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  1. Errado. Você não me conhece de lado nenhum para saber quais são os meus hábitos, caso contrário sabia que só insisto naquilo que sei. No entanto, não estou em nenhum tribunal para ter que lhe apresentar provas de nada. Quer acreditar acredite, senão fique na sua que eu fico na minha.

    Não preciso de o conhecer, estamos a falar do que aqui escreve, e já são dois exemplos flagrantes em menos de 24 horas (este, e o das empresas com maior incidência do SMN).



    Aos restantes que ponderam no que os outros dizem, posso afirmar que os custos do INEM diretos são uma coisa, os indiretos são outros. Por exemplo, as equipas das VMER's (médico e enfermeiro) são pagas pelos hospitais, pois estes profissionais estão obrigatoriamente vinculados aos hospitais. Logo estes custos de pessoal estão englobados nos hospitais e não no orçamento do INEM. Além das VMER's, existem ainda as SBV's (algumas), SIV's e TIP's. Ainda os consumiveis clínicos destes meios são pagos pelos hospitais.


    Não é tão líquido como o ANdiesel quer fazer parecer. Os meios externos à disposição do INEM são protocolados e pagos, como pode ser confirmado consultando os relatórios e contas apresentados. (

    Ao acaso, no relatório e contas de 2014:
    No exercício económico de 2014, mais uma vez foi autorizada a libertação de saldos de gerência de anos anteriores no montante de 18.170.331,05 para fazer face a compromissos assumidos e não pagos em 2013, no valor de 9.177.306,00, mais cerca de 9 M€ para reforço da despesa com os parceiros do SIEM, nomeadamente os PEM, e para cobertura orçamental dos protocolos de integração dos meios,


    Portanto, voltando à vaca fria: ainda que admitindo que os protocolos não cubram a totalidade da despesa, está muito longe de se poder afirmar que a contribuição dos seguros é "insignificante" na cobertura dos custos do INEM. Mais: ainda que assim fosse, continuaria a não ser um argumento para estabelecer a indispensabilidade da propriedade pública do serviço do INEM, na medida em que nada impediria as seguradoras ou outras entidades de se associarem e fornecerem um serviço semelhante.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok

  2. O maior defeito do estado é a corrupção, enquanto o maior defeito dos privados é a ganância.

    Lamento, mas até prova em contrário os agentes do Estado são pessoas como as outras, com tanta ganância como os privados.


    Um não existe sem o outro e ao contrário do que afirma há serviços que nunca poderiam ser prestados por privados. Uma policia privada por exemplo, ainda seria mais corrupta do que uma policia do estado.

    Nem vou entrar na discussão de ser melhor ou pior (embora pudéssemos ir por aí), porque não é impotante para o argumento. Mas não resisto a apontar que é perfeitamente possível e até já existiram polícias privadas.


    Sem estado não existe sociedade.


    Essa é de cabo de esquadra. Os serviços que o Estado presta já foram todos prestados por privados. E o Estado não é uma invenção assim tão antiga como isso...


    Mas voltemos ao meu argumento: o privado existe sem Estado, a inversa não é verdade. Pode testá-lo de forma abstracta, imaginando em que condições seria possível um Estado empregar 100% da sua população.
    Concordam com este comentário: two-rok

  3. Um desvio de 300 m temporário feito num terreno privado com gravilha? A sério? É com exemplos destes que quer rebater o que eu disse?


    Este foi só uma brincadeira, mas não deixa de ser um abre-olhos.


    Exemplos do século 19 ? A sério?


