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    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesVejamos:
    - Croácia - 397,00€
    - Eslováquia - 352,00€
    - Hungria - 335,00€
    - Polónia - 404,00€
    - R. Checa - 310,00€

    Porquê esses países? Hoje em dia, os concorrentes são... todo o mundo.

    Por isso, se comparar com o salário mínimo de Moçambique, Marrocos, Argélia e Sri Lanka o seu argumento ainda ganha mais peso.
  1. Colocado por: euPorquê esses países?

    Entre múltiplas outras razões porque partilhamos um espaço comum de livre circulação de bens e capitais.

    Colocado por: euMoçambique, Marrocos, Argélia e Sri Lanka

    Destes, o único que nos poderá fazer alguma concorrência na atracção de capital estrangeiro nalgumas áreas é Marrocos.
    Se pesquisar porque é que Moçambique e Sri Lanka não são nossos concorrentes na atracção de investimento estrangeiro, (apesar da abundância de mão de obra e dos salários baixos), você que descobriu que andávamos todos errados e a dar prémios Nobel da economia a charlatões, porque afinal a baixa qualificação dos trabalhadores não interessa nada, poderá ter uma surpresa.
    • eu
    • 30 setembro 2014 editado
    Colocado por: J.FernandesEntre múltiplas outras razões porque partilhamos um espaço comum de livre circulação de bens e capitais.

    Tretas. Já ouviu falar da globalização? Hoje em dia você pode importar/exportar/investir em praticamente qualquer País do mundo.

    E a Alemanha e Holanda (por exemplo) também partilham o espaço comum... porque é que não podemos concorrer com eles?

    Colocado por: J.FernandesSe pesquisar porque é que Moçambique e Sri Lanka não são nossos concorrentes na atracção de investimento estrangeiro, (apesar da abundância de mão de obra e dos salários baixos), você que descobriu que andávamos todos errados e a dar prémios Nobel da economia a charlatões, porque afinal a baixa qualificação dos trabalhadores não interessa nada, poderá ter uma surpresa.

    Esse seu argumento é um pau de dois bicos: afinal, pelos vistos os baixos salários não são garantia de investimento e emprego...
  2. e ...j.fernandes os países de leste embora já na união europeia tem custos de vida se calhar mais baixos do que o custo de vida em Portugal, que é um pais em que se ganha pouco e paga-se as coisas ao preço de França ou da Alemanha.
  3. Colocado por: euHoje em dia você pode importar/exportar/investir em praticamente qualquer País do mundo.

    Você fala do que não sabe. Já tratou de investimentos, deslocalização de pessoal e repatriação de capitais em países como Brasil, Angola e Moçambique? Eu já.

    Colocado por: euE a Alemanha e Holanda (por exemplo) também partilham o espaço comum... porque é que não podemos concorrer com eles?

    Não vale a pena voltarmos outra vez à mesma conversa da competitividade e da produtividade, pois não?

    Colocado por: euafinal, pelos vistos os baixos salários não são garantia de investimento e emprego...

    Se estivermos a falar de países com níveis similares de competitividade fiscal, qualidade das infraestruturas e qualificação dos trabalhadores, sim, são um factor fundamental.
  4. Colocado por: NeonRelativamente a esta opção, de se optar por pagar salarios mais baixos e exigir mais esforço, é na minha opinião o tal sinal claro da imcompetencia dos patrões.


    Concordo neste aspecto, e seria incapaz de propor uma coisa dessas a um funcionário. Mais correcto seria despedi-lo e depois contratar alguém que aceitasse receber menos, obviamente menos qualificado. Mas isso quanto a mim seria dar um tiro no pé, pois resultaria num decréscimo na qualidade do serviço.

    Colocado por: NeonAcredita que a maioria dos portugueses se encontra disponivel para ganhar menos que o SMN, só para todos termos trabalho e assim não haver desemprego?


    Se me permite, falando por mim, eu não defendo baixos salários, defendo é que o estado não se meta tanto na vida das pessoas. Há n situações que devia ser possível ganhar-se menos, não digo em longo prazo, mas situações de aprendizagem e afins.

    - Pessoas em início de carreira, seja ela qual for. Estão a trabalhar mas ainda não produzem o suficiente para ganhar o SMN e ao mesmo tempo estão a adquirir formação, ou pelo menos experiência.
    - Pessoas que entram numa empresa à experiência, uma empresa que contrate alguém não sabe se está a contratar alguém competente/produtivo.
    - Pessoas em que o seu agregado familiar não dependa delas, por exemplo, jovens que ainda morem em casa dos pais.
    - Empresas criadas recentemente, com finanças muito apertadas e em que ainda não se vislumbra grande coisa no horizonte.

