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    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: prcsc

    Se o valor das avaliações está a ser mais baixo que os valores que os imóveis estão a ser vendidos
    - ou os bancos estão a baixar as avaliações (não devia isto ser feito por uma third party que o banco não tem nada haver?)
    - ou os imóveis estão a ser vendidos por mais do que valem


    Duas coisas a reter , a primeira, isto é suposto ser um jornal de referência a nível económico, a segunda, esta "jornalista" escreveu um artigo inteiro após ter descoberto que existe uma diferença, substancial, entre o valor da aquisição versus o valor da avaliação. Eu poderia escrever um tratado inteiro acerca do que isto revela acerca do nosso "jornalismo" entre outras , mas ... "why bother".
    Concordam com este comentário: eu, pguilherme
  1. Colocado por: prcscnão devia isto ser feito por uma third party que o banco não tem nada haver?

    Sim, as avaliações são efectuadas por entidades externas ao banco.
    Mas estes serviços são contratados pelos bancos, se é que percebe o que quero dizer...
    Concordam com este comentário: NLuz, prcsc, RUIOLI
  2. Neste momento governos mais expeditos estão a perceber as consequências negativas que taxas de juro perto de zero têm no imobiliário e começaram a tomar medidas.

    O financial times é uma publicação de referência, no entanto não se coibem de usar o termo housing bubble.

    https://www.ft.com/content/c9d8caae-a7e3-4f14-8d6d-8743c12fd580


    "New Zealand reimposes lending curbs over housing bubble fears

    New Zealand’s central bank will reimpose mortgage lending restrictions from March amid concerns historically low interest rates are creating a housing bubble in the country.

    It follows an intervention by the newly elected Labour government, which wrote to the governor of the Reserve Bank of New Zealand asking the bank to consider house price “instability” when setting monetary policy.

    Residential property prices have surged by almost 20 per cent over the past 12 months, pushing the median price of a house in Auckland, New Zealand’s most populous city, above NZ$1m ($700,000) for the first time, industry data shows.

    High-risk loans increase financial vulnerability to households, business and banks

    Adrian Orr, Reserve Bank of New Zealand
    Adrian Orr, RBNZ governor, said on Wednesday the bank would reimpose loan-to-value restrictions on lenders that it eased in May. Since then, he noted, there had been an increase in higher risk lending to property investors.


    He added that the RBNZ would like to add debt-to-income restrictions to its macroprudential tool kit, a move that requires government approval.

    “High-risk loans increase financial vulnerability to households, business and banks. For example, high leverage in the housing sector poses a risk should house prices decline or unemployment rises . . . we're doing so to ensure that banks remain resilient to any future housing market downturn,” Mr Orr said.

    Some lenders are already tightening lending. ANZ New Zealand said it plans to reduce the maximum loan-to-value ratio available to residential investors from 80 per cent to 70 per cent from December 8.

    Policymakers in New Zealand are increasingly concerned that surging house prices during the worst recession since the second world war could lead to a correction and financial instability. House price inflation has accelerated to an annual pace of almost 4 per cent among the OECD club of wealthy countries this year and is even higher in the US and some EU nations.

    New Zealand house prices surge
    The surge in house prices poses a political problem for the government of Jacinda Ardern, who pledged to tackle housing affordability during her first term in office. But housing supply remains tightly constrained, pushing up prices, while government plans to build 100,000 homes within a decade were dumped last year after only a few hundred houses were completed.

    Wellington’s decision to write to Mr Orr to request a change to the monetary policy remit of the RBNZ to include house price stability has prompted a debate about the bank’s independence and the aggressive action it has taken to stimulate the economy during Covid-19."
  3. Colocado por: PoisÉ
    Não comprar.
    Aguentar onde está.
    Deixar que o mercado se ajuste para preços que fazem sentido tendo em conta a capacidade do país.
    Colocaram aquela treta nas FIN do valor da mensalidade se as taxas subissem para x. Alguém liga a aquilo?

