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  1.  # 1

    Colocado por: HAL_9000Quanto a forçar a igualdade, é algo que até pode resultar num país rico, mas aqui?

    O estado de um país livre nem tem de forçar igualdade nenhuma.
  2.  # 2

    Colocado por: J.Fernandes
    Cada família é que sabe como deve gerir o seu tempo e as suas responsabilidades, se é a mãe que vai sempre com o puto, ou se é pai que vai sempre, ou se é 50/50, cada um é que sabe
    Eu disse o contrário? Pode e deve ser igualado pelo próprio casal. Bem sei também que geralmente o valor de ordenado de cada um acaba por ser determinante neste tipo de decisões.

    Colocado por: J.FernandesQue tal começar por admitir que no que toca a gravidez e parto, não há, nem tem que haver, igualdade nenhuma entre homens e mulheres? Algo que deveria ser evidente para todos.
    O que se questiona é ver a sua progressão laboral afetada pela gravidez e pelo parto, Num mundo em que obrigatoriamente a mulher também tem de ter uma carreira se não quiser passar fome. E num país onde precisamos de nascimentos como de pão para a boca.

    Que homens e mulheres não são iguais nesse aspeto todos sabemos, mas tento-me colocar no lugar da minha esposa e percebo a injustiça da situação. Daí que se deva tentar minorar os efeitos negativos que a gravidez representa para a progressão laboral da mulher.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  3.  # 3

    A única coisa justa na vida é o fato de mergulho. O resto são utopias.
  4.  # 4

    Colocado por: rjmsilvaA única coisa justa na vida é o fato de mergulho. O resto são utopias.
    Certo, então o melhor é soltar umas frases de filosofia de algibeira não fazer nada, assumindo que é assim e pronto?

    Tenho perfeita noção que as coisas são como são, e por determinação biológica será sempre a mulher a passar pela gravidez, e isso naturalmente acarreta consequências. Assumir que as consequências não podem ser minoradas, são outros 500.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  5.  # 5

    Colocado por: J.FernandesO estado de um país livre nem tem de forçar igualdade nenhuma.
    Apenas no sentido de minorar efeitos profissionais nefastos. Não sei o que está a entender por igualdade.

    Idealmente uma gravidez não deveria diminuir as possibilidades de uma mulher n progredir profissionalmente. Mas isso acontece. Todos sabemos que as empresas têm isso em conta quando escolhem alguém para cargos de responsabilidade.

    Também ninguém falou em forçar igualdade nenhuma. O que se fala é em criar condições para que as mulheres não sejam prejudicadas profissionalmente por um determinismo biológico. Muito distinto de forçar algo.
    Atualmente a solução de muitas mulheres tem sido adiar a gravidez até sentirem que conquistaram a sua estabilidade profissional.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  6.  # 6

    Colocado por: HAL_9000Certo, então o melhor é soltar umas frases de filosofia de algibeira não fazer nada, assumindo que é assim e pronto?


    E acha que com "obrigações" é que resolvemos os problemas?

    Como eu nunca vou ganhar tanto dinheiro a jogar à bola como o Ronaldo, vamos "obrigar" o CR7 a ser um cepo como eu?
  7.  # 7

    Colocado por: rjmsilvaE acha que com "obrigações" é que resolvemos os problemas?


    Colocado por: HAL_9000
    Também ninguém falou em forçar igualdade nenhuma. O que se fala é em criar condições para que as mulheres não sejam prejudicadas profissionalmente por um determinismo biológico. Muito distinto de forçar algo.
    Nunca falei em forçar nada, mas a verdade é que tb não sei de que maneiras é que se pode minorar essa "discriminação".



    Colocado por: rjmsilvaComo eu nunca vou ganhar tanto dinheiro a jogar à bola como o Ronaldo, vamos "obrigar" o CR7 a ser um cepo como eu?
    A situação é exatamente a mesma, nós sermos um cepos em comparação com o Ronaldo, ou as nossa esposas serem prejudicadas profissionalmente (em comparação com o Silva ou eu) porque passam por uma (ou várias) gravidezes. Gravidezes que até geram novos pagadores de impostos :).

    Se acha que as situações são comparáveis, então não tenho mais argumentos.
  8.  # 8

    Toda essa preocupação da du parte com a sustentação da segurança social, tendo em conta a sua posição em relação aos filhos, é um pouco irónica.
  9.  # 9

    Colocado por: rjmsilvatendo em conta a sua posição em relação aos filhos, é um pouco irónica.
    Qual posição? Adiar ter filhos?

    Eu tal como a maioria da minha geração adiamos os filhos, e por isso somos parte do problema: evolução demográfica negativa. Mas não é por isso que o sistema da SS não tem de ser revisto. Mesmo que cada casal tivesse 2 filhos, o problema persistia.

    Já foi aqui muito debatido o porque de eu e muita gente da minha geração adiar os filhos, não adianta estar a bater no ceguinho. A questão profissional no caso da esposa é apenas uma delas. Pode-lhe chamar uma desculpa, uma inevitabilidade, mas é sempre um fator a considerar. A esposa como é muito mais nova que eu tb n tem a mesma urgência, mas quando for é uma decisão conjunta.

    Até lá a minha posição nesta questão pode parecer irónica sim, mas a preocupação tem razão de ser.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  10.  # 10

    Colocado por: J.FernandesQue tal começar por admitir que no que toca a gravidez e parto, não há, nem tem que haver, igualdade nenhuma entre homens e mulheres? Algo que deveria ser evidente para todos.


