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    • FT87
    • 4 fevereiro 2022
    As contas são fáceis de fazer e não se pode dizer que é pelos custos com os trabalhadores pois na maioria dos países o custo ainda fica mais elevado.

    Salário bruto - 1000€
    Salário anual - 1000€ x 14 = 14000€
    TSU - 14000€ x 23.75€ = 3325€
    S. Alimentação - 6€ x 231 = 1386€
    Seguro - 35€ x 12 = 420€
    Formação anual - 250€
    Medicina trabalho - 60€

    Total anual - 19441€
    Total mensal - 1620€

    Não esquecer que se recebe 14 meses mas só se trabalha 11 meses.
  1. Colocado por: rjmsilvaFaça as contas para ele receber 1000 euros líquidos.

    O valor líquido é difícil de normalizar. Depende da situação de cada um e dos gastos dedutíveis, pois deve ser contabilizado o acerto anual de IRS e não apenas a retenção na fonte.

    De qualquer forma, para este ponto de vista (a relação do preço dos bens com o os ordenados) só faz sentido comparar os gastos com pessoal, que é o que a empresa tem de suportar, e não o vencimento líquido.

    1000 euros líquidos é alguma média no sector da construção? E de vencimento líquido oficial, ou já assume pagamentos oficiosos?
  2. Mas estamos a falar de vencimentos para quê ao certo?
    Os custos directos com o pessoal são a menor preocupação de um patrão.
    Já os indirectos, cuidado.
    Isto para não falar do elefante na sala que são os constantes aumentos dos materiais.
    Quem quiser, como nós queremos sem a menor dúvida, continuar a trabalhar com a mesma qualidade com que sempre trabalhou, actualmente, paga bastante mais que em 2020 para atingir o mesmo objectivo.
    E quem vier aqui dizer o contrário é mentiroso… ou louco…
    Concordam com este comentário: Palmix
    • FT87
    • 4 fevereiro 2022
    Colocado por: Joao DiasMas estamos a falar de vencimentos para quê ao certo?
    Os custos directos com o pessoal são a menor preocupação de um patrão.
    Já os indirectos, cuidado.
    Isto para não falar do elefante na sala que são os constantes aumentos dos materiais.
    Quem quiser, como nós queremos sem a menor dúvida, continuar a trabalhar com a mesma qualidade com que sempre trabalhou, actualmente, paga bastante mais que em 2020 para atingir o mesmo objectivo.
    E quem vier aqui dizer o contrário é mentiroso… ou louco…


    Paga mais sim é normal mas não bem mais como se quer fazer querer.
  3. Colocado por: Joao DiasMas estamos a falar de vencimentos para quê ao certo?
    Os custos directos com o pessoal são a menor preocupação de um patrão.
    Já os indirectos, cuidado.
    Isto para não falar do elefante na sala que são os constantes aumentos dos materiais.

    Os materiais são revendidos. O tempo do trabalhador não.
    Os gastos com pessoal é uma das maiores rubricas das empresas (quase sempre no top 3) e quanto mais virada para serviços, mais se intensifica.
    Logo, o custo e produtividade dos colaboradores, são alguns dos factores que influenciam os preços de venda.
  4. Colocado por: FT87

    Paga mais sim é normal mas não bem mais como se quer fazer querer.

    Depende, mas é que depende mesmo muito.
    Até lhe dou um exemplo concreto.
    Nós vamos aplicar um soalho este ano (daqueles que se aplicam uma vez quando o rei faz anos), onde felizmente, a muito custo, lá consegui convencer a cliente a adquirir o soalho em Julho do ano passado. Na altura, consegui fornecer o soalho por 136,80€ m2.
    Paralelamente, estava a trabalhar outro projecto exactamente com o mesmo soalho e o cliente não se decidiu. Esta semana, refizemos o orçamento com os valores actuais e, SE conseguir arranjar o soalho (só sei em Abril após os abates de Março) o preço nunca será inferior a 216€/225€ m2.
    São 370m2 para fornecer, é só fazer as contas…
    É um caso isolado com esta disparidade? Sim e não. Nos segmentos mais elevados, onde se fala de um nível de qualidade “diferente”, aumentos deste género não são grande surpresa.
    Motivo? Escassez de matéria prima. É tão simples como isso.
    Mas fica aqui um exemplo real e actual de que não podemos colocar tudo no mesmo saco.
    Nos pavimentos “normais” que utilizamos, a diferença de inicio de 2020 para este inicio de 2022 anda na casa dos 25%-30%.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Palmix
  5. Colocado por: Joao Diaslá consegui convencer a cliente a adquirir o soalho em Julho do ano passado

    Então afinal há que consiga resolver a questão do armazenamento para garantir preços? Onde estava este João quando todos diziam que tal não era possível nem sequer da responsabilidade do profissional (após adjudicação do cliente)?