    Porquê, não são relevantes? Não acha extraordinária a criação de uma rede de vias de comunicação num território com tal extensão, por privados? E não lhe parece que a existência de milhares de entidades a fazê-lo talvez diga algo sobre essa lenga-lenga do "quem construiria as estradas" ?
  4. O Estado não tem a obrigatoriedade de garantir direitos fundamentais aos seus cidadãos? Assim o diz a Constituição. Podem argumentar que poderia ser tudo feito com privados, mas se NENHUM país o fez é porque não é viável. Ou estaremos aqui a descobrir a pólvora?
  5. Colocado por: eu
    Obviamente, não podemos generalizar a partir de casos particulares. Como é óbvio, há muitas cirurgias de urgência que são feitas todos os dias nos hospitais públicos.
    Concordam com este comentário:ANdiesel

    E outras tantas que ficam por fazer em fila de espera que entretanto alguns desses doentes já morreram.
    Concordam com este comentário: two-rok

  6. O Estado não tem a obrigatoriedade de garantir direitos fundamentais aos seus cidadãos? Assim o diz a Constituição.

    A Constituição também diz que devemos caminhar em direcção ao socialismo e nem por isso... ai, espere, esta agora não funciona.

    Agora a sério: sem querer agora discutir se deve ou não caber ao Estado garantir tal coisa, (admitamos por agora que sim) isso não significa que o Estado deva produzir serviços.


    Podem argumentar que poderia ser tudo feito com privados, mas se NENHUM país o fez é porque não é viável. Ou estaremos aqui a descobrir a pólvora?

    Isso não é verdade. Muitos dos serviços prestados pelo nosso Estado são prestados por privados em muitos países. E mesmo que assim não fosse, tal não significa que não fosse viável..
    Concordam com este comentário: two-rok
  7. Colocado por: euSerá mais: "tira a todos e dá a todos"


    E depois os outros é que são simplistas? :)
  8. Gostava de concluir esta discussão, mas se tal não for possível fico na minha e vocês na vossa, amigos como dantes.

    Eu aceito que alguns serviços poderiam ser prestados por privados, tal como vocês devem compreender que também podem ser prestados pelo próprio estado. O que se poderia discutir é a dimensão da máquina do estado e o seu método de funcionamento, exigindo mais produtividade em determinados setores. Não me parece justo e adequado querer firmar a ideia de que Portugal era um país melhor se o estado só pagasse a privados para prestar serviços: em alguns casos poderia ser melhor, noutros seria pior.

    Só isto.
  9. Colocado por: euPor exemplo, em certos serviços, faz mais sentido que não exista concorrência, mas sim uma única entidade a prestar esse serviço, porque em caso de concorrência, seria necessário duplicar, triplicar ou quintuplicar recursos.

    Por exemplo, não faz sentido construir 'n' auto-estradas entre duas cidades num ambiente de concorrência. E este paradigma aplica-se a imensos serviços, que na minha opinião, devem ser públicos.


    Olhe por acaso temos bastantes auto-estradas de forma a que isso fosse possível. E mesmo que não houvesse, poderia existir concorrência nas concessões, aquando do término de cada contracto. Assim uma coisa bem feita, sem crimes lesa-pátria como tem acontecido nestes casos. É que o problema nem é o ser público ou privado, é ser bem ou mal gerido.
    • eu
    • 13 novembro 2015
    Colocado por: luisvv
    Porquê, não são relevantes?

    Isso aconteceu no Séc. 19 !!! Se recuar ainda mais na história, vai chegar a um período em que não havia estados e tudo era privado.

    Mas... por alguma razão, as coisas mudaram no Séc XX e XXI... no entendimento do luisvv, no Séc 19 é que as coisas eram bem feitas?
    • eu
    • 13 novembro 2015
    Colocado por: two-rokÉ que o problema nem é o ser público ou privado, é ser bem ou mal gerido.

    Não podia concordar mais !!!
  10. Colocado por: eu
    Não podia concordar mais !!!


    É o que tenho vindo a dizer: existe bom e mau, seja no publico ou no privado. Querer afirmar que só o privado é que é bom, isso não!!
  11. Colocado por: euNão podia concordar mais !!!


    Mas há mais, visto que muito do que é público é mal gerido, porque não privatizar ou deixar os privados gerir? Tudo menos PPP's manhosas.

    Colocado por: ANdieselÉ o que tenho vindo a dizer: existe bom e mau, seja no publico ou no privado. Querer afirmar que só o privado é que é bom, isso não!!


