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    • AMG1
    • 7 fevereiro 2023

     # 761

    Colocado por: ferreiraj125

    Quem está a destruir o país é uma corja politica eleita por uma geração idosa, maioritaria e cheia de direitos conquistados, direitos esses que querem manter sem querer saber das consequencias para um futuro que eles já não vão viver.


    Uma pérola sobre a solidariedade intergeracional.

    Tenho uma solução: matem-se os velhos e todos ficam melhor.
  1.  # 762

    Colocado por: buraburamonodevolutas simplesmente significa desocupadas.


    Tem razão. Por inércia sempre associo às casas ao abandono. Mas tem razão, não significa que não se possam usar no imediato. Agradeço o reparo.
  2.  # 763

    Colocado por: buraburamonovendem a um preço razoável, ficam com cash e metem em CA ou ou que seja. o comprador, seja o indivíduo ou o estado, pega no resto dos €€€, renova e fica com um sítio para vender ou arrendar. siga, toda a gente sai a ganhar.

    porque é que isto não acontece e continuamos com um excedente de casas brutais para qualquer standard europeu? portugal tem que ser sempre diferente lol


    Porque quer forçar a que as pessoas vendam a um preço que lhes é imposto.
    Não sabe em que situação está o proprietário, pode estar a juntar os trocos, por ser alvo de partilhas, herança indivisa, etc...
    Já existem incentivos a que se remodele ou se despache o imovel. Apesar das tais 160k casas em Lisboa, seria interessante ver quantas foram remodeladas nos ultimos 15 anos por exemplo. Porque acho que foram mesmo muitas. Apesar disso, a população parece odiar quem possibilitou isso, entre os quais, muitos estrangeiros endinheirados.
  3.  # 764

    Colocado por: N Miguel OliveiraApesar disso, a população parece odiar quem possibilitou isso, entre os quais, muitos estrangeiros endinheirados.
    O que a população odeia é preciar das casas para habitação e não lhes conseguir "deitar o dente" porque estão caras.
  4.  # 765

    Se há quem pague 1000 porque vender por 500?
    Portugal embora pequeno, é grande, e os passes são 40 paus.
  5.  # 766

    Colocado por: AMG1

    Uma pérola sobre a solidariedade intergeracional.

    Tenho uma solução: matem-se os velhos e todos ficam melhor.


    Dificil ter solidariedade para com quem tanto se esforça para manter os direitos da sua geração às custas da geração seguinte e nem sequer se garante os mesmos direitos à geração seguinte.

    Se eu fosse ter as mesmas condições de pensão que muitos pensionistas tiveram se calhar teria mais vontade de contribuir para essas condições à geração pensionista atual.


    As pensões atuais até estão próximas do valor do último salário recebido. Em 2019, a taxa de substituição do vencimento pela pensão era de 79%, segundo o mesmo estudo. Ou seja para um ordenado de dois mil euros, o trabalhador recebe 1580 euros de reforma. Mas daqui por 48 anos, as estimativas são bem mais negras e apontam para uma redução de 33 pontos, de 79% para 46%

    https://www.dinheirovivo.pt/economia/nacional/pensionistas-vao-perder-mais-de-metade-do-salario-15362826.html


    Não é absurdo estar a sustentar um sistema que garante condições a uma atual geração que já se sabe à partida que a minha geração não terá?
    Concordam com este comentário: Zarb
  6.  # 767

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Porque quer forçar a que as pessoas vendam a um preço que lhes é imposto.
    Não sabe em que situação está o proprietário, pode estar a juntar os trocos, por ser alvo de partilhas, herança indivisa, etc...
    Já existem incentivos a que se remodele ou se despache o imovel. Apesar das tais 160k casas em Lisboa, seria interessante ver quantas foram remodeladas nos ultimos 15 anos por exemplo. Porque acho que foram mesmo muitas. Apesar disso, a população parece odiar quem possibilitou isso, entre os quais, muitos estrangeiros endinheirados.


    volto a repetir: eu não quero forçar ninguem a nada. apenas estou a fazer uma reflexão de pq é que há centenas de milhares de casas devolutas nas grandes cidades que não são postas no mercado. até ver a única explicação possível é que esses proprietários não têm interesse em vender a estes preços porque acham que vai subir mais, mesmo qdo podiam vender e meter o dinheiro a render 3.5% sem risco.
    enfim, este sentimento colectivo é muito difícil de corrigir por parte do governo ou por quem quer que seja.
    simplesmente parece um aspecto muito pouco saudável num mercado que está descontrolado.
    • AMG1
    • 7 fevereiro 2023

     # 768

    Colocado por: HAL_9000O que a população odeia é preciar das casas para habitação e não lhes conseguir "deitar o dente" porque estão caras.


