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  1.  # 101

    Colocado por: CMartinPortugal não é o País pequeno e pouco evoluído que às vezes se faz querer parecer.
    De mentalidades pouco evoluídas.
    Há que conhecer um pouco de tudo, para se poder avaliar correctamente.
    Portugal de hoje, não merece esse preconceito português. Temos profissionais e obras de excelência. Repudio esse discurso.
    nao leste na integra o que mereceu esse meu comentário. estava a comentar uma realidade. repudiar o comentário seria tapar os olhos com uma peneira. Basta assistir a muitos dos temas abertos neste próprio forum para verificar a veracidade do comentário feito pelo Joel. Aliás este mesmo é um deles. Nem ele nem eu pôs em causa o profissionalismo nem o valor dos profissionais.

    Uma profissão tão bonita, e com tanto para oferecer à construção e ao ordenamento territorial, paisagem nacional. Faz toda a diferença, a arquitectura. É motivo de brio profissional.
    Concordo consigo, e enche-me de prazer ler esse reconhecimento, Eu pessoalmente penso que os profissionais cá são de topo. Já trabalhei em três continentes e posso dizer isto pela qualidade que vi lá e a diferença que fazia trazer á equipa gente 'da nossa'. pois tentava sempre conseguir meter jovens de cá nos escritórios por onde passei através de programas como o leonardo. A diferença é abismal. não digo que os de lá não são bons, mas existe uma diferença grande sobre os foco de ensino de cá e de lá. Percebi que muitos eram bons no conceito, 3ds, rapidez de execução.. os nossos, um trabalho mais moroso, mais ponderados, mais focados na qualidade do produto final.. nos materiais, nos pormenores... foram uns tempos muito bons.

    gentes evoluidas...


    Agora, voltando á razão desse meu comentário sobre gente evoluída, estávamos a falar sobre o valor do tempo de cada um. Não do tempo dos profissionais, mas sim do tempo de muitos dos futuros DO. Em Singapura tive um exemplo excelente disto mesmo, tivemos um cliente que fez um empréstimo de 12 milhões de euros ao banco, (já com a conversão feita do dollar) para a casa, não porque não tinha o suficiente, mas sim porque o dinheiro dele valia muito mais que o dinheiro do banco incluindo os juros...

    Também é verdade que existe pessoas em Portugal cujo tempo é valioso ao ponto de não terem tempo para se debruçarem sobre temas que não dominam para poupar uns trocos. Infelizmente estão em minoria. Seria muito bom para o país que a maioria da população valorizasse o seu próprio tempo muito mais. A qualidade de vida subia, os ordenados subiam e a economia ganhava. Se tivesse um desejo pra mudar o país seria apenas esse.
    Reconheço também que este problema é complexo, mexe com muita coisa. Eu vivo num meio onde um arquitecto é um tipo que faz uns desenhos, que não percebe nada de construção e que qualquer tipo com um autocad sacado da net ao fim de uma semana consegue fazer o que eu faço. O tempo deles é mais barato que o meu. acredita que se conseguissem comprar medicamentos sem receitas muitos deles nem precisavam mais dos médicos.

    Não é preconceito dizer a verdade. Reconhecer essa verdade é o primeiro passo para a poder corrigir.
    Concordam com este comentário: NTORION, Anonimo1710, CMartin
  2.  # 102

    Colocado por: antonylemosEu vivo num meio onde um arquitecto é um tipo que faz uns desenhos, que não percebe nada de construção e que qualquer tipo com um autocad sacado da net ao fim de uma semana consegue fazer o que eu faço


    De certa maneira, revejo-me nisso, mas desde há uns 10 anos para cá que já não é bem assim...
  3.  # 103

