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    • emad
    • 28 março 2017

     # 141

    Colocado por: LuisPereira

    Não vivo em Londres, vivo bem mais a norte no meio das ovelhas e do verde!
    Já fui a Londres e não tive qualquer problema nem me perdi.
    Já fui muitas vezes a Lisboa e não tive qualquer problema nem me perdi.
    Já percorri todos os continentes, mais de duas dezenas de países e suas capitais e encontrei sempre o caminho para casa para as ovelhas e os campos verdejantes da província.
    O desenrascar ou o enrascar nada tem a ver onde se nasce e onde se vive, tem a ver com a educação a personalidade que se tem.

    O preconceito que quem vive na "santa terrinha" é um provinciano e um saloio não passa disso mesmo um preconceito.

    Conheço muito boa gente nascida e criada em Lisboa e arredores e são as pessoas mais enrascadas que conheço.

    Luís tudo isto começou com as crianças.
    Eu também sou da aldeia e se tiver dinheiro no bolso vou para qualquer lugar.
    Mas reconheço que quando tinha 18 anos não era tão desenrascado como outros colegas meus que cresceram no meio mais urbano.
    Estou a falar na adolescência. É aqui que a porta se abre. Ou se encara e atiram-se ou não saiem da saia da mãe.
  1.  # 142

    Os primos da cidade foram passar o Natal com os parentes alentejanos.
    Alguns dias após o Natal, estava o primo da cidade a fazer alarde dos presentes que tinha ganho.
    - Primo, viste o que eu ganhei de presente? Um 'Ipod' espectacular.
    O primo alentejano respondeu:
    - Bom primo, muito bom!!! Mesmo muito bom...
    Aí o da cidade perguntou:
    E o que foi que tu ganhaste?
    - Ganhei o mesmo que tu.
    - Mas, quem te deu?
    - A minha prima, tua irmã...
    - Foi mesmo?
    - Foi. Estávamos no ribeiro nadando nus. Cheguei por trás, encostei-me a ela e perguntei:
    - Posso?
    Ela virou-se e disse:
    - "Aí Pode!".
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  2.  # 143

    Colocado por: jorgferr
    A minha esposa morava no centro de Viseu, quando veio para Lisboa tinha andado meia dúzia de vezes de transportes públicos e nem um taxi sabia chamar....era a bons modos uma enrascada
    Concordam com este comentário:emad


    Desenrascar-se é adaptar-se ao frenesim da cidade?

    Eu vejo a malta com uma educação mais rural, têm sempre algumas skills básicas de tudo, de carpinteiro, de canalizador, de electricista, pintor, serralheiro.

    Um gajo aprende a andar de autocarro numa semana, de comboio na outra e até de avião num piscar de olhos. O efeito de ir com a manada não é propriamente uma skill invejável.
    Concordam com este comentário: LuisPereira, Joseolas, Obras em casa, larkhe, mhpinto, two-rok
  3.  # 144

    Colocado por: emad
    Luís tudo isto começou com as crianças.
    Eu também sou da aldeia e se tiver dinheiro no bolso vou para qualquer lugar.
    Mas reconheço que quando tinha 18 anos não era tão desenrascado como outros colegas meus que cresceram no meio mais urbano.
    Estou a falar na adolescência. É aqui que a porta se abre. Ou se encara e atiram-se ou não saiem da saia da mãe.


    O seu erro de análise é óbvio, com 18 anos você foi para a faculdade e para "a grande cidade", para o território onde as skills eram completamente diferentes. Mas em 2 meses de certeza que já sabia onde eram os cinemas, os shoppings, os bares da moda e tal e coisa.

    Pegue num miúdo da cidade e meta-o no meio do galinheiro e ele não sabe apanhar uma galinha. Se de hoje para amanhã o mundo como o conhecemos acabasse e tivéssemos, por exemplo, de criar qualquer coisa para comer (vegetal, animal), quem é que você acha que morria primeiro?

    A malta da cidade desenvolve skills muito urbanas e até elitistas, mas os princípios de sobrevivência mais básicos são desenvolvidos (sigo eu) por quem cresceu num mundo mais rural, de trabalhos manuais e de mestres, e não com apps ou códigos de programação.

