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    • eu
    • 11 julho 2018
    Colocado por: CarvaiÉ verdade, mas já agora explique isso aos fofinhos que aumentam os preços dos combustíveis pois só afeta os "ricos" que andam de Mercedes.

    Mas o que é que os fofinhos têm a ver com esta discussão?
    • eu
    • 11 julho 2018
    Colocado por: branco.valter
    Lá vão os EUA mamar a bucha! Metam na conta do Trump!

    O protecionismo tem destas coisas... os competidores pagam na mesma moeda.

    E depois, é ver os patetas apoiantes do Trump indignados com as retaliações da China: "as medidas dos chineses são injustificáveis" dizem eles ;)
  1. https://economia.uol.com.br/noticias/efe/2018/05/03/deficit-comercial-dos-eua-cai-15-em-marco.htm

    https://g1.globo.com/economia/noticia/superavit-comercial-da-china-com-eua-aumenta-em-plena-crise-comercial.ghtml

    O que está em causa é isto. Os EUA tal como TODOS os países do mundo está preocupado com o défice comercial.

    Claro que a China ou a Alemanha com superavits não gostam.
    • eu
    • 11 julho 2018
    Colocado por: CarvaiOs EUA tal como TODOS os países do mundo está preocupado com o défice comercial.

    O desequilíbrio da balança comercial é de facto um problema, mas não se resolve com taxas nas importações.
  2. Colocado por: eu
    O desequilíbrio da balança comercial é de facto um problema, mas não se resolve com taxas nas importações.

    Não se resolve só com taxas, mas é das mais usadas. A GB com o Brexit vai retomar o sistema.
    No Brasil a diferença de impostos entre produtos importados e nacionais é enorme.
    • eu
    • 11 julho 2018
    Colocado por: CarvaiNão se resolve só com taxas, mas é das mais usadas

    Tanto as taxas alfandegárias como a desvalorização da moeda são habitualmente usadas pelos países que são incapazes de competir nos mercados mundiais e o resultado é sempre o mesmo: atraso tecnológico, baixo poder de compra e fecho da economia.

    Colocado por: CarvaiNo Brasil a diferença de impostos entre produtos importados e nacionais é enorme.

    E o resultado disso é o quê?
  3. Colocado por: euTalvez porque os USA estão a quebrar unilateralmente acordos comerciais estabelecidos e aceites pelas partes, violando as regras da OMC?

    É um risco que os parceiros comerciais correm: uma nova administração com uma ideia diferente do que deverá o comércio internacional dos EUA.
    Governos que rasgam acordos assinados por governos anteriores, onde é que já vimos isso?!

    Dito isto, obviamente, que acho que todos temos a ganhar com a maior liberdade possível de transações entre estados.
    • eu
    • 11 julho 2018
    LOL... é o que se chama uma no cravo outra na ferradura.

    O mais irónico desta política do Trump é que é exatamente a mesma que defendem os partidos políticos de extrema esquerda sobre a globalização.

    Até me admiro BE e PCP não elogiarem o Trump, na defesa da classe operária Americana.
  4. Colocado por: branco.valterLá vão os EUA mamar a bucha! Metam na conta do Trump!

    Não sei se será assim. Os países já estão de tal maneira, comercialmente, interligados que não me parece que seja evidente sentenciar desde já vencedores e perdedores: a China importa muitos produtos alimentares dos EUA e tornar essas importações mais caras, aumentando o preço para os consumidores, pode não ser assim algo tão simples; por outro lado, estar a alimentar uma escalada na guerra comercial poderá ser pior para a China que, não esqueçamos, tem nos EUA um dos seus principais clientes.
  5. Colocado por: euO mais irónico desta política do Trump é que é exatamente a mesma que defendem os partidos políticos de extrema esquerda sobre a globalização.

    Até me admiro BE e PCP não elogiarem o Trump, na defesa da classe operária Americana.