    Concordo contigo, Antony.
    Há pouco tempo, numa remodelação, punha-se em cima da mesa a possibilidade de se querer contratar a decoração. A resposta foi que a senhora fazia essa parte porque tinha bom gosto, mas isto dito em tom de resposta a uma quase ofensa, como se fosse.
    No entanto, tal como diz o PedroBarradas tem havido evolução e as pessoas já vão estando mais informadas, consequência do maior investimento na construção e no imobiliário, trazido por outros.
    (Nessa evolução, como negativo, tem havido muita destruição de património. Nunca nada é perfeito, há sempre danos colaterais.)
  4.  # 104

    Colocado por: Pedro Barradas

    De certa maneira, revejo-me nisso, mas desde há uns 10 anos para cá que já não é bem assim...
    verdade, tem melhorado qualquer coisa.. mas depende muito de zona para zona, aqui quase a totalidade das pessoas do da construção civil. para eles os arquitectos e engenheiros são umas bestas.. ja vi, mais que uma vez criticarem em obra o ferro calculado para uma estrutura... e reduzirem o ferro!.
  5.  # 105

    Colocado por: antonylemosja vi, mais que uma vez criticarem em obra o ferro calculado para uma estrutura...

    Por vezes com razão.
    Ainda hoje me passou pelas mão um projeto em que para a para uma laje com um vão de 6,8m tenho uma viga de 60x50
  6.  # 106

    penso que a melhor forma de mudar as coisas é sempre dar a melhor prestação possível sempre que nos é solicitado uma encomenda, e por melhor, nao sugiro mariquices supérfluas, mas sim respostas honestas e com qualidade. Bem explicadas de forma que se percebam os porquês das soluções adotados. um pouco como num prato de comida. por la produtos de qualidade, bem confecionados, na quantidade certa. e deixar de fora as guarnições que nada trazem ao prato..

    só assim, porque senão seremos sempre uns desenhadores careiros.
    Concordam com este comentário: zedasilva
  7.  # 107

    Colocado por: zedasilva
    Por vezes com razão.
    Ainda hoje me passou pelas mão um projeto em que para a para uma laje com um vão de 6,8m tenho uma viga de 60x50
    concordo, e não digo que mesmos os trolhas ao fim de 30 anos não percebam alguma coisa do assunto, mas não estava a falar de uma situação dessas... todos cometemos erros penso eu. eu pelo menos cometo, ainda esta semana tive de corrigir um processo por ter falhado na descrição de uma operação urbanística..
  8.  # 108

    Colocado por: antonylemostodos cometemos erros penso eu.

    Claro que sim, e nem todos temos as mesmas capacidades. No caso em concreto que relatei, acredito piamente que o técnico que fez aquele projeto não consegue fazer melhor.
    Este é um pormenor que os arquitetos tem que tb começar a ter cuidado, rodear-se de técnicos competentes. Não podem somente ficar focados no desenho, a parte técnica tb é o espelho do seu trabalho.
    Neste caso em concreto, temos um bom projeto de arquitetura, já ao nível das especialidades são uma verdadeira nódoa.
  9.  # 109

    coisas da vida zei, as vezes uma pessoa até desanima, mas depois lê-se coisas como esta ...
    Uma profissão tão bonita, e com tanto para oferecer à construção e ao ordenamento territorial, paisagem nacional. Faz toda a diferença, a arquitectura. É motivo de brio profissional.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: tnjp
  10.  # 110

    Colocado por: antonylemosmas depois lê-se coisas como esta ...

    Ó antonylemos todos nós sabemos que a menina Martins por vezes fumas umas coisas.
    A partir de hoje os engenheiros já podem outra vez assinar arquitetura, vamos lá com calma.
  11.  # 111

    Colocado por: zedasilvaA partir de hoje os engenheiros já podem outra vez assinar arquitetura, vamos lá com calma.

    Fiquei decepcionada.

