Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 81

    Colocado por: euEsta questão é extremamente importante, e quero deixar uma palavra de apreço ao HAL_9000 por ter aberto a discussão. Este problema é de facto uma verdadeira odisseia.

    Parece que a sociedade está adormecida e não está a dar importância a esta transformação no sistema social, que vai ter repercussões enormes na vida dos idosos daqui a uns anos.

    Dos meus colegas e amigos, da minha geração (nascidos nos anos 70), poucos se aperceberam que vão receber de pensão apenas cerca de metade do que ganham agora e vão trabalhar até aos 70 anos pelo menos. Parece que anda toda a gente anestesiada.

    Os media também têm culpa, pois em vez de promoverem a discussão destes temas importantes, só promovem lixo e temas supérfluos.

    O problema é que os portugueses em geral nao conseguem fazer planos para o futuro, porque o nosso país nao tem condicoes para criar estas expectativas. Salarios baixos, impostos altos, produtos e serviços caros para o poder de compra, etc. Quando assim é, entramos em modo "carpe diem".
    A sociedade só sabe promover o endividamento, cobrar impostos e o consumo compulsivo. Coloca os portugueses reféns da sociedade e deles proprios.
    Enquanto a ambicao for ter uma casa e um.bom carro, a posição critica de cada um não vale nada para poder mudar as perspectivas futuras. Chuta-se para a frente e reza-se para que tudo melhore.
    Quanto ao trabalhar até aos 70 anos, desde que tenha saúde eu quero continuar a trabalhar.
    • eu
    • 8 julho 2021

     # 82

    A única forma de inverter esta tendência é haver crescimento económico sustentado, mas isso não se faz por decreto.
  2.  # 83

    Colocado por: euDos meus colegas e amigos, da minha geração (nascidos nos anos 70), poucos se aperceberam que vão receber de pensão apenas cerca de metade do que ganham agora e vão trabalhar até aos 70 anos pelo menos. Parece que anda toda a gente anestesiada.
    Também me apercebo disso. Então a minha geração (anos 80, e cingindo-me ás pessoas com quem contacto, pois não posso falar por toda uma geração) acha mesmo que não passa de mito. Falta consciencialização sobre o problema, falta essa que ocorre precisamente porque não temos uma cultura de debate de temas importantes na sociedade civil. Já quando é sobre a marquise do Ronaldo, toda a gente tem uma opinião.
    Concordam com este comentário: eu, Vítor Magalhães
  3.  # 84

    Colocado por: SirruperEnquanto a ambicao for ter uma casa e um.bom carro
    A casa eu até entendo, mesmo pensando na quebra de rendimentos na reforma. Se tiver uma casa sua, a probabilidade de fazer face ás despesas na reforma é maior do que se viver ao sabor das rendas, e do valor de mercado das mesmas. Pense que se não fossem as rendas congeladas, muitos idosos hoje em dia não teriam onde viver. Mas as rendas congeladas é algo a não repetir, e portanto, ou bem que conseguimos ter uma casa nossa, ou bem que vivemos no risco de um dia mais tarde optar entre comida, medicação ou renda.

    Além do mais, a casa pode representar a única fonte complementar de rendimento que os idosos terão um dia mais tarde com vista a completar a previsível parca reforma. Seja através de arrendamentos, seja através de hipoteca, seja através de venda.

    Agora carros, não entendo mesmo. Ainda há pouco tempo um amigo meu, que tem um ordenado de 750 eur brutos comprou um carro de 23 mil euros, recorrendo a empréstimo. Juro que não entendo esta gestão do dinheiro. Mas admito que possa ser uma visão diferente. Para mim um carro é um meio de locomoção, onde todos os anos perdemos dinheiro, para outras pessoas pode ser um indicador de estatuto, não sei.
    Concordam com este comentário: rjmsilva, Carvai
  4.  # 85

    Não tenho a certeza, mas acho que o carro é um fator de estatuto... Não para mim, que tenho a mesma visão... é um meio de transporte que além de desvalorizar acarreta custos após compra....neste sentido a minha visão é... Anda, não dá problemas é para manter. Não sei da vida dos outros mas parece me que muitos vivem acima das possibilidades...ou então não sei gerir o meu dinheiro....😬
  5.  # 86

    Colocado por: euA única forma de inverter esta tendência é haver crescimento económico sustentado, mas isso não se faz por decreto.


