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  1.  # 81

    Também podemos pensar no seguinte: Para se poder fazer arquitectura, estabilidade, certificação energética, medicina, mediação imobiliária, enfermagem, contabilidade, topografia, etc. etc., temos de fazer cursos, exames, certificação, é-se penalizado quando se faz m**da.
    Já para redigir um regulamento, qualquer bicho careta, algures num qualquer ministério, secretaria de estado ou instituto público, onde foi para graças ao padrinho ou cartão com a cor certa, pode debitar o seu arrazoado.
    Relativamente à interpretação do percurso acessível numa moradia, penso que o que se pretende, na realidade, não é ter uma plataforma na escada, mas que a porta de entrada, a cozinha, a IS acessível e o quarto fiquem no mesmo piso.
    O Pedro Homem de Gouveia foi a pessoa da Ordem dos Arquitectos que, quando esta foi consultada sobre o (ainda) Projecto de Lei, deu o respectivo parecer chamando desde logo a atenção para a falta de legibilidade do diploma. O SRTEP terá alegado que aquilo já tinha dado imenso trabalho, e que não estavam para alterar.
    De resto, aquilo que ele escreve no blog é suportado por alguns juristas. Dos quais até podemos discordar, só que, nesse caso deveremos, também, fundamentar a nossa discordância face a essa interpretação jurídica. Coisa que poderá ser útil a mais pessoas neste forum, eu incluído.
    • Jonh
    • 9 setembro 2009

     # 82

    Colocado por: NeonPerdoem a minha intervenção mas já me ando a passar com esta historia do percurso acessível.

    Verifico que se têm generalizado a ideia de que ou se faz uma wc + cozinha + quarto no R/c ou falhando um destes já a escada tem que levar com os meios de elevação mecânica; Uma vez que a rampa para vencer o desnível de pisos é para esquecer.

    Mas o que é isto....?
    Muitos apontam como ferramenta base o "manual", ou o "blog" sobre acessibilidades do ilustre Arq. Pedro Gouveia, que segundo parece é uma sumidade sobre esta matéria (e ainda bem).
    Com o devido respeito pelo trabalho desenvolvido por este técnico...coloco a questão... será que não andamos todos tipo carneirada atrás de uma ideologia talhada por uma pessoa cuja sensibilidade para a questão das pessoas com incapacidades de locomoção se possa encontrar demasiado estremada?
    Já agora, não terá este Sr. de alguma forma envolvido com a filosofia do D.L. 163/06, tipo...ser o pai da criança? :)

    Será que nos esquecemos de pensar e contrapor?

    Nós não sabemos o que nos acontece amanha, qualquer um de nós pode adquirir algum grau de incapacidade...aliás essa é a regra à medida que envelhecemos. Por isso considero de extrema importância esta legislação, considero de extrema importância que se acabe com o egoísmo de ignorar quem se encontra mais desprotegido. Mas atenção, isto não significa que se passe do oito, e já não digo para o oitenta mas sim para o oitocentos.

    Para mim faz o que faz sentido é que a escada possa comportar uma equipamento de elevação mecânica (caso se verifique que venha a ser preciso) e não me venham com a treta que a com a ausência do equipamento o percurso já não é acessível.

    Imaginemos que vamos comprar uma moradia...è uma mais valia ter todo esse equipamento mas qual seria primeira coisa que faríamos?
    Eu, era desmontar o equipamento, pois tenho uma filha pequena e ng me convence que esse equipamento poderá ser objecto de tentativa de aventuras mal sucedidas
    outros fariam o mesmo provavelmente por questões de estética, outros de funcionalidade, outros por razões psicológicas.

    Outra coisa, as pessoa com mobilidade reduzida não são só paraplégico e tetraplégicos, idosos com artrite/reumatismo ou os invisuais.
    Epa para mim os equipamentos mecânicos colcoados na escada de uma moradia, são um obstáculo e uma dificuldade para um amblíope que la resida...porque è que ele tem que estar sujeito a esta inconveniência? Será que estou assim tão errado?

    E em questões de segurança e funcionalidade, um equipamento de elevação para levar uma cadeira de rodas será o mesmo que o equipamento para levar um idoso com reumatismo? Então e qual é que escolhemos? a cadeirinha ou a plataforma? E depois como sabemos que acertamos?

