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  1.  # 81

    Colocado por: CMartinOlá Nmvmartins :o)
    Vou falar de uma área que posso falar melhor: a minha, estou como independente na área de decoração e de interiores.
    Já trabalhei noutra área, numa empresa multinacional, durante 22 anos, em que respondia a um chefe. Esse chefe tinha objectivos anuais de venda, todos eles tinham, e também um valor até ao qual poderia fazer despesa à empresa. Ele respondia a outro chefe, e estes respondiam aos accionistas, que eram os verdadeiros donos da empresa. Eram os accionistas que, chegando o final do ano, iam decidir se o resultado financeiro da empresa era o que pretendiam. Até tendo em conta que para além de pagar ordenados a milhares (eramos milhares de colegas de toda a parte do mundo), gastos correntes e fixos, teriam os accionistas que ver lucro, o retorno do seu investimento. Há muitos anos que têm despedido muita gente, e continuam a fazê-lo. Há 2 anos foi o meu chefe, o ano passado fui eu.
    Iniciei o meu sonho, de trabalhar por conta própria, nesta área que me realiza.
    Agora respondo a mim.
    Tenho os meus objectivos de venda, e gastos, ou investimentos que posso fazer, dependendo claro dos meus gastos. Sou eu que faço a minha gestão de tempo, e de dinheiro.
    Posso-lhe dizer que tendo tido ambas as experiências, são mundos completamente diferentes. Até no IVA, em que posso cobrar (não cobro porque estou isenta por enquanto) e na empresa tinha que ser cobrado.


    E???
    Vc não disse nada relevante em tanta linha que escreveu. Fiquei impressionado com a tentativa de comparação de uma multinacional com uma xafarica. As empresas não se podem desculpabilizar com o seu orçamento de custos vs deixarem os clientes pendurados. O orçamento deve inclusive incluir essa parte de risco integrada, agora dizer que tenho um orçamento e não o posso ultrapassar mesmo que isso cause um peoblema ao meu cliente...

    O que foi dito anteriormente é a realidade, mas quando vier a crise até os ossos comem.
  2.  # 82

    Eu não falo para suportar o custo mas acho que para fazer um certo tipo de trabalho se envolver várias especialidades a empresa pode servir o serviço completo. Não leve como ofensa. É a minha maneira de Ver . Substituições de caixilharia 90% leva reparações logo porque não gerir a obra por completo
  3.  # 83

    Colocado por: Diogo999quando vier a crise até os ossos comem.

    Isso é verdade para todos também. Quando vier a crise até os ossos comemos.
  4.  # 84

    Colocado por: NmvmartinsEu não falo para suportar o custo mas acho que para fazer um certo tipo de trabalho se envolver várias especialidades a empresa pode servir o serviço completo. Não leve como ofensa. É a minha maneira de Ver . Substituições de caixilharia 90% leva reparações logo porque não gerir a obra por completo

    Como se faria isso ? Por exemplo, no caso das tais janelas que instalei há 10 anos, incluiam o valor de pedreiro no orçamento das janelas por exemplo ? E assim faziam o trabalho todo completo ?
  5.  # 85

    Colocado por: Diogo999As empresas não se podem desculpabilizar com o seu orçamento de custos vs deixarem os clientes pendurados. O orçamento deve inclusive incluir essa parte de risco integrada

    Será que estão a dizer o mesmo, é uma forma indirecta de cobrar o trabalho ao cliente no fundo.
  6.  # 86

    Se é um trabalho deve ser cobrado incluindo ou não no preço da caixilharia
    Concordam com este comentário: CMartin
  7.  # 87

    Eu quando são estes casos eu próprio faço as reparações necessárias. Tenho conhecimentos para isso. Trata se de ser mais prático para o cliente e só uma entidade a tratar do assunto
    •  
      CMartin
    • 18 setembro 2018 editado

     # 88

    E estou a pensar nisso até noutra forma. Já me aconteceu ter clientes que me pedem para lhes desenhar um móvel. Não sou designer industrial, e não tenho qualquer especialização ou técnica para o poder fazer, embora nas decorações o móvel assume bastante importância como parte dela, o facto é que, vou ter que tirar tempo do projecto de decoração para desenhar um móvel. Não me custa fazê-lo, mas nem me compete e nem sou paga por isso. Não tenho margem no projecto de decoração para desenhar um móvel, por exemplo (e não tenho mesmo).
    •  
      CMartin
    • 18 setembro 2018 editado