    Mas ainda assim acredito num futuro (próximo) melhor para a arquitectura. Como pequena amostra, as construções e remodelações que conheço a correrem presentemente todas excepto uma, são com arquitecto.
  12.  # 112

    Fui ver e Há nuances importantes nisso !
    Não é a todos os engenheiros, e é medida de excepção.
    https://www.publico.pt/2018/05/29/politica/noticia/marcelo-promulga-novo-diploma-que-permite-a-engenheiros-assinar-projectos-de-arquitectura-1832541
    Concordam com este comentário: CMLS265
  13.  # 113

    Colocado por: CMartinNão é a todos os engenheiros

    São só os que fazem parte do loby
  14.  # 114

    PAULO MARTINS BARATA
    OPINIÃO
    Arquitectos e Engenheiros: o massacre final
    A irreversível herança de destruição da paisagem deixada pelos engenheiros “arquitectantes” está aí para ficar, todos os dias do ano, cinzenta.

    13 de março de 2018

    A recorrente anedota marialva, “não é suficientemente homem para ser engenheiro, nem mulher que chegue para ser decorador”, na sua perversidade misógina diz-nos muito da condição a que os engenheiros gostariam de votar a arquitectura.

    Em artigos anteriores poderei ter dado a sugestão que me era indiferente ver Portugal ser construído por engenheiros civis, porque a concorrência entre arquitectos bastar-se-ia. Quero deixar aqui claro que não, apesar de me desagradarem intensamente os chamados “discursos da classe”. É sempre bom lembrar que a Carlo Scarpa — possivelmente um dos maiores arquitectos do pós-guerra italiano — lhe foi negada de forma sistemática e humilhante a inscrição da Ordem dos Arquitectos porque não tinha uma educação académica formal. Também não me interessam os discursos pomposos e celebratórios que posicionam a arquitectura como “acto cultural” ou “acto de cidadania”, os discursos das “essencialidades” e das “permanências”. São cabalistica moderna para a maior parte dos cidadãos que não queiram fazer casas na Comporta ou hotéis lifestyle. Interessa-me por isso clarificar os aspectos concretos que relevam de forma patrimonial a comunidade e ao território.

    É natural que Portugal, enquanto país, esteja mais grato ao legado dos arquitectos que ao dos engenheiros civis. É um facto. Não quero aqui convocar o sem número de engenheiros notáveis que tivemos e temos, ou o enorme prazer que é trabalhar lado-a-lado com figuras como João Appleton, Rui Furtado, Adão da Fonseca ou Miguel Villar, para citar alguns, no debelar de soluções complexas, na clarificação do desenho e da forma, na optimização da estrutura. Não é porem esse o legado substantivo dos engenheiros civis e técnicos em Portugal. A irreversível herança de destruição da paisagem deixada pelos engenheiros “arquitectantes” está aí para ficar, todos os dias do ano, cinzenta, nessa Grande Lisboa feita de edifícios de 11 pisos em enjoativas riscas de tons pastel entrecortadas por marquises de alumínio, ou nos grotescos armazéns e restaurantes em chapa metálica luminescente que parecem não ter fim desde o Algarve a Bragança. Esta sistemática destruição do país por via de licenciamentos desqualificados e construções abortivas na base de um inadmissível compliance camarário tem obviamente o seu canto do cisne na figura do engenheiro técnico Pinto de Sousa. Não deixa por isso de ser um paradoxo que o seu consulado tenha sido o momento que consagrou finalmente o Direito à Arquitectura como um acto exclusivo dos Arquitectos, em grande parte resultante do trabalho de esclarecimento de Helena Roseta e João Rodeia.

    Nos anos de chumbo da troika, os engenheiros técnicos, alegando a escalada de desemprego na classe, conseguiram reverter a lei e voltar a poder assinar projectos de arquitectura, perante uma vergonhosa cedência do PSD, que, socorrendo-se de convenientes directivas comunitárias, teve Luís Montenegro como campeão parlamentar desta engenharia.