    E depois hoje em dia também já há sistemas moveis que se ligam a uma cadeira de rodas que permitem com a ajuda de outra pessoa subir escadas!

    Agora voltando à tal moradia que eu comprei (quem me dera), onde tive de pagar o equipamento de elevação (sim porque ninguém mo vai dar de borla).
    Vamos então supor que por uma infelicidade, daqui a 20 anos passo a necessitar de usar o tal equipamento de elevação...e olho para a publicidade e vejo que o meu equipamento que ali esteve a apanhar pó durante 20 anos, é agora obsoleto e até nem se adapta às características das cadeiras de rodas futuristicas :) acabando eu por ter de adquirir novo equipamento.

    Se calhar alguns de vocês neste momento devem-me estar a odiar...mas pessoalmente e do fundo do meu coração, considero um abuso e um crime esta filosofia que se esta a criar; Acho que seria até de averiguar se não interesse económicos por trás de tudo isto. Sim pk para mim isto é mexer no bolso do pobre pagante.

    Já agora...outra reflexão... se subirmos um piso num prédio de 2 pisos que não acomoda a possibilidade de instalação de equipamentos mecânicos.
    O piso que vamos criar terá que respeitar a legislação actual...logo a lei das acessibilidades...então e como é vamos pensar num paraplégico...adaptamos o apartamentozito às acessibilidades e depois o residente não sai de casa?
    Quem me diz?

    Epa, desculpem lá estes desabafos...mas isto mexe mesmo comigo

    abraços a todos
    do Neon
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Jonh


    Esta é a melhor intervenção que já vi neste forum. Parabéns.

    Já fiz algumas sobre o mesmo assunto, com a mesma opinião.
    A sorte, é que algumas Câmaras têm a inteligência ou sensibilidade de interpretação da lei de modo a não cometer a aberração de exigir uma plataforma elevatória, mas sim espaço para que a mesma venha a ser instalada um dia.

    Todos poderemos vir a necessitar, mas isso é como tudo, se neste momento não tenho gripe A, não tem lógica ir comprar já os medicamentos, evidentemente posso é prevenir-me.

    Abraço a todos!
  2.  # 83

    E já agora, porque não o RGEU (que tem quê, 51 anos?)?
  3.  # 84

    A Ordem dos Engenheiros já alertou para a necessidade de um Código da Construção, unificando e actualizando todos os diplomas dispersos. A Ordem dos Arquitectos (para não variar) foi a reboque e este tema será incluído no próximo congresso.
  4.  # 85

    "...até 2013, deverá ser elaborado e implementado um código de edificação e construção em Portugal..."

    Proposta 05 da ordem dos arquitectos do manifesto para as eleições legislativas 2009.
  5.  # 86

    o problema é o deverá, ainda vamos ficar sentados à espera como o 31/2009?
    o RGEU tem coisas bem elaboradas mas outras estão passadas mesmo pelo tempo, nos nossos dias não funcionam, não encaixam.
  6.  # 87

    Olá
    ando a ver uns terrenos para comprar e a maioria são com 90 a 95 m2 por piso,
    para fazer com 3 quartos no 1º andar.
    a minha dúvida é ,tenho de criar um quarto no r/c?? como posso criar um quarto em tão pouco espaço?
    se for criar espaço junto à escada para de futuro instalar uma plataforma elevatória, acho muito bem, ninguem adivinha o futuro.
    Será para a câmara de Matosinhos
  7.  # 88

    Colocado por: j_r_m_cOlá
    ando a ver uns terrenos para comprar e a maioria são com 90 a 95 m2 por piso,
    para fazer com 3 quartos no 1º andar.
    a minha dúvida é ,tenho de criar um quarto no r/c?? como posso criar um quarto em tão pouco espaço?
    se for criar espaço junto à escada para de futuro instalar uma plataforma elevatória, acho muito bem, ninguem adivinha o futuro.
    Será para a câmara de Matosinhos


    ou cria um quarto/escritório no r/chão ou então tem de instalar um elevador na escada e já não precisa de um quarto no r/chão.
    cumps
  8.  # 89

