Colocado por: sayTreladocao, obrigada (agradeço assim a todos pois não consigo fazer agradecimentos no botão, não aparece na página).
Já aqui tinha dito que esse não é o meio que defendo... violência não, dê por onde der.
Colocado por: PicaretaAgora queria agradecer ao tortulia e não existe botão. :((
Colocado por: sayBoa tarde Tertúlia, obrigada pelo seu testemunho.
Ainda bem que no seu caso correu pelo melhor (dentro das chatices todas que deve ter tido).
Mas podia não ter sido assim, como sabe. Se o seu inquilino fosse um burlão profissional como é o meu...
Aproveito para lhe responder e incluir na sua resposta a resposta a outros colegas de forum.
Aquilo que aqui apelidam de cobrdia da minha parte é tão somente querer fazer as coisas num enquadramento legal normal, pois é assim que a nossa sociedade funciona e ainda que a justiça seja deficiente e permeável aos caloteiros, dependemos dela e das regras que ela institui. Considerar que se pode recorrentemente contornar a lei, fugir, dar uma facadinha na justiça, nos impostos, jogar por vias paralelas, uns sopapos aqui e ali, etc. não é o meu timbre, aliás, acho mesmo que é esse tipo de atitude generalizada que levou o nosso país para o esgoto. Para querermos ter uma justiça exemplar temos de apoiá-la e sermos os primeiros a confiar minimamente, dando o exemplo individual. Só com a eficácia da justiça (e essa eficácia acontece recorrendo a ela o mais possível, dentro dos trâmites normais), é que podemos desejar vir a ter um sistema judicial decente. Enquanto formos todos xicos-espertos e resolvermos as coisas pela própria mão, não olhando a meios nem ao próximo, só para atingir o objectivo pessoal, o país será sempre o que é hoje em dia. Isto aplica-se em muitos quadrantes, como é óbvio, não só na justiça.
Ser precavida para evitar uma surpresa um dia destes com uma carta do tribunal a obrigar-me a pagar muitos milhares de euros de indemnização... Como tenho bens em meu nome, podem-mos tirar e digamos que para mim isso era uma desgraça maior, moralismos à parte... Acho que ainda não se percebeu aqui que o montante destas indemnizações superam em muito a dívida que o meu inquilino possa deixar, mesmo que fique 1 ano ou 2 sem pagar... Ou seja, posso reaver a casa mais cedo mas o meu desembolso será a dobrar.
Enquanto não tiver a certeza de que estes riscos não desaparecem, vou ser o mais "cobarde" possível, porque tenho uma filha, sou sozinha e não tenho as costas quentes, dependo única e exclusivamente de mim, sou pai e mãe, sou independente, sou correcta, não devo um tostão ao estado nem a ninguém, sou boa profissional e sou orgulhosa da minha força de carácter, desunho-me a trabalhar e não vou correr riscos desnecessários para perder qualquer tipo de estabilidade que tenha conseguido a pulso para mim e para a minha filha. Se para isso tiver de andar destabilizada durante uns tempos até que a setença seja dada, paciência, eu aguento o barco nem que tenha de pôr o mundo de pernas para o ar.
Colocado por: say
Pois se ele não pagar as contas e sair ou desaparecer (já me informei nas respectivas companhias) acabo por ter de ser eu, como proprietária, a arcar com as dívidas pendentes, não há como fugir...
Se permanecer em meu nome e eu mandar cortar, ele vai às respectivas companhias, munido com o contrato de arrendamento e facilmente manda ligar novamente... Neste caso, as contas ficam em nome dele (mas eu não me safo de levar com uma acção em tribunal na mesma) e se ele fugir/desaparecer e as companhias não conseguirem ter o paradeiro dele, terei de ser igualmente eu a liquidar as dívidas, como proprietária. Neste caso ainda complica mais pois se eu quiser arrendar novamente a casa ou vender, para poder ter ligação às redes, tenho de liquidar as dívidas. Ou seja, como os brasileiros dizem: se fugir o bicho pega, se ficar o bicho morde!
O nosso país está de tal maneira que claramente compensa ser criminoso! Serei eu sempre a lixada.
say
Parece-me estar equivocada em relação à responsabilidade de dívidas que não estão em nosso nome: vou-lhe contar um outro caso que se passou comigo.
Em 2006 fiz um contrato de arrendamento já de acordo com a nova lei e ficou acordado que os inquilinos fariam os contratos directamente com os serviços de água e electricidade. Passado quase um ano verifiquei que a EDP me tinha debitado dois acertos diferentes na minha conta bancária. Liguei para a EDP e eles esclareceram-me que um dos valores se referia a um contrato com os inquilinos efectuado por telefone e que o NIB era o nosso (o NIB constava no contrato de arrendamento para que pudessem fazer a transferência do valor da renda). Então durante esse ano a EDP foi sempre à minha conta sem eu ter dado por isso sendo o total dos consumos cerca de €500,00. Fui à EDP e tive que abrir-lhes os olhos uma vez que fizeram um contrato sem ter o comprovativo bancário com o NIB em nome do contratante. Pagaram-me (a EDP) os €500,00 cerca de 3 semanas mais tarde e a dívida ficou em nome do inquilino. Arrendei novamente a casa a outro inquilino que é uma jóia. O inquilino para fazer novo contrato na EDP teria de liquidar a dívida anterior. É cada história que só visto :))))
Colocado por: sayBoa tarde Tertúlia, obrigada pelo seu testemunho.
