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  1.  # 1

    (nota do moderador - discussão separada e originada aqui: Há coisas que valem a pena: recuperar casas (de centros históricos))

    Desculpem lá, mas o Paulo lançou o mote, e sobre isto tenho de falar...

    A Batalha de Diu deu-se a 3 de Fevereiro de 1509, ao largo de Diu.

    Um vice-rei vindo de «para-lá-do-sol-posto», recusou passar o poder ao novo governador nomeado pelo Rei, juntou a Armada disponível, e foi vingar a morte do filho.

    Esperavam-no 3 esquadras: a frota do Sultão do Egipto, com mamelucos E otomanos financiados e apoiados pela Sereníssima República de Veneza e pela República de Ragusa (Dubrovnik); de hindus do Rei de Gujarat; E do Samorim de Calecut.
    Pensavam que iam varrer a ameaça portuguesa dos mares do Índico.
    Mas foi precisamente o contrário que aconteceu.

    Nesta batalha estiveram 18 navios portugueses, entre caravelas redondas e latinas, galés, naus pequenas e (5) grandes naus.

    Uma das grandes naus, a nau-almirante, era a famosa FLOR DE LA MAR.

    Outra grande nau era comandada pelo Fernão de Magalhães que, consta, foi ferido nesta batalha.

    Uma terceira grande nau era comandada por um antepassado meu (Jorge de Melo Pereira).
    Curiosamente, esta grande nau chamava-se (premonitoriamente?)..."BELÉM". É que eu sou nadador do Belenenses, e nado (em competição) com uma touca com a cruz de Cristo. :-))

    Esta batalha abriu a porta à supremacia da Europa sobre a Ásia, à globalização, e mudou completamente a História.

    Luís
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  2.  # 2

    LUIS

    li algures que é considerada uma das mais influentes batalhas navais de sempre, não em numero, mas em importância.

    O que me choca é o enorme desconhecimento acerca desta batalha, por parte de quem se devia orgulhar disso. Só tomei conhecmento dela e da sua importância, após ganhar a cobertura do museu da Marinha e ter deparado com um livro do director do museu da marinha "Grandes Batalhas Navais Portuguesas" e de ter dado de caras com esta batalha, de que nunca tinha ouvido falar. Passei pela escola e nada. isto arrepia-me pelas implicações que têm.

    É mais importante que Aljubarrota e nada, não sabemos nada. Que raio se passa connosco? Conseguimos ser tão bons ou melhores que os outros e no entanto, parece que temos vergonha disso
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  3.  # 3

    Paulo,
    Não é só isso.
    As pessoas em geral não apreendem a grandeza e o significado da História da nossa expansão marítima.

    Nós levámos 4 ou 5 gerações a mudar a História. Desde que fomos à terra dos muçulmanos mostrar à Cristandade que era possível humilhar o inimigo na terra deles (ao conquistar Ceuta em 1415), até 1509 em que impusémos o nosso poderio(*) no Índico.

    Imagine a alegria do infante D. Henrique ao receber notícia que os nossos pesquisadores tinham chegado ao Golfo da Guiné, e a costa inclinava para Oriente. Na altura, sabia-se maios ou menos onde era a ìndia, pelo que os nossos navegadores e dirigentes deviam pensar que bastaria ir "sempre a direito" até à Índia.
    Seguiu-se, seguramente, a estupefacção e raiva ao saber que o raio da costa africana apontava de novo para Sul (Congo, Angola,...).

    Quando contornámos o Cabo, preparou-se muito bem uma armada que sabia muito bem ao que ia. A viagem de Vasco da Gama levou cerca de 2 anos. Só para chegar à Índia, foram 10 meses.
    Agora compare esta gesta de VÁRIAS GERAÇÕES, de 1415 a 1500, com a viagenzita, com o PASSEIO de 2 meses que levou Cristóvão Colombo de Huelva às Caraíbas (agosto-outubro/1492)... que ele chamou de "Índias"!

    E... compare a quantidade de filmes que se fizeram sobre Colombo (até MESMO filmes de portugueses), e quantos se fizeram sobre a aventura de UMAS 4 gerações que porfiaram até conseguir chegar à VERDADEIRA Índia!!