    Eu contra mim falo, que cresci no campo e me tornei um "betinho" da cidade.
    Concordam com este comentário: mhpinto, two-rok
    • RCF
    • 28 março 2017

     # 145

    Colocado por: jorgferrA minha esposa morava no centro de Viseu, quando veio para Lisboa tinha andado meia dúzia de vezes de transportes públicos


    Se em vez de morar no centro da cidade, morasse numa aldeia a 10 ou 15 Km de distância, teria maiores probabilidades de ter andado mais vezes de transportes públicos.
    Normalmente, crianças ou adolescentes numa cidade, vão para a escola no carro dos pais ou a pé, acompanhados pelos pais, porque a escola não será longe e porque é perigoso andar sozinho. Se residirem numa aldeia, normalmente vão a pé e sozinhos para a escola primária e depois de autocarro para a preparatória e secundário.
    Em suma, numa cidade, dificilmente uma criança/adolescente até aos 12 ou 14 anos dá um passo sozinha. A partir daí, pode andar sozinho, mas tem tudo à mão. Já numa aldeia não é bem assim...
    • RCF
    • 28 março 2017

     # 146

    Colocado por: Skinkxum "betinho" da cidade.


    Aliás, o termo "betinho" diz tudo. É aplicável, precisamente, aos meninos direitinhos e pouco desenrascados da cidade...
    • LeaR
    • 28 março 2017

     # 147

    Ora bem, sinto que o meu tópico faz a malta pensar muito sobre quem vive no interior versus cidade.

    Vivo a 30 e alguns km de Viseu... Numa pequena vila, e não me sinto enrascado nem menos preparado que amigos meus que vivem no Porto ou em Lisboa.

    Por esse sentido, podemos dizer que nem esses estão habituados a frenesim de cidades grandes, visto que Porto e Lisboa são "cidades de brincar". O metro de Lisboa então é de rir... Não serve a maior parte da cidade, nem sai para a periferia como podia e devia. Mas isso são outras histórias.

    Vivi em Lisboa durante 1 ano em que trabalhei lá, e não sinto saudades nenhumas...

    Por outro lado, já visitei Londres, Paris, Nova Iorque e mais algumas cidades maiores que as nossas, e sempre me desloquei e me orientei bem... Claro que sinto que essa adaptação a outros meios, começou quando saí daqui e fui para a faculdade. Mas aí, para mim até era uma vantagem, sair de casa dos pais e ter de me safar por mim, enquanto os colegas de Coimbra tinham o conforto de casa e dos papás... Resultado prático: os que saem de casa crescem e aprendem a lidar com o mundo mais rapidamente porque tem de ser...
    Concordam com este comentário: GMCQ, mhpinto
    • LeaR
    • 28 março 2017

     # 148

    Colocado por: FVF86
    Quanto tempo levou a elaboração do seu projeto?

    Obrigado

    Dei início em Novembro, e tive os primeiros esboços em Dezembro... A partir daí foi pensar, pedir alterações... Até chegar ao que julgamos ser o ideal para nós. Seria para dar entrada na semana passada, mas pedi para incluírem já no projecto um muro de contenção que pretendo fazer nas traseiras. Deve dar entrada ainda esta semana.
  4.  # 149

    Colocado por: RCF

    Aliás, o termo "betinho" diz tudo. É aplicável, precisamente, aos meninos direitinhos e pouco desenrascados da cidade...

    Todos vós que defendem esta ideia não levem a mal mas por favor não caiam no ridículo de generalizar tudo e todos. Eu sou o tipico "betinho da cidade" e sinceramente mais desenrascado que eu vi poucas vezes.
    A capacidade de adaptação ás circunstâncias é na maioria das vezes inato á pessoa e á sua resiliência de não desistir perante as adversidades.
    Todos nós temos virtudes e defeitos. É fácil vencer se as soubermos identificar e adequá-las ás circunstâncias.
    Nos soalhos por exemplo, percebi muito rapidamente que a minha formação escolar permitir-me-ia uma evolução muito rápida pelo simples facto de dominar fluentemente algumas línguas. Dou-vos um exemplo, quando fiz a formação da Bona no Estrangeiro, dos quase 40 profissionais que lá estavam (Portugueses e Espanhois) só eu é que falava e escrevia Inglês fluentemente. Ou seja, durante 4 dias de formação intensiva eu era o único que discutia idéias e tirava duvidas diretamente com os representantes Suecos. Vale o que vale mas é uma vantagem!! Há que saber usá-la.
    A barreira da linguagem no nosso quatidiano, tem muito peso e é inegável que uma boa formação escolar ajuda em muita coisa. Claro está que de nada serve sem experiência. Mas essa adquire-se.
    Cultura geral é um bem demasiado escasso hoje em dia e quer queiram quer não, em qualquer negócio a nivel global, quanto maior for o nosso know how mais segurança teremos nas nossas interações com potenciais clientes. Um profissional seguro transmite segurança e essa segurança muitas vezes transmite-se na concretização de um serviço|negócio... Seja ele qual for.
    Não sei se será particularmente positivo mas é um facto inegável que neste mundo, um "betinho da cidade" com formação safar-se-á á partida melhor que uma pessoa com menor formação.
    É simples perceber porquê e só um tolo não percebe isto.
    Qualquer advogado pode ir varrer ruas em caso de aflição... mas um varredor de ruas não pode (de repente) ir para advogado.
    Concordam com este comentário: emad, Jpires76, branco.valter
  5.  # 150

    Colocado por: Learod

    Vivo a 30 e alguns km de Viseu...


