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  1.  # 421

    Colocado por: HAL_9000Mas custa-me a aceitar que a maior parte dos jovens diga "já sei que nós não vamos ter reforma" com resignada naturalidade

    Ainda ai? Mas quais jovens, eu tenho quase 50 anos e ja fiz a faculdade toda com essa conversa.
    • eu
    • 16 maio 2022

     # 422

    Colocado por: HAL_9000Mas também lhe digo, manter o poder de compra nos pensionistas, anulando a inflação, mas obrigar a maioria dos trabalhadores a acomodar uma perda de poder de compra, também não me parece grande estratégia. Ou é?


    Ora nem mais. Onde está o princípio da igualdade?

    Eu apoio a ideia de pelo menos manter o poder de compra de quem recebe as pensões mais baixas, mas... aumentar as pensões de quem recebe pensões milionárias ao mesmo tempo que os trabalhadores no ativo têm os salários estagnados, é injusto e imoral.

    E estamos a falar de pensionistas que se reformaram mais cedo, e com melhores condições que aquelas que os atuais trabalhadores vão ter.

    Onde está o princípio da igualdade?
  2.  # 423

    Colocado por: euOnde está o princípio da igualdade?


    Não existe, quando uma parte significativa dos trabalhadores não pagam IRS, enquanto outros pagam quase metade do que ganham.
  3.  # 424

    Só não paga IRS quem recebe o salário mínimo.
    A taxa média de quem recebe €19000 por ano é 15% (salário líquido de €1000 pago 14 vezes).
  4.  # 425

    Colocado por: AMVPAinda ai? Mas quais jovens, eu tenho quase 50 anos e ja fiz a faculdade toda com essa conversa.
    Ah sim, essa é a outra versão do que as pessoas dizem: "nos anos oitenta já diziam a mesma coisa, e ainda existem reformas".

    Faça o seguinte exercicio, veja qual é a taxa de substituição de uma pessoa que se reforma no dia de hoje, e depois daqui a 17 anos, compare com a taxa de substituição que lhe vai ser atribuída.

    Faça outra coisa também, desde os anos 80, veja quantas reformas cosméticas, e quantos impostos adicionais já foram colocados a financiar a SS, para que ela se tenha aguantado até hoje. Mesmo assim as regras para aceder à reforma têm vindo a mudar, já não se cometem os excessos de outrora. Excessos esses que estão agora a ser pagos pelas pessoas que têm e vão ter condições muito menos vantajosas de acesso à reforma.

    Se o seu filho ficar a trabalhar por cá, e não emigrar para um país que tenha um regime de pensões sustentáveis, veja qual é a taxa de susbtituição prevista para 2072 (eu ajudo: 41.4%), e talvez perceba a minha insistência no tema.

    A única maneira de ela continuar sustentável é continuara inventar impostos que revertam para a mesma, o problema é que a nossa carga fiscal já é das maiores da Europa, e qualquer aumento não é sustentável.
    Concordam com este comentário: eu, J.Fernandes
  5.  # 426

    Colocado por: rjmsilvaNão existe, quando uma parte significativa dos trabalhadores não pagam IRS, enquanto outros pagam quase metade do que ganham.
    Se temos cerca de 5 milhões de trabalhadores, num país de 10 milhões de habitantes, onde apenas 2.5 milhões pagam IRS. Acho estes números incríveis e um espelho da nossa sociedade.
  6.  # 427

    Colocado por: HAL_9000[...] o problema é que a nossa carga fiscal já é das maiores da Europa [...]

    Não é verdade.
  7.  # 428

    Colocado por: ibytNão é verdade.
    É, se considerar o PIB, e o rendimento que fica disponível após impostos. É que no fim do dia é isso que interessa: quanto é que me sobra para comer?

    Eu preferia pagar de impostos 50% de 5000 euros que 10% de 500 euros.

    https://www.dn.pt/edicao-do-dia/06-set-2020/ocde-diz-que-carga-fiscal-e-alta-face-ao-pib-per-capita-portugues-12687590.html

    Com essa lengalenga de "não é verdade" que o Sr. Costa vai debitando, é que se dá maioria absoluta a um partido que a única coisa que faz bem é inventar taxas.
    Concordam com este comentário: J.Fernandes, eu, Holy_Grail, treker666
  8.  # 429

    Colocado por: HAL_9000É, se considerar o PIB, e o rendimento que fica disponível após impostos. É que no fim do dia é isso que interessa: quanto é que me sobra para comer?

    Não tente usar uma definição de "carga fiscal" que mais ninguém usa!

    Carga fiscal

    Em termos de finanças públicas, a carga fiscal ou pressão fiscal de um país corresponde à relação percentual entre o total dos impostos e contribuições efetivas para a Segurança Social e o Produto Interno Bruto (PIB).
  9.  # 430

    Colocado por: ibytNão é verdade.