    Se a pressão laboral é desigual entre os dois por causa da gravidez, o que a sociedade pode e deve fazer é minimizar essa desigualdade, pois no final ambos ganham (se um não quer, dois não fazem). "Algo que deveria ser evidente para todos."
    • eu
    • 11 julho 2022

     # 11

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe a pressão laboral é desigual entre os dois por causa da gravidez, o que a sociedade pode e deve fazer é minimizar essa desigualdade, pois no final ambos ganham (se um não quer, dois não fazem). "Algo que deveria ser evidente para todos."


    Em teoria, você tem razão.

    Na prática, não é assim tão fácil.
  11.  # 12

    Colocado por: HAL_9000O que pode sim, e deve, ser igualado é a obrigação de ir com o miúdo ás consultas, ir à creche, etc etc...Este tipo de funções acabam muitas vezes por recair sobre as mães penalizando-as duplamente.


    Peço desculpa, mas a meu ver não se trata de ser um país rico ou pobre, nem de obrigações, nem da interferência do Estado, nem de leis, é uma questão social, de mentalidade, que vem connosco desde pequenino.

    Sinceramente não percebo qual é a diferença entre ser a mãe ou o pai a levar o miúdo à consulta, à vacina, ao colégio, etc. etc...

    Não percebo porque deveria uma mãe ir sozinha às consultas durante a gravidez. O que impede o pai de ir também?

    Entre outras coisas. Infelizmente o peso da maternidade e das lides domésticas recaem sobretudo sobre a mulher. Tentar minimizar isso tende a melhorar a situação geral do casal e não o seu contrário.
  12.  # 13

    Colocado por: eunão é assim tão fácil.


    Nem ninguém disse que era fácil.
    Agora podemos ignorar ou encolher os ombros... E dizer que "as coisas são como são"... Ou refletir sobre o que cada um pode fazer para melhorar essa situação caso a considere um problema.
  13.  # 14

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão percebo porque deveria uma mãe ir sozinha às consultas durante a gravidez. O que impede o pai de ir também?

    Entre outras coisas. Infelizmente o peso da maternidade e das lides domésticas recaem sobretudo sobre a mulher. Tentar minimizar isso tende a melhorar a situação geral do casal e não o seu contrário.

    Mas cada família é que decide quem faz quê, é que decide se há um problema de divisão de tarefas e é que decide se há alguma coisa a minimizar!

    Está a insinuar que o estado se deve meter dentro da casa das pessoas (ainda mais) para decidir quem lava a loiça ou leva o puto ao médico?!
  14.  # 15

    Colocado por: J.FernandesMas cada família é que decide quem faz quê, é que decide se há um problema de divisão de tarefas e é que decide se há alguma coisa a minimizar!

    Exatamente.

    Colocado por: J.FernandesEstá a insinuar que o estado se deve meter dentro da casa das pessoas (ainda mais) para decidir quem lava a loiça ou leva o puto ao médico?!

    Não. Nunca falei nem no Estado nem em lei alguma. Volte a ler e encontrará "sociedade" e "mentalidade". São estas que por alguma razão têm prejudicado sistematicamente a mulher no mundo laboral. A "falta de desejo" que o outro user falava advém disso mesmo, da mentalidade. A começar pela "é pá, as coisas são como são, não há volta a dar à coisa, a mulher será sempre prejudicada, etc."
    • eu
    • 11 julho 2022 editado

     # 16

    Colocado por: N Miguel OliveiraOu refletir sobre o que cada um pode fazer para melhorar essa situação caso a considere um problema.

    Refletir é fácil.

    Prejudicar a vida pessoal ou a empresa para "o bem geral da sociedade" já é outra história bem diferente.

    Atenção, isto não é a minha visão pessoal, é a minha perceção da realidade.
  15.  # 17

    Colocado por: euPrejudicar a vida pessoal ou a empresa para "o bem geral da sociedade" já é outra história bem diferente.


    "Mudar a mentalidade geral" é um benefício colateral, não o objectivo. Não percebo como pode beneficiar a sua vida pessoal prejudicando a da sua mulher.
  16.  # 18

    Colocado por: N Miguel OliveiraPeço desculpa, mas a meu ver não se trata de ser um país rico ou pobre,
    Indiretamente tem a ver, porque havendo menor rendimento disponível, tende-se a dar primazia profissional ao elemento do casal que ganha mais, ao passo que o outro se compromete mais com a gestão das crianças.
    É uma questão de mentalidade sim, apenas digo que quando o dinheiro é pouco, fazem-se escolhas. Digo isto tendo em conta a experiência familiar que tenho. Eu pretendo fazer diferente, mas logo veremos.
    Concordam com este comentário: eu
  17.  # 19

    Colocado por: N Miguel Oliveira
    Não percebo porque deveria uma mãe ir sozinha às consultas durante a gravidez. O que impede o pai de ir também?
    Nada, penso que a lei até prevê dispensa para consultas pré-natais. Simplesmente é mal visto pela entidade patronal.

    Quando for eu, não pretendo abdicar desse direito, mas sei qua muita gente o faz. O que temos de mudar antes de mais nada é a mentalidade das próprias empresas. Cabe aos trabalhadores também defenderem de forma assertiva e franca os seus direitos.
    Concordam com este comentário: eu, N Miguel Oliveira
    • eu
    • 12 julho 2022

     # 20

    Colocado por: HAL_9000Simplesmente é mal visto pela entidade patronal.

    Cá está a tal realidade que eu vejo todos os dias.
 
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