    Faz faz, é só aumentar ao número de funcionários públicos
  6.  # 87

    Colocado por: nhenriquesNão tenho a certeza, mas acho que o carro é um fator de estatuto


    o carro, a casa, a roupa que se veste, os restaurante onde se come, tudo é um fator de estatuto.

    agora uns gostam de ostentar esse estatuto outros não e outros até tentam ostentar um estatuto que não têm.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
  7.  # 88

    Concordo. O meu carro já andou por metade da Europa.
    Mas quero um com cruise control e caixa automática.
    Se consigo fazer viagens com este? Sim claro. Mas serão mais confortáveis se a insonorização for melhor, se tiver cruise control, se tiver uma abertura maior na mala para lá meter a bike e arrumar o resto das bagagens.
    Nem sempre o que parece estatuto é. Mas a comodidade de uma caixa automática é bem superior a caixa manual.
    Se é mais divertido caixa manual? Sim... mas o pára-arranca, semáforos, stops, passadeiras, tiram essa diversão.
    Se deixar de comprar um carro porque estou a poupar para a reforma, assim não compro nada, não faço viagens, nada, sempre a pensar na reforma.
    É viver o presente, cada vez mais, o futuro não sabemos como será.
    E quando chegar, pelo menos o presente está bem vivido, com conforto, em vez de andar com medo do futuro.
    O mesmo em relação a reformas. SS, poupa-se um pouco em PPR...daqui a 30 anos logo se vê.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
  8.  # 89

    Colocado por: IronManSousaSe deixar de comprar um carro porque estou a poupar para a reforma, assim não compro nada,
    A questão não é essa. Deve obviamente comprar um carro, se achar que o que tem já não cumpre com os mínimos requisitos. O problema surge quando se compra acima do que se considera um "investimento" confortável. Se tiver de fazer sacrifícios (nomeadamente sacrificar padrões de poupança) para pagar o carro novo, então acho que não vale a pena. Mas são tudo opções, e muita gente dá muito valor ao automóvel.



    Colocado por: IronManSousaÉ viver o presente, cada vez mais, o futuro não sabemos como será.
    E quando chegar, pelo menos o presente está bem vivido, com conforto, em vez de andar com medo do futuro.
    O mesmo em relação a reformas. SS, poupa-se um pouco em PPR...daqui a 30 anos logo se v
    Aqui é que já não concordo. Isso é o que se tem feito até hoje, na certeza que na reforma mantém mais ou menos os rendimentos. Porem no espaço de 10 anos a coisa vai agravar, no espaço de 30 anos vamos ter uma quebra previsivel de 50% na transição para a reforma. Então aí quando estivermos velhos e acabados é que vamos passar dificuldades? Deve-se viver o presente sim, mas a pensar no futuro.
    A alternativa é forçar a que o tema seja discutido, que sejam feitas reformas estruturais de modo a que a quebra de rendimento não seja tão marcada.
  9.  # 90

    Colocado por: HAL_9000Então aí quando estivermos velhos e acabados é que vamos passar dificuldades? Deve-se viver o presente sim, mas a pensar no futuro.

    Nesse altura o estado da um subsidio ou acusa-se quem poupou, é o pensamento.
  10.  # 91

    É preciso é existir equilíbrio. Muitos de nós não vamos poder usufruir da reforma sequer por motivos de saúde.
    Não esbanjar, mas não viver uma vida unicamente de sacrifícios e poupança.
    Concordam com este comentário: AMVP, HAL_9000, eu
  11.  # 92

    Colocado por: HAL_9000Também me apercebo disso. Então a minha geração (anos 80, e cingindo-me ás pessoas com quem contacto, pois não posso falar por toda uma geração) acha mesmo que não passa de mito. Falta consciencialização sobre o problema, falta essa que ocorre precisamente porque não temos uma cultura de debate de temas importantes na sociedade civil. Já quando é sobre a marquise do Ronaldo, toda a gente tem uma opinião.
    Concordam com este comentário:eu,Vítor Magalhães

