Colocado por: CarvaiÉ verdade, mas já agora explique isso aos fofinhos que aumentam os preços dos combustíveis pois só afeta os "ricos" que andam de Mercedes.
Colocado por: branco.valter
Lá vão os EUA mamar a bucha! Metam na conta do Trump!
Colocado por: CarvaiOs EUA tal como TODOS os países do mundo está preocupado com o défice comercial.
Colocado por: eu
O desequilíbrio da balança comercial é de facto um problema, mas não se resolve com taxas nas importações.
Colocado por: CarvaiNão se resolve só com taxas, mas é das mais usadas
Colocado por: CarvaiNo Brasil a diferença de impostos entre produtos importados e nacionais é enorme.
Colocado por: euTalvez porque os USA estão a quebrar unilateralmente acordos comerciais estabelecidos e aceites pelas partes, violando as regras da OMC?
Colocado por: branco.valterLá vão os EUA mamar a bucha! Metam na conta do Trump!
Colocado por: euO mais irónico desta política do Trump é que é exatamente a mesma que defendem os partidos políticos de extrema esquerda sobre a globalização.
Até me admiro BE e PCP não elogiarem o Trump, na defesa da classe operária Americana.
Colocado por: J.Fernandesnão me parece que seja evidente sentenciar desde já vencedores e perdedores
Colocado por: Carvai
Não se resolve só com taxas, mas é das mais usadas. A GB com o Brexit vai retomar o sistema.
No Brasil a diferença de impostos entre produtos importados e nacionais é enorme.
A Guerra comercial é algo compatível com a insanidade dos tempos atuais.
A insanidade devido a declaração de guerra comercial unilateral devido a competição desleal estrangeira e retirar empregos norte-americanos. O problema é que desconsidera o saldo positivo dos serviços sofisticados, atracção de poupança e investimento directo estrangeiro nos EUA, existência de integração produtiva dos EUA com o resto do mundo. Assim, se declara guerra comercial e eleva tarifas, tem impactos diversos na estrutura produtiva norte-americana e realocação de fatores. Isso quer dizer realocação de produção de firmas americanas transnacionais, elevação de custos de insumos e componentes, maior nível de preços e redução de salário real. Além do fechamento dos mercados externos pela retaliação dos países estrangeiros.
Na cabeça de quem montou essa guerra é fácil vencer. Os demais países atingidos não iriam retaliar porque é os EUA, assim aceitariam os termos. Ao mesmo tempo os trabalhadores de baixa qualificação e firmas americanas ficariam felizes porque teriam maior mercado ao limitar a competição estrangeira. Além de atrair o investimento das multinacionais que ficariam felizes em produzir na América. No fim das contas todos estariam mais felizes.
Vamos aos problemas e o que acontece na realidade.
Primeiro, as tarifas focam nos grandes vilões que estão destruindo a industria norte-americana, especialmente China, UE, Canadá e México. O erro básico é que as tarifas atacam majoritariamente bens finais ou de consumo. Enquanto o grosso do comércio internacional norte-americano é importar bens intermediários, componentes e insumos que são usados para produção de bens finais vendidos nos EUA e exportados. É o caso das montadoras estrangeiras instaladas nos EUA e são grandes exportadores. E quando taxa os componentes (aço e componentes, por exemplo) eleva os custos das firmas que usam esses componentes que vão ter que ser repassados para consumidores internos e externos. Assim motiva parar de exportar ou transferir a produção como a Harley, GM, Ford e outras andam fazendo.
Segundo, os países que estão retaliando com maiores tarifas e restrições a importação de bens norte-americanos focam nos bens finais e agrícolas. Os mesmos que ocupam grande parte das exportações norte-americanas e sustentam extensas áreas do interior e industrias menos competitivas. É o caso da China taxar os grãos, carne e petrolíferos norte-americanos que sabem que irá criar o caos nesses sectores nos EUA. Assim eles pressionem o Congresso, governos estaduais e federal. Essas são reacções preliminares. Caso ocorram novos pacotes de restrições e aumento de tarifas a resposta pode ser maior. A sequência pode incluir novos aumentos de tarifas por parte da China, UE e outros sobre bens finais e produtos agrícolas. Ao mesmo tempo atacar a exportação de serviços e bens sofisticados como aviões.
Terceiro, os EUA não são tão grandes no comércio internacional. Nas últimas duas décadas os países do sudeste asiático e emergentes em geral ganharam muito peso. Pelo lado do consumo e produção. Assim existem alternativas aos bens norte-americanos, muitos produzidos por terceirizadas ou em fábricas de multinacionais norte-americanas. Mesmo países que tem forte destino de exportações com os EUA (Canadá e México), também importam muito porque é tudo integrado. É o caso da industria de alimentos mexicana que usa grãos e insumos produzidos nos EUA, posteriormente exportados para os próprio EUA. O Canadá idem em relação máquinas e equipamentos, veículos e outros. A implicação é que maiores tarifas não muda em nada a situação desses países. Ao contrário. Abre margem para importar os insumos de outros lugares. Já se fala do México importar milho do Brasil incentivado pelo governo e pelas empresas norte-americanas que produzem no México.
No final das contas a Guerra Comercial é um mero jogo para criar a ilusão que vai resolver um problema que na real é outro. Esse outro problema é que existe polarização na sociedade norte-americana entre não qualificados e de baixa renda e os de elevada qualificação e alta renda. O primeiro grupo acha que competição externa é o problema e culpa a China e o México. O segundo daqueles que ganham dinheiro com a globalização com vende de bens sofisticados, serviços e outros como o pessoal do "Silicon valley". E como funciona a sociedade norte-americana a polarização e polarização entre os dois grupos está prestes a explodir.