Colocado por: DuarteMO Gambino poderia aqui esclarecer porque no SNS as pessoas de étnia cigana têm prioridade no atendimento?
Acho que é uma coisa que muitos já presenciaram e que gostariam de ser esclarecidos.
Para eles há sempre médico e cama caso necessitem.
Colocado por: Gambino
Os colegas que foram agredidos por essa etnia poderão certamente esclarecer melhor.
De qualquer forma não se iluda, isso é nas urgências e com colegas que se intimidam, porque na rotina estão no saco dos outros.
Colocado por: DuarteM
Sim, é nas urgências que me queria referir.
Falo especificamente do barlavento algarvio, onde é uma constante e parece que ninguém se preocupa com tal situação.
Colocado por: HAL_9000Ao ler a descrição do Gambino, não posso deixar de sentir que tanto a ordem dos médicos, como alguns colegas seus querem fazer dos portugueses parvos, com o objectivo único de renegociar melhores condições salariais e maior reconhecimento social. Parece uma coisa mesquinha, entende?
Colocado por: HAL_9000“(....)
6º. Como seria de esperar, os médicos referidos no ponto 5 são um alvo preferencial da demagogia popularucha dos governantes portugueses: começaram a passar para o povo a ideia de que, para pagar as despesas da licenciatura/MI e formação pós-graduada, têm que permanecer algum tempo minímo a trabalhar para o SNS.
Ora não há falácia maior do que esta “sugestão” e vontade: os pais ou alunos trabalhadores-estudantes pagam impostos e propinas, os médicos em Formação Específica - vulgo internos de Especialidade - sustentam autonomamente inúmeras actividades clínicas do SNS, muitas mais vezes do que seriam desejáveis para colmatar a falta de especialistas, e pagam os impostos sobre os seus rendimentos como qualquer outro profissional.
O povo recebe esta ideia com aplausos ( é obrigar esses malandros a trabalhar!…) enquanto os governantes lavam as mãos da responsabilidade de encontrar reais soluções para os problemas. E os Médicos veterinários obrigados a trabalhar para o Estado? Médicos dentistas? Engenheiros? Todos os licenciados/mestres?..
7º. Os salários dos médicos a trabalhar para o SNS são insultuosos. Não há nada para condenar quando algum médico quer ganhar mais e decidir não trabalhar para o SNS. E fossem só os salários... ainda hoje coro de vergonha alheia quando descrevo aos colegas estrangeiros o sistema do controlo digital do nosso trabalho, implementado pelo Ministro Correia de Campos e o Secretário Pizarro e continuado por todos os que lhe sucederam, com hora de entrada a cumprir e com penalização e sem nada em troca quando a saída - tantas vezes! - se faz depois da hora.. e os 5 minutos de consulta estabelecidos pelos senhores gestores... e tanta chefia intermédia medíocre, de nomeação política, de interesses e conveniências pouco recomendáveis..
8º. Ao mesmo tempo, a autonomia das administrações hospitalares é inexistente quando verificam carências e pretendem contratar mais médicos. Dependentes de “autorização da tutela”, ie, do Ministério das Finanças, mantêm serviços à custa de horas extra ( pagas a valores igualmente insultuosos), ultrapassando os limites legais, à contratação de tarefeiros, esperando por concursos por meses e meses e arriscando o legítimo “Não!” daqueles que preferem emigrar ou trabalhar em Instituições Privadas.
(.....j.
9º Mas também é verdade que muitos dos senhores dos Conselhos de Administração, alguns directores clínicos e alguns Directores de Serviço não protestam para não perderem o lugarzinho... e montam cenários idílicos quando têm as visitas dos senhores ministros e secretários de estado..e fabricam listas de espera cirúrgicas que em nada reflectem a realidade ( ui, tantas maneiras de o fazer..)..
10º. O Estado paga honorários a equipas médicas que efectuam cirurgias de listas de espera (SIGIC), seja em hospitais privados seja nos hospitais do SNS, com anos! de atraso( em contraste, um atraso num pagamento de um imposto implica coima, juros, penhoras… ).
Intervenções cirúrgicas que implicam um controlo ” muito especial” dos fármacos e materiais utilizados porque se se ultrapassar o valor imposto pelo Estado para cada intervenção será nos honorários da equipa cirúrgica que se irá buscar a diferença...
