Colocado por: ClioII
Os 30% que vivem na pobreza não estão nos sítios que indicou, ou acha que vê por lá 100% da população?Concordam com este comentário:Rodri12
Queda no preço da matéria-prima só tem impacto numa fracção do preço final dos combustíveis, devido aos custos fixos e aos impostos.
Sempre que existem descidas consideráveis no preço do barril de petróleo nos mercados internacionais, a queda no preço dos combustíveis fica aquém. Porquê? A resposta parece ser uma longa cadeia onde a descida no preço da matéria-prima se vai diluindo.
Tome-se como exemplo o preço da gasolina 95: o preço do barril de ‘brent', em euros, recuou 12,6% desde 23 de Junho (semana em que tocou máximos de quase um ano); em contrapartida a gasolina negociada entre as petrolíferas nos mercados internacionais caiu 9,3% no mesmo período. Isto porque apesar dos produtos refinados seguirem a tendência da matéria-prima obedecem também a outras dinâmicas de mercado, como a procura e a oferta. Descidas que ainda assim se reflectiram no preço da gasolina 95 comercializada em Portugal, ainda que em menor escala. O litro de combustível, sem taxas, corrigiu 7,2%. Mas juntando-lhe os impostos, a queda no preço de venda final foi de apenas 4%.
Estas contas eliminam já o efeito cambial que, nos últimos meses, foi bastante penalizador para quem compra em euros. Enquanto o preço do barril de ‘brent' em dólares corrigiu quase 19%, a evolução euro-dólar eliminou cerca de um terço dessa correcção. Em euros o preço do barril de ‘brent' recuou apenas 12,6%. O euro vale hoje menos 10 cêntimos face ao dólar, o que significa que são necessários mais euros para comprar o mesmo montante em dólares.
O elevado peso dos impostos no preço final de venda dilui igualmente grande parte da correcção nos mercados internacionais. Os impostos representam 55% do preço final de venda, no caso da gasolina 95, ou 46% no caso do gasóleo. Ou seja, a queda no preço da matéria-prima só tem efeito em cerca de metade do preço final. Daí que, sem impostos, o preço tenha corrigido 7,2%, enquanto o preço final, com impostos, só tenha reduzido em 4%. "A quebra no preço da matéria-prima apenas tem efeito numa parcela do preço na bomba. O ISP, por exemplo, continua a ser exactamente o mesmo, e o IVA praticamente o mesmo", explica fonte oficial de uma petrolífera contactada pelo Económico. Adiantando que: "Além disso, o preço sem taxas inclui uma série de custos fixos que não diminuem, como os custos de processamento, logística, até os custos salariais".
Colocado por: luisvvDepois, há um desfasamento temporal, de cerca de 2 semanas, entre a evolução do preço de referência, e o seu reflexo no preço final.
Colocado por: luisvv
Não é verdade.
Colocado por: lfvmagalhaesPelos vistos segunda feira os preços já descem.
6cent na gasolina
2cent no gasoleo
nada mau...
Colocado por: luisvv
Não é verdade. Para começar, o preço de referência é o preço do produto refinado, e não o da matéria-prima. Depois, há um desfasamento temporal, de cerca de 2 semanas, entre a evolução do preço de referência, e o seu reflexo no preço final.
Em resumo, talvez fosse útil ler uma análise sistemática da Autoridade da Concorrência, por exemplo, que desmistifica essa situação, e mostra detalhadamente o peso de cada componente (impostos, logística, matéria-prima, margens..) na formação do PVP.
Mais uma sem qualquer fundamento..
E será que o desfasamento temporal é igual nas subidas e nas descidas?
Estou a dizer que é esta a desculpa que dão em 99% das vezes que o preço do gasóleo/gasolina fica mais caro. olhe aqui um exemplo:
http://expresso.sapo.pt/gasolina-mais-cara-a-partir-de-segunda-feira=f856295
O preço da gasolina deverá subir dois cêntimos por litro a partir de segunda-feira, acompanhando a evolução das cotações dos produtos petrolíferos em euros.
As cotações da gasolina subiram na semana passada, o que tem impacto no preço. Quanto ao valor do gasóleo manteve-se estável, explicou à agência Lusa fonte do setor.
Tem alguma bomba de combustível ou tem alguma ligação ao governo, correto? ;
Colocado por: Rodri12
Tem alguma bomba de combustível ou tem alguma ligação ao governo, correto? ;)Concordam com este comentário:carlosj39
Uns " engolem títulos de jornais e são falaciosos", outros engolem areia atirada para os olhos ( e para o estomago) com explicações amanhadas em agências de comunicação para tentar convencer o zé povinho a comer e calar... e pagar.
Colocado por: luisvvBoa pergunta. O que acha?
