Colocado por: MBarrinhatropa portuguesa é uma ****, fim da discussão :)
Colocado por: MBarrinha
Só um dado estatistico, depois dessas mortes, o curso teve ainda mais candidatos.
de resto, a tropa portuguesa é uma ****, fim da discussão :)
Colocado por: nielsky
A tropa portuguesa é a imagem dos portugueses em geral.
Portanto quando chegam à recruta julgam que estão noutro mundo e querem logo desistir.
Também o poder político a pouco e pouco está a matar a tropa em detrimento das policias. E porque?
Porque na tropa quem manda é o PR e nas policias o PM.
Colocado por: RCF
A sociedade portuguesa evoluiu. As Polícias evoluíram. A tropa não evoluiu. É está a análise que faço.
Numa qualquer empresa, minimamente organizada, um trabalhador novo, mesmo entrando para a base da pirâmide, é acolhido é integrado. É-lhe exigido rendimento mas, humana e socialmente é tratado com respeito e como um igual. Na tropa não. Um novo elemento, nem humana nem socialmente, é tratado com o mínimo de dignidade. Um recruta , um soldado, são lixo para sargentos e oficiais. São os “putos”, como até por aqui a eles se referem.
Os recrutas continuam à mercê dos humores dos instrutores. Continuam a ser, muitas vezes, uns brinquedos para os superiores hierárquicos.
A um recruta, com a maior das facilidades, são restringidos direitos. Com a maior facilidade e, muitas vezes, apenas por questões de humor, à sexta-feira, um recruta é informado que, afinal, fica de castigo e não vai de fim-de-semana. Sem processo disciplinar e sem direito a defesa, da mesma forma que o fariam há 30 ou 40 anos atrás.
Na minha opinião, mais do que qualquer outro fator, é este desfasamento, este fosso, entre a sociedade civil e a tropa e, dentro da tropa, entre os vários níveis hierárquicos, que mais contribuiu para afastar a sociedade civil das forças armadas e, por conseguinte, os jovens das forças armadas.
Colocado por: nielsky
A tropa portuguesa é a imagem dos portugueses em geral.
O ordenado não é o problema.
Colocado por: RCFA sociedade portuguesa evoluiu. As Polícias evoluíram. A tropa não evoluiu. É está a análise que faço.
Numa qualquer empresa, minimamente organizada, um trabalhador novo, mesmo entrando para a base da pirâmide, é acolhido é integrado. É-lhe exigido rendimento mas, humana e socialmente é tratado com respeito e como um igual. Na tropa não. Um novo elemento, nem humana nem socialmente, é tratado com o mínimo de dignidade. Um recruta , um soldado, são lixo para sargentos e oficiais. São os “putos”, como até por aqui a eles se referem.
Os recrutas continuam à mercê dos humores dos instrutores. Continuam a ser, muitas vezes, uns brinquedos para os superiores hierárquicos.
A um recruta, com a maior das facilidades, são restringidos direitos. Com a maior facilidade e, muitas vezes, apenas por questões de humor, à sexta-feira, um recruta é informado que, afinal, fica de castigo e não vai de fim-de-semana. Sem processo disciplinar e sem direito a defesa, da mesma forma que o fariam há 30 ou 40 anos atrás.
Colocado por: CarvaiAs Forças Armadas em Portugal têm um problema grave - é o passado.
A quando do golpe militar do 25A e das escaramuças do 25 Nov a hierarquia das FA ficou completamente dividida. Enquanto a base foi desaparecendo com o fim do SMO no topo mudaram de "ramo". Muitos foram para a politica, outros para empresas públicas e outros dedicaram-se a negócios mais rentáveis acumulando com passagens á reserva muito precoces.
Colocado por: MBarrinhaNão concordo consigo, o ordenado é o problema sim.
Você tem um soldado que aufere hoje em dia um ordenado de 630€, está numa unidade em Santa Margarida, quando a residência é em Lisboa. Vai a casa aos fins de semana ou duas em duas semanas. Para quê? Se consegue trabalhar ao pé de casa, a ir a casa todos os dias? Pela experiência? Qual experiência? Limpar casas de banho? Fazer uns exercicios no mato?