(....)”
Olha caro Gabino, aqui o seu colega Francisco Almeida Lobo, também acha que existem médicos a mais, mas diz que existe um controlo biometrico vergonhoso que apenas conta a hora de entrada e vos obriga a estar no local de trabalho; que os serviços são mantidos à custa de horas extra pagas a preços vergonhosos; que as administrações hospitalares precisam de contratar gente, e não têm autorização.
Explique-me este discurso que parece alinhado com a linha ideológica da ordem dos médicos: não é necessário abrir mais vagas de medicina, porque já existem médicos a mais, e é isultuosa a ideia de obrigar os médicos a um tempo de serviço mínimo ao país, assim como os ordenados praticados no SNS. Mas simultaneamente faltam médicos no SNS, que está em carência e o estado não permite contratar, apenas maquilha os números. Que os serviços são mantidos à custa de horas extra, que o SiGIT é que salva as filas de espera, etc, etc...
Ao ler a descrição do Gambino, não posso deixar de sentir que tanto a ordem dos médicos, como alguns colegas seus querem fazer dos portugueses parvos, com o objectivo único de renegociar melhores condições salariais e maior reconhecimento social. Parece uma coisa mesquinha, entende?
Colocado por: eu
Mas não é o que todas as classes profissionais fazem?
Eu não estou a defender que seja correto, mas já não tenho ilusões sobre o que move a generalidade das pessoas.
Colocado por: Gambino
Muitas especialidades já têm forma de ganhar bem.
Eu vou dizer uma coisa que tenho de reconhecer: eu e os meus colegas de especialidade, ganhamos o que quisermos!
Se precisarmos mesmo de ganhar muito é só fazer mais esforço e ganhamos mais.
Sinceramente, sempre ganhei o quero todos os meses. Quando quero "X" faço mais privada para atingir nesse mês o que quero.
Mas obviamente que para isso é preciso estar em algumas especialidades. Especialidades há que dependem exclusivamente do SNS.
Colocado por: enf.magalhaes
Nada contra ! Desde que não seja no tempo no SNS!
É imoral picar o ponto e abandonar o seu local de trabalho . Até porque trabalho existe , podem é não ser que tarefas que um grande cirurgião como você queira fazer ! Afinal passar visita aos seus doentes é uma tarefa menor e os internos dos seus colegas que o façam ! Preparar as consultas previamente ? Nah . Como grande especialista , consegue ter uma compreensão alargada dos seus doentes nos 15 min de consulta . Fazer projectos de melhoria e optimização do seu serviço ? Isso não é para si ! O seu lugar é apenas no BO . Tudo o resto é indigno de si.
Mas você precisa do SNS ... onde faria as cirurgias complexas que precisam de UCI ? No privado ? Dificilmente , as UCI são unidades de brincar comparado com o público .
Provavelmente trabalha num grande centro hospitalar com um grande número de colaboradores e internos onde é mais fácil ser "empreendor".
Colocado por: JoelM
as pessoas que se sentem roubadas pelos "chicos espertos" da sociedade...
Colocado por: enf.magalhaes
Nada contra ! Desde que não seja no tempo no SNS!
É imoral picar o ponto e abandonar o seu local de trabalho . Até porque trabalho existe , podem é não ser que tarefas que um grande cirurgião como você queira fazer ! Afinal passar visita aos seus doentes é uma tarefa menor e os internos dos seus colegas que o façam ! Preparar as consultas previamente ? Nah . Como grande especialista , consegue ter uma compreensão alargada dos seus doentes nos 15 min de consulta . Fazer projectos de melhoria e optimização do seu serviço ? Isso não é para si ! O seu lugar é apenas no BO . Tudo o resto é indigno de si.
Mas você precisa do SNS ... onde faria as cirurgias complexas que precisam de UCI ? No privado ? Dificilmente , as UCI são unidades de brincar comparado com o público .
Provavelmente trabalha num grande centro hospitalar com um grande número de colaboradores e internos onde é mais fácil ser "empreendor".
Colocado por: JoelM
ética e moral é algo que nunca irá entender, por isso mesmo acha que é inveja e mesquinhez! Antes pobre e honesto do que rico sendo uma sansessuga do erario publico!