     # 89

    Mas ainda, se eu for incluir uma margem de risco no orçamento do meu projecto de decoração para o cliente, para desenhar móveis ou outros trabalhos/despesas é um aumento de valor.
    No fundo, ou assumo esse risco e prejudico a minha balança comercial, ou aumento o orçamento e perco vantagem sobre a concorrência em termos de preço.
    Mas é interessante falarmos sobre isto, como trabalho por conta própria agora, a verdade é que não me lembro muitas vezes que uma deslocação extra a casa do cliente (no meu projecto incluo um numero fixo de deslocações) é uma despesa para mim, por exemplo. E eu não posso trabalhar sem ser contra pagamento.
  8.  # 90

    Mas ao fazer isso ganha mérito perante o cliente. Quanto tempo envolve esse trabalho um dia até a fazer orçamentos perdemos tempo mas pode compensar neste caso ganhar a obra. Neste momento estou a acompanhar uma obra de black-outs a 60 km da minha zona já lá fui 3 vezes para acompanhar a obra e ver com o cliente o que ele pretende ainda não fiz orçamento . A questão é se não fazer este trabalho de acompanhar e mostrar o produto tenho poucas hipóteses de o fazer. Já lá foi outras empresas e disseram não fazemos porque não é standard simplesmente porque a Lage onde fixar os sistemas não é direita e inclinada é tem que ser criado suportes com inclinacao
  9.  # 91

    CMArtin quantas decoradoras conhece que criam móveis? O valor tem justificação. Quantos serralheiro tem por aí que pintam as ombreiras dos Vaos o preço e dado pelo tipo de servico
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 18 setembro 2018 editado

     # 92

    Até lhe vou dizer mais, nmv, que estamos a conversar sobre isto. Acredite que eu pessoalmente penso assim também, a vantagem que tem um cliente em vir ter comigo. Não cobro comissão sobre as peças que eu compro para o cliente, nem sob qualquer serviço contratado por mim (empreiteiro, pintor, estofador, caixilharia..etc..etc) precisamente porque penso que tenho um ganho indirecto maior do que o imediato. Mas sei que eu faço isto porque tenho como objectivo servir um mercado específico, e não pretendo ser grande e de massas, mas antes fazer isto a dedo com prazer pessoal. Agora que respondo apenas a mim, é assim.
    Concordam com este comentário: Nmvmartins
  10.  # 93

    Estou 100 % de acordo consigo muitos serralheiros sabem montar caixilharia ou no seu caso decoradores mas o que se destaca é o serviço ser completo e diferente. Uma multi nacional trata os clientes por números nos tratamos pelo nome torna o negócio mais caseiro e próximo do cliente. Se apresenta um serviço melhor e diferente e normal que se cobre por isso porque ganha valor. A questão das comissões para mim é andar a pendura. Agora se dizer cobro um valor para tomar conta da obra e certificar que está tudo bem e outra história mas sempre transparente com o cliente
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 19 setembro 2018 editado

     # 94

    Colocado por: NmvmartinsA questão das comissões para mim é andar a pendura.

    É diferente. Na decoração é perfeitamente prática que faz parte, aliás, muitos decoradores fazem o projecto de decoração, desde que o cliente compre depois os móveis e as decorações na loja indicada pelo decorador, ou contrate os profissionais indicados pelo decorador, e o decorador ganha a comissão daí.
    Há decoradores que vendem eles próprios os móveis e adereços para a casa, no projecto de decoração. A comissão não é uma maldade, é apenas uma forma de receita legítima.
    Como disse, por ser pequena e só eu, e os meus clientes específicos, prefiro dar-lhes esse valor como se fosse um desconto, porque posso, e tenho isso contemplado. Mas mais do que isso, já se torna difícil para mim poder dar. A partir disso, o que eu não cobrar, é prejudicial para mim também, mas às vezes esqueço-me, nesta coisa de nos tratarmos pelos nomes no nosso negócio mais caseiro.
    •  
      CMartin
    • 19 setembro 2018 editado