Eu acho que as subidas de preço são sempre mais céleres que as descidas...
À semelhança de análises anteriores, considera-se um período de 52 semanas, neste caso, o
relativo à integralidade do ano de 2012, com início na semana de 2 de Janeiro e termo na semana
de 24 de Dezembro.
O presente anexo temático 1 considera ainda o desfasamento de uma semana dos preços
nacionais ex-refinaria em relação aos preços Platts NWE CIF, tal como determinado na fórmula de
determinação dos preços nacionais ex-refinaria. Assim, a comparação será feita entre as variações
dos preços Platts da semana 1 à semana 51 do ano de 2012 e as variações dos preços ex-refinaria
da semana 2 à semana 52 deste mesmo período.
Conclui-se desta análise, tal como nas Newsletters anteriores, que os preços nacionais ex-refinaria
seguem os preços Platts NWE CIF, em médias semanais, com o desfasamento de uma semana e
sem assimetrias. Este facto reflete a regra de indexação dos preços nacionais ex-refinaria à média
semanal da semana anterior dos preços Platts NWE CIF.
Para efeitos desta análise, consideram-se as médias semanais dos preços internacionais, Brent e
Platts NWE CIF, ambos em dólares (USD) e em euros (€), bem como os preços domésticos exrefinaria (em €), sendo analisadas as seguintes variáveis:
Diferenciais (Preços ex-refinaria – Platts NWE CIF)
Número de subidas e número de descidas destes preços
Variação acumulada do preço ao longo das 52 semanas do ano de 2012
Variação semanal do preço
Máxima
Mínima
Média das subidas e média das descidas
Relativamente aos diferencias (Preços ex-refinaria – Platts NWE CIF) em cêntimos/litro (€ cts/lt), os
dados são os seguintes:
Diferencial (Preços ex-refinaria – Platts NWE CIF) em € cts/lt, no ano de 2012
Gasolina Gasóleo
Média 0.098 0.177
Máxima 0.103 0.187
Mínima 0.094 0.171
Volatilidade
Máxima – Mínima 0.009 0.017
Desvio padrão 0.002 0.004
Em termos relativos, (ex-refinaria – Platts)/Platts , estes diferenciais são os seguintes:
Diferencial [(Ex-refinaria – Platts)/Platts] em %, no ano de 2012
Gasolina Gasóleo
Média 0.16% 0.27%
Máxima 0.18% 0.32%
Mínima 0.14% 0.25%
Volatilidade
Máxima – Mínima 0.04% 0.06%
Desvio padrão 0.01% 0.02%
A subida acumulada destes diferenciais durante o ano de 2012 foi a seguinte:
Subida acumulada dos diferenciais “Ex-refinaria – Platts”
Gasolina Gasóleo
Ex-refinaria – Platts (€ cts/lt) 5.10 9.23
(Ex-refinaria – Platts)/Platts (%) 8.39% 14.24%
Relativamente à desagregação das 52 variações semanais de preços entre o número de subidas e
de descidas no período em análise, os preços nacionais ex-refinaria comparam com as médias
semanais da semana anterior dos preços Platts NWE CIF (ambos em €), da seguinte forma:
Número de subidas Número de descidas
Gasolina Gasóleo Gasolina Gasóleo
Platts NWE CIF 27 23 24 28
Ex-refinaria 27 23 24 28
Em termos acumulados, estas comparações são as seguintes:
Subida acumulada no ano de 2012 (€ cts/lt)
Gasolina Gasóleo
Platts NWE CIF + 1.32 + 1.30
Ex-refinaria + 1.32 + 1.30
Subida acumulada no ano de 2012 (em %)
Gasolina Gasóleo
Platts NWE CIF + 2.2% + 2.0%
Ex-refinaria + 2.2% + 2.0%
As diferenças entre as subidas acumuladas dos preços ex-refinaria e dos preços Platts NWE CIF ao
longo do período em análise foram, em amplitude, inferiores a € 0.005cts/lt e em termos percentuais
inferiores a 0.01%, conforme se pode verificar no quadro seguinte:
Diferença entre as subidas acumuladas “Ex-refinaria – Platts” no ano de 2012
Gasolina Gasóleo
Em € cts/lt – 0.002 – 0.004
Em % + 0.002% + 0.006%
Relativamente às variações semanais, os preços ex-refinaria de Portugal seguem, como seria de
esperar, os preços Platts NWE CIF, que os determinam.
