
    Em qualquer negócio, cada um puxa a brasa à sua sardinha e se uma das partes está mal preparada, provavelmente ficará com a sardinha por assar.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: eu, Luis K. W., SofiaPaula
    • eu
    • 4 outubro 2011

     # 16

    Colocado por: Gibae o banco não ter assumido suas responsabilidades outrora viáveis e exequíveis.

    Ò Giba, você está completamente desfasado da realidade. Mas que responsabilidades do banco?

    Assumiu quando lhe interessava o valor do activo,

    Mas assumiu o quê?

    quando a coisa deu para o torto esse activo já não vale aquilo que deu origem a transacção, chamo isso de trafulhice

    Desculpe que lhe diga, mas o banco não tem nada a ver com a valorização ou desvalorização dos bens dos seus clientes. Era só o que faltava..
    • eu
    • 4 outubro 2011

     # 17

    Colocado por: oxelferencontro pessoas a fazer talvez o maior negócio da sua vida sem a mínima preparação para o fazer. Mais preocupante que a falta de preparação será a forma leviana com que o fazem , sem sequer tentar perceber todas as variáveis do negócio.


    Exactamente!

    Eu vi tantas pessoas com situações financeiras débeis, sem emprego fixo, a comprar imóveis a preços absurdos e a fazer créditos a 40 ou 50 anos... a única coisa que lhes interessava era a prestação mensal, nem sequer verificaram quanto é que iriam pagar no total do empréstimo!

    E depois, é chapa ganha chapa gasta. Nem sequer se preocupam em criar uma poupança para gerir um eventual desemprego ou outra situação inesperada.

    Claro que ao mínimo imprevisto ficam sem conseguir pagar a casa. E depois culpam os bancos...
  7.  # 18

    E depois culpam os bancos...


    Que durante anos "assediaram" os consumidores com empréstimos substancialmente superiores ao custo das habitações - era para a mobília, era para o carro - sabendo que a taxa de esforço seria incomportável à mínima alteração das taxas de juro. Assisti a muitos casos em que a única preocupação do banco parecia ser a de colaborar para que o promotor vendesse para que o banco pudesse "fraccionar" essa dívida entre os vários empréstimos para compra de habitação. Os bancos têm uma grande cota de responsabilidade na questão, isto para não ir mais longe, aí teria de falar na promiscuidade entre bancos - ou, pelo menos, entre gerentes de agências bancárias - e os promotores e especuladores imobiliários.
    Concordam com este comentário: M.H.
    • M.H.
    • 4 outubro 2011

     # 19

    Colocado por: eu

    Exactamente!

    Eu vi tantas pessoas com situações financeiras débeis, sem emprego fixo, a comprar imóveis a preços absurdos e a fazer créditos a 40 ou 50 anos... a única coisa que lhes interessava era a prestação mensal, nem sequer verificaram quanto é que iriam pagar no total do empréstimo!

    E depois, é chapa ganha chapa gasta. Nem sequer se preocupam em criar uma poupança para gerir um eventual desemprego ou outra situação inesperada.

    Claro que ao mínimo imprevisto ficam sem conseguir pagar a casa. E depois culpam os bancos...


    peço antecipadamente desculpa...

    ...o seu discurso parece um tanto ao quanto de burguês abastado,mesmo que cada individuo leve a sua vida direita sem derrapagens de ordem financeira ,não pode vir atribuir a crise de alguns a más contas ,pois caso não saiba as contas do pobre não permitem colmatar todas as carências quanto mais permitir poupanças.ora dizer q essas pessoas n podem adquirir casa é surreal,a não ser que queira mais barracas a nascer por ai.
    defender os capitalistas ,a banca como se fossem uns inocentes e decentes prestadores de um serviço só´por si não chega para esconder os lucros abismais de uns e a crise dos outros.
    já percebi que existe ai muita pobreza envergonhada,muita riqueza arrogante,e na verdade são sempre os mesmos carneiros q pagam as crises e para uns enriquecerem alguém tem de viver no limiar da decência.
    só´é pena o estado não proteger da mesma forma as pessoas singulares como já á bem pouco tempo protegeu a banca.
  8.  # 20

    Colocado por: j cardoso

    Que durante anos "assediaram" os consumidores com empréstimos substancialmente superiores ao custo das habitações - era para a mobília, era para o carro - sabendo que a taxa de esforço seria incomportável à mínima alteração das taxas de juro. Assisti a muitos casos em que a única preocupação do banco parecia ser a de colaborar para que o promotor vendesse para que o banco pudesse "fraccionar" essa dívida entre os vários empréstimos para compra de habitação. Os bancos têm uma grande cota de responsabilidade na questão, isto para não ir mais longe, aí teria de falar na promiscuidade entre bancos - ou, pelo menos, entre gerentes de agências bancárias - e os promotores e especuladores imobiliários.


    Pior que isso tudo é que na hora da verdade ainda tem que ser o estado (nós) a lá ir limpar o **zinho aos meninos..
    Concordam com este comentário: M.H.
 
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