    Lisboa é, segundo o índice de preços do idealista, dos PIGS, a cidade/área metropolitana mais cara por m2.
    Vejam:https://www.idealista.pt/data/

    Vejam também o anexo que coloco aqui do Eurostat.
    Podem brincar aqui:https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/tipsho40/default/line?lang=en
    O primeiro ponto do House Price Index era 109.23 em 2008.
    E já nessa altura estávamos em alta há uns bons anos, se bem se lembram.
    O ponto mínimo foi 92.25 em 2013, há 7 anos.
    Estamos em 2020 e o último ponto é 152.50.
    Entre o mínimo e o máximo estamos a falar de uma diferença de 40% em 7 anos.
    Repitam comigo: em 7 anos as casas subiram 40%.

    Bem, vou descansar, que isto enerva-me.
    Vou ver as notícias sobre o COVID, isso tranquiliza-me (ironia).
    Concordam com este comentário:eu
    Estas pessoas agradeceram este comentário:ferreiraj125
      TIPSHO40_LINE_2020-11-20T16_56_59Z.png


    Era tão bom os nossos ordenados subirem assim....
    Concordam com este comentário: Nelhas
  4. Colocado por: pguilherme
    Sim, as avaliações são efectuadas por entidades externas ao banco.
    Mas estes serviços são contratados pelos bancos, se é que percebe o que quero dizer...


    Pode afirma-lo mesmo.
    As avaliadoras protegem o seu cliente - O Banco.
    Como é perfeitamente normal, legal e lógico.
    Se contratar um avaliador para que este lhe avalie determinado negócio que quer fazer, ele protege-o a si. Zela pelos seus interesses.
    O mesmo se passa no caso dos Bancos.
    O banco é o dono do dinheiro.
    Logo solicita ao seu parceiro , avaliador, uma "opinião" sobre o investimento que vai fazer.
  5. Colocado por: NelhasComo é perfeitamente normal, legal e lógico.

    Mas não é ético.
    Até porque está legalmente assegurada a recusa do banco de um avaliador contratado pelo Cliente. Isto é, não pode pegar numa avaliação de um banco e levar a outro, por exemplo...
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: pguilherme
    Mas não é ético.
    Até porque está legalmente assegurada a recusa do banco de um avaliador contratado pelo Cliente. Isto é, não pode pegar numa avaliação de um banco e levar a outro, por exemplo...


    Sem contar com aquele detalhe minúsculo que se chama Banco de Portugal que deveria regular essas interações...
    Concordam com este comentário: pguilherme
    • eu
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: J DSem contar com aquele detalhe minúsculo que se chama Banco de Portugal que deveria regular essas interações...

    O Banco de Portugal só serve para garantir tachos a políticos e seus amigos...
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: eu
    O Banco de Portugal só serve para garantir tachos a políticos e seus amigos...


    Mas que comentario ultrajante! Jamais poderia imaginar tal afronta a muy digna e verosímil instituição! ./sarcasm
    Concordam com este comentário: eu
    • Nelhas
    • 26 novembro 2020 editado
    Colocado por: pguilhermeMas não é ético.
    Até porque está legalmente assegurada a recusa do banco de um avaliador contratado pelo Cliente. Isto é, não pode pegar numa avaliação de um banco e levar a outro, por exemplo...


    Colocado por: J DSem contar com aquele detalhe minúsculo que se chama Banco de Portugal que deveria regular essas interações...


    Meus caros, Voçes vão solicitar dinheiro a um Banco, Pessoa o que seja.
    Não somos nós que dizemos que queremos isto ou aquilo.
    É o dono do dinheiro.
    Ético?
    É perfeitamente ético.
    O dono do dinheiro pode achar que a sua casa vale 10 euros.
    O outro Banco pode achar que vale 1000 euros.
    Não pode levar a outro nem aquele nem ao que seja.
    Nem o Banco de Portugal pode obrigar o Banco que for a emprestar.
    O Dono do dinheiro é que dita, mediante certas regulações sobre taxas, prazos, etc, se quer ou não emprestar.
    O dinheiro é deles e nós é que dizíamos como era?