    O certo e que há 20 anos, não havia estrangeiros, o centro de Lisboa estava abandonado, com ruinas por todo o lado e mesmo quem podia nao comprava essas casas. Os menos endinheirados preferiam ir para a periferia para apartamentos em condominios privados, ou construiam/compravam uma moradia nos subúrbios. Enquanto os mais endinheirados compravam apartamentos novos nas urbanizações da moda (expo, telheiras ...). Ninguém queria comprar no centro, que se ia degradando a olhos vistos. Aqueles (poucos) que como eu o fizeram eram uma espécie de excentricos que ninguem percebia porque queriam viver junto dos velhos abandonados ou de gente que tinha de viver em casas degradadas e sem condições.
    Hoje todos se queixam que os estrangeiros tornaram as casas no centro muito caras e provavelmente até e verdade, mas esquecem que em muitas circunstâncias foram eles os responsáveis por recuperar a vida das nossas cidades que nós já tinhamos abandonado.
    O meu predio tem 6 apartamentos e três familias sao estrangeiras, como acontece aqui na rua em varios edificios. Tudo o que mudou nas relações de vizinhança foi para melhor.
    Claro que Portugal tem um problema crónico de habitação, que precisa ser resolvido, mas ele nao nasceu com os estangeiros, nem vai ser resolvido por eles. Somos nós que temos se encontrar as soluções, sem diabolizar os outros que vieram, com os seus meios, recuperar um património que nós tinhamos abandonado.
    Se os estrangeiros vem para cá em situações de vantagem comparativa com os nacionais, em termos de rendimento. Pois paciência, é a vida!
    Agora se vem em vantagem p.e. fiscal, para mim, é absurdo e errado. Mas mesmo isso, nao é um problema deles, mas nosso e dos decisores que nos escolhemos.
  7.  # 769

    Colocado por: AMG1O certo e que há 20 anos, não havia estrangeiros, o centro de Lisboa estava abandonado, com ruinas por todo o lado e mesmo quem podia nao comprava essas casas.
    Ha 20 anos havia construção suficiente em habitação nova nas periferias,.o que talvez atraísse mais a atenção de quem procurava casa. Entre uma casa pequena no centro e uma casa nova na periferia... Havia oferta, havia por onde escolher basicamente.

    Há 20 anos Lisboa debatia-se com um problema de drogas e criminalidade na sua zona mais histórica que afastava as pessoas. O problema da droga em Portugal, apesar de não ter sido eliminado, reduziu de forma considerável.

    O investimento estrangeiro veio ajudar a mudar a face da cidade. Mas não é o único factor transformador. Longe disso.

    Basicamente o que queria dizer é que as pessoas são odeiam os estrangeiros. O que elas odeiam é ganharem mal e não conseguirem ter qualidade de vida. Depois em casa onde não há pão....os estrangeiros levam com parte do compreensível descontentamento também ( atacar a qualidade de vida das pessoas tem sempre péssimos resultados no que aos valores sociais diz respeito).

    Não tenho nada contra os estrangeiros, mas por exemplo percebo os incentivos fiscais, quando a partida já teem mais poder de compra. Atrair investimento? Mas também é certo que atira as pessoas ainda mais para as zonas menos nobres das áreas metropolitanas. Nem haveria problema nenhum se os transportes públicos não funcionassem. O problema é que não funcionam.

    Eu digo já. Não queria viver no centro de Lisboa nem por nada. Preferia muito mais viver em qualquer área mais rural da sua periferia. O problema é demorar 1:30h de transportes...quando no há greve.



    Colocado por: AMG1O meu predio tem 6 apartamentos e três familias sao estrangeiras, como acontece aqui na rua em varios edificios. Tudo o que mudou nas relações de vizinhança foi para melhor.
    quantas famílias tinha aquele To da Mouraria onde começou o incêndio? Imagino que as relações de vizinhança lá fossem um espetáculo.