    O BE e o PCP estão sempre a falar contra a globalização. Nisso, com o Trump, estão todos bem uns para os outros.
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 11 julho 2018
    Colocado por: J.Fernandesnão me parece que seja evidente sentenciar desde já vencedores e perdedores

    Perdem todos. Principalmente os cidadãos mais pobres destes Países.
  6. Colocado por: Carvai
    Não se resolve só com taxas, mas é das mais usadas. A GB com o Brexit vai retomar o sistema.
    No Brasil a diferença de impostos entre produtos importados e nacionais é enorme.


    A ver vamos, ainda esta semana foram 2 ministros darem uma volta porque a PM quer um soft Brexit.

    Já o Brasil é um exemplo de como o proteccionismo mal pensado atrasa o desenvolvimento de um país e piora a vida das pessoas.
    Concordam com este comentário: eu
  7. Escrito por quem sabe um pouco mais disto que eu:

    A Guerra comercial é algo compatível com a insanidade dos tempos atuais.

    A insanidade devido a declaração de guerra comercial unilateral devido a competição desleal estrangeira e retirar empregos norte-americanos. O problema é que desconsidera o saldo positivo dos serviços sofisticados, atracção de poupança e investimento directo estrangeiro nos EUA, existência de integração produtiva dos EUA com o resto do mundo. Assim, se declara guerra comercial e eleva tarifas, tem impactos diversos na estrutura produtiva norte-americana e realocação de fatores. Isso quer dizer realocação de produção de firmas americanas transnacionais, elevação de custos de insumos e componentes, maior nível de preços e redução de salário real. Além do fechamento dos mercados externos pela retaliação dos países estrangeiros.

    Na cabeça de quem montou essa guerra é fácil vencer. Os demais países atingidos não iriam retaliar porque é os EUA, assim aceitariam os termos. Ao mesmo tempo os trabalhadores de baixa qualificação e firmas americanas ficariam felizes porque teriam maior mercado ao limitar a competição estrangeira. Além de atrair o investimento das multinacionais que ficariam felizes em produzir na América. No fim das contas todos estariam mais felizes.

    Vamos aos problemas e o que acontece na realidade.

    Primeiro, as tarifas focam nos grandes vilões que estão destruindo a industria norte-americana, especialmente China, UE, Canadá e México. O erro básico é que as tarifas atacam majoritariamente bens finais ou de consumo. Enquanto o grosso do comércio internacional norte-americano é importar bens intermediários, componentes e insumos que são usados para produção de bens finais vendidos nos EUA e exportados. É o caso das montadoras estrangeiras instaladas nos EUA e são grandes exportadores. E quando taxa os componentes (aço e componentes, por exemplo) eleva os custos das firmas que usam esses componentes que vão ter que ser repassados para consumidores internos e externos. Assim motiva parar de exportar ou transferir a produção como a Harley, GM, Ford e outras andam fazendo.

    Segundo, os países que estão retaliando com maiores tarifas e restrições a importação de bens norte-americanos focam nos bens finais e agrícolas. Os mesmos que ocupam grande parte das exportações norte-americanas e sustentam extensas áreas do interior e industrias menos competitivas. É o caso da China taxar os grãos, carne e petrolíferos norte-americanos que sabem que irá criar o caos nesses sectores nos EUA. Assim eles pressionem o Congresso, governos estaduais e federal. Essas são reacções preliminares. Caso ocorram novos pacotes de restrições e aumento de tarifas a resposta pode ser maior. A sequência pode incluir novos aumentos de tarifas por parte da China, UE e outros sobre bens finais e produtos agrícolas. Ao mesmo tempo atacar a exportação de serviços e bens sofisticados como aviões.