    O que está em jogo, em boa verdade, é uma guerra de competências sobre o que cada profissional pode comer do cadáver do antílope incauto. Os engenheiros pretendem fazer a coordenação do projecto sob a prerrogativa da tal masculinidade (“it´s a man’s job”), como se a sua base técnica, a sua alegada objectividade, fosse um racional de sucesso. Quem conhece o universo do projecto de arquitectura sabe o quão absurda essa proposta é. Já agora, por que não entregar a engenharia de vias aos arquitectos? Na verdade, a mais bela autoestrada da Europa, entre Airolo e Chiasso, é desenhada por um arquitecto, o suíço-italiano Rino Tami nos anos 60. E se a ponte da Arrábida de Edgar Cardoso é uma obra sublime, pôr pilares 20x20 numa residencial em Leiria à beira da Nacional 1 e chamar-lhe arquitectura é mau demais.

    A verdade é que a Engenharia Civil há muito está em perda. Lá vai a era de Duarte Pacheco e do seu instituto. Lá vai o glamour das grandes obras de arte, da engenharia como expressão de poder do Estado. Lá vai o tempo dos engenheiros políticos, banqueiros e empresários. No entretanto, as médias de entrada nas universidades colapsaram mais ainda que as de arquitectura e o desemprego bateu à porta em números inesperados, com a tecnicidade do curso a revelar-se paradoxalmente menos flexível ou exportável que a arquitectura. Quando Gonçalo Byrne ganha o concurso para uma sala de concertos em Genebra de 300 milhões de euros, fá-lo sozinho, por sua conta e risco. Quando uma empresa de engenharia portuguesa anuncia o projecto de uma auto-estrada no México é seguramente a reboque de uma Mota-Engil.

    Por fim, a ideia de uma sociedade tecnocrática territorialmente conformada pela engenharia desagrada-nos como povo e comunidade. Já basta a destruição do território feita nas últimas décadas, um legado de dolorosa acupuntura que deixamos às endividadas gerações vindouras.

    Num tempo de virares de página, num tempo em que todas as estrelas estão alinhadas, com PS, BE e PCP no poder, e com uma Ordem dos Arquitectos frontalmente contra o projecto-lei, será interessante perceber se esta eminente reversão que não traz votos é, afinal, reversível. Chamemos-lhe “Lei Montenegro para Destruição da Paisagem Portuguesa”. Pode ser que este título inspire os deputados a votar contra, ou o Presidente a vetar.

    Portugal tem uma divida de gratidão para com a arquitectura e um dever para com o território. O prestigio e património da arquitectura portuguesa não é uma falácia ou uma operação de marketing para consumo interno. Não podemos continuar indefinidamente a destruir Portugal, e, simultaneamente, a usar os prémios Pritzker como o jarrão chinês em casa da D. Carlota de Serpa Pimentel.

    Fonte : https://www.google.pt/amp/s/www.publico.pt/2018/03/13/culturaipsilon/opiniao/arquitectos-e-engenheiros-o-massacre-final-1806384/amp
  15.  # 115

    CMartin
    confesso que não tenho pachorra para ler o artigo mas aconselho-a a pensar pela sua cabeça
  16.  # 116

    O artigo está muito bom. Deviam todos ler. Por isso o pus aqui.

    Sei que estamos nos tempos fast is beautiful, não há pachorra para nada que demore. Por isso, muito pouco dá gosto, tanta correria para lado nenhum.
    Dá-me especial gosto as pessoas que têm pachorra hoje em dia, para a lentidão duma conversa.
  17.  # 117

    Colocado por: CMartinFiquei decepcionada.

    Eu fiquei decepcionado foi por ter de recorrer a uma arquitecto para alterar o uso de uma loja, para fazer um barracão, um muro de vedação, etc...
  18.  # 118

    Colocado por: CMartinnão há pachorra para nada que demore.

    Verdade!
    Especialmente quando é um artigo completamente falacioso.
    P.S. Para que conste, não sou licenciado em engenharia.
  19.  # 119

    Para que conste também, fui contra esta alteração à lei.
  20.  # 120

    Colocado por: Anonimo06082021então é o quê...Mestre...Doutorado..?

    Não!
    Sou um simples licenciado com 3 Pós graduações.
    Gostava de fazer outra licenciatura, vamos ver como correm os próximos tempos
 
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