    Eu vou-lhe comprar uma casa.
    Voçe quer a pronto ou em 2 prestações.
    Eu quero pagar em 20.
    Voçe não quer.
    Eu quero porque tenho família, e gosto da casa e quero muito, e mesmo no sitio que gostos. 20 prestações.

    Voçe recusar não é ético?
    É. A casa é sua. Voçe dita as regras. Eu não quero? Vou a outro lado.
    Concordam com este comentário: luisms
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: NelhasMeus caros, Voçes vão solicitar dinheiro a um Banco, Pessoa o que seja.
    Não somos nós que dizemos que queremos isto ou aquilo.
    É o dono do dinheiro.
    Ético?
    É perfeitamente ético.


    Nelhas, assim sem o querer assustar , eu se calhar ia ver como são reguladas as licenças bancárias , se calhar tinha um surpresa acerca do "o dinheiro é meu , eu faço como quero"

    Eu não gosto de gajos marrecos, como tal não empresto a marrecos e ninguém me pode obrigar , totalmente etico!
    Concordam com este comentário: Gambino
  6. Colocado por: J DEu não gosto de gajos marrecos, como tal não empresto a marrecos e ninguém me pode obrigar , totalmente etico!

    Se ser marreco significa não cumprir os requisitos necessários - que são públicos, claros e transparentes - para obtenção do crédito, sim, não emprestar a marrecos é ético.
    • J D
    • 26 novembro 2020 editado
    Colocado por: J.Fernandes
    Se ser marreco significa não cumprir os requisitos necessários - que são públicos, claros e transparentes - para obtenção do crédito, sim, não emprestar a marrecos é ético.


    Vide critérios de avaliação e cumprimento, report back.

    Para quem tiver dificuldades, segundo o regulador , a relação com o avaliador deve ser completamente transparente, o avaliador não "faz jeitinhos ao cliente". Existe um valor máximo que pode ser emprestado com base na avaliação , não existe um valor mínimo, nada impede um banco de limitar o valor a 60% da avaliação por exemplo, claro que a seguir perde competitividade no mercado, agora o que não pode acontecer pelo regulador, são "jeitinhos pelo avaliador".
  7. Colocado por: J DSem contar com aquele detalhe minúsculo que se chama Banco de Portugal que deveria regular essas interações...

    Mas tudo isso está regulado pelo BP por parte dos bancos e pela CMVM por parte dos avaliadores.

    E sim, parece-me óbvio que quem vai emprestar dinheiro tenha o direito de contratar a avaliação do imóvel e recusar uma qualquer outra avaliação que não tenha sido por si encomendada.
  8. Colocado por: J Do que não pode acontecer pelo regulador, são "jeitinhos pelo avaliador".

    E?
  9. Colocado por: NelhasMeus caros, Voçes vão solicitar dinheiro a um Banco, Pessoa o que seja.
    Não somos nós que dizemos que queremos isto ou aquilo.
    É o dono do dinheiro.
    Ético?
    É perfeitamente ético.
    O dono do dinheiro pode achar que a sua casa vale 10 euros.
    O outro Banco pode achar que vale 1000 euros.
    Não pode levar a outro nem aquele nem ao que seja.
    Nem o Banco de Portugal pode obrigar o Banco que for a emprestar.
    O Dono do dinheiro é que dita, mediante certas regulações sobre taxas, prazos, etc, se quer ou não emprestar.
    O dinheiro é deles e nós é que dizíamos como era?

    Eu vou-lhe comprar uma casa.
    Voçe quer a pronto ou em 2 prestações.
    Eu quero pagar em 20.
    Voçe não quer.
    Eu quero porque tenho família, e gosto da casa e quero muito, e mesmo no sitio que gostos. 20 prestações.