    Colocado por: AMG1mas ele nao nasceu com os estangeiros
    Nem ninguém diz isso. Apenas se afirma que a vinda de pessoas com um poder de compra superior, agravou o problema de habitação já existente.




    Colocado por: AMG1Pois paciência, é a vida!
    pois paciência é a vida. É o que diz o Costa, o que diz a ministra da Habitação, o que diz o AMG1 e até o que digo eu, uma vez que já temos casa.
    O problema é para quem não tem, dizer "pois, paciência é a vida" não os tira da situação de m**da em que se encontram.

    Colocado por: AMG1Mas mesmo isso, nao é um problema deles, mas nosso e dos decisores que alguns de nosnos escolhemos.
    mais propriamente 2.302.601 de entre os cerca de 9.300.000 eleitores inscritos.
    Concordam com este comentário: Zarb
    • AMG1
    • 7 fevereiro 2023

     # 770

    Colocado por: ferreiraj125

    Dificil ter solidariedade para com quem tanto se esforça para manter os direitos da sua geração às custas da geração seguinte e nem sequer se garante os mesmos direitos à geração seguinte.

    Se eu fosse ter as mesmas condições de pensão que muitos pensionistas tiveram se calhar teria mais vontade de contribuir para essas condições à geração pensionista atual.



    Não é absurdo estar a sustentar um sistema que garante condições a uma atual geração que já se sabe à partida que a minha geração não terá?


    O seu post inicial chocou-me, porque:

    1. Está errado nos pressupostos. Porque não são os mais idosos que elegem quem nos governa. Somos todos os que votamos e entre esses os reformados ou idosos, nem são a maioria, nem sequer votam maioritariamente no partido que nos governa pelo menos nos ultimos anos. É pelo menos isso que mostram os estudos sobre a distribuição do voto em Portugal.

    2. A ideia de que um sistema de pensões assente na solidariedade intergeracional é prejudicial para quem hoje paga,também não e menos absurda, porque esquece o óbvio, é que quem hoje recebe já no passado pagou e quem hoje paga, no futuro vai receber.
    Claro que estes sistemas, que existem na maioria dos paises europeus, tem de ser sustentáveis e garantir equidade na distribuição do esforço de quem paga e de quem recebe. O nosso sistema tem problemas, claro que tem, desde logo o demográfico e esse já nao pode ser resolvido pelos idosos.
    A sustentabilidade do sistema de pensões nao está assegurada para a eternidade, nem no nosso nem em qualquer outro, porque depende de um conjunto enorme de variáveis. Agora há soluções para resolver esses problemas e há estudos que apontam essas soluções, mas óbviamente que não são estes patrocinados por quem tem interesse directo na alteração do sistema. Convém ter em conta que estão em causa muitos milhares de milhões de euros, que fariam as delicias de muitos negocios financeiros.
    Agora não há que adocar a pílula, quem se vai reformar daqui a 20 anos muito provavelmente vai reformar-se mais tarde e talvez (não é uma fatalidade) com uma taxa de substituição menor do que actual, tal como acontece a quem se reforma hoje relativamente a quem se reformou há 20 anos. Mas convém não esquecer que isto também acontece porque vivemos cada vez até mais tarde e com mais saúde. Portanto trabalhar durante mais tempo pode nao ser necessáriamente um fardo.
    Se tiver paciência veja outros comentários mais desenvolvidos sobre este tema e que sinceramente me vou dispensar de repetir.

    Agora quanto aos direitos adquiridos dos mais velhos, refere-se exatamente a que?
    Às pensoes baixas que maioria recebe, tal como infelizmente também acontece com os salários dos activos?

    Meu caro, do que nós precisanos é de criar mais riqueza e depois distribui-la de forma mais equilibrada entre todos. Precisamos de um projecto para o país que sirva para todos, sejam novos ou velhos, activos os reformados e nao de um projecto que ponha uns contra outros, acantonados nas suas trincheiras sejam elas quais forem.