    Terceiro, os EUA não são tão grandes no comércio internacional. Nas últimas duas décadas os países do sudeste asiático e emergentes em geral ganharam muito peso. Pelo lado do consumo e produção. Assim existem alternativas aos bens norte-americanos, muitos produzidos por terceirizadas ou em fábricas de multinacionais norte-americanas. Mesmo países que tem forte destino de exportações com os EUA (Canadá e México), também importam muito porque é tudo integrado. É o caso da industria de alimentos mexicana que usa grãos e insumos produzidos nos EUA, posteriormente exportados para os próprio EUA. O Canadá idem em relação máquinas e equipamentos, veículos e outros. A implicação é que maiores tarifas não muda em nada a situação desses países. Ao contrário. Abre margem para importar os insumos de outros lugares. Já se fala do México importar milho do Brasil incentivado pelo governo e pelas empresas norte-americanas que produzem no México.

    No final das contas a Guerra Comercial é um mero jogo para criar a ilusão que vai resolver um problema que na real é outro. Esse outro problema é que existe polarização na sociedade norte-americana entre não qualificados e de baixa renda e os de elevada qualificação e alta renda. O primeiro grupo acha que competição externa é o problema e culpa a China e o México. O segundo daqueles que ganham dinheiro com a globalização com vende de bens sofisticados, serviços e outros como o pessoal do "Silicon valley". E como funciona a sociedade norte-americana a polarização e polarização entre os dois grupos está prestes a explodir.
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    • eu
    • 12 julho 2018
  8. A NATO, a Rússia e o fim de uma era
    (por Diana Soller)

    A trave-mestra da estratégia norte-americana consiste em privilegiar a relação com a Rússia. Uma parceria para contrabalançar a China. Neste contexto os aliados europeus tornaram-se quase dispensáveis

    Gostaria de fazer um ponto prévio: não se deve olhar para a viagem do presidente norte-americano como visitas-cimeiras distintas umas das outras, mas um todo indivisível. O mais importante não foi o que se disse nas conferências de imprensa. Foi a forma como a NATO e a Grã-Bretanha foram tratadas, como estados dependentes e pouco importantes para os Estados Unidos, enquanto a a Rússia foi alvo de todas as deferências.

    A Cimeira de Bruxelas veio mostrar aquilo que já se suspeitava: acabou-se a aliança entre democracias, e deu-se início a uma nova organização que de semelhante com à anterior pouco mais tem o nome. Não houve propriamente nada de novo: os países reiteraram as suas promessas (feitas a Barack Obama na Cimeira de Gales de 2014) de aumentar paulatinamente a percentagem do seu PIB em gastos de defesa até 2024. Mas instalou-se uma espécie de drama diplomático em vários atos, com Tump a engasgar Merkel ao pequeno-almoço ao apontar a dependência energética alemã da Rússia, e a interromper as reuniões agendadas para voltar a falar do contributo dos aliados europeus.

    Disse-se, inclusive, que o presidente americano terá ameaçado deixar a instituição. Mesmo que não tenham sido estas as palavras de Trump, o certo que houve “reunião de emergência”. Mas muito mais importante: não terá havido grandes debates sobre os temas regionais de segurança que estariam na agenda. E esta omissão acaba por ser a mais forte expressão de forma diminuída como os Estados Unidos da America vêm a Europa. Como um “foe” (prefiro a expressão em inglês, porque a tradução é dúbia, correspondendo mais ou menos a um entidade com a qual se está em competição) no qual não reconhece importância suficiente para discutir assuntos de defesa comum.

    Esse papel coube à Rússia. Na primeira cimeira bilateral entre os dois países, Donald Trump e Vladimir Putin sentaram-se a debater todos os assuntos de segurança e economia que afetam a região. Do DAESH e da Síria à proliferação nuclear e à cooperação comercial. Ter-se-á até debatido a situação na Ucrânia. Ao contrário do que fez com os parceiros de sempre, o presidente americano tratou Putin como líder de uma grande potência com deveres e responsabilidades. Como parte da solução e não parte do problema. Mais significativo ainda, foram duas declarações que elucidam para onde querem que caminhe a relação bilateral: falaram de Xi Jinping e declaram estar no caminho da cooperação. E Trump ainda enalteceu a sua própria ousadia política em romper com a longa inimizade entre Washington e Moscovo.