    (*) Poderio que era tecnológico - melhores navios e artilharia - mas que, logo depois, foi também militar e "terrestre", com Afonso de Albuquerque.
    A conquista da poderosíssima Malaca, com os corajosos soldados portugueses a porem em fuga um exército de elefantes (que já tinham derrotado o Grande Alexandre!)- usando, para o efeito, "arcaicas" lanças - é absolutamente ÉPICA.
    Se o terríbil tem conquistado Meca como pretendia, se calhar os poços de petróleo eram nossos!
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  4.  # 4

    Boas

    O que me choca é o enorme desconhecimento acerca desta batalha, por parte de quem se devia orgulhar disso

    Pelo menos no tempo da outra senhora seria impensável fazer publicidade a acontecimentos como este. Com efeito esta batalha só se deu porque D. Francisco de Almeida desobedeceu às ordens reais e, em vez de entregar o governo da Índia a Afonso de Albuquerque, avançou para a batalha no firme propósito de vingar a morte do filho. Assim este feito épico nasce da desobediência à autoridade e ainda por cima motivada por razões pessoais, não de estado. Fazer a apologia disto nunca passou - nem passará - pela cabeça de quem usufrui do poder. Da mesma maneira que não passa pela cabeça falar das derrotas a não ser após uma adequada revisão da história em que passam, no mínimo, a vitórias morais. Só como exemplo: quantas derrotas militares portuguesas conhecem no Séc. XX?

    cumps
    José Cardoso
  5.  # 5

    J Cardoso,

    Dos fracos não reza a História. No Séc XX tivémos vitórias e derrotas.
    A mais estrondosa foi a de La Lys. Foi uma derrota (e fala-se muito nela). Deveu-se em grande parte ao facto de os britanicos nos deixaram sozinhos (retiraram e desguarneceram-nos os flancos), perante uma força alemã várias vezes superior.
    Os alemães resolveram atacar em força o sector mais desprotegido e acertaram-nos em cheio.
    No entanto, a resistência dos soldados portugueses - abandonados à sua sorte pelo Governo, por muitos dos seus oficiais, pelos Aliados que não providenciaram os barcos necessários para a prevista rendição de tropas, etc. - foi suficiente para permitir aos Aliados reorganizarem-se e colmatar a brecha.
    Foi nesta batalha que, no meio de muitos actos de heroísmo, se destacou o tal "soldado Milhões", ao defender a sua trincheira sozinho.

    Mas já que fala nisso, já reparou que para aí desde 1380 que não perdemos uma batalha digna desse nome com os espanhóis??
    E que num dos últimos grandes conflitos conquistámos Madrid (25/Junho/1706) ?

    E não me venham com a história dos Filipes !!!
    Filipe I reinou sobre o MAIOR império da História.
    E era tudo MENOS ESPANHOL!
    O Filipe I era filho de um alemão e de uma Portuguesa.
    Foi educado por tutores portugueses, portanto, em Língua Portuguesa (e "a minha língua é a minha Pátria", dizia o Pessoa).
    O melhor amigo de infância (e conselheiro) até ao leito de morte, foi o Principe de Eboli (Rui Gomes da Silva), um português.
    Outro dos seus principais conselheiros (o 2.º em 5) foi Cristovão de Moura, outro português.

    Portanto, nao fomos nós que tivemos um rei Filipe I espanhol!! Foram os espanhois que tiveram um Rei (Filipe II) Português.
    E NUNCA «perdemos a independencia». Portugal foi SEMPRE independente de Espanha (coroa própria, cortes próprias, governo próprio, etc.). Aliás, todas as colónias (Brasil, estado da Índia, etc.) continuaram a ser governados por vice-reis, governadores, etc. Portugueses.

    Tudo o resto é propaganda política para justificar o golpe de estado dos Braganças!
    Concordam com este comentário: DEEPblue
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  6.  # 6

    Ficando já muito offtopic eheheh

    Colocado por: j cardosoom efeito esta batalha só se deu porque D. Francisco de Almeida desobedeceu às ordens reais

    Mas a verdade é que de gente obediente pouco reza a história. Não fossem as desobediências estaríamos onde? (fazer algo como o 25 de Abril, era proibido se nem se recordam).