    Voçe recusar não é ético?
    É. A casa é sua. Voçe dita as regras. Eu não quero? Vou a outro lado.


    Obviamente que o dinheiro é do banco e que este o pode obrigar "jumping through hoops" até estar satisfeito e se dignar a conceder crédito.
    Isto é verdade e o banco reserva o direito de recusar o pedido seja por que motivo for.
    Ainda assim, quando o banco não quer prosseguir com um negócio, não o declara frontalmente ao cliente (por motivos com os quais a avaliação do imóvel também se relaciona)

    No entanto não podemos comparar com um particular a vender uma casa.
    As empresas, especialmente com relações directas com público e em particular a banca, estão sujeitas a regras que o particular não está.

    Por ex.: nunca ouviu os casos de enganos na divulgação de preços numa grande superfície, seja em folheto ou na própria prateleira? O vendedor claramente não queria vender pelo preço (que claramente eram enganos) mas assim o é obrigado.
    Já ouviu algum particular acusado de fazer dumping?

    É uma comparação sem sentido.

    A questão da ética prende-se precisamente por se tratar de uma entidade externa a prestar o serviço (e a razão de ser) e a actividade ser regulada.
    O banco não faz nem pode fazer avaliação imobiliária. Mas se controla quem faz, é como se fizesse. Então porquê este requisito? Teoricamente para proteger o consumir e isentar as avaliações, mas na prática não é isso que acontece. Existe um jogo por trás do pano, daí ser pouco ético.

    No entanto, não posso dizer que ache que seria melhor se o banco fosse de alguma forma obrigado a conceder crédito.
    Por vezes há factores que são analisados que jamais podem ser partlhados com o cliente. No entanto acontecem surgirem razões, que o banco deveria desconhecer, mas que mostram que o negócio é muito arriscado. Na minha opinião, o banco faz muito bem em não emprestar nesses casos.
  10. Colocado por: J.FernandesSe ser marreco significa não cumprir os requisitos necessários - que são públicos, claros e transparentes - para obtenção do crédito, sim, não emprestar a marrecos é ético.

    Ui...
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: J.Fernandes
    Mas tudo isso está regulado pelo BP por parte dos bancos e pela CMVM por parte dos avaliadores.

    E sim, parece-me óbvio que quem vai emprestar dinheiro tenha o direito de contratar a avaliação do imóvel e recusar uma qualquer outra avaliação que não tenha sido por si encomendada.


    Ver post 1702 e os "jeitinhos do avaliador ao cliente" quando o que o regulador aconselha é fazer a auto regulação pela % do empréstimo , não por manipulação de avaliações.

    TL:DR , ambos os reguladores não estão a fazer a ponta de um c**** como o eu dizia lá atrás.
    • J D
    • 26 novembro 2020
    Colocado por: pguilhermeA questão da ética prende-se precisamente por se tratar de uma entidade externa a prestar o serviço (e a razão de ser) e a actividade ser regulada.
    O banco não faz nem pode fazer avaliação imobiliária. Mas se controla quem faz, é como se fizesse. Então porquê este requisito? Teoricamente para proteger o consumir e isentar as avaliações, mas na prática não é isso que acontece. Existe um jogo por trás do pano, daí ser pouco ético.


    Isto , tudo isto , apenas e só isto.

    O regulador, literalmente, especifica que a regulação do empréstimo é feita variando a % maxima do empréstimo com base numa avaliação independente. E com isto morre toda a ideia que temos regulação.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  11. Colocado por: J DVer post 1702 e os "jeitinhos do avaliador ao cliente" quando o que o regulador aconselha é fazer a auto regulação pela % do empréstimo , não por manipulação de avaliações.

    Talvez tentar saber como as coisas funcionam não fosse pior antes de mandar atoardas.

    A pressão sobre o avaliador é feita pelo cliente de crédito, que pretende sempre uma avaliação o mais alta possível. O avaliador na maior parte dos casos não tem nenhuma interação com ninguém do banco.
 
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