    Esses preços são só para o soalho? A componente mão-de-obra, não mexeu?
    Concordam com este comentário: IronManSousa
  6. Colocado por: FT87As contas são fáceis de fazer e não se pode dizer que é pelos custos com os trabalhadores pois na maioria dos países o custo ainda fica mais elevado.

    Salário bruto - 1000€
    Salário anual - 1000€ x 14 = 14000€
    TSU - 14000€ x 23.75€ = 3325€
    S. Alimentação - 6€ x 231 = 1386€
    Seguro - 35€ x 12 = 420€
    Formação anual - 250€
    Medicina trabalho - 60€

    Total anual - 19441€
    Total mensal - 1620€

    Não esquecer que se recebe 14 meses mas só se trabalha 11 meses.

    Aos 1000€ de ordenado bruto o trabalhador tem que descontar 11% de TSU e IRS, pelo que vai de encontro ao que eu disse:

    Colocado por: Pickaxena construção um trabalhador custa à empresa o dobro do que leva para casa.


    E ainda poderíamos contabilizar os dias perdidos pelo estado do tempo (depende da atividade exercida), considerar 1 mês de ordenado por ano para um fundo para garantir o pagamento da indemnização em caso de despedimento, deslocações do pessoal, etc.
  7. Colocado por: pguilherme
    Então afinal há que consiga resolver a questão do armazenamento para garantir preços? Onde estava este João quando todos diziam que tal não era possível nem sequer da responsabilidade do profissional (após adjudicação do cliente

    Sempre esteve cá. E a questão do armazenamento foi resolvida. A cliente adquiriu e arranjou alternativa de armazenamento.
    Como aliás, todas as obras de aplicação que estavam já adjudicadas desde meados do ano passado. Todos os clientes sem exceção adquiriram e armazenaram os seus soalhos. Todos pouparam largos milhares de Euros.
    Nos Multicamadas é muito mais complicado, principalmente os que vêm do Estrangeiro. Nos maciços consigo ajudar bastante mais com a questão do armazenamento pois tenho uma relação espectacular com o meu fornecedor de confiança e ele faz-me o favor de armazenar o tempo que for preciso.
    Soalhos de pequenas dimensões, se vir o cliente muito enrascado, armazeno eu para ajudar. Aliás, se não estou em erro, ainda apanhou aqui no nosso espaço umas quantas paletes de clientes nossos.


    Colocado por: pguilherme
    Esses preços são só para o soalho? A componente mão-de-obra, não mexeu?

    Soalho apenas. A mão de obra consegui manter o preço e tive de aumentar logicamente o valor dos materiais de colagem e acabamento consoante os aumentos que tive em Janeiro.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: pguilherme
  8. Colocado por: Joao DiasSoalho apenas. A mão de obra consegui manter o preço
    Aqui é que está o problema. Está tudo mais caro, mas as pessoas continuam a levar o mesmo ordenado para casa (a não ser que o JD tenha reduzido a margem da empresa para aumentar ordenados). Mais cedo ou mais tarde, todas as empresas terão de sentir a redução da procura.
  9. E tendo o João mantido o valor de mão de obra acaba por perder poder de compra devido à inflação
  10. Colocado por: manelvcE tendo o João mantido o valor de mão de obra acaba por perder poder de compra devido à inflação

    O aumento do material já dificulta a venda. Se aumentar também a MO, dificultará ainda mais, podendo até inviabilizar a mesma e aí é que perderá mesmo poder de compra.

    Ao não subir ordenados constantemente a par da inflacção, estamos todos a perder poder de compra. O que torna a venda ainda mais difícil!