    Destes episódios, que não ocorreram por acaso em menos de uma semana (aos quais se podem acrescentar uma relação cada vez mais incómoda com o Canadá, um elogio a Boris Johnson e uma descompostura da Theresa May), podem tirar-se várias conclusões. A primeira é prosaica, mas não menos importante – e já foi foi referida aqui noutras ocasiões. Trump pode ter uma personalidade que desconcerta os chefes de estado, mas já vai sendo tempo de percebermos que há uma estratégia concreta e coerente relativamente ao mundo em geral e ao espaço euro-asiático em particular.

    Em segundo lugar, a trave-mestra dessa estratégia consiste em privilegiar uma relação com a Rússia. Uma parceria até, se possível. É certo que Trump nunca escondeu a sua admiração por Putin, mas a razão principal é que a administração acredita que Moscovo é o único estado capaz de conter a China que, não tenhamos dúvidas, é a maior preocupação de Washington.

    Em terceiro lugar, os aliados europeus tornaram-se praticamente dispensáveis por três razões. Porque a visão americana de que os Estados Unidos deviam valorizar as relações com as democracias acabou, e em vez dela surgiu uma nova em que a União Europeia prejudica os EUA não só em questões económicas (é importante não esquecer que há uma guerra comercial em curso), como em questões de segurança (os EUA pagam pela defesa europeia sem receberam nada em troca). Também porque Trump não se dá bem com fóruns multilaterais. Prefere chefes de estado com quem possa negociar de um para um do que complicadas relações institucionais burocráticas e demasiadas amarras normativas. Finalmente, porque, precisamente devido à sua fraqueza militar, a Europa tem pouco a contribuir para as necessidades de segurança dos Estados Unidos.

    Em dois anos o mundo mudou consideravelmente. Ironicamente, não tanto pela ascendência chinesa, como esperávamos, mas porque a ainda única grande potência, os Estados Unidos, se tornou, novamente, revisionista. Partindo dos princípios que os EUA são um estado “normal” sem obrigações de criação de ordem e sem restrições normativas, e que todos os estados são inimigos dos Estados Unidos até prova em contrário, Trump reformulou toda a política externa do seu país até esta ficar quase irreconhecível. Mas não é uma questão de personalidade. É uma questão de visão do mundo em que os mais fortes cooperam e competem de acordo com os seus interesses. E os mais fracos adaptam-se.

    Podemos argumentar que este é um revisionismo temporário, até pela resposta do Congresso, que parece não estar pelos ajustes com a política de Trump. Mas ainda assim, a Casa Branca tem um poder muito vasto no que respeita à política externa e estas mudanças uma vez implementadas, podem ser mais duradouras do que um (ou dois mandatos) de um presidente. E porque há muitas razões para se duvidar da viabilidade da parceria Washington-Moscovo. Mas entretanto a Europa não pode ficar de braços cruzados. É que, bem vistas as coisas, uma Rússia mais forte com a conivência americana, enquanto ainda estamos fragilizados pela nova visão geoestratégica dos EUA, pode ser uma ameaça à Europa, que surja bem mais depressa que a preponderância chinesa de facto no mundo.

    https://observador.pt/opiniao/a-nato-a-russia-e-o-fim-de-uma-era/
    • eu
    • 17 julho 2018 editado
    Há que aguentar os próximos 4 anos (ou serão 8?) até os USA terem novamente um Presidente normal...

    A pior coisa que a Europa pode fazer é confundir os USA com esta Trampa.
  9. O problema é que o Trump está a conseguir levar a sua avante de tal forma que vai rebentar com o paradigma actual.
    Concordam com este comentário: silvacastro
  10. Mais do que nunca precisamos de um Euro forte.

    O Brexit ainda mete muitas duvidas nos Britânicos.
    O mundo cada vez mais em constante evolução e não para..
 
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