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  1.  # 41

    Mais uma prova da descoordenação completa de quem é responsável pela gestão deste assunto.

    O problema é que nos incêndios o maior prejuízo é dos proprietários das terras e habitações ardidas.
  2.  # 42

    quando há um homicídio a investigação começa por apurar quais os possíveis suspeitos averiguando qual o interesse que eles possam ter em relação á morte da vitima.
    há anos que os incêndios são uma barbaridade e que eu saiba nunca vi um estudo aprofundado sobre esses interesses ( de forma abrangente) e propostas de larga escala sobre a prevenção.
  3.  # 43

    Alguém conhece como é composto o pagamento de aluguer dos meios aéreos de combate a incêndios?
    Será que terá alguma componente relativa à área ardida?
    Se tiver, não será por isso que eles só aparecem quando a área já é imensa?
  4.  # 44

    Colocado por: euQue tal colocar os presos a fazer esses trabalhos?

    O secretário de estado (atual) já respondeu a isso...

    Foi apresentada como uma novidade do dispositivo o recurso a reclusos a limpar as florestas. Mas isto não foi para a frente. Não foi uma situação nova. A proposta de protocolo é feita aos serviços florestais e a outros serviços e não foram só os serviços florestais que não o subscreveram.

    Porquê?
    O que se designa por limpar a floresta é uma actividade que exige equipamento mecânico, de risco, o que exige formação da pessoa que o opera. Exige um seguro, porque não posso sujeitar ninguém a um risco sem ter um seguro feito. A análise dos serviços é que o custo necessário para que os serviços florestais pegassem num grupo não qualificado de pessoas para que elas pudessem ser úteis era um custo incomportável para o serviço. Há questões operacionais: quem se responsabiliza pelo preso? Nunca poderiam ser os serviços florestais.
  5.  # 45

    Colocado por: PBarata
    O secretário de estado (atual) já respondeu a isso...

    Foi apresentada como uma novidade do dispositivo o recurso a reclusos a limpar as florestas. Mas isto não foi para a frente.Não foi uma situação nova. A proposta de protocolo é feita aos serviços florestais e a outros serviços e não foram só os serviços florestais que não o subscreveram.

    Porquê?
    O que se designa por limpar a floresta é uma actividade que exige equipamento mecânico, de risco, o que exige formação da pessoa que o opera. Exige um seguro, porque não posso sujeitar ninguém a um risco sem ter um seguro feito. A análise dos serviços é que o custo necessário para que os serviços florestais pegassem num grupo não qualificado de pessoas para que elas pudessem ser úteis era um custo incomportável para o serviço. Há questões operacionais: quem se responsabiliza pelo preso? Nunca poderiam ser os serviços florestais.


    Era a velha bola de ferro presa à perna e os guardas prisionais com metralhadoras. Uma imagem bem cinéfila para depois passar nas televisões. lol
  6.  # 46

    eu
    Exatamente. Se vendêssemos os submarinos, quantos aviões Canadair poderíamos comprar?


    Vender os submarinos? Não é possível! Estão fundeados, no Mar da Palha, a fazer vigilância ao palácio de belém!!

    mog
    Eu apostaria que 99,9% dos proprietários não se importariam de oferecer o mato, houvesse quem lá o fosse roçar.


    Ah, sim... os proprietários mais idosos, os donos de pequenas parcelas, acho que ofereceriam o mato; não os latifundiários, digo eu! Falta pensar nos acessos
    à floresta: muitos deles quase intransponíveis. Portanto, em muitas circunstâncias, nem de graça alguém aceitaria a oferta!
  7.  # 47

    A dos submarinos já ouvi foi uma ideia que era fazê-los rebolar pela encosta em fogo e iam apagando o fogo. lol
  8.  # 48

    Colocado por: PBarataPor exemplo. Creio que a Portucel faz isto.
    São tudo eucaliptais, e ardem menos... (curioso não?)

    Este incêndio que andou perto do limite da área deles, eles andaram lá com o helicóptero para evitar o fogo.

    edit: na serra do caramulo
  9.  # 49

    Onde?
    • dmrs
    • 2 setembro 2013

     # 50

    Eu acho que não vão gostar do que vou dizer mas... e quando os bombeiros reconhecem que ganham (e bem!) por cada hectare ardido? e que quanto mais arde mais ganham? e quando dizem que é por isso que só se intervém a "sério" quando o fogo está perto das casas e que o resto é para "deixar arder"...

    E sim, isto veio da boca de um bombeiro.

    Também é estranho que, quando há suspeitas de envolvidos menos "politicamente correcto" tudo fique em águas de bacalhau. Mas que é estranho a população ter conseguido controlar o fogo por 2 vezes 1 dia antes que este se espalhasse por mais de 15 aldeias e os bombeiros serem chamados ininterruptamente, tendo chegado somente (coitados) quando o fogo estava descontrolado e depois saber-se das verbas que foram atribuidas devido aos hectares ardidos... dá muito que pensar. É estranho ter-se chegado à conclusão que certos focos de incendio só poderiam ter sido provocados de helicóptero porque não haveria outros acessos e quem andava de helicoptero era... pois...
    Na zona de casa dos meus pais, ardeu à uns 7 anos (tudo) e viu-se muita incompetência e falta de preparação de alguns bombeiros (principalmente voluntários) mas também vimos alguns bombeiros parados durante horas porque precisavam de uma autorização de uma engª que demorou horas a lá chegar (burocracia)...Viram-se bombeiros a querer fazer contra-fogo em conjunto com a população (porque era a única forma para se salvarem as casas) e via-se a engenheira (que percebe tanto de fogos como eu de batatas) a não deixar. E sim, ele foi feito, às escondidas, controlado pelos bombeiros mas ateado pelos populares que fingiram ser devido ao fogo e foi isso que salvou as 3 casas que estavam em risco iminente.
    E também há muito descuido e falta de limpeza (ainda há dias reparamos que uma das casas que quase ardeu (e só se salvou graças à população e não à ação dos bombeiros) mas que agora está com tantas silvas à volta como estava naquele ano em que quase ardeu totalmente.