    Tenho ai familia, se algum dia pensar em colocar soalho fica-lhe baratinho pois não terá de pagar as estadias. Já viu a sorte :)
  6.  # 151

    Colocado por: Learod
    Dei início em Novembro, e tive os primeiros esboços em Dezembro... A partir daí foi pensar, pedir alterações... Até chegar ao que julgamos ser o ideal para nós. Seria para dar entrada na semana passada, mas pedi para incluírem já no projecto um muro de contenção que pretendo fazer nas traseiras. Deve dar entrada ainda esta semana.


    Eu aguardo há 2 meses pelos primeiros esboços.
    • LeaR
    • 28 março 2017

     # 152

    Colocado por: Joao Dias
    Todos vós que defendem esta ideia não levem a mal mas por favor não caiam no ridículo de generalizar tudo e todos. Eu sou o tipico "betinho da cidade" e sinceramente mais desenrascado que eu vi poucas vezes.
    A capacidade de adaptação ás circunstâncias é na maioria das vezes inato á pessoa e á sua resiliência de não desistir perante as adversidades.
    Todos nós temos virtudes e defeitos. É fácil vencer se as soubermos identificar e adequá-las ás circunstâncias.
    Nos soalhos por exemplo, percebi muito rapidamente que a minha formação escolar permitir-me-ia uma evolução muito rápida pelo simples facto de dominar fluentemente algumas línguas. Dou-vos um exemplo, quando fiz a formação da Bona no Estrangeiro, dos quase 40 profissionais que lá estavam (Portugueses e Espanhois) só eu é que falava e escrevia Inglês fluentemente. Ou seja, durante 4 dias de formação intensiva eu era o único que discutia idéias e tirava duvidas diretamente com os representantes Suecos. Vale o que vale mas é uma vantagem!! Há que saber usá-la.
    A barreira da linguagem no nosso quatidiano, tem muito peso e é inegável que uma boa formação escolar ajuda em muita coisa. Claro está que de nada serve sem experiência. Mas essa adquire-se.
    Cultura geral é um bem demasiado escasso hoje em dia e quer queiram quer não, em qualquer negócio a nivel global, quanto maior for o nosso know how mais segurança teremos nas nossas interações com potenciais clientes. Um profissional seguro transmite segurança e essa segurança muitas vezes transmite-se na concretização de um serviço|negócio... Seja ele qual for.
    Não sei se será particularmente positivo mas é um facto inegável que neste mundo, um "betinho da cidade" com formação safar-se-á á partida melhor que uma pessoa com menor formação.
    É simples perceber porquê e só um tolo não percebe isto.
    Qualquer advogado pode ir varrer ruas em caso de aflição... mas um varredor de ruas não pode (de repente) ir para advogado.
    Concordam com este comentário:emad


    Concordo com quase tudo... Não percebo é onde é que ser de Lisboa, do Porto quer dizer melhor (e não maior/menor) formação.

    Quando ao facto de falar melhor inglês que muitas outros colegas, isso também não está relacionado com ser betinho da cidade. É um facto que nós, portugueses, temos uma maior facilidade de perceber e falar inglês que espanhóis, franceses, etc. Creio que muito estará relacionado com o facto de não dobrarmos filmes, o que nos confere desde pequenos, contacto com essa língua. Pelo menos foi assim que eu aprendi muito... Mas daí para cá, todas as primárias já têm essa disciplina se não me engano...
    Concordam com este comentário: two-rok
    • LeaR
    • 28 março 2017

     # 153

    Colocado por: FVF86

    Eu aguardo há 2 meses pelos primeiros esboços.


    Parece que estou com mais sorte... Após ser aprovado a arquitectura, num prazo de 3 a 4 semanas terei as especialidades.
  7.  # 154

    Colocado por: Learod

    Concordo com quase tudo... Não percebo é onde é que ser de Lisboa, do Porto quer dizer melhor (e não maior/menor) formação.