    E pelo mesmo motivo, o maior de todos aqueles homens, foi sempre um proscrito em Portugal: Fernão de Magalhães. Só para se entender o feito dele, basta dizer que as 5 expedições que saíram depois dele e já com mapas, ou se perderem ou voltaram para trás

    Colocado por: j cardosoquantas derrotas militares portuguesas conhecem no Séc. XX?

    Várias a começar pelo massacre de La Lys, as diversas tareias que levámos do Alemães em África e nem me meto na guerra Colonial
  7.  # 7

    Boas

    Mas a verdade é que de gente obediente pouco reza a história. Não fossem as desobediências estaríamos onde? (fazer algo como o 25 de Abril, era proibido se nem se recordam).

    Precisamente, mas para o poder em exercício - seja qual for a época - não é conveniente apontar como exemplos um êxito que que nasce da desobediência ao poder, daí a não ser falado nas escolas vai um passo.

    A mais estrondosa foi a de La Lys. Foi uma derrota (e fala-se muito nela). Deveu-se em grande parte ao facto de os britanicos nos deixaram sozinhos (retiraram e desguarneceram-nos os flancos), perante uma força alemã várias vezes superior.

    sem tirar o devido valor aos argumentos que apresenta, mais uma vez a culpa é sempre dos outros. Ou não é verdade que as forças que enviamos para a 1ª GG eram assim como que "uma espécie de exército" mal equipado, mal alimentado, mal treinado e mal armado.
    Por acaso acho que tivemos uma derrota pior, em 1904 no chamado desastre do Vau do Pembe, em Angola; uma coluna de mais de quinhentos de portugueses armados com artilharia e acompanhados por mais de 1500 combatentes nativos, sob o comando do governador da Huíla, João Aguiar, foram copiosamente derrotados pelos Cuamatos, sem cavalos nem artilharia, com algumas espingardas já antiquadas e com as suas armas tradicionais.

    O Filipe I era filho de um alemão e de uma Portuguesa.

    E D. Afonso Henriques de um francês.

    Tudo o resto é propaganda política para justificar o golpe de estado dos Braganças!

    O quê? Um sangue azul contra os Braganças? Ao que isto chegou... :-)

    Cumps
    José Cardoso
  8.  # 8

    Eu não disse que a culpa era SÓ dos outros («...os soldados portugueses - abandonados à sua sorte pelo Governo, por muitos dos seus oficiais...»), mas também foi. :-)

    Colocado por: j cardosoPor acaso acho que tivemos uma derrota pior, em 1904 no chamado desastre do Vau do Pembe, em Angola;
    A de Angola, situava-a nos finais de 1800's. Mas foi uma derrota vergonhosa. Tal como algumas das porradas que levámos em Moçambique (antes da «pacificação» conduzida pelo Mouzinho de Albuquerque).

    O quê? Um sangue azul contra os Braganças? Ao que isto chegou... :-)
    Eu até sou "primo" do D Duarte (e vocês, seguramente, também o são). Descendo dos Duques de Bragança, tal como para aí outros 50milhões de pessoas.
    Mas isso não faz de mim monárquico, nem partidário de falsificações da História.

    Sobretudo no que toca ao período «negro» da «ocupação» filipina que, na realidade, foram 60 anos de PAZ e progresso como Portugal (continental) nunca tinha tido!
    E ao renegarmos o NOSSO (e não "deles", dos espanhóis) maior Rei, o maior Rei da História deste planeta, estamos a cometer-lhe uma infâme injustiça!
  9.  # 9

    Oh Luis partilhe lá connosco a sua ancestralidade. É verdade que é da nobreza? Um engenheiro na nobreza só fica bem (à nobreza bem entendido!!)
  10.  # 10

    Paramonte,
    Sou filho de dois COMENDADORES DA REPÚBLICA.

    Na minha «árvore genealógica» só tenho «Nobres» lá para trás de 1800's.
    Mas isto, todos os portugueses têm.
    O engraçado é que a maioria dos portugueses que estuda a sua genealogia descobre que tem antepassados "nobres" nos últimos 500 anos, depois de 1500's, o que quer dizer que quase todos descendemos das principais casas reais da Europa, e até dos príncipes de Kiev.