    Por isso, a meu ver, é um bocado de tudo. Ninguém está realmente sensibilizado e quem está nada pode fazer. Ninguém pode ir ao mato do vizinho cortar/limpar porque pode ter vários problemas legais mas se esse mato arder e levar a casa que está ao lado? Há pessoas incompetentes no terreno e há pessoas que não deixam trabalhar quem sabe, há demasiada burocracia "on-spot" porque há falta de preparação prévia, etc...
    • dmrs
    • 2 setembro 2013

     # 51

    Colocado por: pedromdfAlguém conhece como é composto o pagamento de aluguer dos meios aéreos de combate a incêndios?
    Será que terá alguma componente relativa à área ardida?
    Se tiver, não será por isso que eles só aparecem quando a área já é imensa?

    Eu acho que é capaz de ter toda a razão e por aquilo que se ouviu de alguém da área não são só eles que ganham com a quantidade de área ardida. Talvez por isso também não existam grandes estudos em relação ao assunto...? Secalhar descobriam-se muitos podres....
  10.  # 52

  11.  # 53

    Era interessanto ver um gráfico com a distribuição dos focos de incêndio em função do calendário da dita "epoca de incêncios".
    E já agora comparar com outro em função das condições atomsféricas (temperatura, humidade, vel. vento) apenas para servir de controlo.

    É que os incendios dentro da epoca têm um tipo de pagamento, os que que caiem fora já não entram no orçamento do negócio do fogo.
  12.  # 54

    E já agora comparar com outro em função das condições atomsféricas (temperatura, humidade, vel. vento)


    Alguma informação


    Mais informação no mesmo blogue
    • AnaT
    • 3 setembro 2013

     # 55

    Na página do Facebook do José Gomes Ferreira.

    "A Industria dos incêndios
    Por José Gomes Ferreira
    A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.
    Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.
    Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:
    1 – Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?
    Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
    Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?
    Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
    Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
    2 – A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios…
    3 – Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
    4 – À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: “enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder”. Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
    5 – Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
    Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime…
    Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta – e até as habitações – e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?
    Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.
    Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo – destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
    Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
    1 – Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
    2 – Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).
    3 – Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores
    4 – Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
    5 – Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
    6 – E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
    Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.
    José Gomes Ferreira"
    Concordam com este comentário: pedromdf, maria rodrigues
  13.  # 56

    Colocado por: pedromdfO mato por muito denso que seja não se incendeia por geração espontânea.
    Por isso a grande caça tem que ser ao incendiário.


    O número de incendios não se altera significativamente desde há decádas! A area ardida por poucos incendios é que explodiu vertiginosamente.
    Há o mesmo número de incendios, mas uma pequena percentagem toma dimensoes catastroficas.

    Pensar que se resolve o problema dos incendios com armas e caça às bruxas vai resultar em: mais incendios.

    O problema está bem identificado: perda de população -> abandono de terras -> largas areas de mato sem cuidado -> fogos que seriam pequenos, há 2 décadas, transformam-se em gigantes
    Só vamos conseguir ter mão no problema quando as cabras forem novamente donas das nossas serras, com as pessoas que cuidam delas a vigiar. Até lá, nem a melhor fábrica de bulldozer consegue limpar o que milhões de hectares produzem todos os anos.
  14.  # 57

    os rebanhos hoje em dia aglutinam-se á volta das cidades alimentando o bem estar de sectores do terciário, a vaca gorda não se compadece com regionalismos.
    este agosto mais uma vez tive a sensação de que lisboa acompanha o relogio actual e o resto do pais parece a idade média.
    Concordam com este comentário: treker666, DOGMA
  15.  # 58

    Na Espanha estes 2 ou 3 ultimos anos nao se tem visto esses grandes incendio como anteriorment, a parte da Galiçia que é tambem zona montanhosa tambem nao, entao os incendiarios vieram todos para Portugal?
    Alguma coisa foi feita em Espanha, prevençao? meios adeguados de vigilançia? estruturas de combate contre incendios mais incentivados e organizados?
  16.  # 59

    Os números que ontem ouvi na TVI são impressionantes, uma média de 300 fogos por dia, nos últimos 2 meses. Foram apanhados 54 incendiários. Bombeiros mortos e gravemente feridos. Viaturas perdidas.
    • eu
    • 3 setembro 2013

     # 60

    Colocado por: PBarataO que se designa por limpar a floresta é uma actividade que exige equipamento mecânico, de risco, o que exige formação da pessoa que o opera. Exige um seguro, porque não posso sujeitar ninguém a um risco sem ter um seguro feito. A análise dos serviços é que o custo necessário para que os serviços florestais pegassem num grupo não qualificado de pessoas para que elas pudessem ser úteis era um custo incomportável para o serviço. Há questões operacionais: quem se responsabiliza pelo preso? Nunca poderiam ser os serviços florestais.

    Parecem-me desculpas esfarrapadas de quem não quer os presos a limpar a mata... Formação? Uma manhã de formação não seria suficiente? É preciso um Mestrado para operar as roçadoras?
 
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