    Havendo escassez de MO que levr a aumentos generalizados de ordenados, já está a ver o ciclo vicioso...
  11. Temo bastante pela qualidade da Construção em Portugal,
    • FT87
    • 4 fevereiro 2022
    Colocado por: Joao Dias
    Depende, mas é que depende mesmo muito.
    Até lhe dou um exemplo concreto.
    Nós vamos aplicar um soalho este ano (daqueles que se aplicam uma vez quando o rei faz anos), onde felizmente, a muito custo, lá consegui convencer a cliente a adquirir o soalho em Julho do ano passado. Na altura, consegui fornecer o soalho por 136,80€ m2.
    Paralelamente, estava a trabalhar outro projecto exactamente com o mesmo soalho e o cliente não se decidiu. Esta semana, refizemos o orçamento com os valores actuais e, SE conseguir arranjar o soalho (só sei em Abril após os abates de Março) o preço nunca será inferior a 216€/225€ m2.
    São 370m2 para fornecer, é só fazer as contas…
    É um caso isolado com esta disparidade? Sim e não. Nos segmentos mais elevados, onde se fala de um nível de qualidade “diferente”, aumentos deste género não são grande surpresa.
    Motivo? Escassez de matéria prima. É tão simples como isso.
    Mas fica aqui um exemplo real e actual de que não podemos colocar tudo no mesmo saco.
    Nos pavimentos “normais” que utilizamos, a diferença de inicio de 2020 para este inicio de 2022 anda na casa dos 25%-30%.


    E o João procurou noutros fornecedores se o mesmo soalho não ficaria mais barato?
    Eu pergunto sempre isto pois como já disse diversas vezes aumentos são normais todos os anos mas não assim e pelo menos comigo sempre que me acontece vou à procura e tenho encontrado sempre dentro dos valores ditos normais por isso é que batalho sempre no mesmo que isto dos grandes aumentos dos preços é mesmo aproveitamento nada mais.
    • FT87
    • 4 fevereiro 2022
    Há diversas formas de negociar os melhores preços seja negociar quantidades, prazos de pagamento etc.
    Falo por mim quando comecei neste mundo dos investimentos na construção civil que acho fascinante tinha alguns problemas a negociar pois não tinha grande poder de negociação por falta de €.
    Entretanto fui conhecendo outros investidores que hoje são amigos e tive a ideia de a cerca de cinco anos criar uma central de compras.
    Hoje somos sete investidores donos desta empresa mas cada um faz os seus investimentos e ninguém se mete nisso mas tudo o que compram seja materiais ou adjudicação de empreitadas sai tudo da mesma empresa que depois revende a cada investidor.
    Com isto compramos ao melhor preço pois se antigamente individualmente cada um comprava (em material e empreitadas) por exemplo 1 milhão de € hoje são 7 milhões € por exemplo.
    Só para dar um exemplo desde que a pandemia começou e veio esta treta dos preços exorbitantes a nossa central de compras já comprou fora de Portugal cerca de 9 milhões € porque a malta de cá quer ganhar demais disso não tenho dúvidas.
    Concordam com este comentário: AMVP, Palmix
  12. Colocado por: FT87

    E o João procurou noutros fornecedores se o mesmo soalho não ficaria mais barato?
    Eu pergunto sempre isto pois como já disse diversas vezes aumentos são normais todos os anos mas não assim e pelo menos comigo sempre que me acontece vou à procura e tenho encontrado sempre dentro dos valores ditos normais por isso é que batalho sempre no mesmo que isto dos grandes aumentos dos preços é mesmo aproveitamento nada mais.