     # 95

    No entanto, esses grandes nomes de gabinetes de decoração (Graça Viterbo, Nini Andrade Silva, etc), tais como grandes marcas de caixilharia ou portões (Schucco, Technal, Hormann, etc) e para mais nas suas versões de multinacional (respondendo directamente à casa-mãe) há muito que deixaram de ser negócios caseiros, nem podiam ou podem, acho, fazer como se fossem.
    (E agora de repente, nem sei porque comparação, mas lembrei-me de Ana Salazar, a designer de roupa portuguesa mais antiga e internacional, que teve que vender a sua marca registada, uma marca criada por ela, de raíz). A internacionalização e o aumento do negócio é bom, mas há que ter muito mais em atenção, do que num como o meu por exemplo.
  11.  # 96

    A ambição as vezes faz nos perder as nossas raízes. Tem que haver escolhas. Outro exemplo músicos fiéis as suas raízes é depois através de grandes produtoras perdem a essência por dinheiro
    Concordam com este comentário: CMartin
  12.  # 97

    Colocado por: CMartin
    Isso é verdade para todos também. Quando vier a crise até os ossos comemos.


    Ou imigramos, e qualquer português que trabalhe na construção arranja facilmente trabalho lá fora, o mesmo não se pode dizer de muitas outras áreas.

    Ou para quem não quiser imigrar nem comer ossos existe o desemprego que é para isso que ele serve, apesar de nunca lá ter estado dizem que não é mau sítio para estar.

    É que comer ossos para mim é ver como vi quando veio a crise muitas empresas a pagar para trabalhar, quando chegar esse dia prefiro fechar que andar a trabalhar de graça e a estragar o mercado, eu sei que o cliente agradece mas as minhas costas não.
    Concordam com este comentário: CMartin, two-rok
    •  
      CMartin
    • 19 setembro 2018 editado

     # 98

    E ainda, quando se fala em dar miminhos aos clientes, coisa que todos gostamos de dar, e de receber, mas há que ver que não se tem 5 ou 6 clientes, muitas vezes são centenas ou milhares, e dar miminhos representa gasto para a empresa (gasto que o cliente ele próprio prefere não investir num interesse principalmente seu) e também tempo. Uma empresa não pode passar a dar miminhos a todos os clientes, porque isso seria incomportável face ao trabalho que desenvolve para ser paga e do qual vive.
    Penso se as pessoas não sabem traduzir isto para as suas realidades profissionais, se deixariam de trabalhar pelo ordenado que as sustenta para fazerem trabalhos que não lhes compete fora de horas e não pagos, a qual dariam prioridade (?). Exigir é bom, dos outros. Mas penso que vermos a realidade como ela é, e é igual para todos, não será um exercício tão descabido e difícil quanto isso, mas há que querer, não apenas exigir dos outros o que nós próprios não assumimos na nossa forma de estar e de trabalhar. Felizmente, com este entendimento que tenho das obras, e mesmo estando inserida no meio, tenho conseguido gerir bem o equilíbrio, como cliente não exijo o que como profissional não gostaria que exigissem de mim. E sou muito compreensiva e respeitadora dos limites dos outros, tanto dos meus clientes (nomeadamente nos plafonds) como dos meus fornecedores (até onde posso negociar com eles sem os prejudicar e sem os obrigar a prejudicar - muito importante para mim - a qualidade do seu trabalho).
    Como neste caso em concreto em que se compraram janelas com instalação - e boas - e pediu-se trabalho de pedreiro a uma empresa de caixilharia vendedora e instaladora de janelas que não faz trabalho de pedreiro, nem à borla, e nem pago.
    Espero que os meus clientes, para além de me pedirem para desenhar móveis de vez em quando, não se lembrem de me pedir para lhes oferecer para eu pintar os interiores. Teria que comprar rolo, tinta, e escadote, e primário do meu bolso e ainda tirar tempo da minha actividade paga de decoração e design de interiores para lhes dar esse "miminho". Se não ainda corro o risco de me virem encher de nomes para o fórum.
  13.  # 99

    Colocado por: CMartinTeria que comprar rolo, tinta, e escadote, e primário do meu bolso e ainda tirar tempo da minha actividade paga de decoração e design de interiores para lhes dar esse "miminho".


    null

    :o)
  14.  # 100

    Tudo depende como a aquisição é feita, profissionalmente vou substituir um conjunto de janelas de alumínio com acabamentos incluídos (estou do lado do DO).
    Foi previsto e as empresas visitaram o local, e presumo que o refletiram no orçamento.
    Não é favor nenhum, é um serviço adicional que é executado e cobrado.
 
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