    Daí, talvez, o NOBRE POVO d'«A Portuguesa», que é o hino da República. :-)
    • lobito
    • 7 fevereiro 2010 editado

     # 11

    Colocado por: Luis K. W.Paramonte,
    Sou filho de dois COMENDADORES DA REPÚBLICA.

    Na minha «árvore genealógica» só tenho «Nobres» lá para trás de 1800's.
    Mas isto, todos os portugueses têm.
    O engraçado é que a maioria dos portugueses que estuda a sua genealogia descobre que tem antepassados "nobres" nos últimos 500 anos, depois de 1500's, o que quer dizer que quase todos descendemos das principais casas reais da Europa, e até dos príncipes de Kiev.

    Daí, talvez, o NOBRE POVO d'«A Portuguesa», que é o hino da República. :-)


    Já várias vezes estive para comentar sobre um livro do Giovanni Guareschi (o do D. Camilo), que fala de um casamento em que os antepassados da menina (pelintra e cheia de pergaminhos) andaram nas cruzadas e os do menino (filho dum industrial muito rico) não os viram sair para as cruzadas porque estavam muito ocupados a fabricar salsichas :-)))
  11.  # 12

    Luis: para trás de 1800 eram os seus avós e bisavós o que em termos genéticos é a sua carne e osso
  12.  # 13

    Colocado por: ParamonteLuis: para trás de 1800 eram os seus avós e bisavós o que em termos genéticos é a sua carne e osso

    A maioria dos meus 5.º-avós nasceu depois de 1800.
    Para ser correcto, os meus 128 6.º-avós é que nasceram todos antes de 1800.
  13.  # 14

    Então morreram cedo, não?
  14.  # 15

    Colocado por: ParamonteEntão morreram cedo, não?
    Estamos a falar de datas de nascimento, e não de óbitos.
    Os meus 4 avós nasceram em 1894, 1898, 1909 e 1915.

    Exemplo aproximado.
    Avô: nascido em 1915
    Bisavô: n. em 1885
    Trisavô: n. em 1860
    Quarto avô: n. em 1830
    Quinto avô: n. em 1805
    Sexto avô: n. em 1780.
  15.  # 16

    Caros Amigos,

    Lamento recordá-los que a Grécia, um dia também FOI um grande império. FOI.
    Concordam com este comentário: two-rok
  16.  # 17

    Karura.
    A Grécia?!? Um conjunto de cidades que se guerreava? Não estará a falar da Macedónia?

    NÃO SE COMPARA, nem de perto nem de longe, com o Império sobre o qual reinou o NOSSO maior rei.

    Abarcava todos os continentes, vários países na Europa (lembro que o Filipe I até foi rei de Inglaterra!).
    E não se desintegrou pouco após a sua morte (como as conquistas de Alexandre).

    Ainda hoje, passados 400 anos, as línguas portuguesa e castelhana são das mais faladas no mundo, e em todos os continentes.

    E você, Karura? Fala grego?
    Kalispera. ;-)
    Concordam com este comentário: two-rok
  17.  # 18

    Senhor, tenha calma!
    Basicamente o que eu quero dizer (e não faz mal nenhum lembrar a História de Portugal) é que não vale de muito darmos grande importância a tudo isso. Não me trucide já! Repare que tive o cuidado de escrever a palavra entre parentesis!
    Somos quem somos, dentro de nós temos toda esta cultura, todo este peso, assim como outras culturas e outros paises também têem a sua história, as suas padeiras de Aljubarrota, que obviamente eu também prezo e sinto orgulho, mas neste momento, neste preciso momento e tendo toda esta informação dentro de todos nós, os mares que viajámos, as coisas que vimos, são o nosso espólio cultural, de todos, memória do nosso pais com uma identidade única, mas como estava a dizer, neste preciso momento, podemos apelar a tudo isso para marcarmos pontos em frente. Será que percebe o meu meu ponto de vista?
    Eu não falo grego, falo uma série de linguas mas grego não.
    Já agora, o meu apelido é de descendência espanhola, nunca pesquisei a origem exacta, o Luís não me vai excomungar, pois não?
    Ainda bem que se iniciou este tópico, talvez me sinta inspirada para pegar num certos calhamaços esquecidos na minha cabeceira...
  18.  # 19

    Karura, eu estou calmíssimo (e quase a rir à gargalhada).