    O tipo de soalho que é poucos fornecedores têm capacidade de executar.
    Este mercado domino-o como poucos. O meu leque de apoio é literalmente global. Podia procurar o que quisesse que não ia encontrar melhor preço que aquele. Pelo menos não com a qualidade que exigo. E quando estamos a falar de projectos com soalhos acima dos 130€m2 como pode calcular, impera o bom senso de não vender gato por lebre. Embora essa seja a forma de actuação da Fino seja em que projecto for. Seja um soalho de 50€m2 ou de 500€m2, a forma de pensar e tratar o cliente é e axactamente a mesma.
    Sempre foi e sempre será.
    Já tenho calo suficiente para saber o que é que a casa gasta quando começamos a pensar mais no preço do que na qualidade. Para mim, o preço é escrutinado claro, mas no fim. Até lá chegar tenho muito com que me preocupar.
  13. Colocado por: FT87Há diversas formas de negociar os melhores preços seja negociar quantidades, prazos de pagamento etc.
    Falo por mim quando comecei neste mundo dos investimentos na construção civil que acho fascinante tinha alguns problemas a negociar pois não tinha grande poder de negociação por falta de €.
    Entretanto fui conhecendo outros investidores que hoje são amigos e tive a ideia de a cerca de cinco anos criar uma central de compras.
    Hoje somos sete investidores donos desta empresa mas cada um faz os seus investimentos e ninguém se mete nisso mas tudo o que compram seja materiais ou adjudicação de empreitadas sai tudo da mesma empresa que depois revende a cada investidor.
    Com isto compramos ao melhor preço pois se antigamente individualmente cada um comprava (em material e empreitadas) por exemplo 1 milhão de € hoje são 7 milhões € por exemplo.
    Só para dar um exemplo desde que a pandemia começou e veio esta treta dos preços exorbitantes a nossa central de compras já comprou fora de Portugal cerca de 9 milhões € porque a malta de cá quer ganhar demais disso não tenho dúvidas.

    A nossa reunião vai ser gira.
    Venha com tempo que temos muito por onde discutir. No bom sentido claro!
    Concordam com este comentário: FT87
    • FT87
    • 4 fevereiro 2022
    Colocado por: Joao Dias
    O tipo de soalho que é poucos fornecedores têm capacidade de executar.
    Este mercado domino-o como poucos. O meu leque de apoio é literalmente global. Podia procurar o que quisesse que não ia encontrar melhor preço que aquele. Pelo menos não com a qualidade que exigo. E quando estamos a falar de projectos com soalhos acima dos 130€m2 como pode calcular, impera o bom senso de não vender gato por lebre. Embora essa seja a forma de actuação da Fino seja em que projecto for. Seja um soalho de 50€m2 ou de 500€m2, a forma de pensar e tratar o cliente é e axactamente a mesma.
    Sempre foi e sempre será.
    Já tenho calo suficiente para saber o que é que a casa gasta quando começamos a pensar mais no preço do que na qualidade. Para mim, o preço é escrutinado claro, mas no fim. Até lá chegar tenho muito com que me preocupar.


    Acredito que sim e nem ponho em causa tao pouco a qualidade do trabalho e a capacidade do João.
    Só digo isto porque na generalidade as pessoas e empresas acomodam-se e se estão bem servidas deixam-se estar e perdem muita das vezes a chance de encontrar até melhor só isso.
    Concordam com este comentário: Joao Dias, Palmix
  14. Colocado por: FT87

    Acredito que sim e nem ponho em causa tao pouco a qualidade do trabalho e a capacidade do João.
    Só digo isto porque na generalidade as pessoas e empresas acomodam-se e se estão bem servidas deixam-se estar e perdem muita das vezes a chance de encontrar até melhor só isso.
    Concordam com este comentário:Joao Dias

    Concordo mas no nosso caso acredite que não é o caso.
    Eu respiro isto e vivo isto como poucos.
    Corro tudo, literalmente
    Concordam com este comentário: FT87
  15. Colocado por: FT87Há diversas formas de negociar os melhores preços seja negociar quantidades, prazos de pagamento etc.
    Falo por mim quando comecei neste mundo dos investimentos na construção civil que acho fascinante tinha alguns problemas a negociar pois não tinha grande poder de negociação por falta de €.
    Entretanto fui conhecendo outros investidores que hoje são amigos e tive a ideia de a cerca de cinco anos criar uma central de compras.
    Hoje somos sete investidores donos desta empresa mas cada um faz os seus investimentos e ninguém se mete nisso mas tudo o que compram seja materiais ou adjudicação de empreitadas sai tudo da mesma empresa que depois revende a cada investidor.
    Com isto compramos ao melhor preço pois se antigamente individualmente cada um comprava (em material e empreitadas) por exemplo 1 milhão de € hoje são 7 milhões € por exemplo.
    Só para dar um exemplo desde que a pandemia começou e veio esta treta dos preços exorbitantes a nossa central de compras já comprou fora de Portugal cerca de 9 milhões € porque a malta de cá quer ganhar demais disso não tenho dúvidas.

    A sua empresa (central de compras) apenas compra materiais para obras suas ou também existe a possibilidade de revenda?
 
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