    Eu entrei há pouco tempo para o grupo dos reformados, portanto mais um dos que voce vê como titular de direitos adquiridos que lhe estão a destruir o futuro, mas olhe que continuo activo, e só passei à situação de reformado mais de dois anos depois da idade legal, porque já nao quiseram atender ao meu pedido para me manter a trabalhar. Aqui está algo que talvez precise de mudar. A TSU a pagar pelas empresas relativamente a quem ja adquiriu o direito à reforma, mas continua a trabalhar.
    Só menciono isto, não para justificar a pensão que recebo, porque nao é nenhuma esmola mas o resultado de muitos anos de trabalho e descontos, mas apenas para que perceba o quanto me chocou a sua insensibilidade para com uma situação que um dia também será a sua.
    • AMG1
    • 7 fevereiro 2023

     # 771

    Colocado por: HAL_9000Ha 20 anos havia construção suficiente em habitação nova nas periferias,.o que talvez atraísse mais a atenção de quem procurava casa. Entre uma casa pequena no centro e uma casa nova na periferia... Havia oferta, havia por onde escolher basicamente.

    Há 20 anos Lisboa debatia-se com um problema de drogas e criminalidade na sua zona mais histórica que afastava as pessoas. O problema da droga em Portugal, apesar de não ter sido eliminado, reduziu de forma considerável.

    O investimento estrangeiro veio ajudar a mudar a face da cidade. Mas não é o único factor transformador. Longe disso.

    Basicamente o que queria dizer é que as pessoas são odeiam os estrangeiros. O que elas odeiam é ganharem mal e não conseguirem ter qualidade de vida. Depois em casa onde não há pão....os estrangeiros levam com parte do compreensível descontentamento também ( atacar a qualidade de vida das pessoas tem sempre péssimos resultados no que aos valores sociais diz respeito).

    Não tenho nada contra os estrangeiros, mas por exemplo percebo os incentivos fiscais, quando a partida já teem mais poder de compra. Atrair investimento? Mas também é certo que atira as pessoas ainda mais para as zonas menos nobres das áreas metropolitanas. Nem haveria problema nenhum se os transportes públicos não funcionassem. O problema é que não funcionam.

    Eu digo já. Não queria viver no centro de Lisboa nem por nada. Preferia muito mais viver em qualquer área mais rural da sua periferia. O problema é demorar 1:30h de transportes...quando no há greve.


    Desconheço se ha 20 anos havia mais oferta de habitação em Lisboa do que existe hoje, mas admito que seja assim. Estávamos no limiar do euro e do boom do crédito que acabaria por levar a crise financeira e a dívida. Mas nao tenho dúvidas que o nivel de exigência das pessoas também aumentou. Eu sou daqueles que acha que ter uma habitação condigna é um direito de todos. Mas como todos direitos sociais esse direito nao e absoluto, o seu integral cumprimento depende das condições objetivas que existem, ou seja, conseguir essa habitação é em primeiro lugar responsabilidade do próprio e so complementarmente do estado. Ora, isto significa que eu tenho a casa que consigo ter e so se nao conseguir ter nenhuma (que cumpra o objectivo de ter uma habitação condigna) é que o estado tem obrigação de me ajudar. O que eu quer dizer com isto é que quem anda à procura da primeira habitação e nao tem grandes posses, nao a pode procurar em Lisboa, tera de o fazer nas periferias e arcar com os incomodos que isto acarreta, selam transportes ou outros.

    Quanto as drogas, acho que convém distinguir entre os chamados "bairros populares" (bairro alto, alfama, mouraria, castelo, madragoa, ....) onde existia, e ainda existe, esse problema e as restantes zonas residenciais do centro, onde esse problema nao existia, salvo no caso de Campo de Ourique, dada a proximidade do casal ventoso e que nessa altura até já estava em processo de desmantelamento. Nao creio que fosse a droga que fazia com que na minha rua (triângulo entre o rato/príncipe real/são bento) existissem varios edificios devolutos e degradados e, mesmo naqueles que estavam habitados muitos tinham apartamentos vazios que assim se mantiveram até ha 6 ou 7 anos, ou seja até ao inicio do investimento estrangeiro no imobiliario em Lisboa.