Se houvesse quadros permanentes para praças, já seria outro assunto, agora nestes termos, o vencimento é muito baixo. Tem unidades que ganha 630 é fica o dia sem fazer nada, e tem outras que trabalha que nem um escravo. E às vezes nem é a carga de trabalho, é o tempo de trabalho.
Colocado por: rjmsilva
Você fala muito, mas acerta pouco. O que sabe das Forças Armadas para dizer tanto disparate?
Colocado por: CarvaiA atuação da tropa nesta pandemia também tem sido um bocado frouxa. Tal como nos incêndios existe por aí muita descoordenação.
Não me tinha apercebido da "guerra" FA versus FSS mas já tinha estranhado alguma tentativa de protagonismo como aparecer um Major a liderar uma equipa de desinfeção ou de um Capitão-mar-e-guerra a servir sandes aos sem abrigos tipo Exército de Salvação.
Uma tentativa de mostrar serviço perfeitamente aceitável mas estranha.
Já agora aproveito para descrever uma experiência pessoal. No inicio dos anos 90 comecei a frequentar os USA com alguma assiduidade. Na altura apercebi-me ao vivo de algumas coisas que já conhecia dos filmes mas que nunca pensamos serem reais. Entra elas houve 2 que recordo bem :
- Enquanto na altura em Portugal fugir aos impostos era motivo de glória em conversas de café, os americanos encaravam isso como um criminoso de baixo calibre. Em contrapartida falavam de compra e utilização de armas como nós falava-mos de carros.
- Apesar dos militares praticamente nunca terem combatido para defender o território nacional (tirando o caso pontual de Peal Harbour) tinham um enorme respeito pelas FA e sobretudo por antigos combatentes. Talvez isso explique o nunca terem tido problemas de recrutamento quase sempre voluntário. Mais do que a questão financeira havia um enorme orgulho de "servir". Conheci militares de dezenas de países e nunca me lembro de um sentimento semelhante.
Colocado por: Tyrande(depois acontecem aquelas situações aberrantes, como uma patrulha da PE que, ao fazer uma ação de patrulhamento em missão oficial, em veículo oficial, devidamente fardados e identificados, tenham sido parados e identificados pela PSP por estarem em via públicas armados... *facepalm*)
Colocado por: RCF
Essas mortes, podem não ter afastado candidatos ao curso de comandos, mas afastou candidatos às forças armadas.
Colocado por: MBarrinhaClaramente que sim, mas ai está mais uma razão para achar que algo não funciona bem... Nos outros países, no caso dos SEALS entre outros, não há mortes em formação? "instrução dura, combate fácil"
Colocado por: Tyrande
A tropa mudou. Muito pouco e a passos de caracol, mas tem vindo a mudar. A nível de comportamentos, só quem conheceu o "antigamente" e sabe como funcionam as coisas hj em dia é que sabe quantas mudanças houveram, e quão profundas são.
Não passa na cabeça de alguém dar punições que se davam há 15 anos atrás, quando eu entrei. Que dirá punições que davam ao pessoal da época do Ultramar.
A corrupção e facilitismos que houveram no passado hoje em dia são casos pontuais. Quem não ouviu dizer (ou viu pessoalmente mesmo) casos de militares a levarem géneros/material para casa (1), a usarem soldados para fazerem obras em casa, etc etc? Hj em dia já é muito, mas muito mais difícil de acontecer isso. E quando acontece a reacção já é muito diferente do que no passado.
Discordo completamente quando diz que os recrutas são "lixo" para oficiais e sargentos. São tratados duramente? São. Mais ou menos duramente dependendo do local/finalidade da instrução. Mas não são "lixo", como quer fazer soar. Ninguém se esquece que os recrutas que está a treinar hoje são os soldados que vai comandar amanhã. (2)
Se há instrutores que são autênticos "porcos" e exageram? sem dúvida. Mas em regra geral, as pessoas são tratadas com dignidade. São é levadas a responder por toda e qualquer falha que cometam (e o pessoal, em regra geral, está MUITO, MAS MUITO mal acostumado) o que levam a sofrer punições. O problema é que as gerações atuais não está educada de forma a responder pelo que faz (síndrome do coitadinho/vamos lá dar mais uma chance), e toda e qualquer punição é vista como extrapolação/tratamento não-digno.