    Isto são situações que agradecem que o estado não complique.

    Claro que isto não é o sonho de ninguém, mas é melhor estar a adquirir experiência e currículo, do que ficar em casa a deprimir, e claro que com a experiência ganha as oportunidades surgem e se não melhorar na empresa X, virá o dia que a empresa Y se chegará à frente e oferecerá mais.
  5. Colocado por: euE a Alemanha e Holanda (por exemplo) também partilham o espaço comum... porque é que não podemos concorrer com eles?


    Porque a nossa indústria não produz os produtos que eles lá produzem. Não temos (ou temos muito pouca) indústria de alta tecnologia.

  6. O que vale é que as opiniões são como as vaginas. Quem as tem, têm-as. Quem quer dá-las, dá-as


    Que estranho: uma organização chamada International Labour Organization concluiu que a regulação era benéfica para a produtividade do trabalho. Absolutamente inesperado.


    Fiz questão de dizer que era de "uma forma global": obviamente há profissionais que, de tão bons que são, são eles que fazem o seu preço. E, claro, as características do mercado de trabalho são distintas no espaço e no sector.

    Não, não é de forma global: o facto de o SMN abranger apenas cerca de 11% dos trabalhadores talvez fosse de molde a alterar essa perspectiva catastrófica da race to the bottom e da massa indiferenciada de mão-de-obra que é explorada e obrigada a aceitar o que lhe dão.
    Sim, é natural que a maioria não esteja satisfeita com o que recebe, da mesma forma que é natural que quem paga talvez preferisse pagar menos - mas chegaram a um ponto de equilíbrio (naturalmente, volátil).


    Tem toda a razão, e por alguma razão há milhares de pessoas a emigrar (penso que algumas não emigram apenas pelo "desafio").
    Contudo, se fosse tão fácil a mudança, não haveria desemprego. Mas lá está, certamente que todos os que não estão a trabalhar gostam de estar como estão...


    É simples: não encontram o que querem, nas condições que querem - e é por isso que, mesmo com taxas de desemprego da ordem dos 15%, continua a haver vagas por preencher.

  7. Luis, pode tecer teorias mirabolantes e desenhar os cenarios que pretender, seja como for essa é uma realidade.

    Não são teorias, são factos.


    Já agora
    ponto 1 - Mesmo que isso favoreça as contas do seu cenário mirabolante, existem funcionários no estado a receber salário minimo

    Não favorece absolutamente nada, o raciocínio é o mesmo, sejam, 10,12 ou 20% a receber o SMN.


    ponto 2 - Valeu o esforço mas limitar a fronteira do poder entre patrão e empregado à atribuição do SMN, para mim não é um argumento sequer discutivel, assim como não o é associar essa fronteira à titularidade do secundario completo.
    E isto vindo de alguem que em outras observações defende a prevalencia das leis do mercado, essencialmenre a lei da oferta e da procura.

    O SMN é o exemplo perfeito, de algo que está lá e é suposto ser uma barreira à ganância dos patrões, porque se não fosse ele, já estaríamos todos a receber amendoins. E no entanto, com uma quantidade generosa de mão-de-obra pouco qualificada, com patrões gananciosos e pouco qualificados, o cenário é diferente do esperado.


    Repare que o poder patronal prende-se ainda com outros factores para alem do salário, que nem me vou dar ao trabalho de enumerar pois ja foram descritos no decorrer desta discussão.
    Por outro lado posso relatar que conheço casos em que se ofereçe emprego a técnicos (arquitectos e engenheiros) a troco de 800 euros e até mesmo 600 euros mensais, sendo no caso de 600 € ainda exigiam trabalho ao sábado da parte da manha. Bom, existir alguem que se proponha a pagar valores destes e a conseguir que existam candidatos tudo porque é inquestionavel a tão badalada lei da oferta e da procura que o luis proclama, para mim é um claro e evidente sinal de que lado está o poder negocial! quem mais precisa é quem mais amocha, mais se subjuga e mais se deixa calcar e não ha argumento que combata isso.
    Relativamente a esta opção, de se optar por pagar salarios mais baixos e exigir mais esforço, é na minha opinião o tal sinal claro da imcompetencia dos patrões.
    O luis repare numa coisa, Passa-lhe pela cabeça que o arquitecto que se propõe a ganhar 600 euros por mês quando ha empregadas de limpeza a ganhar mais do que isso, se vai esforçar, ou se vai sentir motivado ou leal para com o seu patrão?