Colocado por: Gambino
Toda a gente passa visita no serviço! Eu incluído! No meu serviço passa visita quem está de SU (assim está determinado pelo director), logo, eu passo visita quando estou no SU. Sublinho que você faz da visita um "grande evento", quando a mesma para um médio é feita com "uma perna às costas" em hora, ou hora e meia.
As consultas estão preparadas pelas administrativas, não pelo médico.
As minhas consultas não duram 15mins, duram o que for preciso, isso é uma treta e está sobretudo orientado para MGF. Quando dou consulta saio mais tarde que o horário, desde que os doentes apareçam (agora faltam imenso)!
Fazer projectos de melhoria, como sabe, é com a direcção e administração - está-me vedado, dou umas bocas quando há reunião de serviço (coisa rara).
Na privada nem quase há UCI, mas isso e as cirurgias que a envolvem não me fazem "precisar do SNS"! As únicas coisas que me fazem depender do SNS são a minha consciência e o meu ego.
Se eu achasse que só era digno do bloco também não ficava no SNS, porque no SNS eu opero menos de metade que na privada, já que a maioria das vezes o bloco não está disponível (outras especialidades), ou não há vagas de UCI, ou os meus colegas "ocupam" o meu bloco por determinação do director.
Ser no horário de trabalho ou não só importa a um tipo de pessoa: as que se importam com o que os médicos ganham e não com o problema. As que acham melhor para os doentes os médicos ficarem no hospital a ver as redes sociais no telemóvel, que a ganhar na privada. Para os doentes, para os quais não há meios, isso não faz diferença nenhuma no resultado!
Colocado por: PicaretaO pessoal anda aqui a cascar na Gambino quando o problema está na má gestão do SNS, o Gambino é apenas mais um FP igual a tantos outros.
Ainda me lembro de no inicio da pandemia, as máscaras e gel desinfectante destinadas aos profissionais de saúde desaparecerem dos hospitais.
Conheço pessoas que conseguem consultas no hospital de um dia para o outro, outros que tomam medicamentos que vieram do hospital.
A mais gira é esta, foi construído um prédio novo em frente ao meu, em muitos apartamentos os primeiros cortinados que aplicaram tinham a sigla CHUC.
Colocado por: JoelM
Ou seja, o Salgado roubou mas como "não se perdeu nenhuma vida humana" está tudo bem... Os políticos roubam, mas como não se perdem vidas humanas, tudo tranquilo... 👌
Colocado por: enf.magalhaes
Acha mesmo que se trata de inveja?
Os Médicos devem cumprir o seu horário de trabalho conforme o que esta estipulado ! Se só trabalha metade do horário e na outra metade quer tratar da sua vidinha , nada contra peça redução de horário .
Se acha que você consegue render mais , apresente um projecto de melhoria ao seu superior hierárquico e administração , logo que devidamente fundamentado qualquer pode apresentar um projecto de melhoria ao seu superior hierárquico .
Por mim até pode ganhar mais que o o grupo Amorim desde que cumpra com as condições pelo qual foi contractado , a não ser que seu contracto diga que você pode decidir o seu próprio horário .
O que faz é desonesto .
Reconheço que na sua maioria os médicos são mal pagos e que o SNS podia render muito mais , com melhoria de infraestruturas e melhores materiais além de haver " coragem" para acabar com as areias como o gambino que encravam o Sistema .
E sim , você não precisa do SNS para viver . Você precisa do mesmo pelo desafio das situações complexas . Algo que o privado neste momento dificilmente lhe pode proporcionar .
Está é a minha opinião sincera !
Colocado por: JoelM
Não roubou uma folha de papel Mas cobra de horas que não está nem no hospital é esta inclusive a trabalhar e receber noutro lado! Porque que simplesmente não recebe do privado e abdica dessas horas no público?
Colocado por: PicaretaO pessoal anda aqui a cascar na Gambino quando o problema está na má gestão do SNS, o Gambino é apenas mais um FP igual a tantos outros.
Ainda me lembro de no inicio da pandemia, as máscaras e gel desinfectante destinadas aos profissionais de saúde desaparecerem dos hospitais.
Conheço pessoas que conseguem consultas no hospital de um dia para o outro, outros que tomam medicamentos que vieram do hospital.
A mais gira é esta, foi construído um prédio novo em frente ao meu, em muitos apartamentos os primeiros cortinados que aplicaram tinham a sigla CHUC.