Ainda bem que no seu caso correu pelo melhor (dentro das chatices todas que deve ter tido).
Mas podia não ter sido assim, como sabe. Se o seu inquilino fosse um burlão profissional como é o meu...
Aproveito para lhe responder e incluir na sua resposta a resposta a outros colegas de forum.
Aquilo que aqui apelidam de cobrdia da minha parte é tão somente querer fazer as coisas num enquadramento legal normal, pois é assim que a nossa sociedade funciona e ainda que a justiça seja deficiente e permeável aos caloteiros, dependemos dela e das regras que ela institui. Considerar que se pode recorrentemente contornar a lei, fugir, dar uma facadinha na justiça, nos impostos, jogar por vias paralelas, uns sopapos aqui e ali, etc. não é o meu timbre, aliás, acho mesmo que é esse tipo de atitude generalizada que levou o nosso país para o esgoto. Para querermos ter uma justiça exemplar temos de apoiá-la e sermos os primeiros a confiar minimamente, dando o exemplo individual. Só com a eficácia da justiça (e essa eficácia acontece recorrendo a ela o mais possível, dentro dos trâmites normais), é que podemos desejar vir a ter um sistema judicial decente. Enquanto formos todos xicos-espertos e resolvermos as coisas pela própria mão, não olhando a meios nem ao próximo, só para atingir o objectivo pessoal, o país será sempre o que é hoje em dia. Isto aplica-se em muitos quadrantes, como é óbvio, não só na justiça.
Ser precavida para evitar uma surpresa um dia destes com uma carta do tribunal a obrigar-me a pagar muitos milhares de euros de indemnização... Como tenho bens em meu nome, podem-mos tirar e digamos que para mim isso era uma desgraça maior, moralismos à parte... Acho que ainda não se percebeu aqui que o montante destas indemnizações superam em muito a dívida que o meu inquilino possa deixar, mesmo que fique 1 ano ou 2 sem pagar... Ou seja, posso reaver a casa mais cedo mas o meu desembolso será a dobrar.
Enquanto não tiver a certeza de que estes riscos não desaparecem, vou ser o mais "cobarde" possível, porque tenho uma filha, sou sozinha e não tenho as costas quentes, dependo única e exclusivamente de mim, sou pai e mãe, sou independente, sou correcta, não devo um tostão ao estado nem a ninguém, sou boa profissional e sou orgulhosa da minha força de carácter, desunho-me a trabalhar e não vou correr riscos desnecessários para perder qualquer tipo de estabilidade que tenha conseguido a pulso para mim e para a minha filha. Se para isso tiver de andar destabilizada durante uns tempos até que a setença seja dada, paciência, eu aguento o barco nem que tenha de pôr o mundo de pernas para o ar.Discordam deste comentário:Papaleguas73
say
Parece-me estar equivocada em relação à responsabilidade de dívidas que não estão em nosso nome:
Colocado por: Papaleguas73
Cara Say,
Vai-me desculpar ... mas este discurso é ... masoquista !
No meio da Sua "cobardia" como lhe chama quem sofre é a Sua filha ...
Mas enfim, é uma opção, discordo totalmente, mas respeito-a.
Muito sinceramente, Boa Sorte!
Abraço,
Pedro
Colocado por: FD
E estou!
Tenho aqui esta janela ao lado aberta... quem perceber o que é leva um doce.
Colocado por: say
A minha filha felizmente não está a sofrer com isto... Eu estou a arcar com esta instabilidade fazendo os possíveis para não passá-la a ela. No dia em que isso passar a acontecer revejo a minha conduta. Até lá não me resta senão confiar na justiça e esperar.
Obrigada
Aquilo que aqui apelidam de cobrdia da minha parte é tão somente querer fazer as coisas num enquadramento legal normal, pois é assim que a nossa sociedade funciona e ainda que a justiça seja deficiente e permeável aos caloteiros, dependemos dela e das regras que ela institui. Considerar que se pode recorrentemente contornar a lei, fugir, dar uma facadinha na justiça, nos impostos, jogar por vias paralelas, uns sopapos aqui e ali, etc. não é o meu timbre, aliás, acho mesmo que é esse tipo de atitude generalizada que levou o nosso país para o esgoto. Para querermos ter uma justiça exemplar temos de apoiá-la e sermos os primeiros a confiar minimamente, dando o exemplo individual. Só com a eficácia da justiça (e essa eficácia acontece recorrendo a ela o mais possível, dentro dos trâmites normais), é que podemos desejar vir a ter um sistema judicial decente. Enquanto formos todos xicos-espertos e resolvermos as coisas pela própria mão, não olhando a meios nem ao próximo, só para atingir o objectivo pessoal, o país será sempre o que é hoje em dia.
Colocado por: j cardosoPermita-me que discorde num ponto: a posição que assume não é de cobardia mas sim de uma extraordinária coragem, como são em geral as atitudes idealistas como a sua. Aqui reside o busílis da questão: esse idealismo vai sair-lhe caro - como costuma acontecer aos idealistas. Em todo o caso rendo-lhe a minha homenagem pela coerência entre pensamento e actuação - e muita sorte, que bem vai precisar.
Colocado por: sonhosNa edp, fizeram um novo contracto no meu nome e já está, 0 euros. Avisaram-me que mal ele faça algum novo contracto luz ou gas eles cobram os valores atrasados, com juros.Claro!!
Já o disse e torno a repetir, está muito passiva perante a situação. Tem que arranjar um advogado teso, daqueles tipo raposa velha, que conhecem a lei e como a aproveitar e esticar!