    a questão é precisamente essa!!!
    como consigo fazer um quarto no r/c em 90 m2?
    posso deixar tudo pronto para colocar uma plataforma elevatória nas escadas?
  9.  # 90

    consegue
    e se pretende fazer 3 quartos no 1º andar, tem mesmo de instalar de raiz a tal plataforma ou então fazer mesmo o quarto/escritório no r/c que pode ser de apenas 9 m2 e somando a uns 6 m2 da wc acessivel, ainda fica com 75 para o resto e vá lá que tire 25 para paredes e circulação, ainda fica com 50 m2 para sala e cozinha.
  10.  # 91

    que raio de lei mais idiota
    50 m2??para isso mais vale ficar no meu apartamento que tenho quase isso!!!

    o mais lógico será obviamente preparar as escadas para de futuro permitir a instalação de uma método elevatório.

    quem faz as leis ou anda a dormir ou não percebe do assunto
    passamos do 8, onde viamos muitas "aberrações" incluindo edifícios públicos,
    para o 80 onde vamos limitar a qualidade de vida das pessoas.

    alguem tem exemplos de plantas com r/c de 90 m2 que cumpram o regulamento?estou curioso!!!

    a casa de banho no r/c ainda posso perceber, agora a lei devia prever que no caso de ausencia do quarto no r/c
    as escadas estarem preparadas para aplicação de um sistema elevatório.
  11.  # 92

    na net falam da possibilidade de a sala no r/c ser chamado de quarto e um dos quartos de sala no 1º andar, ora isso é andar a enganar uns aos outros
    espero que qd apresentar o projecto na camara de Matosinhos sejam moderadoa e entendam estas situações
  12.  # 93

    por exemplo esta geminada com o rc com 80 m2

    tem ainda cave, 1º andar e sotão. é um exemplo de uma solução convencional.
  13.  # 94

    ok, já vi que é possível mas a cozinha não ficou muito grande
    •  
      alv
    • 27 setembro 2009 editado

     # 95

    Vivam!
    Vou ainda mais longe!
    Três exemplos:
    1- Uma casa térrea que tenha várias varandas. Ora segundo o Reg. para PMC, teria de não haver denível entre as varandas e o interior. Na vossa casa aceitariam ter as varandas à mesma cota do interior? Quando chuvesse, a quem é que iam pedir responsabilidades por poder haver água dentro de casa?
    2- Uma vivenda tipica Portuguesa no interior, com R/C destinado a garagem e habitação no 1º andar. Há tantas por aí, ou nos centros das urbes em que o comércio é no R/C e existe um andar habitável por cima. Vamos criar para um andar meios mecânicos de elevação logo à partida?. Imaginem nos centros históricos com casas com 5 e 6 metros de largura em que o R/C é comércio e o resto é serviços.
    3- Este real, passado à poucas semanas numa CM: Numa reconstrução, numa aldeia rural, numa casa que dava directamente para a rua, a entrada da casa foi ficando cada vez mais baixa em relação à estrada com os sucessivos tapetes betuminosos que foram sendo colocados ao longo dos anos e o DO pôs-me como condicionante na reconstrução que a nova casa tivesse pelo menos dois degraus acima da cota actual do pavimento da estrada porque estava farto das sucessivas inundações em dias de chuva. Espanto meu, o projecto veio chumbado porque não cumpria o percurso acessivel entre a "entrada do lote" e o "interior de habitação" onde existia o percurso acessível, isto porque algumas CM entendem, com base no sitio disponivel na net que o percurso acessivel é entre a entrada do lote e o interior das habitações. Eu entendo que percurso acessível só é obrigatório no interior da habitação e só nas divisões obrigatórias (WC, cozinha e quarto), senão lá deixariamos de ter casa com desníveis no interior!!!
    Respondi que sim senhor, que baixaria a cota do pavimento para a que me exigiam desde que assumissem a responsabilidade pelos danos causados pelas possíveis inundações. Resposta: aprovamos o projecto nas condições e termos inicialmente propostos! Haja bom senso!!!!


    Concordo plenamente que as casa têm de estar preparadas para serem adaptadas para PMC. Neste momento estou com uma roptura de ligamentos e tenho um familiar directo acamado à três anos, pelo que sei na pele do que falo, mas deixar tudo de raiz, não deixar os degraus sanitários entre as varandas ou rua ou estrada e as habitações, É FUNDAMENTALISMO!!!!