    Não percebe você nem percebo eu. Também não disse semelhante coisa!!
  8.  # 155

    Colocado por: Learod

    Concordo com quase tudo... Não percebo é onde é que ser de Lisboa, do Porto quer dizer melhor (e não maior/menor) formação.

    Não percebe você nem percebo eu. Também não disse semelhante coisa!!
  9.  # 156

    Nasci na terrinha , numa aldeia do minho, cheguei a viver em Vila franca de Xira e no Porto , troquei isso por uma cidade mais pequena e agora vou para uma aldeia a 4 km do centro da cidade. ( para mim a vivencia numa aldeia traduz-se em melhor qualidade de vida) . Conheço 24 países da América à Ásia, sem nunca usar pacotes de agências de viagens ou agências de viagens ( excepto na lua de mel) e sempre correu bem , sempre visitei o que queria visitar !
    Concordam com este comentário: espt
    • LeaR
    • 28 março 2017

     # 157

    Parece que vou ter de mandar algumas imagens do 3d para "cascarem" noutra coisa que na dualidade campo/cidade :P
    Concordam com este comentário: mhpinto, two-rok
  10.  # 158

    Venham os 3D
  11.  # 159

    Colocado por: Joao Dias
    Todos vós que defendem esta ideia não levem a mal mas por favor não caiam no ridículo de generalizar tudo e todos. Eu sou o tipico "betinho da cidade" e sinceramente mais desenrascado que eu vi poucas vezes.
    A capacidade de adaptação ás circunstâncias é na maioria das vezes inato á pessoa e á sua resiliência de não desistir perante as adversidades.
    Todos nós temos virtudes e defeitos. É fácil vencer se as soubermos identificar e adequá-las ás circunstâncias.
    Nos soalhos por exemplo, percebi muito rapidamente que a minha formação escolar permitir-me-ia uma evolução muito rápida pelo simples facto de dominar fluentemente algumas línguas. Dou-vos um exemplo, quando fiz a formação da Bona no Estrangeiro, dos quase 40 profissionais que lá estavam (Portugueses e Espanhois) só eu é que falava e escrevia Inglês fluentemente. Ou seja, durante 4 dias de formação intensiva eu era o único que discutia idéias e tirava duvidas diretamente com os representantes Suecos. Vale o que vale mas é uma vantagem!! Há que saber usá-la.
    A barreira da linguagem no nosso quatidiano, tem muito peso e é inegável que uma boa formação escolar ajuda em muita coisa. Claro está que de nada serve sem experiência. Mas essa adquire-se.
    Cultura geral é um bem demasiado escasso hoje em dia e quer queiram quer não, em qualquer negócio a nivel global, quanto maior for o nosso know how mais segurança teremos nas nossas interações com potenciais clientes. Um profissional seguro transmite segurança e essa segurança muitas vezes transmite-se na concretização de um serviço|negócio... Seja ele qual for.
    Não sei se será particularmente positivo mas é um facto inegável que neste mundo, um "betinho da cidade" com formação safar-se-á á partida melhor que uma pessoa com menor formação.
    É simples perceber porquê e só um tolo não percebe isto.
    Qualquer advogado pode ir varrer ruas em caso de aflição... mas um varredor de ruas não pode (de repente) ir para advogado.
    Concordam com este comentário:Jpires76,emad


    Eu sempre fui o melhor a inglês em todas as minhas turmas, mesmo quando levava com descendentes de imigrantes/anglófonos. Parece brincadeira mas não é.

    A capacidade de aprender línguas não tem correlação com o nosso background, antes com a ansiedade de aprender, o interesse na própria língua.

    Mas há coisas que não basta querer aprender, é como diz o outro, é preciso pegar, apalpar, sentir. E aí, as artes são mais facilmente encontradas nos meios suburbanos ou rurais que numa cidade - o estucador, o taqueiro, o canteiro, o funileiro, o canteiro... nenhum deles mora num T1 na Foz do Porto. Se lhes perguntarem qual é a última moda em termos de apps para o telemóvel eles também não sabem, não é esse o seu mundo, mas normalmente perante um problema não burocrático, são sempre pessoas mais desenrascadas.

    Obviamente que estamos aqui a generalizar estupidamente, cada caso é um caso. Isto é apenas uma caricatura global.
    Concordam com este comentário: Joao Dias, two-rok
  12.  # 160

    James, James. você de parolo e ignorante não tem nada, porque é que diz isso??

    olhe eu que tenho o tal canudo, já senti inúmeras vezes descriminação por ter pouco, mas não me interessa, para mim liberdade e felicidade é mais importante.
    Concordam com este comentário: M.Dias
 
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