    Ja em relação a criminalidade, sinceramente nao conheço os numeros, mas nao tenho ideia de que há 20 anos existisse essa percepção.
    Agora é verdade que estas zonas da cidade se tornaram muito mais agradáveis do que eram nessa altura, claro que sim e, com isso, os preços dispararam e deixaram mesmo de estar ao alcance de muitos daqueles que até podiam ter escolhido cá viver e optaram por ir para a periferia.
    Eu nao sei se as pessoas odeiam ou nao os estrangeiros, acho que não, só que precisam de culpar alguém e os estrangeiros estão aqui à mão. Claro que importar reformados europeus cujo único objectivo é a isenção fiscal, nao é a mesma coisa que criar condições para atrair investimento estrangeiro que crie emprego e ajude a economia, da mesma forma que dar alguma vantagem fiscal a um trabalhador estrangeiro com qualificações que o pais precise não e o mesmo que atribuir um direito de residencia a quem quer que seja, apenas porque tem umas centenas de milhares de euros para comprar uma casa. Mas, meu caro são as pessoas em quem os portugueses votam, reiteradamente, que criam e perpetuam estas medidas.
    • AMG1
    • 7 fevereiro 2023

     # 772

    Colocado por: HAL_9000quantas famílias tinha aquele To da Mouraria onde começou o incêndio? Imagino que as relações de vizinhança lá fossem um espetáculo.


    Nao percebo que relação estabelece entre estes desgraçados e o preço das casas em Lisboa. O espaço geografico até não é muito distante, mas o distanciamento social quade não tem fim. A mouraria nada mudou nos ultimos 20 anos, talvez esteja agora mais sobrelotada. Aliás, a generalidade dos bairros populares pouco mudou, talvez alfama e o castelo por causa do alojamento local, mas os restantes estao, no essencial, na mesma.
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 773

    Colocado por: HAL_9000Nem ninguém diz isso. Apenas se afirma que a vinda de pessoas com um poder de compra superior, agravou o problema de habitação já existente.


    Claro que a procura aumentou, resta sabet se em dimensão que justifique serem um dos principais alvos de quem procura casa e nao a consegue encontrar.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 774

    Colocado por: HAL_9000pois paciência é a vida. É o que diz o Costa, o que diz a ministra da Habitação, o que diz o AMG1 e até o que digo eu, uma vez que já temos casa.
    O problema é para quem não tem, dizer "pois, paciência é a vida" não os tira da situação de m**da em que se encontram


    Se todos tendemos a concordar que a falta de habitação em Portugal é um problema crónico, então os problemas dos actuais candidatos, não deverao ser substancialmente diferentes daqueles que ja foram vividos pela generalidade dos que ja conseguiram aceder a esse bem.
    Claro que não confundo isto com a necessidade se se encontrarem soluções para resolver o problema, porque seguramente que não e nenhuma fatalidade dos portugueses terem de se debaterem eternamente com ele. Aliás é compilarmos muitas das ideias avançadas aqui no forum e provavelmente ja teriamos uma boa bateria de soluções.
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 775

    Colocado por: HAL_9000mais propriamente 2.302.601 de entre os cerca de 9.300.000 eleitores inscritos.


    E?
    Deixou de aceitar como válidos os resultados eleitorais?

    Se as pessoas nao votam é porque nao se interessam e por isso bem podem pregar contra quem governa, porque de pouco ou nada serve.
    Queria tornar o voto obrigatório?
  8.  # 776

    Colocado por: AMG1u sou daqueles que acha que ter uma habitação condigna é um direito de todos. Mas como todos direitos sociais esse direito nao e absoluto, o seu integral cumprimento depende das condições objetivas que existem,
    Como o é também a questão das reformas que falou acima, certo?


    Colocado por: AMG1O que eu quer dizer com isto é que quem anda à procura da primeira habitação e nao tem grandes posses, nao a pode procurar em Lisboa, tera de o fazer nas periferias e arcar com os incomodos que isto acarreta, selam transportes ou outros.
    Por este andar a períferia de lisboa, mais ou menos acessível à grande maioria das pessoas, deverá ficar ali entre Santarém e Pombal. Depois já se começa a aproximar da periferia cara de Coimbra.
    Não sei se tem bem noção da real dimensão da crise de habitação que existe para quem ainda não tem a sua situação resolvida. A dimensão é tal que o estado neste momento não deve conseguir dar resposta nem a 10% dos que não conseguem garantir de forma nenhuma uma habitação condigna.

    Sugiro-lhe que faça um exercício. Considere o esforço que teve de fazer na altura para comprar a sua casa no centro de Lisboa (nº meses de rendimento), e o esforço que teria de fazer hoje para adquirir essa mesma casa. E fica com uma noção do problema. E mesmo assim, se não estou a confundir o AMG1 era emigrante, pelo que talvez nunca chegue verdadeiramente a perceber a dimensão do esforço.