    Temos duas opções: se alguém avalia o seu trabalho nesse valor e aceita, tudo bem. Se não aceita, a empresa continuará com uma vaga por preencher.
    Da mesma forma, se eu puser um artigo à venda na minha montra com determinado preço, e ninguém o comprar, posso entender como um sinal de que o preço não está adequado. Tenho sempre a alternativa de baixar o preço, ou esperar uns tempos para vender. Se, pelo contrário, a minha loja se encher de gente a esgatanhar-se para comprar, sou capaz de entender que talvez esteja na altura de aumentar o preço.
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: two-rokPorque a nossa indústria não produz os produtos que eles lá produzem. Não temos (ou temos muito pouca) indústria de alta tecnologia.

    Pois aqui reside a verdadeira questão: porque é que nós não produzimos os mesmos produtos?

    Reparem que:
    -Nem tudo o que é produzido lá é de alta tecnologia;
    -O que nos impede de produzir cá (mais) alta tecnologia?
  8. Colocado por: luisvvQue estranho: uma organização chamada International Labour Organization concluiu que a regulação era benéfica para a produtividade do trabalho. Absolutamente inesperado.


    http://en.wikipedia.org/wiki/Appeal_to_motive :)
  9. Colocado por: luisvvO SMN é o exemplo perfeito, de algo que está lá e é suposto ser uma barreira à ganância dos patrões, porque se não fosse ele, já estaríamos todos a receber amendoins. E no entanto, com uma quantidade generosa de mão-de-obra pouco qualificada, com patrões gananciosos e pouco qualificados, o cenário é diferente do esperado.


    Não é da ganância dos patrões, é da ganância dos consumidores. Impede-se que os consumidores tenham acesso a produtos ou serviços produzidos com mão de obra explorada de forma desumana. O conceito de "desumano" é um conceito abstracto e evolui juntamente com a cultura.

    O luis acha que devíamos tolerar que alguém aceite trabalhar sem qualquer remuneração?
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: J.FernandesVocê fala do que não sabe. Já tratou de investimentos, deslocalização de pessoal e repatriação de capitais em países como Brasil, Angola e Moçambique? Eu já.

    A globalização é uma realidade evidente para toda a gente: não tente desmenti-la...

    Colocado por: J.FernandesNão vale a pena voltarmos outra vez à mesma conversa da competitividade e da produtividade, pois não?

    Vale sempre a pena, pois são conceitos essenciais em economia.

    Colocado por: J.FernandesSe estivermos a falar de países com níveis similares de competitividade fiscal, qualidade das infraestruturas e qualificação dos trabalhadores, sim, são um factor fundamental.

    Esqueceu-se do mais importante: qualidade dos investidores, empreendedores e gestores.
  10. Colocado por: euPois aqui reside a verdadeira questão:porque é que nós não produzimos os mesmos produtos?

    Reparem que:
    -Nem tudo o que é produzido lá é de alta tecnologia;
    -O que nos impede de produzir cá (mais) alta tecnologia?


    Boa pergunta.
    Um exemplo: Eu não tenho formação para tal.

    Será que o "eu" tem? Ou conhece alguém?

    Nós exportamos produtos de baixo valor (muita fruta, algum turismo, vinhos, doçaria), é óptimo exportar seja o que for, mas por muito que desejássemos salários alemães, não produzimos produtos que nos proporcionem tais salários. E isto, ao contrário do que o "eu" possa pensar, não é culpa de ninguém, é meramente um facto. Resta-nos aceitar a realidade e quem puder, tentar mudá-la.

    Muita gente critica os patrões porque estes são isto e são aquilo, pois então, peguem em 1€, façam uma empresa e sejam melhores do que os outros, mostrem aos outros que são melhores, façam melhor, deixem de falar e façam...

    Uma empresa é como uma equipa, quando ganhamos, ganhamos todos, quando perdemos, perdemos todos, e se assim não for, a empresa não tem alma, e possivelmente, nem futuro.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu

  11. Uma empresa é como uma equipa, quando ganhamos, ganhamos todos, quando perdemos, perdemos todos, e se assim não for, a empresa não tem alma, e possivelmente, nem futuro.