    Ao contrário de si, eu penso que vale a pena dar A DEVIDA importância a "tudo isso".
    (E estou mais interessado no património GENÉTICO e Histórico, do que o «cultural»).

    Descendemos do Povo que deu início a uma ou várias reviravoltas na História.

    Em 1400's a Europa cristã era acossada, cercada por muçulmanos, a Este, a Oeste e no Mediterrâneo.
    E foi deste pequenino país que saiu o exército que desembarcou na costa de África e mostrou aos Europeus o caminho a seguir.

    Descendemos do heróico povo que levou 4 ou 5 gerações a conseguir o grande objectivo de ligar a Europa à Índia pelo Atlântico.

    MAIS NENHUM POVO DA HISTÓRIA MODERNA (excluindo a Antiguidade) FEZ NADA QUE SE COMPARASSE COM ISTO.

    Isto para não falar do período de 1600's, a que Charles Boxer chama-lhe a Primeira Guerra Mundial.
    Batemo-nos sozinhos (e com os indígenas) contra mercenários de tudo quanto era norte a Europa pagos pelas sociedades capitalista holandesas.
    Ok... é verdade que perdemos o exclusivo na Ásia (apesar de termos mantido as "jóias", Goa e Macau).
    Mas aguentámos o Brasil (corremos com os Holandeses que já se tinham estabelecido, havia mais de 10 anos, no Nordeste).
    E que dizer da forma como recuperámos Angola? Um exército vindo do Brasil com apenas 900, atacou a fortaleza onde os holandeses eram 1200 apoiados por outros tantos indígenas. Logo no primeiro assalto, entre mortos e feridos, perdemos 1/3 dos efectivos. Quando os nossos se preparavam para mais um ataque (potencialmente suicida), os holandeses capitularam!
    Porquê? Eu gosto de pensar que foi por causa da tenacidade, da temeridade, e da louca valentia que os nossos demonstraram.

    Em resumo:
    Já os Romanos diziam que o povo que por aqui vivia era difícil de governar.
    Depois vieram os povos Germânicos (os que derrotaram os Hunos e os Romanos), mais tarde os Norte-Africanos (berberes, árabes, e quejandos), que derrotaram os Visigodos.
    No final do séc XV fomos submergidos pelos judeus (na altura, somavam cerca de 10% da população) que fugiam da ordem de expulsão de Espanha.
    E, inevitavelmente, também descendemos de todos eles.

    É esta mistura de ADN, este ADN triunfante, que nós herdámos.

    E é por isso, e por estarmos a atravessar uma enorme crise de confiança, que TEMOS de valorizar o que FOMOS/SOMOS capazes de fazer.
  19.  # 20

    Bora lá fazer uma revolução???? Não há por ai um D. João II, um Marquês, um Salazar?

    Já nem sou esquisito com a solução, desde que arranjem uma e se as democracias acabam sempre da mesma maneira (bancarrota), que se arranje outro sistema.


    Bora lá fazer a revolução
    Dar a volta a isto de uma vez por todas
    Não consigo pactuar com este estado de coisas
    ‘Tá na hora de pegarmos no assunto com as nossas mãos
    (Se tivermos que as sujar pois que assim seja, então)
    Vamos ver:
    Segunda não me dá jeito porque saio sempre tarde
    À terça e à quinta tenho terapia não dá para faltar
    (são dez contos por hora e faz-me bem chorar)
    Às quartas tenho a lerpa com a rapaziada
    Sabes que a cartada é sagrada –não me digas nada...
    Sexta-feira é dia de apanhar uma bela toca e
    Sábado levo o puto ao Happy Meal com um sorriso na boca
    Resta o Domingo- só espero não estar muito cansado
    Se o Benfica não jogar- tá combinado.

    Weasel, in “Amor, Escárnio e Maldizer”, 2007


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