Variações semanais dos preços ex-refinaria e Platts NWE CIF no ano de 2012 (€ cts/lt)
Gasolina Gasóleo
Ex-refinaria Platts Ex-refinaria Platts
Máxima + 3.32 + 3.32 + 3.31 + 3.31
Mínima – 5.73 – 5.73 – 2.56 – 2.56
Média
Subidas + 1.32 + 1.32 + 1.30 + 1.30
Descidas – 1.47 – 1.47 – 1.07 – 1.07
Variações semanais dos preços ex-refinaria e Platts NWE CIF no ano de 2012 (em %)
Gasolina Gasóleo
Ex-refinaria Platts Ex-refinaria Platts
Máxima + 5.9% + 5.9% + 5.7% + 5.7%
Mínima – 8.8% – 8.8% – 4.1% – 4.1%
Média
Subidas + 2.2% + 2.2% + 2.0% + 2.0%
Descidas – 2.3% – 2.3% – 1.6% – 1.6%
Em conclusão, a análise das variações semanais dos preços Platts NWE CIF e os preços exrefinaria em Portugal, confirmam a ideia de que o ajustamento dos preços ex-refinaria aos Platts se processou sem assimetrias. O ajustamento reflete a regra de indexação dos preços nacionais exrefinaria à média semanal da semana anterior dos preços Platts NWE CIF, pelo que o número e o nível de subidas e descidas destes preços são exatamente iguais.
Para efeitos desta análise, consideram-se as seguintes variáveis:
Diferenciais (PMAI – Platts)
Número de subidas e número de descidas de preços
Variação acumulada do preço ao longo das 52 semanas do ano de 2012 (semanas de 2
de Janeiro a 24 de Dezembro)
Variação semanal do preço
Máxima
Mínima
Média das subidas e média das descidas
A análise destas variáveis permite confirmar a ideia, refletida nas Newsletters anteriores, de que as
assimetrias – em condições normais, isto é, excluindo períodos de choques petrolíferos e/ou fases
de elevada volatilidade dos preços internacionais do petróleo e dos combustíveis – não têm
expressão significativa
Relativamente à desagregação das 52 variações semanais de preços no número de subidas e de
descidas durante o ano de 2012, bem como nas subidas acumuladas (em € cts/lt e em %) e dos
respetivos diferenciais (PMAI – Platts), os PMAI de Portugal comparam com os Platts, que os
determinam, e com os PMAI da Espanha e da média UE27 da seguinte forma.
Número de subidas Número de descidas
Gasolina Gasóleo Gasolina Gasóleo
PMAI Portugal 33 24 19 28
Platts 29 24 23 28
PMAI Espanha 31 23 21 29
PMAI média UE27 29 25 23 27
Subida acumulada, em € cts/lt
Gasolina Gasóleo
PMAI Portugal 1.47 – 0.79
Platts 2.74 – 0.43
PMAI Espanha 0.23 – 1.45
PMAI média UE27 2.07 – 0.09
Subida acumulada, em %
Gasolina Gasóleo
PMAI Portugal 2.2% – 1.0%
Platts 5.1% – 0.7%
PMAI Espanha 0.3% – 1.9%
PMAI média UE27 3.2% – 0.1%
Diferencial (PMAI – Platts) da subida acumulada em € cts/lt
Gasolina Gasóleo
PMAI Portugal – 1.27 – 0.36
PMAI Espanha – 2.51 – 1.02
PMAI média UE27 – 0.67 + 0.33
Diferencial (PMAI – Platts) da subida acumulada, em %
Gasolina Gasóleo
PMAI Portugal – 2.9% – 0.3%
PMAI Espanha – 4.7% – 1.2%
PMAI média UE27 – 1.9% + 0.6
(..)
Esta comparação revela que quando há uma variação dos Platts, essa variação desencadeia um
ajustamento no mesmo sentido nos preços domésticos do gasóleo e da gasolina 95 nos diversos
países. Dado que uma variação dos Platts é normalmente acompanhada por variações do frete
marítimo e dos seguros, para além do ajustamento imediato dos preços ex-refinaria em cada país –
em função destas variáveis e de acordo com os diversos spreads específicos a cada país, bem
como com a taxa de câmbio – o ajustamento completo dos PMAI pode não ser imediato, mas levar
algumas semanas.
Existem assimetrias quando o processo de ajustamento dos PMAI (na subida) em resposta a uma
subida dos Platts é mais rápido (ou completa-se após um menor número de semanas) do que o
processo de ajustamento dos PMAI (na descida) em resposta a uma descida dos Platts.
Ora, a visualização dos gráficos infra, nomeadamente, os que comparam os Platts e os PMAI,
confirma a ideia, refletida nas Newsletters anteriores, de que o ajustamento dos PMAI nacionais aos
preços Platts NWE CIF se processou sem assimetrias significativas, in casu, no período em análise
e à semelhança do que se verificou em Espanha e em média na UE27.
De forma análoga, é possível concluir que as assimetrias, tal como analisadas no contexto das
variações semanais, não são um factor que afecte significativamente o ajustamento dos preços
nacionais aos preços internacionais.