    Lisboa neste momento nem para 1ª , nem para 16ª sexta habitação é opção para o trabalhador português médio. O meu sogro trabalha em remodelações em Lisboa. Há mais de 3 anos, que não tem um DO português.

    Depois, transportes? Mas quais transportes? Os transportes servem bem quem mora dentro de Lisboa, e mais ou menos quem mora em Odivelas, e Almada. Fora isso é o completo terror.
    Pois houvesse transportes em condições, e o problema da habitação na AML não era tão grave.


    Colocado por: AMG1Nao creio que fosse a droga que fazia com que na minha rua (triângulo entre o rato/príncipe real/são bento) existissem varios edificios devolutos e degradados e, mesmo naqueles que estavam habitados muitos tinham apartamentos vazios que assim se mantiveram até ha 6 ou 7 anos, ou seja até ao inicio do investimento estrangeiro no imobiliario em Lisboa.
    Nessa zona, acredito que tivesse mais a ver com a expansão da cidade que estava a ocorrer na altura em termos de construção, e que agora não existe, até porque já ninguém a consegue pagar.


    Colocado por: AMG1se mantiveram até ha 6 ou 7 anos, ou seja até ao inicio do investimento estrangeiro no imobiliario em Lisboa.
    o AMG1 é que está a centrar a questão no centro de Lisboa. Eu não vejo as pessoas a reclamar que não conseguem morar no rato. Reclamam é que não conseguem aceder a habitação nem nas zonas periféricas. O centro de Lisboa, para mim pode ficar toda para os estrangeiros se a inflação habitacional não contagiasse toda a periferia.


    Colocado por: AMG1Agora é verdade que estas zonas da cidade se tornaram muito mais agradáveis do que eram nessa altura, claro que sim e, com isso, os preços dispararam e deixaram mesmo de estar ao alcance de muitos daqueles que até podiam ter escolhido cá viver e optaram por ir para a periferia.
    Está uma vez mais a referir aqueles que podiam ter ido para o centro e foram para a periferia. O problema atual em principio não afeta essas pessoas. Esses têm a situação resolvida, querem lá saber que o centro agora esteja caro ou barato. Têm a sua habitação na periferia, e muito provavelmente continuam a ter a perceção que fizeram uma boa escolha na altura. O problema está nos que ainda não têm habitação . Estes últimos é que nem no centro nem na periferia.


    Colocado por: AMG1Eu nao sei se as pessoas odeiam ou nao os estrangeiros, acho que não, só que precisam de culpar alguém e os estrangeiros estão aqui à mão.
    Claro, até porque as pessoas têm a perceção que cada vez mais temos preços europeus e salários portugueses. E depois não entendem as isenções fiscais dadas aos estrangeiros, quando os nacionais mais não vêm que aumentos da carga fiscal todos os anos.

    Colocado por: AMG1Mas, meu caro são as pessoas em quem os portugueses votam, reiteradamente, que criam e perpetuam estas medidas.
    É verdade. A grande maioria pessoas que já têm o seu poucochinho garantido, e com medo de o perder preferem que lhes diga umas palavras bonitas e garanta que consegue perpetuar ou poucochinho. Aí não discordo em nada. Temos o pais que merecemos.


    Colocado por: AMG1Nao percebo que relação estabelece entre estes desgraçados e o preço das casas em Lisboa.
    Nenhuma. Apenas porque o AMG1 referiu que a vinda de famílias de estrangeiros lhe melhorou muito a vizinhança. Ou têm de ser estrangeiros com dinheiro?

    Quando a estes desgraçados, são explorados ao ponto de não viverem com as minimas condições de dignidade. Pelo que li em algum lado, cada um destes desgraçados paga 10 euros/dia para usar a cama 12h. Logo, cada cama rende 20 euros por dia. Veja nas notícias quantas camas conseguem por num T0 como aquele e calcule a rentabilidade mensal desse T0, e percebe de que forma é que a exploração destes desgraçados inflaciona o mercado habitacional.