    É verdade é. Se a questão é semântica chamemos-lhe taxa de esforço fiscal. Na prática o que se passa é que salários perfeitamente médios/baixos no contexto europeu, como são 2800€/mês brutos, atingem o escalão de 45%, enquanto que em muitos outros países para se atingirem taxas tão absurdamente disparatadas é preciso ganhar acima de 100.000€/ano.
  10.  # 431

    Colocado por: HAL_9000É, se considerar o PIB, e o rendimento que fica disponível após impostos. É que no fim do dia é isso que interessa: quanto é que me sobra para comer?

    Perfeitamente de acordo. Em geral diz-se só meia verdade, que nos países nórdicos as taxas de IRS vão a 55% ou 60%, mas não se diz que nível de rendimentos são necessários para as atingir.

    Com rendimentos de 3000€/mês brutos as taxas lá são muito menores que cá.
    • eu
    • 16 maio 2022

     # 432

    O que vale é que por cá os preços dos produtos alimentares, eletricidade e combustíveis são muito mais baratos que nos outros países Europeus.
  11.  # 433

    Colocado por: ibytNão tente usar uma definição de "carga fiscal" que mais ninguém usa!
    Não fui eu a dizer que era das mais altas, é a própria OCDE.
  12.  # 434

    Outro exemplo de como somos sacrificados com impostos: o IVA.

    IVA em Portugal: 23%, 13%, 6%
    Na Espanha: 21, 10, 4
    Na França: 20,10,5,5
    Na Alemanha: 19,7
    Na Itália: 22,10,5
    Na Polónia: 23,8,5
    No RU: 20,5
    Na Roménia: 19,9,5
    Na Holanda: 21,9
    Concordam com este comentário: eu, HAL_9000
  13.  # 435

    Colocado por: ibytNão tente usar uma definição de "carga fiscal" que mais ninguém usa!

    Tem razão, o termo correto é "roubo fiscal"...
  14.  # 436

    Colocado por: J.FernandesÉ verdade é. Se a questão é semântica chamemos-lhe taxa de esforço fiscal.

    Estão a usar o conceito errado. O conceito mais próximo da vossa definição chama-se "Adjusted gross disposable income of households per capita".

    Colocado por: HAL_9000Não fui eu a dizer que era das mais altas, é a própria OCDE.

    A OCDE não lhe chamou carga fiscal, quem fez isso foi um jornalista.

    Colocado por: J.FernandesNa prática o que se passa é que salários perfeitamente médios/baixos no contexto europeu, como são 2800€/mês brutos, atingem o escalão de 45%, enquanto que em muitos outros países para se atingirem taxas tão absurdamente disparatadas é preciso ganhar acima de 100.000€/ano.

    Está equivocado: só atinge a taxa marginal de 37% por causa da dedução específica de €4104 (categoria A).
    A taxa efectiva é aproximadamente 25% (imposto de €9718,31 em €39200)
  15.  # 437

    Colocado por: ibytEstá equivocado: só atinge a taxa marginal de 37% por causa da dedução específica de €4104 (categoria A).
    A taxa efectiva é aproximadamente 25% (imposto de €9718,31 em €39200)
    Pode fazer as divagações semânticas que quiser. Facto é que o esforço fiscal é altíssimo face ao PIB. Se assim não fosse não tínhamos os nossos jovens a emigrar para a Alemanha para pagar mais impostos.

    Mas olhe, o Costa gosta é de mais pessoas como o ibyt, que no limite até consideram que não pagamos assim tantos impostos, porque afinal até estamos alinhados com a média europeia (não dizem é o que conseguimos comprar com o que sobra após impostos vs a média europeia). Eu infelizmente nem preciso de ler as estatísticas para saber que pago impostos a mais, sinto-o na carteira todos os dias.
  16.  # 438

    Colocado por: HAL_9000Eu infelizmente nem preciso de ler as estatísticas para saber que pago impostos a mais, sinto-o na carteira todos os dias.

    Mas há alguém em algum país que não ache que paga impostos a mais? Eu não conheço ninguém que goste de os pagar e penso que a questão nem deve ser visto por aí, seria muito mais interessante ver o que que recebemos em troca pelo valor de impostos que pagamos, acho que é mais por aí o caminho, e neste momento é mesmo um caminho para o precipício. Vamos andar gerações a pagar as negociatas do costume.
  17.  # 439

    Colocado por: SasapoMas há alguém em algum país que não ache que paga impostos a mais?
    Se eu sentisse que o estado me dá um bom retorno do que pago, não acharia que pago impostos a mais. Era precisamente isso que estava a aludir. Não pretendo pagar impostos para andar a investir em empresas falidas como a TAP, e no entanto não me dão escolha.
  18.  # 440

    Colocado por: HAL_9000Se eu sentisse que o estado me dá um bom retorno do que pago, não acharia que pago impostos a mais. Era precisamente isso que estava a aludir. Não pretendo pagar impostos para andar a investir em empresas falidas como a TAP, e no entanto não me dão escolha.

    Exacto, daí eu achar que a quantidade de impostos que se paga não ser o cerne da questão, mas sim como são usados. Mas num país onde toda a gente foge aos impostos sempre que pode, como é que a classe política haveria de ser séria? Nunca vai mudar.
 
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