    O problema é que as más gestões privadas são prejuízo dos próprios e eventualmente dos seus credores que ficaram a arder, no público costumam mandar a conta para pagar aos contribuintes, e isso é mais aborrecido. Eu aquilo que compro, gosto de pagar, mas aquilo que não compro, é pá, aborrece-me, são feitios. :)
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
  12. Nem sempre as falências dos privados são pagos pelos privados, há os apoios, os subsídios, etc. Já para não falar das "injeções" de capital que o estado por vezes faz em determinados privados para os salvar.
    Vá, não repitam que o dinheiro que o estado investe é dos privados, senão voltamos ao quem nasceu primeiro: ovo ou galinha.
  13. Colocado por: ANdieselNem sempre as falências dos privados são pagos pelos privados, há os apoios, os subsídios, etc. Já para não falar das "injeções" de capital que o estado por vezes faz em determinados privados para os salvar.


    Meia dúzia de empresas, e com isto não estou a dizer que concordo que o façam. De qualquer forma, qual é a origem desse dinheiro?

    Colocado por: ANdieselVá, não repitam que o dinheiro que o estado investe é dos privados, senão voltamos ao quem nasceu primeiro: ovo ou galinha.


    Não é, mas chegou a ser, até ser "confiscado". E essa de quem nasceu primeiro é fácil: Os privados, penso que pelo menos aí todos estaremos de acordo. Mal seria.

  14. Isso aconteceu no Séc. 19 !!! Se recuar ainda mais na história, vai chegar a um período em que não havia estados e tudo era privado.


    A pergunta era, se não me engano, "Quem construiria estradas, a não ser o Estado?". Implícita na pergunta, e um pouco mais explícita noutros posts, a ideia de que não existiriam estradas. E o exemplo serve para muitos outros tópicos, que tanta gente insiste em atribuir exclusivamente ao Estado. Sim, já foi feito, sim, funcionou, sim, a livre associação move montanhas.



    Mas... por alguma razão, as coisas mudaram no Séc XX e XXI... no entendimento do luisvv, no Séc 19 é que as coisas eram bem feitas?


    Implícita na sua pergunta está uma certa ideia de evolução permanente: hoje é melhor que ontem, que já era melhor que anteontem. No que me diz respeito, em certos aspectos sim, noutros não.

    Mas nem é por aí que me interessa discutir. O ponto para mim é: não há nenhum serviço que o Estado preste que os privados não prestem ou tenham prestado já. Logo, argumentar que só o Estado pode fornecer determinados serviços é bizarro. Assente este ponto, segue-se que só
    é possível determinar se seria "melhor" o serviço prestado pelo Estado ou por privados depois de acordarmos num determinado conjunto de critérios - e geralmente aí a conversa resvala para fora dos princípios e passa para considerações utilitárias, necessariamente subjectivas.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • AXN
    • 13 novembro 2015
    Colocado por: luisvvLogo, argumentar que só o Estado pode fornecer determinados serviços é bizarro


    As leis, a justiça (Juízes), como pode ser privada?
    Concordam com este comentário: ANdiesel
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ANdiesel
    • eu
    • 13 novembro 2015
    Colocado por: luisvv
    A pergunta era, se não me engano, "Quem construiria estradas, a não ser o Estado?

    Não era bem isso, era mais a questão de haverem múltiplas estradas paralelas em regime de concorrência. O que é idiota, pois é um desperdício de recursos.
  15. Colocado por: euNão era bem isso, era mais a questão de haverem múltiplas estradas paralelas em regime de concorrência. O que é idiota, pois é um desperdício de recursos.

    Pelo contrário, desperdício de recursos acontece agora, como acho que nem você negará. Nenhum privado que não tenha rendimentos garantidos pelo estado, pensará sequer em construir uma autoestrada cujo número de potenciais utilizadores não garanta com razoável probabilidade, a sustentabilidade do projecto.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • luisvv
    • 13 novembro 2015 editado
 
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