    Colocado por: AMG1resta sabet se em dimensão que justifique serem um dos principais alvos de quem procura casa e nao a consegue encontrar.
    Se não tem dimensão, então que se acabe com os benefícios fiscais e com os vistos gold, e não se deixe a dúvida no ar. Se não acabam, é porque de facto a dimensão ainda será considerável.
    Depois numa área metropolitana com uma terrível falta de oferta, qualquer casa que adquirida por um estrangeiro com maior poder de compra, vai agravar o problema existem.

    mas eu reforço. O problema não é os estrangeiros comprarem cá casas. O maior problema é os nossos rendimentos serem ridículos ao pé dos deles, serem ridículos ao ponto que um casal que trabalhe 80 horas por semana, não consegue pagar uma habitação condigna sem passar necessidades. Óbvio que quando se chega a este extremo, as pessoas comecem a disparar em todas as direções.

    Veja a contestação social que existe desde o inicio do ano, e começa a ter uma ideia do porquê se de procurarem culpados em todo lado.
  9.  # 777

    Colocado por: AMG1então os problemas dos actuais candidatos, não deverao ser substancialmente diferentes daqueles que ja foram vividos pela generalidade dos que ja conseguiram aceder a esse bem.
    Eu até gosto de ler as suas intervenções. Mas aqui acho que está profundamente enganado.
    O esforço exigido em 2005 por exemplo para adquiri uma habitação, em nada se compara ao esforço exigido atualmente. É como do dia para a noite.

    P ara explicar o meu ponto de vista, recorro aos salários da Função pública e estabeleço uma comparação 2005/2023, para uma pessoa da dita classe média que inicia a sua carreira nos anos visados,

    2005
    Remuneração de entrada de um Técnico superior de 2ª classe na Adm central/local:1287.68 eur (2.9 SMN)
    Salário mínimo Nacional em 2005- 437.2 Eur
    Preço de um T4 em Arroios em 2005 - 99.000 euros
    Valor de um T6 de 350 m2 a estrear numa aldeia do Distrito de Viseu: 66.000 euros
    (Valor dado com conhecimento de causa).
    2023
    Remuneração de entrada de um Técnico superior na Adm central/local: 1268.04 eur (1.65 SMN)
    Salário mínimo nacional em 2023: 765 eur
    Preço de um T4 em Arroios: Consegue algum por menos de 300.000 euros?
    Valor de um T6 a estrear numa aldeia do Dist. Viseu: Se me arranjar algum por menos de 150.000, eu compro já.

    Isto sem considerar a progressão fiscal, que para o mesmo salário bruto, faz com que em 2023 o trabalhador leve para casa menos rendimento liquido que aquele que levaria em 2005.
    Agora some a isto o aumento no custo na alimentação que se verificou desde o ano passado, e depois diga-me que "os problemas dos actuais candidatos, não deverao ser substancialmente diferentes daqueles que ja foram vividos pela generalidade dos que ja conseguiram aceder a esse bem."
  10.  # 778

    Colocado por: AMG1E?
    Deixou de aceitar como válidos os resultados eleitorais?
    Óbvio que não. Mas eu reconhecer e aceitar os resultados eleitorias, é diferente de dizer que todos nós escolhemos estes dirigentes. Eu pelo menos faço questão de dizer que jamais escolheria um ministro do Sócrates para meu Primeiro Ministro.
    Obviamente que aceito o resultado da maioria.


    Colocado por: AMG1Queria tornar o voto obrigatório?
    Nunca me pensei a fundo na questão da obrigatoriedade. Mas tenho a certeza que votar além de ser um direito, é sobretudo um dever.
  11.  # 779

    Colocado por: buraburamonomesmo qdo podiam vender e meter o dinheiro a render 3.5% sem risco.


    Pois, mas cada um sabe da sua vida. Se paga impostos e não há problemas de segurança para os vizinhos, o facto de que a casa esteja vazia ou ocupada, é uma decisão que deve ser exclusiva do proprietário. Lá terão as suas razões. Não me parece que a que aponta seja a única.

    O Estado se quer incentivar coisa alguma, que comece por comer menos, e reduza a fatia que lhe toca.
    • AMG1
    • 8 fevereiro 2023

     # 780

    Colocado por: HAL_9000Como o é também a questão das reformas que falou acima, certo?


    Nao é óbvio?
    O que é que o governo do PPC fez?
    O que é que o governo do Antonio Costa fez ainda este ano?
    Simples, suspenderam a aplicação da lei que os obrigava a aumentar as pensões. Quer melhor exemplo de que as pensões nao sao um direito adquirido e absoluto?
 
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