    Quanto a geracao dos 70,concordo em pleno e acrescento que esta geracao ja sofreu com a precariedade e ordenados baixos.
    Quanto a geracao dos 80,nao tenho opiniao.
    No que se refere a geracao dos 90,aquilo que observo é que ja nao tem qualquer perspectiva de reforma mas tb nao estao preocupados com isso, querem viver o dia de hoje é hoje tem todos os direitos.
    A geracao de 2000, parecem-me miudos marcados pelas crises. Adaptam os gostos de perspectivas profissionais em funcao do que lhes possa permitir uma vida confortavel. Ou seja, olham para a coisa de modo frio, pouco apaixonado. Adaptam-se. É o que interpreto das pessoas com quem interajo, vale apenas isso.
  12.  # 93

    O maior problema das gerações pós anos 80 é sobretudo os divórcios. Um casal da classe média facilmente chega á reforma com a vida estabilizada - filhos criados, casa paga e algum fundo de reserva. Mas com um ou mais divórcios pelo meio já fica difícil - casas a dobrar, filhos fora do prazo, heranças partilhadas, etc.
    Até os da minha geração que estão já todos reformados se nota a diferença. Os que nunca se divorciaram têm todos a vida arrumada e alguns trocos para completar as reformas.
  13.  # 94

    Colocado por: CarvaiO maior problema das gerações pós anos 80 é sobretudo os divórcios. Um


    Tem razao, como é obvio a vida de uma pessoa sozinha a trabalhar é mais complicada. Por exemplo, uma pessoa com um filhos, por principio, procura pelo menos um t2, o mesmo que um casal. O mesmo se aplica as despesas fixas de agua, luz, etc. Se houverem situacoes de desemprego ou de saude a coisa complica mais. Se ao longo da vida ainda se tiver de contribuir para varias casas ainda pior.
  14.  # 95

    As gerações pós 80's (onde me incluo), não sabe sequer se vai ter direito a reforma, ainda faltam pra cima de 25 anos, os divórcios (onde me incluo) também vai muito do "contrato" que é feito, nessa altura os filhos já estarão mais que crescidos e os problemas mais que resolvidos, na minha opinião o maior problema é mesmo a saúde (falta dela), acho que a minha geração vai ser uma vitima muito grande dos excessos do dia a dia, e se as gerações anteriores já tem problemas de saúde com vidas mais regradas, nem quero imaginar como será com a minha geração.
  15.  # 96

    Colocado por: Vítor Magalhãesas gerações anteriores já tem problemas de saúde com vidas mais regradas, nem quero imaginar como será com a minha geração

    Talvez tenha razao, mas olhe que na geracao dos meus pais, anos 40, eles iam bebados para a escola, alias ate bebes chegavam a morrer com as famosas sopas de cavalo cansado.
  16.  # 97

    Colocado por: Carvaipartilhadas, etc.
    Até os da minha geração que estão já todos reformados se nota a diferença.

    Ha uma geracao que atualmente se encontra reformada que, na minha opiniao, beneficiou bastante de aproveitar a mudanca que o 25 de abril introduziu na economia para os trabalhadores. Essa realidade foi-se deteriorando para as gerações seguintes.
  17.  # 98

    Colocado por: AMVP
    Talvez tenha razao, mas olhe que na geracao dos meus pais, anos 40, eles iam bebados para a escola, alias ate bebes chegavam a morrer com as famosas sopas de cavalo cansado.

    A minha avó descobriu que tinha diabetes por volta dos 80, viu morrer um filho com 40 (cancro no pulmão) e por pouco não viu morrer o outro filho (minha mãe) com 65 (cancro no estomago), isto tem muito que se lhe diga...
  18.  # 99

    Colocado por: Vítor Magalhães
    A minha avó descobriu que tinha diabetes por volta dos 80, viu morrer um filho com 40 (cancro no pulmão) e por pouco não viu morrer o outro filho (minha mãe) com 65 (cancro no estomago), isto tem muito que se lhe diga...

    Eu nao lhe tirei a razao, so referi um facto que tb acontecia.
  19.  # 100

    Isto vai para aqui mais estereótipos que no tópico LGBTcoiso.
 
0.0483 seg. NEW