    Isso não é bem assim.
    Quantas empresas repartem os lucros que obtiveram no ano transato com os seus funcionários? .
    Mas muitas empresas cortam gastos quando obtêm prejuízos, ou pior, apenas quando não faturam tanto €€€ quanto o ano transato (leia-se, despedem).
    Ou seja, em muitos casos, quando corre bem para a empresa, não acontece nada aos funcionários. Limitam-se a manter os empregos, e upa upa. Quando corre mal, funcionário rua...
    Vai lá vai...
  12. Colocado por: TyrandeQuantas empresas repartem os lucros que obtiveram no ano transato com os seus funcionários? .


    Quantas empresas dão lucro para poderem fazer isso? Quem me dera conseguir fazer isso.
    E mais, quando dá prejuízo também podem repartir com os funcionários ou não dá muito jeito?

    Colocado por: TyrandeMas muitas empresas cortam gastos quando obtêm prejuízos, ou pior, apenas quando não faturam tanto €€€ quanto o ano transato (leia-se, despedem).
    Ou seja, em muitos casos, quando corre bem para a empresa, não acontece nada aos funcionários. Limitam-se a manter os empregos, e upa upa. Quando corre mal, funcionário rua...
    Vai lá vai...


    Se indemnizar o funcionário conforme manda a lei, qual é o problema? Acha que as indemnizações por despedimento são injustas? Eu nunca precisei de pagar nenhuma, mas até me benzo quando olho para elas (30 dias por cada ano de trabalho, vai lá vai...).
    Outra pergunta, qual é o problema de um dono de uma empresa gerir a sua própria empresa conforme bem entende? Desde que seja dentro da lei. Não foi ele que arriscou a abrir a empresa? Não foi ele que pôs o seu próprio dinheiro num investimento de risco? Qual é o espanto? A Tyrande não faz o que bem entende com aquilo que ganha?
    • eu
    • 30 setembro 2014
    Colocado por: two-rokSerá que o "eu" tem? Ou conhece alguém?

    Conheço muita gente que tem formação avançada em alta tecnologia. As universidades estão cheias de Engenheiros e Investigadores de topo, que não são menos inteligentes ou competentes que os homólogos Alemães. A grande diferença é que na Alemanha existe uma ligação muito forte entre a Indústria, as Universidades e a investigação científica, e por cá, há um estranho divórcio entre as empresas e as universidades.

    Colocado por: two-rokMuita gente critica os patrões porque estes são isto e são aquilo, pois então, peguem em 1€, façam uma empresa e sejam melhores do que os outros, mostrem aos outros que são melhores, façam melhor, deixem de falar e façam...

    Tem toda a razão.
  13. Colocado por: TyrandeQuantas empresas repartem os lucros que obtiveram no ano transato com os seus funcionários? .

    Enfim...

    Colocado por: TyrandeQuando corre mal, funcionário rua...

    O despedimento de um funcionário pode ser a forma de manter o emprego dos restantes.
    Concordam com este comentário: two-rok, tostex
  14. Colocado por: euA globalização é uma realidade evidente para toda a gente: não tente desmenti-la...

    A globalização é muita linda e é mote para muitos lirismos, mas também é uma evidência que no espaço extra-comunitário as taxas aduaneiras, as medidas protecionistas, os limites à e/imigração e as barreiras ao movimento de capitais continuam a ser a regra. Se acha que é mentira experimente exportar azeite para o Brasil, ser emigrante no Canadá ou Austrália e repatriar os dividendos de uma empresa sediada em Angola.

    Colocado por: euPois aqui reside a verdadeira questão:porque é que nós não produzimos os mesmos produtos?

    Reparem que:
    -Nem tudo o que é produzido lá é de alta tecnologia;
    -O que nos impede de produzir cá (mais) alta tecnologia?

    Quando deixar de tentar negar evidências que entram pelos olhos dentro - falta de escolaridade e formação da mão de obra - você vai encontrar a resposta.
    Concordam com este comentário: two-rok
  15. Colocado por: euConheço muita gente que tem formação avançada em alta tecnologia. As universidades estão cheias de Engenheiros e Investigadores de topo, que não são menos inteligentes ou competentes que os homólogos Alemães. A grande diferença é que na Alemanha existe uma ligação muito forte entre a Indústria, as Universidades e a investigação científica, e por cá, há um estranho divórcio entre as empresas e as universidades.


    Também podemos olhar para isso de outra forma.
    Os portugueses são muito menos empreendedores do que os alemães.
    Acredito que hajam portugueses com óptimas ideias, mas acho que estão quase todos à espera que alguém lhes dê um salário certo todos os meses, pois é mais cómodo e dá menos chatices.
    Concordam com este comentário: eu
 
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