Quer se concorde quer não, na sua essência, as FA existem para combater, e não se treinam soldados, alguns deles com graves problemas comportamentais, meramente com "processos administrativos", como se de uma empresa civil se tratasse.
Quanto às punições que refere sem justificação...isso dava um post inteiro, mas saiba que, em regra geral, é muito melhor essas ditas "punições à toa", como quer fazer parecer, como uma punição "oficial", como defende.
Uma punição "oficial" vai para a folha de matrícula do militar. Ora, essa punição há de sempre constar na FM quando esse militar depois quiser concorrer a concurso público. Exemplo mais comum é GNR ou PSP.
E com o número de candidatos/vagas, ter uma "porrada" na FM é quase certo que essa pessoa nunca mais consegue entrar nessas Instituições depois que sai das fileiras.
Portanto entre perder um fim-de-semana no quartel depois que faz asneiras ou ter um processo disciplinar em cima que depois pode lhe condicionar o futuro? O pessoal ainda tem 2 dedos de testa e pensa um bocadito nas pessoas e no futuro delas.(3)
Não seja "virgem ofendida" quanto à forma de tratamento verbal. Quando se fala em "putos", ninguém o faz de forma pejorativa ou como insulto. Apenas para se referir a uma pessoa nova. Quantas pessoas, em conversas informais, não dizem "eh pah, tenho lá um puto novo a trabalhar na fábrica, o gajo é mto bom!" E no entanto ninguém está a faltar ao respeito a ninguém, como quer fazer parecer. E já agora, não, eles não são tratados dessa forma dentro do Quartel. Todo o soldado é tratado pelo último nome, como é apanágio militar.
A nível material:
Mais um mudança lenta e a passo de caracol. E é neste ponto que as FA, por terem equipamento completamente ultrapassado/INOP, perde pessoal. A principal arma, até recentemente, era da época do Ultramar. A pistola era motivo de chacota internacional. Os rádios de campanha são autênticas mochilas. As viaturas estão seguras por arames. etc etc etc etc. Há algum material recente que é distribuído às FND's, mas a grande parte das Unidades tem material completamente ultrapassado. Facto!
E isso afugenta jovens de 18 aninhos que sonham em viver a experiência da tropa moderna que vêm nos filmes.
Colocado por: RCF
Afinal, temos posições e entendimentos muito aproximados...
(1) não foi na Força Aérea que identificaram uma situação de desvio de géneros e comissões, que envolvia vário pessoal, de todos os níveis hierárquicos?
(2) admito que essa parte possa estar a mudar, muito com o fim do SMO. Enquanto antes, a tropa era obrigatória e podiam fazer o que queriam dos recrutas e eles tinham de se aguentar. Agora, não. Eles podem desistir. Algo que antes não podiam.
(3) Compreendo. Mas, não posso concordar. Numa sociedade democrática e evoluída, isso não pode acontecer. As pessoas, nas Forças Armadas ou noutra qualquer Instituição têm de ser responsabilizadas pelo que fazem, na medida proporcional e adequada e no respeito pela legalidade, sejam quais forem as consequências. O exemplo que refere quanto ao posterior ingresso nas Forças de Segurança, é um bom exemplo. O acesso a essas Instituições tem de ser rigoroso e um erro, punível disciplinarmente e cometido nas FA, tem de poder ser do conhecimento de quem faz a seleção para ingresso nessas Instituições. Não pode, depois, questionar-se como é que determinado indivíduo conseguiu entrar para a GNR, PSP ou PJ se na Tropa tinha feito isto ou aquilo. A acontecer, deixa mal todas as Instituições. Obviamente que uma repreensão disciplinar por um atraso numa formatura na Tropa, não será impeditiva de entrar nas Forças de Segurança.
Colocado por: TyrandeAcha que alguém ia contratar alguém que tivesse na FM "foi punido por aparecer atrasado no trabalho"? Era logo riscado!
Colocado por: TyrandeIsto foi um exemplo de treta, mas deu para perceber...acho eu.
Colocado por: RCF
Acho que não... por esse motivo, acho que não. Nem para as Forças de Segurança era riscado.