    "Fassam" parte.
  14.  # 96

    Venham mais de esses fundamentalismos... contratem arquitectos eles resolvem facilmente cumprindo lei, soluções técnicas e espaços.
    •  
      alv
    • 28 setembro 2009

     # 97

    Viva Fernando!
    ..... brincalhão......

    ( não pessoalizando")
    "Fassa" parte
  15.  # 98

    Eu tenciono não ter 1 CENTIMETRO que seja de diferença de cota entre o interior e o exterior da minha casa. Recuso-me a acreditar que não é possivel resolver tecnicamente o problema das aguas, e ja vi grelhas de pavimento bem bonitas, por exemplo. Ja estou como o Fernando, e diria mesmo mais: puxem pela cabeça!
  16.  # 99

    Colocado por: alvVivam!
    Vou ainda mais longe!
    Três exemplos:
    1- Uma casa térrea que tenha várias varandas. Ora segundo o Reg. para PMC, teria de não haver denível entre as varandas e o interior. Na vossa casa aceitariam ter as varandas à mesma cota do interior? Quando chuvesse, a quem é que iam pedir responsabilidades por poder haver água dentro de casa?
    2- Uma vivenda tipica Portuguesa no interior, com R/C destinado a garagem e habitação no 1º andar. Há tantas por aí, ou nos centros das urbes em que o comércio é no R/C e existe um andar habitável por cima. Vamos criar para um andar meios mecânicos de elevação logo à partida?. Imaginem nos centros históricos com casas com 5 e 6 metros de largura em que o R/C é comércio e o resto é serviços.
    3- Este real, passado à poucas semanas numa CM: Numa reconstrução, numa aldeia rural, numa casa que dava directamente para a rua, a entrada da casa foi ficando cada vez mais baixa em relação à estrada com os sucessivos tapetes betuminosos que foram sendo colocados ao longo dos anos e o DO pôs-me como condicionante na reconstrução que a nova casa tivesse pelo menos dois degraus acima da cota actual do pavimento da estrada porque estava farto das sucessivas inundações em dias de chuva. Espanto meu, o projecto veio chumbado porque não cumpria o percurso acessivel entre a "entrada do lote" e o "interior de habitação" onde existia o percurso acessível, isto porque algumas CM entendem, com base no sitio disponivel na net que o percurso acessivel é entre a entrada do lote e o interior das habitações. Eu entendo que percurso acessível só é obrigatório no interior da habitação e só nas divisões obrigatórias (WC, cozinha e quarto), senão lá deixariamos de ter casa com desníveis no interior!!!
    Respondi que sim senhor, que baixaria a cota do pavimento para a que me exigiam desde que assumissem a responsabilidade pelos danos causados pelas possíveis inundações. Resposta: aprovamos o projecto nas condições e termos inicialmente propostos! Haja bom senso!!!!


    Concordo plenamente que as casa têm de estar preparadas para serem adaptadas para PMC. Neste momento estou com uma roptura de ligamentos e tenho um familiar directo acamado à três anos, pelo que sei na pele do que falo, mas deixar tudo de raiz, não deixar os degraus sanitários entre as varandas ou rua ou estrada e as habitações, É FUNDAMENTALISMO!!!!

    "Fassam" parte.


    Bom, em primeiro lugar, o DL não é retroactivo. Ou seja, não é obrigatório adaptar as edificações existentes. E, se houver alterações, o DL também não obriga a que sejam criadas melhores condições, mas apenas a que não se prejudiquem as que já existem. Ou seja, se houver uma escada interior de 90cm não obriga a que esta passe para 1m, mas não permite que seja encolhida para 80cm, por exemplo. O degrau sanitário pode existir, a altura é que não pode ultrapassar 2cm, as infiltrações resolvem-se com a pendente da varanda. E puxando um bocado pelos neurónios em vez de fazer "strecht" ao projecto tipo...
  17.  # 100

    uma pergunta ingénua e preguiçosa, podemos sobrepor circunferência de manobra com projecção de porta ou seja abertura?
    cumprimentos
 
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